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terça-feira, 28 de julho de 2015

Profeta sectário golpista do PSTU mente na assembleia do Sinditest

Um comentário:
O vice-presidente do Sinditest, Márcio Palmares, mentiu na assembleia geral de greve do Sinditest realizada na manhã de hoje no RU, ao dizer que a central sindical CTB apoia a proposta do PPE do governo federal.  O PPE propõe, a pretexto de defender o emprego, que trabalhadores da iniciativa privada aceitem reduzir sua jornada de trabalho com redução correspondente de salários.

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) defende que o emprego e a renda do trabalhador sejam protegidos e valorizados por uma nova política econômica, afirmativa do desenvolvimento soberano, bem diversa da que hoje é aplicada pelo governo Dilma, que é caminho para a recessão, queda de renda dos salários e aumento do desemprego, o desastre.

Contudo, cínico em sua intenção de atacar a CTB - que busca um desfecho razoável para a atual greve da FASUBRA -, o militante do PSTU Márcio Palmares não hesitou em mentir.  


Em sua fala, citou de passagem o ato golpista dos fascistoides de direita e extrema-direita marcado para 16 de agosto, quando defenderão a derrubada do governo Dilma, recomendando que os servidores da base do Sinditest não compareçam a essa manifestação "coxinha".  Não obstante, o partido do profeta sectário, o PSTU, através de seu presidente nacional, recentemente gravou vídeo defendendo a "derrubada do governo Dilma".

Devemos avaliar uma pessoa pelo que ela diz de si mesma ou por sua ação prática que podemos constatar com os próprios olhos?  O mesmo vale para partidos.  Hoje, o presidente do PSTU faz malabarismos verbais para esclarecer isto e aquilo sobre seu vídeo, mas o resultado prático da postura atual do PSTU é levar água para o moinho dos golpistas, que querem derrubar o governo Dilma para instaurar no lugar uma camarilha reacionária. Em resumo: o PSTU e seus militantes se perfilam tão golpistas quanto os golpistas da direita.  Por mais que esbravejem que querem um "governo sem patrões"...

Assembleia do Sinditest começa debate para afunilar greve em direção a negociação definitiva

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A assembleia da manhã de hoje do Sinditest, reunindo cerca de 150 pessoas no RU Central da UFPR, fez o início do debate necessário para propor estratégias que conduzam a greve a algum desfecho nas próximas negociações com o governo federal.  Foi avaliado o resultado da última reunião envolvendo CNG-FASUBRA, MPOG e MEC, na semana passada.

Não houve deliberações, pois também se aguarda o acúmulo de discussão dentro do Comando Nacional de Greve (CNG), que só será conhecido hoje ou amanhã. Por isto, foi marcada nova assembleia geral para as 10 horas da manhã da próxima quinta-feira, dia 30, também no RU.  Esta assembleia de quinta-feira terá papel de deliberar sobre propostas para a próxima negociação nacional.

Constata-se que, no campo das negociações envolvendo a pauta específica dos TAE, como no caso do aprimoramento do PCCTAE, há maiores chances de alguma conquista, embora sem impactos financeiros (ou mínimos).  Pretende-se modificar o artigo 18 da lei da carreira, de modo a, com isso, introduzir mudanças na carreira que superem seus atuais limites e defasagens.

Já no terreno financeiro, do reajuste salarial, a coisa fica bem difícil.  O governo federal ainda sustenta oficialmente sua proposta de reajustes escalonados ao longo de 4 anos (2016 a 2019) perfazendo um índice total de 21,3%. Isto já foi totalmente recusado pelo CNG, que aponta possivelmente para negociar apenas o reajuste de 2016, idealmente junto com a cessão da regulamentação da negociação coletiva/data-base efetiva já para 2016.  

Em sua proposta inicial plurianual (4 anos), o índice oferecido para 2016 pelo MPOG era de 5,5%.  Porém, esta cifra é pífia, praticamente a metade da inflação prevista para 2015.

O impasse é grande.  Dificilmente o governo cederá algo que incida em maior impacto financeiro sobre suas contas do que já ofereceu, mas a greve buscará insistir nas próximas semanas. Aproxima-se também o prazo para que o governo feche sua lei orçamentária anual, que é no mês de agosto.

Pra pressionar o governo federal, está prevista uma nova caravana a Brasília para os dias 5 e 6 de agosto, na semana próxima, em que provavelmente ocorrerá nova rodada de negociações, na qual talvez se vislumbre com maior nitidez as opções de desfecho desta greve, que completou hoje seu 60. dia.

