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sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Começou o mimimi vitimista da nova diretoria do Sinditest?

Um comentário:
Entra-se no site do Sinditest e lá se vê uma matéria reclamando de uma medida de colocação em disponibilidade de um servidor, politizando-a.  O servidor Valter Maier foi posto em disponibilidade pela chefia. Fato que acontece normalmente na UFPR, diversas vezes ao ano, se o servidor não corresponder ao que dele se espera, se há desinteligências entre servidor e chefia ou se o próprio servidor solicita isso.

Os paranoicos da atual e da nova diretoria do Sinditest veem nisso um ataque a eles.  Dizem assim na tal matéria:

"As eleições do Sinditest-PR acabaram no dia 12 de novembro, com a vitória da Chapa 1, “Sindicato é pra Lutar”, ligada à central sindical CSP-Conlutas. Imediatamente, começaram as perseguições aos seus apoiadores. Um exemplo: o chefe do Departamento de Comunicação Social (Decom), professor Mário Messagi Junior, colocou o servidor Valter Antonio Maier à disposição da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas".

O tom paranoico-persecutório é evidente:"Imediatamente começaram as perseguições aos seus apoiadores (...)".  Citam a suposta perseguição ao Valter. Tem outros? Tem outros para se dizer que é coisa de perseguição sistemática?  Só falam desse "exemplo".

Espera-se que tanto o colega Valter se expresse e explique seu ponto de vista.  Não o da diretoria maluca paranoica do Sinditest, essa aí que fica na arquibancada, parada, enquanto o golpe da direita (impeachment) corre.  E também o lado da direção da UFPR, no caso em foco, o professor de jornalismo Mário Messagi.

O que enche o saco - mas enche mesmo! - é esse constante vitimismo dos pobrezinhos militantes do PSTU!  Todo mundo contra eles, não é mesmo? Tadinhos...mas a verdade é que a conjuntura não dá a mínima bola para lunáticos.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Curitiba contra o golpe do impeachment

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Na tarde de ontem, perto de 2 mil pessoas foram à Praça Santos Andrade e em seguida marcharam pela Marechal Deodoro até a Praça Zacarias, manifestando-se contra o golpe que a direita brasileira quer aplicar sobre a presidenta Dilma pela via de um impeachment inventado.

Muito extrovertidamente, com a ajuda de músicos e da turma do Bloco carnavalesco Garibaldis & Sacis, os manifestantes também bateram pesado no ajuste fiscal, reclamando outro rumo para a economia, que retome o desenvolvimento, recupere os empregos e a renda dos salários.

E o judas da atual quadra histórica - o bandido psicopata Eduardo Cunha - foi devidamente malhado mesmo sem ser páscoa, como se pode ver no vídeo acima.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Unimed aumenta custo do Plano de Saúde do Sinditest em 42%

Um comentário:
O Sinditest fez assembleia em novembro para debater o reajuste da mensalidade do plano de saúde suplementar Unimed, diante da disposição desta empresa de aumentar em 55%. A diretoria pretendia negociar com os capitalistas da saúde privada um reajuste de 35% no Plano Flex, um percentual já alto.

Segundo matéria publicada no site do Sinditest em 17/11, numa primeira negociação os tubarões da medicina privada já teriam adiantado que não baixariam para menos que 42%.

Pelo visto, a nova negociação deu em nada, pois servidores estão recebendo emails avisando que os boletos da Unimed de janeiro já virão com a facada de 42%.  No cenário de crise econômica ainda sem luz no fim do túnel, cada filiado terá de fazer e refazer suas contas familiares, para ver se consegue pagar aumento tão escorchante ou se terá de migrar para outra opção.

Deputados pedem ao STF afastamento de Cunha da presidência da Câmara

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Líderes do PT, PC do B, Rede e PSOL na Câmara entregaram na tarde da terça-feira (15), ao Supremo Tribunal Federal, uma carta aberta pedindo o afastamento cautelar do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O documento de cinco páginas, assinado por 50 parlamentares dos quatro partidos, acusa o peemedebista de prevaricação e enumera episódios em que, segundo eles, a presidência da Câmara teria sido exercida “para benefício privado, autoproteção em investigações e usufrutos inconstitucionais”.

Trata-se de um pedido de socorro para que o Supremo determine o afastamento cautelar porque, na medida em que o inquérito é instaurado na Casa, ele (Cunha) estando na presidência vai interferir permanentemente no processo”, disse a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

Segundo ela, o pedido foi feito ao Supremo porque não há o dispositivo do afastamento no regimento da Casa, que prevê a saída de um presidente apenas via cassação ou renúncia.

No texto, os deputados citam como exemplo de uso de prerrogativa de presidente para benefício próprio a divulgação, pelo peemedebista, do acolhimento do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff apenas quatro horas depois de a bancada do PT ter decidido votar pela admissibilidade da representação contra ele.

Relatam também a atuação de Cunha para interferir no resultado da eleição da Comissão Especial para apreciação do pedido de impeachment, como a prorrogação do prazo para a instalação e a abertura de uma votação secreta para a eleição do colegiado.

Outro caso citado é a abertura da ordem do dia com um quórum (186) aquém do necessário para deliberações (257), com intuito, segundo os deputados que assinam o pedido, de impedir a realização da primeira reunião de apreciação do parecer do relator do processo contra ele no Conselho de Ética.

O deputado Eduardo Cunha parece interferir até na disponibilização dos espaços para as reuniões do Conselho de Ética”, diz o texto, descrevendo as reclamações do presidente do colegiado, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), de dificuldade de espaço para a realização das reuniões.

