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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

30 horas mantidas, mas...

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No final de 2011, o Conselho Universitário da UFPR (COUN) votou a Resolução 56/11, cujo artigo primeiro definia que a jornada flexibilizada de 30 horas semanais "será" implantada para os servidores técnicos. A redação exata desse artigo é:

"Art. 1º A jornada de trabalho dos servidores técnico-administrativos do quadro permanente de pessoal da UFPR, nos termos do Decreto nº 4.836, de 09 de setembro de 2003, do Decreto nº 1.590 de 10 de agosto de 1995 e da Portaria GR 1.754 de 13 de setembro de 2011, será flexibilizada para 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, sem intervalo para refeições e com atendimento ininterrupto à comunidade de pelo menos 12 (doze) horas, considerados os três turnos de funcionamento da UFPR, nos termos desta Resolução."

Pressionado por auditorias e cobranças de órgãos de controle federais (CGU, TCU), sobre vários aspectos da gestão da UFPR, entre eles o da jornada dos técnicos, o reitor Zaki Akel convocou sessão do COUN em 18/12 último para alterar a redação desse Art. 1 da Resolução 56/11, de modo a se "ajustar" com os termos das leis em vigor.  E também mostrar à CGU que está fazendo algo para reparar o que estaria irregular. Clique neste link para um vídeo com o posicionamento do reitor. 

Qual alteração de redação? Mínima: introduzir o verbo "poderá", deixando a redação do Art. 1 assim: "A jornada de trabalho... poderá ser flexibilizada para 6 horas diárias e 30 semanais..."  

Inserir somente um verbo na redação do Artigo parece de fato mínimo, mas pode (olha o verbo aí, gente) mudar muita coisa na realidade. Se algo não é, apenas pode ser, é porque introduz-se, evidentemente, uma condição de restrição e não de extensão geral de direitos.  Clique aqui para vídeo em que a conselheira Andrea Caldas expõe seus motivos para propor a mudança na redação.

A Diretoria do Sinditest comemora, entende que "as 30 horas foram mantidas", e também porque o COUN aceitou a proposta sindical de que se forme nova "Comissão das 30 horas" somente depois da eleição de novos representantes dos TA ao COUN (a eleição será em 20/02/2014).  

Entretanto, o trabalho da nova Comissão das 30 horas será o de restringir o gozo da jornada de 30 horas, nos termos do Decreto 1590/95, pelo qual também essa jornada reduzida, caso a caso, fica sob expressa autorização do reitor.  É ao que assistiremos ao longo de 2014.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Os jornalistas mais reacionários de 2013: minha seleção

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Bem, final de ano é tempo de retrospectiva. O DCM acompanhou a mídia com atenção, e então vai montar sua seleção de jornalistas do ano, o Time dos Sonhos do atraso e do reacionarismo, o TS, o melhor do pior que existiu na manipulação das notícias.

Por Paulo Nogueira, no site Diário do Centro do Mundo (DCM)

A cartolagem é parte integrante e essencial do TS: Marinhos, Frias, Civitas, Mesquitas etc.

À escalação:

No gol, Ali Kamel, diretor de jornalismo da TV Globo. Devemos a ele coisas como a magnífica cobertura da meia tonelada de cocaína encontrada no famoso Helicóptero do Pó, pertencente à família Perrella.  Kamel é também notável pela sagaz tese de que não existe racismo no Brasil, algo facilmente comprovável pelo número de colegas negros de Kamel na diretoria da Globo.

Na ala direita, dois jogadores, porque pela esquerda ninguém atua. Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes são os selecionados. Os blogueiros da Veja são entrosados, e pô-los juntos facilita o trabalho de treinamento do TS.

Azevedo se notabilizou, em 2013, por ser comparado por diferentes mulheres a diferentes animais, de pato a rottweiler.

Nunes brilhou por lances de genialidade e inteligência – e total ausência de preconceito — como chamar Evo Morales de “índio de franja” e classificar Lula de “presidente retirante”.

Uma disputa interessante entre Nunes e Azevedo é ver quem utilizou mais a palavra “mensaleiros”. Gênios.

Na zaga, uma inovação: duas mulheres. Temos a cota feminina no TS do DCM. Eliane Cantanhede, colunista da Folha, e Raquel Scherazade, a versão feminina de Jabor.

Ambas defenderam valentemente o país dos males do lulopetismo, e fizeram a merecida apologia de varões de Plutarco da estatura de Joaquim Barbosa, o magistrado do apartamento de Miami.

No meio de campo, três jogadores de visão: Jabor, Merval e Míriam Leitão. Sim, a cota feminina subiu durante a montagem do TS.

Jabor se celebrizou em 2013 pela rapidez com que passou da condenação absoluta à louvação incondicional das jornadas de junho quando seus superiores na Globo lhe deram ordem para mudar o tom.

Merval entrará para a história pelo abraço fraternal em Ayres de Britto, registrado pelas câmaras. Merval conseguiu desmontar a tese centenária e mundialmente reverenciada de Pulitzer de que jornalista não tem amigo.

E Míriam Leitão antecipou todas as calamidades econômicas que têm assaltado o país, a começar pela redução da desigualdade e pelo nível de emprego recorde.

Numa frase espetacular em 2013, Míriam disse que só escreve o que pensa. Aprendemos então que ela é tão igual aos patrões que poderia ser o quarto Marinho, a irmãzinha de Roberto Irineu, João Roberto e Zé Roberto.

No ataque, dois Ricardos, também para facilitar o entrosamento. Ricardo Setti e Ricardo Noblat. Setti foi uma revelação, em 2013, no combate ao dilmismo, ao lulismo, ao bolivarianismo, ao comunismo ateu e à varíola. Noblat já é um jogador provado, e dispensa apresentações. Foi o primeiro blogueiro a abraçar a honrosa causa do 1% no Brasil.

