-->

domingo, 4 de setembro de 2011

Ministros do STF e servidores do Judiciário também chiam por falta de reajuste na LOA 2012

A manchete da Folha de São Paulo não condiz exatamente com a realidade: "Revolta do STF por aumento faz Dilma rever Orçamento", estampou o jornalão burguês paulista em sua edição de sexta-feira (2).  No corpo da matéria se lê que:

"Anteontem (31), ao enviar ao Congresso as previsões de receitas e gastos para o ano que vem, o governo não incluiu a proposta do Judiciário que previa aumento de 14,7% aos ministros do Supremo. (...) A proposta do Orçamento da União também deixou de fora reajustes de até 56% para servidores do Judiciário. O impacto destes aumentos aos cofres públicos é estimado em R$ 8 bilhões."

"Diante do risco de crise institucional, ministros de Dilma foram enviados ontem à noite para uma reunião de emergência com o presidente do STF, Cezar Peluso. Segundo a Folha apurou com integrantes do Supremo, o Planalto ficou de enviar ao Congresso adendo ao Orçamento com a nova despesa, mas sem compromisso de que a base trabalhará para aprová-lo."

O interesse óbvio desse assunto para a greve da FASUBRA está no fato de que os cerca de 120 mil servidores do Poder Judiciário federal estão na mesma que os 170 mil técnicos das IFES - sem previsão nenhuma de reajuste salarial em 2012, segundo a Lei Orçamentária (LOA) enviada pelo Executivo ao Congresso Nacional em 31 de agosto último.  Com uma diferença importante: o impacto financeiro do reajuste do Judiciário bate na casa dos R$ 8 bilhões, e o dos técnicos estaria em patamar bem menor.

A leitura da notícia, de que os juízes pretendem estrilar (e até marcaram um "dia nacional de mobilização" daqui a duas semanas) poderia instilar uma esperança em nossa greve, a de que, se o Governo Federal ainda pode "emendar" a LOA para satisfazer aquela categoria (através de um Adendo), por que não poderia fazer o mesmo para atender a pauta salarial da FASUBRA?

Entretanto, há dois elementos apontando no sentido contrário dessa esperança: um é que o Adendo adicionado pelo Governo à LOA 2012 apenas informa o pleito desses juízes e servidores, indicando o custo aos cofres públicos, mas sem se comprometer com nada (não diz se, nem de onde sairia o dinheiro) e deixa o pepino para os parlamentares discutirem.  O outro é que todos os indícios demonstram que o Governo manterá até o fim sua intransigência contra a greve para dar uma espécie de lição à FASUBRA, por entender que a greve foi rompimento unilateral das negociações.
--------------------------------------------------
Fonte: com informações e desenho adaptado da Folha SP

3 comentários:

Unknown disse...

Eu,particularmente NÃO acredito na segunda possibilidade,citada aqui na matéria. Vejamos,desde o início da GREVE dos servidores públicos federais, que pertencem ao Executivo,mostraram ao Governo que não estavam brincando de fazer greve. Este apontava que precisava do Judiciário para intimidar,tanto que jogou literalmente a AGU para levar a cabo seu intento. A Servidorada (como carinhosamente me refiro) ao contrário do esperado fincaram pé e os grandes polos, inclua-se adendo ao Estado do Paraná,fez com que a FASUBRA, retoma-se a reorganização do movimento conclamando a volta das IFES que teriam balançado,ante a intimidação. O que quero dizer com isso, a atitude do JUDICIÁRIO agora mostra, que o amor acabou com o governo e este que tinha se achado no controle da situação,usou estratégia errada,agora mais do que nunca os Servidores devem se manter mais firmes do que nunca e através da Federação sinalizar que se for concedido ao judiciário que inclua-se também os do EXECUTIVo,afinal tanto os Servidores do Judiciário como os das demais IFES,constitucionalmente estão na mesma situação e depois quem não rezou compromisso do parcelamento lá atrás do aumento foi o Governo.

PARANÁ disse...

se eles irião entrar com um mandato de segurança para garantir seus reajustes, porque a Fasubra não faz o mesmo?

esta é a materia que li na folha.

Guaracira disse...

Concordo com Eclético e Paraná:
a Constituição é para todos os cidadãos, ou não? O que os servidores do Judiciário têm, que os do Executivo não?

É mesmo o momento de unificarmos e fortalecer nosso movimento.