O documento lembra que Cunha usou a página da Casa para apresentar sua defesa quando o relator Fausto Pinato (PRB-SP) apresentou seu parecer pela admissibilidade do processo contra ele. Com isso, diz o texto, Cunha “perverteu para benefício pessoal o preceito da publicidade nos atos administrativos”.

O pedido relata ainda a atuação de aliados de Cunha após o Supremo negar o pedido para afastar Pinato. O presidente em exercício da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), deu provimento na Câmara ao recurso e considerou nulos os atos praticados elo relator. “Tais fatos fizeram com que sequer a fase preliminar do processo – a votação pela admissibilidade/arquivamento – fosse vencida, após constar na pauta de sete reuniões do colegiado”, diz o texto.


Prevaricação
Os deputados signatários ao pedido afirmam ainda que Eduardo Cunha cometeu o crime de prevaricação ao não remeter à Corregedoria da Câmara o pedido de abertura de sindicância para apuração das condutas dos 22 deputados federais denunciados pela Procuradoria-Geral da República no âmbito da Operação Lava Jato.

“Ao praticar atos acima mencionados, em que usa a função para se defender de acusações na esfera privada claramente afronta o espírito republicano que exige imparcialidade e atuação pública em prol da coletividade e fere os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”, conclui o texto.
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Fonte: Estadão via UOL

16/12: relembrar o valor da democracia conquistada com sacrifício de muitas vidas

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"Comunico-lhe que o seu PCdoB acabou". Esta frase dita por um policial-torturador ao dirigente comunista Haroldo Lima um dia após a sua prisão mostra bem o nível de arrogância dos agentes da ditadura militar. Os fatos, porém, pareciam confirmar aquele trágico anúncio. Um jornal do dia 17 de dezembro de 1976, ecoando a opinião do regime discricionário, também estampava: "O PCdoB foi destruído". Esta não seria a primeira vez que frases como estas seriam pronunciadas e impressas com destaque na grande imprensa.

No dia anterior, 16 de dezembro, numa verdadeira operação de guerra, os órgãos de segurança haviam invadido uma casa modesta - localizada na Rua Pio XI, nº. 767, no bairro da Lapa em São Paulo - e assassinado friamente dois dos mais importantes dirigentes comunistas brasileiros: Pedro Pomar e Ângelo Arroyo. Poucas horas antes outro dirigente, João Batista Drummond, havia sido morto durante uma sessão de tortura no DOI-CODI paulista. A versão mentirosa da ditadura foi que Ângelo e Pedro haviam resistido à prisão e que João Batista havia sido atropelado ao tentar fugir da polícia. Este foi o último massacre de militantes de organizações da esquerda que combatiam a ditadura.

Apesar de sua importância para a história brasileira, este acontecimento é ainda pouco conhecido. Tornou-se quase um senso comum a ideia de que o último assassinato político cometido pelo regime militar foi o que vitimou o jornalista Wladimir Herzog, em 23 de outubro de 1975, ou o que atingiu o operário Manoel Fiel Filho, morte ocorrida nas mesmas condições menos de três meses depois.

Os assassinatos de Herzog e Fiel Filho, militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB), ocorridos cerca de um ano antes do trágico acontecimento da Lapa, tiveram grande repercussão e desencadearam protestos de amplos setores da sociedade brasileira e no exterior. O escândalo levou à demissão do comandante do II Exército, General Ednardo Mello. Este representava o setor mais truculento do regime e se opunha à “abertura lenta, gradual e segura" apregoada pelo general-presidente Ernesto Geisel. Ednardo foi substituído pelo general Dilermando Monteiro, considerado um membro da ala liberal do regime.

Para muitos, esta mudança de comando teria consolidado a transição para a democracia e posto um fim ao terrorismo de Estado, iniciado em abril de 1964 e radicalizado com a promulgação do AI-5 em dezembro de 1968. No entanto, a Chacina da Lapa seria um duro desmentido a esta tese. No Brasil de Geisel e Dilermando ainda se torturava e se matava aqueles que ousavam a desafiar o poder militar. Foi durante este governo, por exemplo, que foram assassinados os últimos guerrilheiros do PCdoB no Araguaia e iniciou-se a operação de extermínio da direção do PCB.


O traidor
A casa onde se reunia a direção nacional do Partido Comunista do Brasil, somente pode ser descoberta graças à colaboração de um traidor chamado Jover Telles. Este era membro do Comitê Central, havia sido preso pouco tempo antes e concordou em colaborar com os órgãos de repressão na captura dos seus camaradas de partido.

Um agente da repressão confirmou que Jover foi preso no Rio de Janeiro três meses antes e havia decidido colaborar no desmonte da direção partidária “em troca de bom tratamento e emprego para ele e sua filha na fábrica de armas Amadeo Rossi, no Rio Grande do Sul”. Em 1996, Jover foi candidato a vereador pelo PPB de Paulo Maluf na pequena cidade que, ironicamente, chamava-se Arroyo dos Ratos.

Conforme foi revelado no livro “Operação Araguaia: os arquivos secretos da guerrilha” de Taís Morais e Eumano Silva, no dia 8 de dezembro Jover Telles deu um depoimento cordial aos órgãos de repressão e no dia 11 se apresentou tranquilamente no ponto onde seria pego para ser transportado ao local no qual ocorreria a reunião da Comissão Executiva do PCdoB. Esta se realizou entre os dias 12 e 13 de dezembro e no dia seguinte teve início a reunião do Comitê Central.


Mesmo sabendo que a casa (foto acima) estava cercada e que os membros da direção comunista poderiam ser presos e até mortos, ele calmamente participou de toda a reunião e durante os debates ainda se colocou entre aqueles que mais duramente criticaram a experiência armada ocorrida na região do Araguaia, considerando-a foquista.