Para completar o trio ofensivo, Eurípides Alcântara, diretor da Veja. Aos que temiam que a Veja pudesse se modernizar mentalmente depois da morte de Roberto Civita, Eurípides provou que sempre se pode ir mais adiante.

Suas últimas contratações são discípulos de Olavo de Carvalho, o astrólogo que enxerga em Obama um perigoso socialista. Graças a Eurípides, em todas as plataformas da Veja, o leitor está lendo na verdade a cabeça privilegiada de Olavo.

Na reserva do TS, e abrindo espaço para colunistas que não sejam necessariamente jornalistas, dois selecionados.

O primeiro é Lobão, novo colunista da Veja e novo olavete também. No Roda Viva, Lobão defendeu sua reputação de rebelde ao fugir magistralmente de uma pergunta sobre o aborto.

O outro é o professor Marco Antônio Villa, que conseguiu passar o ano sem acertar nenhuma previsão e mesmo assim tem cadeira cativa em todas as mídias nacionais.

O patrono do TS é ele, e só poderia ser ele: José Serra.

Mas Joaquim Barbosa pode obrigar Serra a cedê-la a ele, JB, nosso Batman, nosso menino pobre que mudou o Brasil e, nas horas vagas, arrumou um emprego para o júnior na Globo.
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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Mudanças no ensino de Economia

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Na Europa e nos Estados Unidos começaram a pipocar manifestações de descontentamento face a um modelo de ensino que não guardava nenhuma relação com a realidade dos cenários econômicos. Movimentos de alunos foram rapidamente seguidos por professores e pesquisadores, que passaram a reivindicar também mais espaço para reflexão e oxigenação de idéias. As contribuições de pensadores como Marx, Keynes, Kalecki, entre outros críticos do próprio capitalismo, se oferecem como instrumental mais adequado para compreender e explicar a própria crise.

Por Jaciara Itaim

As décadas de prevalência da hegemonia do pensamento neoliberal, em movimento que logrou se espalhar por todo o mundo, terminaram por provocar consequências significativas para a história da humanidade. Além de todas as mazelas relativas à desorganização das relações sociais, econômicas, ambientais e geopolíticas, esse período também foi marcado pela tentativa de uniformização e padronização das múltiplas maneiras de se compreender e analisar o fenômeno econômico. Um enorme retrocesso!

Essa generalização do modelo simplista de interpretação da forma capitalista de organizar a sociedade foi se consolidando aos poucos, a ponto de se transformar em uma espécie de “unanimidade artificialmente construída” junto aos espaços dos principais formadores de opinião em escala global. Essa verdadeira ditadura do pensamento único reinou absoluta no ambiente das grandes empresas, no interior das organizações multilaterais (Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial, entre outros), nas manifestações cotidianas dos meios de comunicações, bem como no interior dos centros de pesquisa e das universidades.


Pensamento neoliberal: a construção da falsa unanimidade
A experiência havia adquirido fôlego e musculatura ideológica com a chegada de Thatcher e Reagan ao poder, nos dois países que representavam a essência mesma do “capitalismo mais autêntico” no início da década de 1980. Conservadores e republicanos chegavam aos postos máximos dos governos, respectivamente, da Inglaterra e dos Estados Unidos. Esse processo histórico se combina com o desmantelamento da experiência do chamado “socialismo real” nos países do leste europeu e na extinta União Soviética. A idéia de que não haveria mais espaço a outra alternativa para o futuro da experiência humana levou alguns pensadores mais apressadinhos, como Francis Fukuyama, a proporem a sugestiva interpretação do chamado “fim da história”.

Esse mesmo momento era caracterizado por crises recorrentes e sistêmicas no relacionamento entre os países desenvolvidos e os demais do mundo em desenvolvimento. Essas tensões acumuladas terminaram por transbordar em crises nas relações financeiras internacionais, inclusive em razão das dificuldades apresentadas pelos países devedores em cumprir com as cláusulas de pagamento de suas dívidas externas. Tem início uma nova fase na dinâmica econômica mundial. Tratava-se do difícil e penoso período dos chamados “ajustes estruturais”, onde o FMI, BM e demais organizações similares impuseram programas de estabilização macroeconômica aos países em desenvolvimento, sob a lógica do receituário de medidas que ficou conhecido como o “Consenso de Washington”. Sua marca era o arrocho e a ortodoxia.

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Quando a direita ganha poder no movimento estudantil

Um comentário:
Este "singelo" desejo de feliz natal foi postado semana passada no Facebook do DCE Livre UFRGS com um recadinho: "O DCE Livre - Movimento Estudantil Liberdade, grupo que apoiou a chapa vitoriosa nas eleições para o DCE/UFRGS, deseja à [sic] todos os estudantes da Universidade um Feliz Natal!!!".

Por Lola Aronovich, em seu Blog

A foto não agradou. Dezenas de estudantes deixaram mensagens dizendo que a imagem era machista e não @s representava (principalmente as alunas da UFRGS, que um DCE deveria representar). Vi uma discussão um tanto bizarra sobre "por que essas modelos, coitadinhas, não podem ganhar dinheiro posando pra foto?", como se essa fosse a questão.

Foi uma discussão parecida à que li quando eu disse que o comercial dos "homens invisíveis" da Nova Schin, que entravam em vestiários femininos, tiravam o biquíni e bolinavam mulheres na praia, era machista e fazia parte da cultura do estupro. Teve gente que falou: mas as modelos foram pagas pra estar no comercial! Não sei se pessoas com esse tipo de argumentação estão zoando ou se elas não conseguem pensar mesmo.