Na parte final da assembleia, foram eleitos novos delegados de base para irem compor o CNG em Brasília e definido um calendário de próximas atividades:

29/07 - Manifestações de descomemoração do aniversário de 50 anos do (des)governador Beto Richa e de marco dos 3 meses do massacre do Centro Cívico sobre os professores da APP; na Boca Maldita, 14h30.

30/07 - Assembleia geral de greve, às 10h00, no RU Central.

05-06/08 - Caravana a Brasília.

06/08 - Debate sobre a Resolução das 30 horas/Ponto eletrônico dentro do CoUn da UFPR e Ato no pátio da Reitoria, pela manhã.

11/08 - Palestra de Maria Lúcia Fatorelli, ex-auditora da Receita Federal, sobre o esquema corruptor da Dívida Pública, 19h00, na Faculdade de Direito da UFPR.


segunda-feira, 27 de julho de 2015

Negociação de greve em tempos bicudos

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O que disse de concreto e seguro o Governo ao Comando de Greve da FASUBRA na última conversa (23/7)?  Nada.

Rolou muito papo, cheio de “quem sabe”, “talvez”, "vamos ver", sobre o qual os dirigentes do movimento tiveram que fazer esforços interpretativos, tentando achar razões para manter a esperança de que esta greve 2015 algo possa conquistar.

No campo salarial, em nível satisfatório? Não.

Estando o Governo Federal em fase de contingenciamentos e cortes, o representante do MPOG disse que não poderá atender reivindicações que tenham o chamado “impacto financeiro”, além do montante traduzido no índice que eles já ofereceram, ou seja, algo em torno de 5,75% de “reajuste”, a ser pago no começo de 2016.  Isto é, abaixo até da inflação prevista para 2015 (na casa dos 9%). Que dirá recompor perdas passadas...

O CNG-FASUBRA já disse que não topa ficar amarrado em acordo plurianual, como o governo queria (4 anos). Se for para fazer acordo em torno de algum reajuste, seria somente para 2016. E, neste caso, os já anunciados 5,75%.  A não ser que o Governo seja bonzinho e se disponha a dar um índice um pouquinho melhor para os TAEs, primos pobres do Executivo, e menos para as demais categorias de SPFs.

Fora isto, que é do plano de negociação direta com o MPOG, poderia haver algumas conquistas modestas – com impacto financeiro zero ou minimíssimo – em termos de plano de carreira (art. 18), da regulamentação das 30 horas e de eleições diretas para reitor.  Que, no caso da UFPR, provavelmente vai refrescar muito pouco, ou nada.


Em resumo: as conversas entre FASUBRA e Governo até agora permitem um otimismo com temperatura de calota polar.  Nova reunião deve ocorrer dentro de uma a duas semanas em Brasília.  A greve se estende até meados de agosto.  Cruzem os dedos, torçam, rezem, façam macumba, mas fiquem frios. Pode não vir nada.

Zoinhos do HC - surge um novo veículo de oposição à Diretoria do Sinditest

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Uma das fontes deste blog revela que, ontem no HC, apareceu em diversos andares do prédio central um boletim intitulado "Zoinho2015", cujo cabeçalho aparece na figura acima (a íntegra, em PDF, está no rodapé da coluna da direita deste blog).  O panfleto, de aparência simples, se coloca em oposição ao grupo do PSTU que hoje controla a Diretoria do Sinditest, alinhando diversas críticas à sua atuação desde o ano passado.

São abordados temas como a representação sindical na Maternidade Victor do Amaral; a derrota da EBSERH; a aprovação sem maiores debates do Fundo de Greve 2015; as perdas de Adicionais de Insalubridade; o ponto eletrônico; os discursos histéricos de diretores sindicais e até processos de assédio moral movidos por ex-funcionários do Sinditest contra a diretoria.

No caso do fundo de greve deste ano, o "Zoinho" reclama que, enquanto o patrimônio material do sindicato não cresceu, "aumentaram as mensalidades e ainda aprovaram fundo de greve com cerca de cinquenta pessoas na maior cara de pau, quando deveriam no mínimo [ter] realizado um plebiscito ou referendo já que este tema mexe com o bolso de todos."

Questiona o boletim oposicionista se a categoria sabe que "ex-funcionários estão processando  a atual diretoria por assédio ou dano moral", comentando que os diretores do Sinditest "combatem a praga fora mais [sic] praticam em casa." 