Em 15 de dezembro, quando os participantes da reunião começaram a abandonar o local, sempre conduzidos pela dirigente Elza Monnerat e o motorista Joaquim Celso de Lima, o cerco policial se fechou e tiveram início as prisões, torturas e o frio extermínio dos líderes comunistas. Foram aprisionados, e depois barbaramente torturados, cinco membros do Comitê Central: Elza Monnerat, Aldo Arantes, Haroldo Lima, Wladimir Pomar, João Batista Drummond, além dos militantes Joaquim Celso de Lima e Maria Trindade. José Novaes, que teve a sorte de sair junto com Jover Telles, foi o único participante da reunião, além do traidor, que não foi preso. Se apenas Jover escapasse ileso atrairia a atenção sobre ele.

Na manhã do dia 16 de dezembro iniciou-se o derradeiro ataque contra a casa na qual ainda se encontravam dois membros do Comitê Central: Ângelo Arroyo e Pedro Pomar. Segundo testemunhas, eles estavam desarmados e não foi lhes dado nenhuma chance de defesa. A repressão chegou atirando. O corpo de Pomar tinha cerca de 50 perfurações de bala.


A polícia política remontou a cena do massacre, colocando armas ao lado dos corpos inermes, e divulgou a falsa versão de que eles haviam sido mortos durante um intenso tiroteio. Já em plena abertura política, a maioria dos órgãos da grande imprensa vendeu a versão oficial, sem grande contestação.


Cerco e aniquilamento
Nesta operação policial-militar, a repressão também pretendia assassinar João Amazonas, como se depreende da entrevista de Dilermando Monteiro, publicada em 13/12/1978 na revista ISTO É. Nela o general afirmava: "Nós descobrimos que naquele dia iria haver uma reunião em tal lugar, com a presença de tais e tais elementos, e aí fomos um pouco embromados, porque constava para nós que o João Amazonas estaria presente e o mesmo estava na Albânia, mas para nós ele estaria presente naquela reunião".

Pedro Pomar deveria ser o membro da direção que viajaria para China e Albânia para informar da derrota da guerrilha e participar do congresso do PTA. Mas, a doença de sua esposa o fez trocar de lugar com João Amazonas. A viagem não planejada, e nem desejada, salvou Amazonas de uma morte certa. Estes dois dirigentes comunistas iniciaram sua amizade e militância em Belém do Pará, ainda na década de 1930. Foram deputados federais e responsáveis pela reorganização do Partido no final do Estado Novo e no início da década de 1960, quando houve a grande cisão do movimento comunista brasileiro.

Em 1976 o PCdoB era a única organização revolucionária clandestina que ainda se mantinha minimamente organizada, com uma direção nacional que conseguia se reunir periodicamente e um jornal, A Classe Operária, que circulava com certa regularidade. Para os generais era preciso primeiro limpar o terreno político da presença indesejável das organizações de esquerda, especialmente comunistas, para depois implantar o seu modelo de democracia, restrita e elitista.

A repressão, depois de destroçar as organizações que promoveram a guerrilha urbana, partia para desmantelar o Partido que realizara o principal movimento guerrilheiro contra a ditadura militar: a Guerrilha do Araguaia. Entre dezembro de 1972 e março de 1973 foram assassinados os dirigentes comunistas Carlos Danielli, Lincoln Cordeiro Oest, Luiz Guilhardini e Lincoln Bicalho Roque. Nos anos seguintes, entre 1974 e 1975, tombaram Ruy Frazão e Armando Frutuoso. Todos morreram na tortura.

O ódio dos generais reacionários contra o Partido que havia dirigido a experiência guerrilheira no Araguaia era enorme. Destruir o PCdoB era o sonho obstinado desses senhores, um sonho que parecia ter se realizado naquela manhã de 16 de dezembro de 1976.

A notícia do crime correu o mundo e ocorreram várias manifestações de protestos em vários países. Destaca-se a moção do PC da China e do Partido do Trabalho da Albânia. Em Portugal ocorreu um grande ato que reuniu milhares de pessoas em repúdio ao massacre da Lapa e exigindo a liberdade dos presos políticos. Um manifesto com 40 mil assinaturas também foi entregue ao embaixador brasileiro em Lisboa. A mais bela homenagem foi a música Sangue em Flor, composta em homenagem aos mártires da Lapa. Na sua última estrofe dizia: “Onze vidas na prisão/Com planos de justiça e pão/ Nas mãos sangrentas da tortura/ Não há sol na ditadura/ Nem sangue que vença a razão”.


Tal qual a Fênix
Passados 30 anos o sonho das elites conservadoras se transformou num pesadelo. O Partido Comunista do Brasil não só sobreviveu como se fortaleceu. Menos de dois anos depois do massacre, em 1978, o Partido já estava reorganizado e realizava a sua VII Conferência Nacional. Ela armaria, teórica e politicamente, o PCdoB para participar e influir nas grandes lutas populares e democráticas que eclodiriam no país nos últimos anos da década de 70 e início da década de 80. O Partido teve participação destacada na luta contra a ditadura militar, pela Anistia, contra a carestia, em defesa dos direitos sociais dos trabalhadores, pelas Diretas-Já e pela vitória do candidato único da oposição no Colégio Eleitoral (Tancredo Neves). Em 1985, com o fim da ditadura militar, conquistou sua legalidade. Milhares e milhares de trabalhadores e estudantes viriam engrossar as fileiras do Partido dos mártires do Araguaia e da Lapa.