Também não sei o que se pode esperar da chapa do DCE Livre. No seu site, no final de maio, eles publicaram um post do "Márcio Cannibal" (torcendo aqui pra que não seja seu nome verdadeiro), um rapaz que esteve na Marcha das Vadias de Porto Alegre com um cartaz "Sou machista". No artigo, Cannibal explica por que o machismo é excelente pra sociedade. Não vou dar o link porque não dou link pra mascus. Mas não deixa de ser chocante que um movimento estudantil abra espaço pra preconceitos.

Quer dizer, deveria ser chocante, só que talvez não seja. É o preço que os estudantes da UFRGS estão pagando por elegerem uma chapa de direita. 

É óbvio que eu, sendo uma pessoa de esquerda, não tenho nenhum apreço pelos ideais conservadores da direita. Mas fico ainda mais indignada quando vejo jovens de direita. Porque, se a pessoa não vai querer mudar o mundo nem quando é jovem, vai querer mudar quando? Eu concordo muito com esta citação de Henry Ward Beecher: "Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino para o funeral já tocou".

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sábado, 21 de dezembro de 2013

O jornalismo ornitorrinco e a herança maléfica de 2013

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O recorde mais espetacular do ano de 2013 foi o número de previsões fracassadas. Dia sim, outro também, os jornalões estamparam notícias recebidas com surpresa pelo famoso mercado, que as esperava o oposto. De boca aberta também andaram seus renomados especialistas, a inventar explicações fora da curva para os furos especialmente enormes. Erros que, imediatamente, soterraram com pompa, circunstância e virgens anúncios de futuras tempestades. 

Por Wanderley Guilherme dos Santos, no site Carta Maior

É intrigante a permanente charlatanice com que os periódicos, diários e semanais, afagam o ego dos conservadores sem que estes se sublevem contra a falcatrua. Ou, talvez, os conservadores desconfiem de que a realidade seja bastante diferente, mas aspiram, tal como os jornalistas e especialistas, a vê-la materializar-se conforme a aspiração.

Este parece o sonho derradeiro dos colunistas e pitonisas da oposição: obter o condão de pronunciar profecias que se auto-cumprem. Daquelas que, uma vez proclamadas, contribuem para a realização do desastre. Uma corrida a um banco disparada por falsa previsão de que vai quebrar pode, de fato, levar à bancarrota um estabelecimento sólido. Mas é impossível evitar uma estupenda safra agrícola escondendo-a sob pragas e tormentas apenas verborrágicas. Criam, contudo, uma espécie ornitorrinco de jornalismo – aquele que retrata o que lhe apeteceria acontecesse efetivamente, não o que, com modesta realidade, ocorre. Daí a freqüente discrepância entre as manchetes e o conteúdo, ainda que este venha narrado como que sob tortura, tão tortuosa é a narrativa.

Diverso é o caso do jornalismo a soldo. Não há como perdoar àqueles que sabem o que fazem. Omitem informações relevantes, adulteram outras, inventam terceiras. Cada um dos desvios é serviço prestado. Digamos que eles fabricam um tipo especial de caixa dois, recursos contabilizados como salário, quando, contudo, resultam de um efetivo domínio do fato inventado ou distorcido

Essa cumplicidade entre fiéis ingênuos e deliberados bandoleiros que assaltam a reputação alheia, maculam o estafante trabalho de legislar ou de executar tarefas de interesse geral, enriquecendo ao longo da labuta, dificulta identificar a composição da quadrilha que, diariamente, vende engodo à população. Estamos de acordo que as matérias impressas, tanto as assinadas quanto as editorializadas, constituem atos de ofício e aceitável evidência dos crimes assinalados, certo?

Sendo assim, uma legislação democrática, que proteja os cidadãos comuns contra os achaques e calúnias dessa quadrilha de mistificadores e inventores de escândalos, deve ser uma das preocupações de qualquer governo de origem popular. Os antigos gregos já puniam severamente os propagadores de infâmias e em alguns casos de indução de outros a atos perversos, aplicavam a pena do ostracismo, da multa e, eventualmente, impunham até a pena de morte.

O Brasil nunca ultrapassou essa fase porque nunca esteve nela. O jornalismo ornitorrinco e o jornalismo adversativo (o que acrescenta um mas, porém, todavia, contudo a toda notícia positiva) ainda são os controladores do mercado de notícias. O mercado de notícias é o único que os conservadores não desejam livre.

Qualquer iniciativa de soltá-lo das garras oligárquicas é, ornitorrincamente, apresentada como seu oposto, o de invadir a liberdade da notícia. Ora, o que não existe no país é justamente uma imprensa livre, plural e competitiva o suficiente para que o cidadão possa optar. O mercado de notícias está cativo de tiranetes sem escrúpulos, de colunistas a soldo, sem mencionar o inacreditável nível de desinformação e de cultura da média das redações desses jornais.

O Judiciário, por sua vez, além da adoção do discurso de ódio, inaugurou uma etapa bastante peculiar em nosso constitucionalismo. Dizem seus arautos que o Supremo Tribunal Federal representa a vanguarda iluminada das sociedades contemporâneas. Ainda com mais fulgor no Brasil, entendem, em vista da podridão de que estariam acometidos os demais poderes da República. Entre suas atribuições abrigar-se-ia a de estabelecer prazos para que o Legislativo legisle sobre matérias que ele, Judiciário, considera inadiáveis. Isso, como todos sabem, inclusive os senhores ministros do STF, não está escrito na Constituição. Os únicos prazos legitimamente impostos ao Legislativo, salvo engano, são aqueles hospedados por seu Regimento Interno e pelos estatutos de urgência e medidas provisórias, ambas emanadas do Poder Executivo. De uma penada os atuais e transitórios ministros do STF ofendem o Executivo e o Legislativo.