O boletim "Zoinho" tira algumas conclusões severas e promete um segundo número para breve.  Não se conhece ainda sua autoria, apenas que seria produzido por servidores do HC muito insatisfeitos com a maneira pela qual o PSTU tem conduzido o Sinditest na atual gestão presidida pela "Pastora" Carla Cobalchini.

sábado, 25 de julho de 2015

Deputado que quer a pena de morte preventiva no Brasil não está sozinho

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Anote este nome: Laerte Bessa.  Se alguém quiser saber como as bancadas da bala e a evangélica estão atirando o Brasil no século passado, é preciso prestar atenção nele.

Por Kiko Nogueira, no DCM

Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, Bessa, que foi relator da comissão da maioridade penal na Câmara, contou como encontrou uma solução simples e genial para a questão da criminalidade.

Daqui a uns vinte anos, nós vamos reduzir pra 14, depois pra 12, e vai baixando, até chegar na barriga da mulher”, afirmou.  “Até lá, os cientistas já descobriram uma forma de descobrir se o moleque é criminoso e então não vai deixar nascer. Aí vai resolver o problema”.

A frase foi pinçada pela revista Fórum. Diante da repercussão, Bessa publicou um desmentido, dizendo que nunca “falou em aborto”. O jornalista inglês acabou por colocar no ar o áudio completo da conversa.  Na gravação, ouve-se o repórter, estupefato, perguntar ao interlocutor: “Desculpa, você está falando sério?” Sim, claro que estava falando sério. Bessa não se faz de rogado e repete tudo.

O inventor da pena de morte preventiva é deputado pelo DF e ex-delegado. Figura controvertida, valentão de filme do Mazzaroppi, ficou famoso quando chamou para a briga jovens que o vaiavam quando subiu ao palco de um show em 2009. “Tudo vagabundo”, diz ele, ao microfone.

A eugenia que está pregando já teve seu momento no Brasil. O artigo 138 da Constituição de 1934 estabelecia o seguinte: “incumbe à União, aos Estados e aos Municípios, nos termos das leis respectivas, estimular a educação eugênica”. Ela deveria ser aplicada a “órfãos e abandonados, pretos ou pardos, débeis ou atrasados”.

Era uma influência do nazismo. Um dos maiores divulgadores desse determinismo biológico, por aqui, era o líder integralista Plínio Salgado. Nos anos 30, o professor, escritor e político Afrânio Peixoto enxergava a segregação de crianças e adolescentes “degenerados” como forma de garantir a “saúde da Nação”.

O eugenismo foi atirado na lata do lixo da história como “teoria científica” depois que a barbárie nazista nos campos de concentração ficou conhecida.

Laerte Bessa é um homem ignorante e provavelmente não saiba de nada disso. É duvidoso que tenha noção de quem seja Plínio Salgado, seu tio espiritual — mas isso talvez seja mais assustador. Talvez tanto quanto saber que ele não está sozinho.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Estatuto "prato feito" do Sinditest, onde está?

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Semana que vem, em 29/7, vai fazer já dois meses que uma assembleia do Sinditest votou às pressas um novo Estatuto sindical.  O método foi estilo "prato feito" - aceite, coma, engula com farinha e não questione.  Pois a assembleia que supostamente "analisou" 80 artigos durou pouco mais que uma hora, e imediatamente antes de começar uma churrascada no próprio salão onde se deu a assembleia.

Mesa da churrasqueira: mais atrativa que a Mesa da Assembleia

Tanta pressa, tanto açodamento, tanta imposição naquele 29 de maio, para quê?  Nem se conhece a redação final do Estatuto. Ele não aparece no site do sindicato.  Qual a razão? Se o "prato feito" estava pronto, por que não está lá no site para toda a base ver o que mudou? Já foi registrado em cartório?  Será que tinha algum(ns) ingrediente(s) estragado(s) no prato feito pelos cozinheiros do PSTU do Sinditest?

CTB, UNE e MTST convocam ato dia 20 em defesa da democracia

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O presidente da CTB, Adilson Araújo, o dirigente nacional do MTST, Guilherme Boulos, e a presidenta da UNE, Carina Vitral, se reuniram na sede da CTB, em São Paulo, nesta quinta-feira (23), para definir as diretrizes do ato nacional programado para o próximo dia 20 de agosto.