Mas, o PCdoB não tem apenas uma significativa influência no movimento social, ele progressivamente ganha espaço no parlamento e nas várias instâncias do poder executivo. Exerce importantes responsabilidades nas instituições da República, a exemplo da presidência da Câmara dos Deputados, com o deputado Aldo Rebelo, e do Ministério do Esporte, com Orlando Silva Junior. Nas eleições de 2006 para o Congresso Nacional, o PCdoB elegeu uma bancada de 13 deputados federais e um senador da República, o cearense Inácio Arruda – acontecimento que só foi observado em 1945, quando da eleição de Luís Carlos Prestes. O PCdoB tem ainda vários prefeitos, inclusive o de Aracaju, secretários estaduais e municipais, parlamentares nas Assembleias Legislativas e cerca de três centenas de vereadores espalhados por todos os estados brasileiros.

O X congresso do PCdoB, realizado em outubro de 2005, afirmou em alto e bom som que o PCdoB vive, floresce e se capacita cada dia mais para ser uma das forças dirigentes do processo de transformação social que o Brasil tanto necessita. Ele reuniu mais de mil delegados representando 70 mil militantes. Nele, estiveram presentes 45 organizações comunistas e progressistas de todas as partes do mundo. Isto mostra o prestígio internacional angariado pelo Partido nestas últimas décadas.

Este Congresso foi uma prova viva de que os homens e mulheres que pertenceram a esta organização e morreram defendendo a democracia, a soberania nacional, os direitos sociais dos trabalhadores e o socialismo continuam vivos no coração de cada militante da causa social e são motivos de orgulho do nosso povo. Quanto àqueles que os prenderam, os torturaram e os assassinaram estão “mais mortos que os próprios mortos” e são obrigados a viver nas sombras. Seus nomes não podem nem mesmo ser pronunciados. Pelo contrário, ao chamado de cada nome dos heróis da Lapa e do Araguaia, responderemos sempre e em uma só voz: Presente!
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Artigo escrito por ocasião dos 30 anos (2006) da Chacina da Lapa por Augusto Buonicore, historiador, membro da equipe da Fundação Maurício Grabois e do Comitê Central do PCdoB.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Se existisse em 1964, PSTU assistiria passivo ao golpe militar

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O Governo João Goulart, em 1964, era reformista. Defendia as chamadas "reformas de base" - universitária, agrária, urbana, bancária, fiscal. Não eram propostas revolucionárias, mas eram avanços, necessários para o Brasil daquela época.

Mas as tais reformas eram vistas como "comunismo" pela direita e por setores retrógrados militares ligados aos EUA, naquela época de Guerra Fria.  Tramaram a derrubada do presidente Jango, engrupiram a classe média trouxa, deram o golpe militar em 1. de abril de 1964.

Se o PSTU existisse em 1964, diria: "não vai ter golpe, Jango governa para a burguesia, só quer fazer umas reforminhas em vez de revolução".  Proporia uma greve geral para derrubar tudo e todos, numa tacada só.  Mas não mexeria uma palha para isto.

E assistiria passivo, cheio de orgulho por sua "pureza revolucionária", ao golpe direitista sendo organizado e aplicado sobre um presidente constitucional.  

Muito parecido como acontece hoje.  Só que 1964 aconteceu, e a "longa noite de chumbo" durou 21 anos.  Sabemos bem a tragédia que foi.

Hoje, o PSTU brada: "Fora todos! Fora Dilma, Aécio, Cunha, todo o Congresso".  Proclama: "Greve geral! Eleições gerais!".  E na prática fica parado, e orienta movimentos e entidades a ficarem passivos também.  Porque suas palavras de ordem estão totalmente "fora da casinha".

Quem conhece história do Brasil e consegue entender a realidade não fica na arquibancada, ou no sofá, assistindo a movimentações da elite burguesa que, hoje, intentam um golpe sobre uma presidenta legítima, para com isso fazer o país retroceder décadas, acabando mesmo com os modestos avanços sociais dos últimos anos.  Não espera acontecer, vai à luta contra os inimigos do povo e do país.  Sem devaneios distópicos imobilistas.

Intelectuais fazem manifesto e pedem ao Procurador Janot para deter o golpe

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Nesta quarta-feira (16) será realizado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no Largo São Francisco (centro de São Paulo), um ato público de lançamento do manifesto “Impeachment, legalidade e democracia, divulgado na quinta-feira (10) e assinado por quase 7 mil professores até a tarde de hoje. Segundo a organização, o ato também faz parte da mobilização para as manifestações marcadas para as 17h, no Museu de Arte de São Paulo (Masp).

O evento na tradicional faculdade terá a presença de intelectuais como o economista da Unicamp Luiz Gonzaga Belluzzo, o cientista político da USP André Singer, o neurobiólogo Miguel Nicolelis, a arquiteta Ermínia Maricato, a educadora e historiadora Maria Victoria Benevides e o professor de letras Alfredo Bosi, todos da USP, entre outros.

Os professores universitários signatários do abaixo-assinado reafirmam que o impeachment é um “instituto reservado para circunstâncias extremas, um instrumento criado para proteger a democracia”. “Por isso, ele não pode jamais ser utilizado para ameaçá-la ou enfraquecê-la, sob pena de incomensurável retrocesso político e institucional.”

Os professores dizem que, em outras ocasiões, vários dos apoiadores do documento já haviam se pronunciado contrários a um processo de impeachment por entenderem que ele “serviria a propósitos ilegítimos”. Uma vez que o processo foi deflagrado pelo presidente da Câmara dos Deputados (Eduardo Cunha, do PMDB-RJ), ao acolher pedido baseado em teses do PSDB, consideram necessário novo posicionamento. “Papéis institucionais não podem, nem por um instante, ser confundidos com interesses políticos pessoais, nem com agendas partidárias de ocasião que desprezem o interesse da sociedade como um todo”, diz o manifesto.