É cautelar, em conclusão, que se observe como os conflitos por vir não deverão ser debitados à conta de um confronto direto entre o capital e o trabalho, mas entre o jornalismo ornitorrinco e o Judiciário e os demais poderes. O ano de 2014 promete.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Eleição de representantes dos Técnicos ao CoUn da UFPR ficou para 20/02/2014

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Conforme o Edital 002/13-GR, do gabinete do reitor, foi adiada a eleição dos representantes da categoria técnico-administrativa nos Conselhos Superiores da UFPR.  Antes marcada para 17/12/2013, a eleição agora será em 20 de fevereiro de 2014, uma quinta-feira.

O adiamento foi pedido pela Comissão Eleitoral, em face de o ano já estar acabando, o que certamente prejudicaria o comparecimento dos servidores às urnas.

Com isto, os diversos grupos, correntes e lideranças na categoria TA ganham algumas semanas para novas articulações e formação de mais chapas para o pleito.   E também os membros da Comissão Eleitoral - Aldemir Junglos, Lais Murakami, Amanda Gonçalves, Cintiani Von Lasperg e Salete Basso - dispõem de mais tempo para considerar a proposta que este Blog lança de converter o sistema eleitoral de majoritário para proporcional, melhorando a representação democrática da gama de opiniões diversificadas que existem entre os servidores técnicos.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Parecer de auditoria da CGU orienta ao reitor da UFPR dar fim à jornada de 30 horas

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A Controladoria Geral da União é um órgão ligado ao poder executivo federal que atua com a finalidade de fiscalizar os atos de todos os entes públicos da esfera federal, como as IFES.  Este ano veio a público um Relatório da CGU acerca de auditoria que realizaram sobre o exercício 2012 da UFPR.  O documento é longo (mais de 300 páginas, em linguagem técnica), mas alguns trechos mostram o que esse órgão fiscalizador constatou e o que recomenda ao gestor da UFPR (o reitor).  A CGU também envia seu relatório ao TCU (Tribunal de Contas da União) e a ministros de Estado para que tomem providências.

Quase no final desse Relatório da CGU, por exemplo, podem ser lidas as seguintes recomendações a serem cumpridas pelo reitor Zaki Akel:

"5. Assim, recomendou-se ao gestor instituir/aprimorar os controles internos na área de pessoal, principalmente para realizar o reenquadramento dos servidores no nível de padrão de vencimento, em posição compatível com o tempo efetivo de serviço público federal, bem como avaliar a regularidade da concessão de direitos, promovendo a respectiva reposição ao erário quando necessária; implantar rotinas administrativas com a finalidade de realizar revisões periódicas das rubricas de pagamento; implementar sistemática para identificação e correção de irregularidades detectadas na concessão de Parecer de Dirigente do Controle Interno direitos na área de pessoal e respectivos pagamentos; implementar mecanismos efetivos e eficazes de controle de frequência; implementar mecanismos de controle da regularidade da situação funcional dos servidores cedidos; promover a apuração de responsabilidades e consequente reposição ao erário dos valores pagos indevidamente aos servidores que atuaram na entidade sindical [Sinditest], assim como adotar o controle de assiduidade/pontualidade e das compensações de horário para os servidores que se ausentam do expediente para atuarem em entidades sindicais; implementar rotinas para que o pagamento aos servidores cedidos sejam realizados mediante a comprovação do respectivo reembolso por parte do órgão cessionário; solicitar o retorno imediato dos servidores cujos órgãos cessionários encontram-se inadimplentes; retornar à jornada de trabalho regulamentar até que seja verificada a necessidade de implementação da jornada de trabalho reduzida; promover imediatamente as providências necessárias para o funcionamento do ponto eletrônico e exigir dos servidores a sua utilização; e não autorizar a prestação de hora extra por parte dos servidores com jornada reduzida." 

O parecer no Relatório, datado de julho deste ano, é assinado pelo auditor José Lopes Roriz. Como se vê, o mar está turbulento, os peixinhos que se cuidem.

Filha de Feliciano fez 18 anos e ganhou um carro - de um fiel. Essa picaretagem terá fim?

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A picaretagem de Marco Feliciano já é conhecida, mas ele possui uma capacidade diabólica de surpreender. Feliciano tem um patrimônio declarado à Justiça de 634.800,00. Entram nessa conta quatro automóveis, entre eles uma BMW X5. Tem uma casa ampla, com dois coqueiros enfeitando a fachada, em Orlândia, interior de São Paulo. Cobra um cachê avaliado em até 20 mil reais por suas “palestras”.

Sua agenda é cheia — e não só com apresentações no Brasil. Esteve há pouco nos EUA, falando para evangélicos. Sua igreja tem filiais em diversas cidades. Desde que se transformou numa estrela do pentecostalismo, vem ganhando muito dinheiro. É um orgulho da Teologia da Prosperidade.

Um vídeo está circulando de um culto ministrado em abril, um mês depois de ele virar presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Foi em Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

Feliciano passeia pelo palco. Chama a filha Karen, que havia completado 18 anos. Queixa-se de que sua vida está dura. Que não vive do salário de deputado. “Houve dias, nesses dois meses, em que eu falei: ‘Jesus, acabou tudo’”.

Karen queria um carro de aniversário. “Mas o dinheiro que eu tinha nós usamos para pagar as contas. E eu falei: ‘Jesus vai dar um jeito nessa história’”.