Enquanto isso, o PSTU se alia na prática à direita e à grande mídia burguesa na pregação da derrubada do governo Dilma...

Movimentos se unem em defesa da democracia e contra o golpismo. A mobilização será para um grande ato dia 20 de agosto.  A CTB e demais centrais sindicais juntamente aos movimentos sociais e setores progressistas da sociedade vão para as ruas em mais um Dia Nacional de Lutas em defesa da democracia, dos direitos sociais e trabalhistas e da Petrobras. A CTB convoca ainda as suas centrais estaduais a prepararem atos locais em suas cidades.


Após um primeiro semestre muito difícil para a maior parte da sociedade brasileira, impactada pela crise econômica, a mobilização e a unidade da classe trabalhadora se faz urgente e necessária para que não esmoreça e, ao contrário, se fortaleça o enfrentamento à onda golpista e reacionária que vem ganhando força e impondo derrotas aos trabalhadores e ao povo mais pobre do país.

O melhor remédio para a crise econômica e política que vivemos é a aposta no desenvolvimento com geração de emprego e renda. O Brasil precisa de uma agenda positiva para a retomada do crescimento”, diz o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, que defende a construção de uma ampla frente pela defesa da democracia, da engenharia e soberania nacionais, pelos direitos sociais e trabalhistas como o caminho para evitar retrocessos e avançar em direção às mudanças de que o país precisa.

O dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, afirma que o ato do próximo dia 20 de agosto tem o objetivo de marcar a posição do movimento popular em defesa dos direitos sociais e contra a ofensiva da direita. “Não vamos aceitar esta pauta conservadora”.

Ele frisa também que as saídas para a crise econômica não podem penalizar a população mais pobre, com cortes em programas sociais. Carina Vitral, presidenta da UNE, pontua que o dia 20 será uma resposta dos movimentos populares e das centrais sindicais à passeata com finalidades golpistas marcada por setores da direita para o dia 16 de agosto. “Faremos um contraponto. Vamos às ruas em defesa da liberdade, da democracia e dos direitos”, diz Carina.
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Com informações do portal CTB

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Greve da FASUBRA sem luz no fim do túnel

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O relato postado ontem no sítio de internet da FASUBRA, acerca da reunião do MPOG com o Fórum dos Servidores Federais, não é animador. Veja abaixo.


Os Servidores Públicos Federais se reuniram na tarde de ontem (20) com o secretário de Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, em continuidade às negociações. O evento realizado no edifício do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) durou cerca de duas horas. O Comando Nacional de Greve da FASUBRA Sindical permaneceu em vigília em frente ao prédio.

Foram apresentadas propostas de apenas dois itens da pauta de negociação: reajuste salarial e benefícios. Seis itens ficaram sem resposta, entre eles, a negociação coletiva (Convenção nº 151, da Organização Internacional do Trabalho). Mendonça sustentou a contraproposta de 21,3% de reajuste parcelado em 4 anos. A novidade é o mesmo percentual de reajuste de 22,8% para o Auxílio-saúde e Auxílio-alimentação. No caso do Auxílio-saúde, os valores atuais são diferenciados por idade e faixa salarial. Esse reajuste beneficiaria 1 milhão e 289 mil servidores. O reajuste do Auxílio-alimentação beneficiará 592 mil servidores ativos, deixando de fora aposentados. 

No caso da Assistência Pré-Escolar será considerada a inflação desde abril de 1995 a 2015. O valor ficaria em R$ 396,00. Esse reajuste beneficiará mais ou menos 74 mil servidores ativos. O impacto de reajuste dos três benefícios será de 1 bilhão e 250 milhões.


Ano
Auxílio-Alimentação
Assistência Pré-Escolar
2015
R$ 373,00
R$ 70,00
2016
R$ 458,00
R$ 396,00

Os servidores solicitaram uma nova análise por parte do governo do reajuste. A próxima reunião acontece em 10 dias. O secretário propôs a inclusão de cláusula de revisão do reajuste, caso a inflação prevista no índice do acordo supere em 10%. Os representantes do Fórum afirmaram que a inflexibilidade no valor do índice de reajuste e a plurianualidade [4 anos] complicam o processo negocial.
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Fonte: FASUBRA

terça-feira, 21 de julho de 2015

PSTU, Eduardo Cunha, a direita e a grande mídia juntos para derrubar governo Dilma

Um comentário:
Não se trata do que uma determinada corrente política proclama em discurso ou texto escrito, mas sim do efeito prático de suas ações. E o efeito prático da ação do PSTU é jogar água no moinho do golpismo de direita, que pretende atropelar a legitimidade de mandato presidencial conquistado nas urnas de 2014.