Os professores lembram ainda que um processo de impeachment não pode tramitar sem que seus ritos sejam “inteiramente” conhecidos pela sociedade. Na próxima quarta-feira-feira, além das manifestações contra o impedimento da presidenta Dilma Rousseff em todo o país, está previsto o julgamento pelo Supremo Tribunal Federal do processo que deve estabelecer os procedimentos do impeachment. O processo aberto por Eduardo Cunha está suspenso na Câmara dos Deputados desde o dia 8, por decisão do ministro Luiz Edson Fachin ao julgar pedido do PCdoB.
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A operação da PF no PMDB jogou areia no golpe de Temer, o ex-vice decorativo.

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O ex vice decorativo Michel Temer foi o único grande líder do PMDB a não ser atingido pela operação Catilinárias, da Polícia Federal. Mas seu “projeto de poder”, se é que podemos chamar assim, fica ferido de morte.

Kiko Nogueira, no site DCM

Henrique Alves, Celso Pansera e ex-ministros Lobão e Fernando Bezerra estão na mira, além de Fábio Cleto (ex-Caixa) e Sergio Machado (ex-Transpetro).

A estrela é Eduardo Cunha, o psicopata oficial da república, que há meses lançou uma bravata sobre a visita da PF. “Eu não sei o que eles querem comigo, mas a porta da minha casa está aberta”, disse. “Vão a hora que quiser. Eu acordo às 6h. Que não cheguem antes das 6h para não me acordar”.

Bem, eles foram, mas quem acha que um malandro safo como Cunha deixaria alguma coisa que o incriminasse ao alcance de qualquer um que não seja ele mesmo não conhece o homem.

Em Alagoas, onde o presidente do partido é Renan Calheiros, o ex-vice governador José Wanderley Neto também teve a casa vasculhada. São ao todo 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF para investigação da Lava Jato – na Câmara dos Deputados, na residência dos investigados, em sedes de empresas, escritórios de advocacia e outros órgãos públicos expedidos pelo STF.

A casa caiu para o peemedebista Temer e para quem vendia a ideia de que Temer era uma alternativa, digamos, decente ao PT. O inacreditável Gilmar Mendes, por exemplo, falou que ele será um ótimo presidente.

Não é alternativa de nada, nunca foi, ele sabe disso e a polícia o deixa agora com a brocha na mão, a mesma mão que escreveu a carta que passou para a história como um monumento ao ridículo.

O nome da operação é emprestado dos discursos de Cícero no senado romano contra Catilina, que planejava tomar o poder. O trecho mais famoso é aquele que diz o seguinte:

"Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?
Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?
A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?"

Em português, os golpistas entraram pelo cano. 

domingo, 13 de dezembro de 2015

Trabalhadores e trabalhadoras da Educação dizem não ao golpe do impeachment

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O Núcleo de trabalhadores(as) em Educação da CTB-Paraná reuniu-se neste domingo para analisar a conjuntura nacional de ameaças á democracia e à educação pública, divulgando o Manifesto a seguir, que conclama os democratas à luta ativa contra o golpe da direita.

TRABALHADORES E TRABALHADORAS DE EDUCAÇÃO
DA CTB-PARANÁ CONTRA O GOLPE DO IMPEACHMENT,
EM DEFESA DA DEMOCRACIA E DO DESENVOLVIMENTO

Em seu segundo encontro, nesta data emblemática de 13 de dezembro de 2015, os trabalhadores da CTB/Núcleo de Educação do Paraná manifestam-se firmemente contra a tentativa de golpe expressa no processo de impeachment inventado contra a presidenta Dilma Rousseff, legitimamente eleita em 2014 por 54 milhões de brasileiros. Tendo por instrumento o já notório corrupto Eduardo Cunha para inseri-lo na pauta do Congresso Nacional, o golpe é sustentado por setores conservadores e reacionários – entre os quais se destacam o PSDB, a Rede Globo e parcelas do poder judiciário – que intentam reverter avanços democráticos e conquistas sociais alcançados nos últimos treze anos dos mandatos Lula e Dilma, além de suspender investigações de corrupção que atingem tais setores retrógrados.

Advertimos mais: por trás do golpismo, esconde-se a intenção de re-aplicar na gestão do país uma agenda de ultraliberalismo e de privatizações, incluindo graves e concretos riscos para a sustentação do princípio constitucional da Educação Pública Gratuita, objeto da gula de grandes capitais estrangeiros, sem compromisso com a soberania nacional. A volta ao governo da República de forças visceralmente neoliberais coloca em xeque o ensino público e a condição de o país poder livremente constituir um verdadeiro Sistema Nacional de Educação.

Como defensores do Estado Democrático de Direito e dos interesses dos trabalhadores, enfatizamos nosso ativo posicionamento ao lado da legalidade democrática e repelimos as manobras da direita que atentam contra a Constituição Federal.

Diante da conflagração política provocada pelos setores reacionários, que insuflam manifestações fascistas de ódio, preconceito e intolerância, tentando impedir Dilma de governar, entendemos de muita gravidade o momento, com as ameaças à democracia. Por isto, conclamamos à união de todos os democratas da nação, independentemente de opções políticas e partidárias, para a defesa da democracia como base do progresso social. Cumpre-nos, pois, condenar energicamente a atitude dos que tramam para pisoteá-la.

Uma ampla frente democrática e popular no estado do Paraná é também imprescindível para opor-se à gestão neoliberal do declarado inimigo da Educação, o (des)governador Beto Richa, mandante do massacre dos professores de 29 de abril, data em que ele foi confrontado pelo povo com firmeza e coragem. Políticas antitrabalhador e anti-educação como as demonstradas por governantes tucanos da estirpe de Richa e de Alckmin podem e tem que ser derrotadas, para isso necessitando de sólida unidade popular.