Bem, para resumir o discurso pilantra, ele conta que, num de seus shows, a plateia jogava dinheiro a seus pés. E que um homem — milagre — havia dado o carro da própria mulher para a filha de Feliciano. “’Pastor Marco, Jesus falou comigo que era para eu voltar para casa a pé’”, diz Feliciano, que foi obrigado a se resignar diante do modelo. “Não é o carro que ela quer, mas é um começo. É a forma de eu falar para minha filha: Jesus sempre cuidou da gente. Ele nunca vai te desamparar. Nunca”. A voz fica embargada.

MF é um caso de desfaçatez inacreditável. Se ele, um dia, pegar um microfone e confessar que é mentiroso, um apóstata, que está ali para ludibriar gente humilde, que enriqueceu às custas da ignorância alheia — se confessasse tudo isso, nem assim os fieis o abandonariam.

O Templo de Avivamento, em Orlândia, tem numa parede um painel com 11 motivos para se pagar o dízimo. Um deles: “Porque não quero que Deus me chame de ladrão”. Se Deus existisse, daria um jeito de fazer uma aparição num culto de MF, talvez de maneira mais simples do que naquelas passagens fantásticas do Velho Testamento (não precisa queimar arbusto, por exemplo). Pediria a palavra e diria: “Ladrão”.
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Bomba! Sonegação da Globo já está na Polícia Federal

Um comentário:
A denúncia sobre a sonegação bilionária da Rede Globo, e posterior sumiço do documento da Receita Federal, que o núcleo fluminense do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé, junto com o blog Megacidadania, protocolou no Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, seguiu os trâmites internos da instituição e virou o Ofício 13344/2013. O documento foi encaminhado à Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro, onde se encontra agora.

Por Miguel do Rosário, em seu Blog

A PF apurará dois crimes: 1) contra a Ordem Tributária, que é o crime da sonegação propriamente dita, e que pode envolver evasão de divisas, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro; e 2) ocultação de bens, diretos ou valores, que corresponde ao misterioso desaparecimento dos documentos originais, nos quais os auditores da Receita decidem pela condenação da Rede Globo pelo crime de sonegação.

Segundo apurado pelo blog, este ofício está sendo analisado pela Corregedoria da PF, procedimento preliminar à abertura de um inquérito policial. Fontes da própria PF nos informaram que a praxe é que o procedimento seja concluído de 60 a 90 dias. Ou seja, já está atrasado.

O Barão de Itararé, na próxima semana, enviará uma comitiva às dependências da Superintendência da PF-RJ para pressionar pela abertura desse inquérito, no mais curto prazo possível. Iremos lembrar às autoridades da magnitude do valor em questão, e da importância que ele adquire como exemplo contra a sonegação de impostos.

O sonegômetro atualizado esta semana pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) deve chegar a R$ 415 bilhões em 2013. Trata-se de uma das maiores chagas nacionais, ainda mais grave que a corrupção. A corrução sangra os cofres públicos em R$ 50 a 80 bilhões por ano, a sonegação em mais de R$ 400 bilhões.
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Fonte: Blog  O Cafezinho

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Estado de alerta pelas 30 horas aprovado na assembleia do Sinditest

Um comentário:
A assembleia geral do Sinditest, que reuniu há pouco cerca de meia centena de servidores no HC, aprovou a realização de um ato de acompanhamento da sessão do CoUn marcada para 18 de dezembro (4a.-feira próxima), na qual poderá ocorrer mudança na Resolução das 30 horas. Os servidores estão chamados a se concentrar no pátio da Reitoria a partir das 8 da manhã em 18/12, para conferir se o reitor efetivamente tentará alterar a Resolução 56/11, e não o será de maneira a beneficiar toda a categoria.

Também está em debate, em assembleias de servidores TA de todo o Brasil, a deflagração de nova greve nacional salarial em 2014. Por unanimidade, a assembleia do Sinditest aprovou indicativo de entrada em greve para final de março/começo de abril, postergando o Congresso Nacional da FASUBRA para depois do final dessa greve. 

Será realizada plenária nacional da FASUBRA neste final de semana e, para representar o Sinditest, foram eleitos delegados titulares os servidores Luiz Fernando Mendes, Maria de Lourdes Fidélis e Márcio Palmares, ficando como suplentes José Carlos e Eduardo.


Reitor da UFPR quer mesmo mudar Resolução das 30 horas

2 comentários:

O site do Sinditest está alertando a categoria para uma atitude algo inusitada do reitor Zaki Akel, que pode acabar com a jornada de 30 horas, senão para todos os servidores da UFPR, para muitos deles.

Recordando: depois da greve de 2011, um acerto de gabinete entre reitoria da UFPR e o presidente do Sinditest Wilson Messias (gestão 2010-2011) levou à Resolução 56/11, aprovada pelo CoUn com parecer da relatora Andreia Caldas, diretora do setor de educação. O texto da 56/11 contém trechos que suscitaram polêmicas desde 2012, como o artigo que impede que chefias, mesmo algumas ganhando adicional de pouca monta, não podem fazer a jornada de 30 horas semanais.  Além disso, aquela diretoria do Sinditest de 2011 não debateu com ninguém da base a contrapartida da adoção das 30 horas ser a implementação de controle eletrônico de ponto.

O que preocupa o Sinditest é que, na sessão do CoUn de ontem (12/12), o reitor incluiu de última hora um ponto na pauta para alterar a redação da Resolução 56/11. Essas alterações, acredita o sindicato, levariam a restringir o benefício da jornada reduzida para muitos servidores. Zaki Akel ainda aprovou nessa mesma sessão o regime de urgência para votar a alteração da Resolução.