Em entrevista gravada em vídeo pelo sítio do PSTU, José Maria de Almeida, presidente nacional desse partido afirma que "os trabalhadores” devem derrubar o governo do PT.

Esta afirmação é realizada no exato momento em que se avoluma a ofensiva dos partidos de direita para derrubar o governo sob uma cobertura aparentemente legal. A discussão do impedimento (impeachment) de Dilma Rousseff não é segredo para ninguém, está em todos os jornais do País.

O dirigente do PSTU se faz de desentendido e ignora totalmente o que está acontecendo.

A ideia de que “os trabalhadores” vão derrubar o governo não apenas é ridícula, mas é, efetivamente, um encobrimento da operação golpista com um discurso esquerdista. Almeida cita a pesquisa fraudulenta do DataFolha que atribui 9% de popularidade ao governo, dando por verdade que um partido de um milhão de filiados, e que obteve 54 milhões de votos menos de um ano atrás, teria agora, a aprovação de apenas 100 mil eleitores!

O chamado aos “trabalhadores” para derrubar o governo, se não há condições para tanto e é óbvio que não há, é pura demagogia, mas nesse caso é visivelmente um apoio ao movimento golpista da direita.

O PSTU tem procurado confundir a esquerda e os trabalhadores com a ideia de que não há nenhuma ameaça golpista e que o “maior inimigo” é o governo do PT. Usou da expressão governismo para pregar a ruptura da CUT, de federações de trabalhadores e de sindicatos. Nesse sentido, a sua política, apesar da linguagem pretensamente radical, tem se alinhado completamente com o movimento realizado pela direita.

O chamado público do PSTU para que se derrube o governo de Dilma Rousseff é uma propaganda em favor da derrubada do governo pela direita e um incentivo a que se juntem às mobilizações direitistas, claramente reacionárias que estão sendo convocadas pelo impeachment.

Ao que tudo indica, o PSTU está implementando no Brasil a mesma política que propôs para o Egito, quando apoiou um golpe militar pinochetista sob a cobertura de que “o povo” estava se mobilizando para derrubar o governo. O mesmo se pode dizer da Ucrânia, onde o imperialismo europeu e norte-americano, com a ajuda de paramilitares nazistas derrubaram o governo eleito para dominar o país e o jogaram na guerra civil.

Nesse sentido, a política proposta pelo PSTU não é nova e já foi experimentada, com os resultados que todos conhecemos, em outros países. É sob esta luz que o chamado a derrubar o governo feito pelo partido deve ser analisado por todos e rejeitado de maneira clara e contundente.
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Fonte: Site do PCO

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Joãozinho SabeTudo seria a direção do Sinditest

2 comentários:
Algumas fontes confidenciaram a este Blog terem quase completa certeza de que o perfil falso de Facebook sob o nome de "Joãozinho Sabe Tudo" e correlatos seria uma equipe de pessoas da diretoria do Sinditest, ou ligada a ela.

As fontes citaram alguns elementos nesse sentido, como o foco dirigido contra o reitor Zaki Akel, objeto de explícita inimizade da Diretoria do Sinditest, e seu potencial candidato sucessor, o vice Rogério Mulinari.

Outra evidência: pouco antes do início de uma das assembleias de greve do Sinditest, no RU Central, um diretor do sindicato foi visto deixando uma pilha de panfletos assinados por "Joãozinho Sabe Tudo" na mesa de entrada da assembleia.

Em uma outra recente assembleia de greve, o vice-presidente do Sinditest gabou-se de que, agora, o sindicato havia contratado um jornalista com real "capacidade investigativa", que já teria reunido importante acervo contra a reitoria, a qual poderá ser acionada quando se quiser contra o vice Mulinari. Na mesma assembleia, o diretor Luiz Fernando asseverou que, se a Reitoria quiser se contrapor, o sindicato possuiria "munição de canhão para matar pardal".

Há outras evidências, incluindo pessoas da Assessoria de Comunicação da reitoria, mas não as mencionaremos aqui.

É pena que, agora, a 1 ano e meio do fim do funéreo mandato zakiano na UFPR, a gestão sindical se queira contrapor, quando, na eleição de reitor de 2012, preferiu ficar neutra, permitindo ampla vitória de Zaki Akel, inclusive dentro do HC.   Se ela fomenta os Joaozinhos falsos do Facebook, nada podemos asseverar.  Podemos dizer sim é que ela foi covarde em 2012.  E deveria partir para iniciativas mais sólidas.