Unimo-nos à Frente Brasil Popular – expressão da junção plural das forças democráticas, progressistas e de esquerda – para desmascarar a escalada golpista da direita até sua final derrota, com isto assegurando a soberania da vontade popular manifesta nas urnas presidenciais de 2014. Neste sentido, convocamos trabalhadores e trabalhadoras, o povo em geral, para unitária e combativamente fortalecer o Ato pela Democracia e pelo Desenvolvimento marcado para iniciar às 17h00 do dia 16 de dezembro, na Praça Santos Andrade, em Curitiba.

- Em defesa da democracia e da retomada do desenvolvimento pleno!

- Não vai ter golpe!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Sinditest aliado objetivo do golpe da direita para derrubar Dilma e empossar Temer

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Nós já tínhamos alertado na semana passada. O Sinditest, com uma diretoria nas mãos do PSTU, se faria aliado prático da direita em seu corrente esforço de golpe para tirar do governo uma presidenta eleita democraticamente com 54 milhões de votos.

A Nota oficial da direção desse partidinho ultraesquerdista saiu perto do fim de semana passado, mas já continha o que se suspeitava: uma postura supostamente contra tudo e contra todos, que fala de uma "Greve Geral" de cuja preparação ninguém sabe, e ainda conclama a que se realizem novas eleições gerais!

É ou não é no mundo da lua que esses dirigentes do PSTU andam? Tomaram o quê? Cheiraram o quê? 

E então as correias de transmissão do PSTU entram em ação: a sua "central" sindical de faz-de-conta, a Conlutas, a sua entidade paralela que também é nefelibata, e junto uma certa quantidade de entidades filiadas, como o coitado do Sinditest, bancado por seus filiados que mal sabem que estão financiando uma visão porra-louca sobre a conjuntura.

Reproduzimos abaixo o trecho final da Nota do PSTU, que os diretores do Sinditest vão impingir goela abaixo da categoria, isolando o movimento dos trabalhadores da UFPR da luta real em curso no país:

"Fora Dilma, Cunha, Temer, Aécio e esse Congresso Nacional!

Fora todos eles!

Eleições gerais já! De presidente a deputado, senador a governador, que o povo possa eleger e trocar quem quiser!

(...)É necessário construir a Greve Geral em defesa dos direitos dos trabalhadores!(...)


Sabem a quem servem essas palavras de ordem? À Direita. Ao PSDB, à Globo, a Eduardo Cunha.  Só na aparência soam como "revolucionárias", porém de fato conduzem ao imobilismo e ao isolamento. Colegas de trabalho, perguntem aos diretores do Sinditest: como querem construir essa Greve Geral?  Como querem derrubar todo o Congresso Nacional além da presidenta Dilma e seu vice?  Como pretendem organizar eleições gerais para todos os cargos? Perguntem, perguntem e perguntem.  Eles não terão respostas.  É tudo propaganda enviesada, burra e a serviço da direita, que deita e rola com esse tipo de "esquerda".

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

O povo nas ruas defende a legalidade e barra o impeachment

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A Câmara dos Deputados já foi presidida por homens com alto sentido da função pública, da moralidade republicana, e da responsabilidade democrática. A lembrança de deputados do calibre e da honradez de Ulysses Guimarães ou Adauto Lúcio Cardoso se impõe. Eram políticos que colocavam os interesses do país, as exigências da democracia, e sua própria honra, acima de qualquer interesse pessoal. 

Não é o que acontece em nossos dias. A Câmara dos Deputados é presidida por um deputado contra o qual se acumulam acusações sobre acusações. De faltar com a verdade em CPIs, de receber dinheiros ilícitos, de manter contas secretas no exterior. De usar seu cargo, que o coloca em linha direta na sucessão presidencial, como um biombo que o esconda dessas acusações ou como recurso para fazer chantagens políticas em defesa de interesses pessoais e espúrios.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, decidiu, na terça-feira (2), iniciar um processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, e não há como esconder o objetivo de retaliação contra o anunciado voto dos deputados do PT, na Comissão de Ética da Câmara, pela abertura de um processo parlamentar em que ele será julgado. 

Além das chicanas políticas, da pequenez da atuação desse parlamentar que, incensado pela mídia conservadora e com decisivo apoio da direita na Câmara dos Deputados (as bancadas do PSDB, DEM, PPS e Solidariedade foram decisivas na eleição e nas ações de Cunha), é preciso levar em conta que a luta de classes, em sua manifestação mais crua, surge sem disfarces na cúpula do Estado brasileiro. 

PSDB golpista já voltou correndo aos braços de Cunha

Ao longo de nosso período republicano os governos democráticos e progressistas que estiveram à frente da Presidência da República geraram reações golpistas. A direita, que sempre foi o principal fator de instabilidade política no Brasil, agiu da mesma maneira contra Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, João Goulart, Luiz Inácio Lula da Silva e, agora, contra Dilma Rousseff, contra quem nada há que possa legitimar uma ruptura institucional tão grave que justifique a perda de seu mandato – nem há fundamento jurídico, nem a presidenta praticou qualquer ato ilícito que fundamente a medida absurda pretendida pela direita.

A direita, que ao longo do tempo mandou nos rumos do país, não recua em usar os recursos ilegais e antidemocráticos – se não alcança o poder pela via legal, pelo voto popular, rasga a lei para tomar o governo de assalto.