Entretanto, segundo relata o Sinditest, devido à saída de vários conselheiros da sessão do CoUn, derrubando o quorum de deliberação, a proposta de alteração da 56/11 acabou não sendo votada e ficou para ser retomada em nova sessão no dia 18/12. Para analisar esta situação, o Sinditest realiza na tarde de hoje, no HC, uma assembleia geral.

O Sinditest fala em golpe do reitor na matéria que publicou hoje em seu site e exige debate amplo com toda a categoria:

“A verdade é que o Reitor tentou dar um golpe contra esta conquista importante da última greve dos técnicos. Não se pode fazer qualquer tipo de alteração nesta e outras conquistas dos trabalhadores sem antes fazer o debate com a categoria.”

Concordamos que é indispensável o amplo debate democrático com todos os servidores técnico-administrativos. Exatamente o debate que não houve no final da greve de 2011 e da gestão sindical 2010-2011, sequer uma assembleia geral foi chamada para fazer isso. O acordo do qual saiu a Resolução 56/11 foi resultado de um acerto a portas fechadas entre o presidente e alguns poucos diretores do sindicato com o reitor, e por isso mesmo conduziu a diversos questionamentos posteriores no seio da base filiada. Ao menos que a diretoria atual lembre-se de apontar isso quando discute a Resolução das 30 horas.


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

A hipocrisia dos poderosos

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Chora por Mandela, mas acha um absurdo pobre querer os mesmos direitos

Por Leonardo Sakamoto

Precisamos de mais pessoas como Mandela.

Pessoas que são capazes de usar a força quando necessário e adotar uma atitude conciliadora quando preciso. Mas que não descartam qualquer uma das duas acões políticas.

Por conta da morte de Mandela, estamos sendo soterrados por reportagens que louvam apenas um desses lados e esquecem o outro, como se as folhas de uma árvore existissem sem o seu tronco e os galhos. O apartheid não morreu apenas por conta do sorriso bonito e das falas carismáticas do líder sul-africano, mas por décadas de luta firme contra a segregação coordenada por uma resistência que ele ajudou a estruturar.

É fascinante como regimes execrados pelo Ocidente foram, muitas vezes, os únicos que estenderam a mão a Mandela e à luta contra o apartheid. E como, décadas depois, muitos países prestam suas homenagens a ele, sem um mísero mea culpa por seu papel covarde durante sua prisão. Ou, pior: como veículos de comunicação desse mesmo Ocidente ignoram a complexidade da luta de Mandela, defendendo que o pacifismo foi o seu caminho.

Desculpem, mas a necessária conciliação para curar feridas ou a tolerância são diferentes de injustiça. E ser pacifista não significa morrer em silêncio, em paz, de fome ou baioneta. A desobediência civil professada por Gandhi é uma saída, mas não a única e nem cabe em todas as situações em que um grupo de pessoas é aviltado por outro.

Eu celebrei a ideia de uma sociedade livre e democrática, na qual todas as pessoas vivam juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal pelo qual espero viver e o qual espero alcançar. Mas, se for necessário, é um ideal pelo qual estou pronto para morrer'', disse ele, ao ser condenado a 27 anos de prisão.

As histórias das lutas sociais ao redor do mundo são porcamente ensinadas. Ao ler o que os jovens aprendem nas carteiras escolares ou no conteúdo trazido por nós jornalistas, fico com a impressão que a descolonização da Índia, o fim do apartheid na África do Sul ou a independência de Timor Leste foram obtidas apenas através de longas discussões regadas a chá e um pouco de desobediência. Dessa forma, a interpretação dos fatos, passada adiante, segue satisfatória aos grupos no poder.

Muitos que hoje lamentam por Mandela detestam manifestações públicas e mudanças no status quo.

Adoram um revolucionário quando este é reconhecido internacionalmente e aparece em estampas de camisetas, mas repudiam quem ocupa propriedades, por exemplo, “impedindo o progresso''.

Leio reclamações da violência de protestos quando estes vêm dos mais pobres entre os mais pobres – “um estupro à legalidade” – feitas por uma legião de pés-descalços empunhando armas de destruição em massa, como enxadas, foices e facões. Ou contra povos indígenas, cansados de passar fome e frio, reivindicando territórios que historicamente foram deles, na maioria das vezes com flechas, enxadas e paciência. Ou ainda professores que exigem melhores salários e resolvem ir às ruas para mostrar sua indignação e pressionar para que o poder público mude o comportamento. Todos eles são uns vândalos.

Daí, essa pessoa que ama Mandela, mas não sabe quem ele é, pensa: poxa, por que essa gente maltrapilha simplesmente não sofre em silêncio, né?

Muitas das leis criticadas em protestos e ocupações de terra ou mesmo no apartheid não foram criadas pelos que sofrem em decorrência de injustiça social, mas sim por aqueles que estavam ou estão na raiz do problema e defendem regras para que tudo fique como está. Nem sempre a legalidade é justa. E essa frase assusta muita gente.

Mandela é a inspiração. Com ele, é possível acreditar que manifestações populares e ocupações resultem nos pequenos vencendo os grandes. E, com o tempo, os rotos e rasgados sendo capazes de sobrepujar ricos e poderosos.

Por isso, o desespero inconsciente presente em muitas reclamações sobre a violência inerente ou involuntária desses atos. Ou na tentativa de reescrever a história editando aquilo que não interessa.

Enquanto isso, mais um indígena foi morto no Mato Grosso do Sul. Mas tudo bem. Devia ser apenas mais um vândalo, não um homem de bem como Mandela.