Goela abaixo, com sorrisinhos tolos e sem noção

2 comentários:
Não descrevemos aqui, até agora, a segunda fase da farsa do PSTU no Sinditest no que toca à dita “mudança” do Estatuto sindical, em 29/05.  Pedimos desculpas.  A náusea nos tem paralisado, em face de tanta manobra perpetrada pela diretoria sindical.

Primeiro: assembleia marcada junto com um almoço na sede social da rua Marechal.

Segundo: assembleia de mudança de estatuto precedida de assembleia de organização da greve nacional dos TAE, duas horas antes, no mesmo local, impregnado dos odores de linguiças e franguinhos sendo assados.


Quando chegamos ao local, já se sentia o cheiro dos grelhados... cerca de 10 horas começou a assembleia para debater a organização da greve nacional dos TAEs.  Logo de início, coube ao profeta sectário, vice-presidente do sindicato, anunciar um tema polêmico (porque polemizado dias antes por este Blog): usar ou não usar o RU Central como QG da greve.  Vários oradores se inscreveram e o debate corria solto quando, de repente, o mesmo profetinha sectário adverte: “Não podemos mais prosseguir esta assembleia, pois temos de iniciar a outra, a assembleia de mudança do Estatuto”.


Respaldado por sua maioria cordeira, a diretoria PSTUista do Sinditest conseguiu o descalabro de interromper uma assembleia de greve para iniciar outra, sobre outro tema, a de mudança do Estatuto.  Estatuto que a quase totalidade dos presentes desconhecia, e menos ainda suas propostas de mudanças.  Eram então 11 horas do dia 29 de maio.  Mais um dia de absurdos no processo antidemocrático do SInditest sob comando do PSTU.


Alguns membros da Oposição do Sinditest (incluindo o editor deste Blog), embora divergindo seriamente deste tipo de encaminhamento, apresentaram visões discordantes de partes do Estatuto novo proposto pelo PSTU.  Abriu-se espaço para defesas.  Mas a ampla maioria ovina naquela assembleia manteve as proposições do PSTU para o Estatuto.

Duas questões ficam:

1-Paraná argumentou que, juridicamente, os futuros servidores da EBSERH no HC não poderão ser representados pelo Sinditest, mas foi derrotado na votação por obra da presidenta Carla.

2-Estranha-se que, passado mais de mês e meio daquela segunda farsa em clima gastronômico, o “novo” Estatuto do Sinditest ainda não tenha sido registrado. Será que a advocacia do PSTU acordou para erros em sua confecção?  Desafiamos quem quer que seja a achar no site do Sinditest, e/ou registrada em cartório, a nova redação do Estatuto do sindicato.  No site consta apenas a proposta original antes da assembleia de 29/05, mas ninguém sabe onde está a redação final oficial.  Resumindo: este sindicato não tem estatuto no momento.

Eis, pois, colegas, como é que o PSTU propõe debater o “contrato social” da categoria que é o Estatuto, texto que tem mais de 70 artigos: numa assembleia de não mais que uma hora, num salão social onde dali a pouco os convivas iriam degustar um almoço cujos aromas se espalhavam pelos narizes de todos. Parece ou não com a Força Sindical do Paulinho corrupto?  Perguntem a 99,99% da categoria o que é o "novo" Estatuto do Sinditest e a resposta será "não sei".

Pergunta final: POR QUE É QUE - ATÉ AGORA - O DITO "NOVO" ESTATUTO AINDA NÃO APARECEU NO SITE DO SINDITEST?  

E a próxima fase de mudança do Estatuto do Sinditest? Vai ter qual cardápio para os trouxas?

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Trabalhadores pagos sem trabalhar, RU semideserto sem atender usuários que precisam: bonito!

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A foto acima retrata a realidade da maior parte do tempo no RU Central da UFPR, durante cada semana desde que começou a greve nacional. Semidesértico, sem uso.  Os trabalhadores terceirizados, obrigados por contrato a comparecer ao local de trabalho, tentando achar com o que passar o tempo, sem trabalhar. Porém, o mesmo contrato obriga a UFPR a honrar o pagamento dos salários desses trabalhadores forçados ao ócio.  Ao mesmo tempo, usuários mais carentes de alimentação barata ficam privados do benefício ou obrigados a tomar o ônibus Intercampus para frequentar o restaurante do Centro Politécnico.