É o que tenta agora. Com os apoios de sempre, sendo o mais caricato deles a figura deletéria do senador, ex-governador mineiro e candidato tucano derrotado em 2014, Aécio Neves, que posa de “campeão” do impeachment. 


A direita, sobretudo seu principal partido, PSDB, quebrou o Brasil três vezes, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Foi campeã na criação de desemprego, de arrocho salarial, de empobrecimento dos brasileiros e de humilhação nacional ante as imposições de governos estrangeiros, principalmente dos EUA. Este quadro mudou desde o início do atual ciclo de mudanças democráticas e soberanas no Brasil. Nos governos Lula e Dilma, desde 2003, mesmo no cenário da grave crise mundial do capitalismo, o Brasil avançou, a vida do povo melhorou, o país se tornou respeitado no mundo. 

São mudanças que contrariam o programa da direita e ameaçam seus privilégios. E movem a oposição conservadora para, a todo custo, retomar o controle da Presidência da República. 

Mas não passarão. O golpe da direita, desta vez, vai fracassar. Os golpistas terão que derrotar o campo progressista e democrático nas esferas institucionais – na Câmara dos Deputados e nas posições mais altas do Judiciário. 

A luta pela legalidade vai ocupar as ruas nesta conflagração iniciada pela direita. Os democratas e progressistas sairão em defesa da legalidade e do mandato constitucional da presidenta da República. 

O povo, nas ruas, vai vencer os golpistas, derrotar de vez a direita e consolidar as mudanças democráticas que o Brasil vive desde 2003. A direita não passará! 
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Fonte: Editorial do Portal Vermelho

Lideranças do PSol se manifestam contra o impeachment

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As principais lideranças do PSOL, maior partido de esquerda na oposição ao governo Dilma, começaram a se manifestar de maneira muito dura contra o impeachment.

Chico Alencar, deputado federal, fez discursos contundentes na Câmara contra o golpe.

E agora, Luciana Genro, candidata do partido à presidência da república em 2014, deixou recado igualmente duro contra o impeachment, em seu twitter.

O partido ainda não emitiu um comunicado público, mas as suas principais lideranças já indicam o rumo que será tomado: contra o golpe.
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Fonte: Blog O Cafezinho

Sinditest tem qual posição sobre atual conjuntura agora com impeachment?

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A posição da Diretoria do Sinditest no novo cenário agora com o impeachment acolhido pelo megabandido chantagista Cunha?  Ora, nenhuma.  Para o ultraesquerdismo esposado pelos principais diretores, alinhados com o PSTU, isso é "briga de branco", e o lance é propagandear uma certa "Greve Geral contra tudo" que nunca acontece.  

Para a hipotética situação em que Dilma fosse tirada da presidência pelo golpe do impeachment sem fundamentos, assumiria o vice Temer.  Do PMDB, mesmo partido do psicopata Cunha.  O Cunha da terceirização generalizada, do fim da CLT; da redução da maioridade penal; dos retrocessos no caráter laico do Estado; das leis contra direitos das mulheres.  E do PMDB que, em encontro recente, apresentou um "Programa" para o Brasil em que só falta privatizar o ar.


Mas, pra direção do Sinditest, é tudo igual, não tem nenhuma diferença entre Dilma, Cunha, Aécio, FHC, Bolsonaro, Caiado, Feliciano.  Então, toca "Greve Geral" neles.  Dizem que esta greve já começou.  Podem olhar para o céu em noite de lua cheia e notar como está tudo parado naquele satélite da Terra.  

Só falta os terráqueos finalmente entenderem a verdade contida nas Escrituras do PSTU e irem à luta pelo paraíso trotsquista.  Essa é mesmo a "esquerda" de que a direita 'gostcha muitcho'.

O pior dia para Cunha deflagrar o impeachment

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Há duas circunstâncias que levam ao impeachment: a perda total da base de apoio e a legitimidade do pedido. Nenhuma das duas circunstâncias está presente no momento. Aliás, a grande notícia é a de que a presidente – e o país – livraram-se de um chantagista.

Por Luis Nassif, no Jornal GGN

O papel da oposição é complexo. Por mais que a popularidade da presidente Dilma Roussef esteja em baixa, como justificar a aliança com um futuro réu condenado – e provavelmente preso – contra uma presidente sem nenhum respingo da corrupção levantada pela Lava Jato?

Cunha escolheu o pior dia para dar encaminhamento ao impeachment.

1. Com o PT votando pela admissibilidade do julgamento, seu gesto caracterizou retaliação e juridicamente abuso de poder.

2. Foi no dia em que foi votado a mudança da meta fiscal, regularizando definitivamente todas as pedaladas fiscais.

3. Foi na mesma semana em que Cunha foi acusado de receber dinheiro do BTG para modificar projetos de lei, comprovando a impossibilidade de ele continuar presidindo a casa.

A aprovação das mudanças fiscais ocorreu depois do encaminhamento da proposta de impeachment, comprovando que, aos poucos, inequivocamente o governo começa a reconstruir sua base no Congresso.

O ano termina agora. Há uma boa probabilidade da aprovação da CPMF no primeiro trimestre de 2016, graças a um pacto entre governadores e prefeitos.

É possível que o gesto de Cunha tenha finalmente supurado a infecção que conturbava o ambiente político, com a presidência da Câmara entregue ao mais suspeito dos seus membros.

Espera-se que, agora, haja alguma dispersão desse exército das trevas que saiu das profundezas para ser liderado por Eduardo Cunha.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

O Brasil não precisa da lei antiterror

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aprovada e piorada no Senado, a chamada lei antiterrorismo deve ser votada na Câmara Federal nesta semana. Ela representa uma grave ameaça aos movimentos sociais, podendo servir como instrumento legal para criminalizar as lutas dos trabalhadores. O projeto foi concebido pelo governo Dilma, a partir dos ministérios da Justiça e da Fazenda, sob o argumento de que era uma exigência de agências internacionais.