Enfim, precisamos de mais pessoas como Mandela. Pois os bons do século 20 estão morrendo antes que realmente entendamos suas mensagens.
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Auditoria do Sinditest - como ficam a divulgação e os desdobramentos?

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Uma auditoria nas contas do período recente das administrações do Sinditest (em especial as gestões de Wilson Messias) foi aprovada em uma assembleia geral dos técnicos em 31/01/2012.  A seguir, a diretoria presidida por Carla Cobalchini empurrou com a barriga a efetivação da medida por 1 ano e meio, alegando dificuldades de caixa para pagar os serviços de auditores.

Em meados de 2013, a diretoria do Sinditest anunciou ter finalmente contratado uma empresa para realizar a auditoria, a Concept.  Essa firma teria produzido um relatório no final de outubro, cujo conteúdo integral é desconhecido da base filiada do sindicato e que, no máximo, teve uma descrição de seus achados através de matéria escrita por um diretor do Sinditest em 21/10/2013 no site do Sinditest.

Permanecem questões. O relatório da auditoria está concluído? Que irregularidades foram encontradas? A Diretoria do sindicato fará uma assembleia para apresentar esse relatório da auditoria? Os responsáveis pelas irregularidades serão chamados a dar satisfações? As recomendações dadas no relatório serão encaminhadas pela atual Diretoria?

Absolutamente nada mais acerca da auditoria tem sido veiculado pela Diretoria do Sinditest nas últimas semanas. Até parece que querem que a base filiada esqueça que um dia foi chamada a tal auditoria.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Mandela morreu. Sua luta vive!

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Hoje, 5 de dezembro de 2013, aos 95 anos de uma vida de lutas, morreu Nelson Mandela, o eminente lutador contra o regime de segregação racial do apartheid na África do Sul.  O anúncio do falecimento foi feito pelo presidente sul-africano Jacob Zuma em Tshwane, nome local da cidade de Pretória, a capital do país.

Segundo informações médicas, desde 26 de junho Mandela se encontrava em "estado vegetativo permanente". Ante o estado crítico de Mandela, os médicos aconselharam aos familiares na época que desligassem as máquinas que mantinham vivo o ex-presidente.

Em 8 de junho Mandela sofreu uma piora em seu estado de saúde, com uma infecção pulmonar que o fez retornar ao hospital em "estado grave mas estável".

Era a segunda vez em dois meses que o ex-presidente sul-africano era hospitalizado por causa do mesmo problema de saúde que o fez ser internado em março de 2013 e dezembro de 2012.

Mandela passou três semanas em um hospital de Tshwane e posteriormente foi submetido a uma operação de extração da cálculos biliares.

Mandela foi o primeiro presidente negro da África do Sul e lutou durante décadas contra o regime de segregação racial do 'apartheid', imposto pela minoria branca euro-sul-africana. Em 1990, foi libertado depois de cumprir 27 anos de prisão por sua luta contra o regime racista da África do Sul, motivo de seu Prêmio Nobel da Paz em 1994.

"Madiba" se foi, mas sua luta pela igualdade permanece viva e sempre mais forte, apesar dos poderosos e de seus abjetos privilégios.
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Fonte: com informações do Portal Vermelho

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Resumo da tática e estratégia da ultraesquerda em qualquer situação

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Deformação antidemocrática na eleição dos Conselhos Superiores da UFPR

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Aproxima-se a época de renovar a representação dos técnicos-administrativos nos Conselhos Superiores da universidade – Conselho de Planejamento e Administração (COPLAD) e Conselho de Ensino e Pesquisa (CEPE), os quais, reunidos, compõem o Conselho Universitário (CoUn). Edital publicado pela reitoria em 27/11 indica a eleição direta de 10 servidores (5 titulares, 5 suplentes) para 17 de dezembro próximo, uma terça-feira.

A grave deformação da democracia universitária reside em que essa eleição é do tipo majoritária, em vez de proporcional. Sendo de tipo majoritária, significa que a chapa vencedora arremata todas as 10 cadeiras. Pode haver um cenário em que uma chapa “A” obtenha 51% dos votos válidos enquanto uma chapa “B” alcance 49% - ou seja, uma eleição dividida praticamente meio a meio. Não importa: a chapa “A”, pelo sistema majoritário, tem direito a todas as 10 vagas.

Em outras palavras, as opiniões da base que se viram representadas na chapa “B” não terão vez e voz no CoUn... Isso é muito pouco democrático, considerando-se que o CoUn é o “parlamento” da UFPR, o seu poder legislativo. Pelo sistema majoritário, parcelas significativas de opinião dentre os técnicos ficam sem chance de se expressar diretamente no CoUn.

A falta de transparência no site da UFPR sobre essa eleição é de lascar... não se informa sequer quem são os membros da Comissão Eleitoral indicados pelo reitor com poderes para definir as regras do pleito e o prazo de inscrição de chapas. 

Seria muito saudável que essa Comissão Eleitoral mudasse o regimento eleitoral e transformasse o sistema majoritário para proporcional: a cada chapa caberão tantas vagas conforme o percentual de votos que obtiver na eleição. Assim, a diversidade de opiniões dentro da comunidade dos TA estará representada, conforme o acolhimento que cada opinião/chapa obtiver na eleição.

Seria essa Comissão Eleitoral sensível a ouvir esta ponderação, a mudar o regimento? O Sinditest apoiaria isto? Qual o problema de mudar o sistema? A UFPR vai completar 101 anos mas não precisa manter um sistema absurdamente antigo e restritivo da democracia.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Lobão e Aécio: irmãos nas bobagens

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A cada expoente a quem a direita recorre para soltar sua verborragia, mais ela assim passa atestado de demência e, em boa parte das vezes, caradurismo infantil. O primeiro é o ex-roqueiro Lobão. Toda vez que abre a boca para comentar sobre o que quer que seja, a sensação que dá é que uma estrela se apaga no céu, tamanhas as bizarrices que saem de sua boca.