Essa situação foi produzida pela direção PSTUísta do Sinditest e por pequena parcela de servidores grevistas que a apoiaram, ocupando o RU Central desde o começo de junho.

O custo desse "aluguel" do salão do RU para apenas uma assembleia semanal e mais umas poucas atividades paralelas?  A bagatela de R$ 498 mil, em valor atualizado.  Esse "aluguel", pela ocupação grevista, corresponde ao custo dos trabalhadores terceirizados impedidos de trabalhar produzindo refeições, desde princípios de junho.  Quem paga o "aluguel" é a UFPR. Quem sub-utiliza é o PSTU, controlador do Comando Local de Greve.  Uma relação custo/benefício muito ruim, não? Eita "aluguel" caro só pra fazer assembleias!!


A Pró-Reitoria de Administração (PRA) tem enviado repetidamente "Notificações Extrajudiciais" ao Sinditest, tal como a de número 6, que se vê acima, no valor de 395 mil reais [clique para ampliar].  Aliás, pouco tempo após ter recebido a Notificação no. 6, o diretor do Sinditest José Carlos Assis, possuído de estranha amnésia para números, declarou perante a assembleia de greve que o valor dela era apenas 65 mil e não 395 mil reais...

Todas essas "Notificações" da PRA tem sido olimpicamente ignoradas pelo comando do PSTU, que acredita que tais valores não irão redundar em futuras multas ou indenizações contra o sindicato.  No entanto, se porventura uma ação judicial acontecer e implicar em obrigação de ressarcimento à UFPR, os valores poderão ser bem pesados.

O mesmo aconteceu na greve fracassada de 2014.  Os diversos RUs da UFPR foram então fechados pela greve (mesmo com os terceirizados não estando em greve) e o montante dos serviços pagos não efetuados atingiu a cifra de quase 1 milhão de reais.

A categoria dos TAE representada pelo Sinditest tem que rezar e torcer para que o pior não aconteça: a entidade ter que ressarcir todo esse montante, o que ameaçaria duramente o patrimônio sindical, conquistado com sacrifício ao longo de mais de 20 anos de existência do sindicato.  Por aí se mede o tamanho da responsabilidade de certos grupos políticos.


Além dessas quantias, não há como calcular os valores que vem sendo desembolsados pelos usuários do RU, tanto alunos quanto TAEs, que se obrigam a fazer refeições nos buffets do entorno da Reitoria, a preços de 10 reais ou mais.  Sem falar na perda do ponto de encontro das pessoas, que era propiciado pelo horário regular das refeições no RU.  Nada disso importa para o PSTU e o diktat de seus comandantes donos-da-verdade na UFPR.

Figa, figa, figa... E dois pés atrás

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O governo federal, desde o começo do ano, adota um ajuste fiscal e medidas que tem feito aumentar o desemprego e aproximar uma recessão na economia.  Um forte contingenciamento de recursos (suspensão temporária de repasses) foi adotado sobre todos os ministérios de Dilma, só no MEC sustendo 9 bilhões de reais e provocando situações críticas nas IFES de todo o país.  

Há uma severa crise política em curso no Brasil, com o Governo Dilma açoitado diariamente pelos direitistas que comandam o Congresso Nacional e pela grande mídia burguesa monopolista.  Segmentos fascistoides promovem na internet um contínuo enxovalhamento de Dilma ( chegando ao ponto da agressão machista) e da esquerda no governo.  A direita insufla o clima de impeachment e de incertezas quanto ao futuro imediato.  A Operação Lava Jato, com o justiceiro fora-da-lei Moro à frente, detona a Petrobras e empresas de engenharia nacional, levando com isso já milhares de trabalhadores desse ramo ao olho da rua.

No entanto, a avaliação do Comando Local de Greve do Sinditest é cor-de-rosa.  Abrimos o site do sindicato na internet e lá vemos uma matéria plena de "wishful-thinking".  

Nessa matéria - que relata com fortes tintas de otimismo o que teria sido o debate na assembleia de greve de ontem (14/7), no RU Central da UFPR -, a abertura já diz: "Há chances reais de se obter compromissos inéditos do governo federal, que no momento encontra-se acuado por uma crise política."