Por Altamiro Borges, no site Vermelho

Num típico terrorismo, os ministros argumentaram que sua rejeição poderia resultar em sanções contra a economia nacional. Após a primeira votação na Câmara Federal, ele foi remetido ao Senado e passou por mudanças que pioraram ainda mais seu conteúdo repressivo. Agora, ele ruma para o seu desfecho e pousará no colo da presidenta Dilma para a sua sanção.

Aproveitando-se do clima de pânico criado com os atentados na França e prevendo ações criminosas nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, os senadores pioraram ainda mais o projeto do governo. Entre outras alterações, eles retiraram do texto original o dispositivo que excluía do crime de terrorismo a conduta individual ou coletiva de pessoas em manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais e religiosos.

O Senado também incluiu o termo "terrorismo por extremismo político", definido como "o ato que atentar gravemente contra a estabilidade do Estado Democrático, com o fim de subverter o funcionamento de suas instituições". Aloysio Nunes – vice tucano na chapa derrotada do cambaleante Aécio Neves – foi o mais ativo nestas regressões, negando a sua própria história na luta armada.

Como afirma a deputada Jandira Feghali, líder do PCdoB na Câmara Federal, as mudanças tornaram ainda mais genérica a lei antiterror, o que pode resultar em interpretações contrárias aos movimentos sociais. "Com o nível de generalização deste texto, tudo cabe", alerta. As ocupações de escolas contra o projeto privatista do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), por exemplo, poderiam ser tratadas como "atos com o fim de subverter o funcionamento das instituições".

Já uma greve dos petroleiros, como a que ocorreu recentemente, poderia ser enquadrada como uma ação que "atenta contra a estabilidade do Estado de Direito". Isto para não citar as ocupações promovidas pelo MST, no campo, ou pelo MTST, nas cidades. Pela lei aprovada no Senado, os envolvidos nestes atos poderiam ser punidos com penas de 16 a 24 anos de reclusão.

Já não basta cassar Eduardo Cunha: é preciso prendê-lo.

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As coisas chegaram a um tal ponto que não basta cassar Eduardo Cunha. Ele tem que ser preso. Nada, chantagem, ameaça de impeachment, nada justifica manter Eduardo Cunha.

Por Paulo Nogueira, no site DCM

Ele é o símbolo máximo de um mundo político putrefato.

Ele representa a vitória da plutocracia sobre a democracia. O dinheiro – dinheiro sujo — o levou a uma posição de enorme poder para que Cunha defendesse, no Congresso, os interesses dos plutocratas.

Está escrito em sua testa ampla: “Eu defendo os ricos e os poderosos. Eu sou um instrumento da iniquidade e da desigualdade. Eu não estou nem aí para os desfavorecidos.”

E ele cumpriu sua agenda torpe na Câmara do seu jeito brutalmente indecente. Cunha encontrou uma maneira de aprovar a permanência do financiamento privado das campanhas eleitorais, a janela pela qual os plutocratas tomaram de assalto a democracia.

Lutou pela pilhagem dos direitos trabalhistas ao fazer aprovar um projeto favorável à terceirização.

Pesa agora contra ele a acusação de haver manobrado para fazer passar medidas que trariam ainda mais bilhões aos já muitos de André Esteves, do BTG Pactual.

Por este serviço, segundo as denúncias, ele teria recebido 45 milhões de reais.

Cunha nega, assim como nega as contas na Suíça, das quais não é dono, mas “usufrutuário”, para lembrar a palavra que ele imortalizou e colocou no dicionário das infâmias de 2015.

Um deputado que se mantivesse no cargo depois de tantas delinquências comprovadas seria uma aberração. Tratando-se do presidente do Congresso, é uma vergonha nacional e internacional.

Tão rigoroso com tanta gente, sobretudo petistas, onde está Moro no caso mais dramático de corrupção do país?

Escondido.

Um dos motivos, talvez o maior, é que Cunha tem poder de retaliação, algo que não agrada a Moro.

E a imprensa, a autoproclamada fiscalizadora dos políticos: por que Cunha jamais entrou no seu radar?

Esta é fácil: porque ele defendeu sempre os interesses dos donos das grandes empresas de mídia. Por isso virou um intocável, um inimputável. A agenda econômica de Cunha é a agenda econômica dos Marinhos, dos Frias, dos Civitas. Numa palavra, a perpetuação da desigualdade.

A sociedade deve aos suíços – não a Moro e os policiais da Lava Jato, não à imprensa livre fiscalizadora – o desmascaramento de Eduardo Cunha.

Não fossem os suíços, ele estaria fazendo o serviço de sempre na Câmara. Não fossem os suíços, sua mulher Claudia continuaria a postar no Facebook fotos que demonstravam a vida suntuosa do casal, e incompatível com o ordenado de um deputado.

Muitas vezes você tem que descer ao abismo para mudar alguma coisa que parece impossível de mudar.

O Brasil teve que enfrentar uma inflação de 80% ao mês para que a sociedade gritasse que não dava mais. O próprio Malan, homem forte da economia sob FHC, admitia isso. Veio a estabilidade com FHC, e teria vindo com qualquer outro, dada a exaustão absoluta dos brasileiros com a inflação desmesurada.

Agora, na política, Eduardo Cunha representa o que a hiperinflação foi para a economia.

Há que tirá-lo de cena para que um paciente trabalho de reconstrução política possa ser iniciado.

E já não é suficiente cassá-lo, repito. É imperioso prendê-lo.