Por Cadu Amaral

Em sua participação no programa Roda Viva, da TV Cultura em São Paulo, perdeu completamente o senso do ridículo ao se referir à presidenta Dilma Rousseff. Agressões que, por respeito a você que lê esse texto, não serão repetidas. Atualmente o Roda Viva é coordenado pelo “jornalista” Augusto Nunes, de Veja. Ele e Lobão têm estilo parecido ao balbuciar sandices.

Não que as pessoas não possam discordar da presidenta Dilma. Ou de quem quer que seja, mas isso tem que ser feito dentro do que realmente importa: ações e ideias. Nunca verborragia banhada a ódio de classe, regada a boca suja e mal-educada.

Lobão saiu de rebelde a mauricinho raivoso. Na verdade, parece que antes ele só queria entrar na festa dos bacanas. Agora conseguiu.
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30 horas na UFPR pode virar pó em 2014

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Não o "pó" achado em meia tonelada no helicóptero de amigos do candidato tucano à presidência da República. Pó mesmo, a se esfarelar ao vento.

Segundo uma fonte que participa do Conselho Universitário (CoUn), a constante pressão da CGU (Controladoria Geral da União) sobre o reitor Zaki Akel para que ele explicite a implantação da Resolução 56/11 (a das 30 horas) faria com que tal Resolução venha a ser revista no CoUn.  Além disso, há reclamo de diretores de setor sobre a Reitoria que não concordam com escalas de 30 horas, alegando falta de pessoal para dar conta das tarefas todas.

A mesma fonte adianta que o quadro previsível para 2014 é que a Resolução 56/11 seja revista pelo CoUn, com o retorno ao regime de 40 horas.  Mas, pior: viria com controle eletrônico de ponto.

CTB celebra 6 anos de existência com grande festa no centro de São Paulo

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A Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) irá oferecer à cidade de São Paulo uma grande festa para comemorar seu sexto aniversário. No dia 13 de dezembro, a partir das 12h, a Praça da República será palco de uma série de apresentações musicais, com as presenças já confirmadas de Leci Brandão e de Thobias da Escola de Samba Vai Vai.

Entre as 12h e 20h, também passarão pela Praça da República artistas da MPB, do forró e do hip hop. “Queremos que essa data fique marcada por uma grande celebração. Será um momento de diversão, um presente para a militância cetebista, que tanto batalhou não apenas em 2013, mas ao longo dessa trajetória de seis anos da CTB”, afirma o presidente Adilson Araújo.

Ação judicial por supostas fraudes na recente eleição do Sinditest

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O candidato derrotado da Chapa 2 ("Sindicato Para Todos") na eleição para a diretoria do Sinditest, ocorrida em 6-7/novembro, teria entrado com ação judicial buscando anular o resultado eleitoral. A alegação de Antonio Neris é de que teriam sucedido fatos comprobatórios de fraude eleitoral, em razão suficiente para o pleito ser invalidado.

Entre os fatos arrolados pelo queixoso, que teriam evidências e testemunhas, estão, por exemplo, o de que a Comissão Eleitoral foi presidida por pessoa estranha à categoria dos técnico-administrativos. De fato, o processo eleitoral foi conduzido por uma professora, presidente atual do PSTU de Curitiba, que não pertence à comunidade da UFPR nem é filiada do Sinditest. 

Outras alegações referem-se à falta de lacres nas urnas, que elas foram transportadas por carro particular sem acompanhamento de fiscais das duas chapas e que estiveram guardadas em sala cujo lacre da porta foi rompido sem presença de fiscal da chapa de oposição. Há reclamação também de que foi feita apuração de votos sem conferência prévia das respectivas lista e ata de votação, e de que eleitores votaram em urna volante sem apresentar identificação.

Se o “jus sperneandi” tem base concreta para prosperar e ameaçar a posse da presidente reeleita (em janeiro), não há como saber o que irá pela cabeça do juiz do trabalho que acolher o reclamo. Mas é livre o direito ao queixume.

Empresa avaliará necessidade de pessoal para o HC da UFPR

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O Hospital de Clínicas (HC) solicitou ontem que a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), mantida pelo gover­no federal, realize um es­tudo sobre a necessidade de re­cursos humanos para o fun­cionamento de todos os 560 leitos da instituição. Es­sa medida cumpre uma determinação do Ministério Público Federal (MPF).

Isso não significa, de modo algum, que o HC está aderindo à Ebserh. É apenas uma determinação do MPF que estamos cumprindo. A empresa fará uma análise de quantos funcionários nós precisamos para estar com todos os leitos abertos”, explica o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Zaki Akel Sobrinho. Se a determinação não fosse cumprida, o reitor poderia ser responsabilizado civil e criminalmente.

No início de outubro deste ano, 94 leitos do HC foram fechados por causa da falta de pessoal. Ao todo, o hospital possui cerca de 180 vagas desativadas. A média mensal de atendimentos realizados pelo HC é de 62 mil pessoas, com 1,9 mil internações, além de 896 cirurgias, 210 partos e 90 mil exames complementares.

Ebserh
A Ebserh assumiu em 2011 a gestão centralizada de hospitais universitários federais. Isso a tornou responsável pela contratação de pessoal e pela compra de materiais nestes hospitais. Apesar disso, cada instituição tem o poder de decidir pela adesão ou não à Ebserh. Em agosto do ano passado, o Conselho Universitário da UFPR decidiu não aderir à empresa.
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