Adiante, surge a declaração do colega de irregularidades imobiliárias da gestão Wilson Messias (2008-2011), o ex-diretor Bernardo Pilotto: "Nas últimas greves, o governo havia demorado pelo menos 60 dias só para nos receber (...) Agora, com 45 dias de paralisação, o governo não só já fez uma proposta, como aceitou discuti-la e melhorá-la.”  

Se há "chances reais", o debate da assembleia de ontem deveria apontar mais concretamente quais.  Se ali se avalia que o governo está acuado (pela direita), e de fato em grande parte está, isso tanto permite avaliar que seria bom como que é ruim para a greve. Governos acuados nada decidem, pois ficam paralisados e deixam a coisa correr.

Na declaração do ex-diretor Bernardo, co-subscritor de documentos sindicais para transações imobiliárias irregulares em 2009, há um erro, talvez involuntário. Na fracassada greve do ano passado, que começou em março, já no começo de abril/2014 o governo enviara contraproposta oficial à pauta da FASUBRA.  Só que o Comando de Greve daquela época, já hegemonizado por PSol e PSTU, simplesmente jogou no lixo a contraproposta. Em assembleia geral de greve do Sinditest, então, a contraproposta sequer foi lida para debate, foi rejeitada pelo CLG sem que a base soubesse que existia.  Dois meses depois, o CNG-FASUBRA suplicava que o governo recolocasse a proposta rejeitada a priori, mas aí era tarde demais.  A greve de 2014 acabou sem nenhuma conquista.

Outra demonstração de "wishful thinking": quem disse ou quem garante que, na proposta original feita, o governo "aceitou discuti-la e melhorá-la" ?  O CNG recusou (corretamente) a proposta de acordo amarrado para 4 anos e o índice ridículo total de 21,3%.  Porém, em meio a uma política de ajustes restritivos do gasto/investimento público, quantos podem apostar suas fichas que, numa nova reunião, o governo federal virá com um índice muito melhor que esse?  O MPOG bem pode vir e propor, em vez de 21% ao longo de 4 anos, 11% ao longo de 2 anos... e só.

Para não sermos, contudo, demasiado céticos e pessimistas, mantenhamos a esperança em ao menos uma coisa que pode ser mais concreta, com a qual, de fato, o MPOG acenou: regulamentar de vez a Convenção 151 (negociação coletiva/data-base).  Se o fizer, o governo pode, por seu turno, ganhar um tempo, até os primeiros meses de 2016, sem nada prometer quanto a reajustes.  Pelo lado do movimento sindical, a conquista da data-base seria bem importante.  Quiçá acompanhada de uma "benevolência" do tipo reajustar algum benefício (como o vale-alimentação) e umas melhorias no PCCTAE.  E justificaria um bom encerramento de greve.

Quem sabe, quem sabe.  Um pouco de dedos cruzados de torcida, claro, não faz mal. Mas com os dois pés atrás.

MEC assume uns poucos compromissos com grevistas da FASUBRA

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No quadragésimo-segundo dia da greve nacional dos TAE comandada pela FASUBRA, houve reunião entre o Comando de Greve e o MEC, este representado pelo secretário de Educação Superior (SESu). Na quinta-feira da semana passada (9), segundo relato no site da FASUBRA, os representantes da greve receberam do secretário da SESu, Jesualdo Farias, alguns compromissos.

Não é lá muito, mas, em tempos áridos, parece que qualquer coisa anima a maioria ultraesquerdista que hoje comanda a FASUBRA:

Plano Nacional de Capacitação
O sistema será aberto no segundo semestre para cadastrar as instituições para 2016 e haveria 5.000 vagas garantidas.

Aprimoramento da Carreira
Segundo o CNG relata, o MEC não tem objeções quanto a reabrir o debate sobre o já obsoleto PCCTAE.  Ora, quanta deferência! O MEC proporá um cronograma para esta discussão, convidando também os anti-PCCTAE do MPOG.

Racionalização de Cargos
Uma questão pendente desde instituição do PCCTAE, que tem a ver com seu Artigo 18. Igualmente, o MEC vai chamar aquela turma que "ama de paixão" o PCCTAE no MPOG para debater conjuntamente.  Mais uma ocasião para muitos cafezinhos nos gabinetes.

Perseguição de Reitorias a Grevistas
UNIFAP, UFES e UFVJM são IFES onde os reitores estão tocando o terror sobre a greve, a quem o MEC prometeu puxar os pavilhões auriculares.

Democratização nas IFES
Jesualdo, o secretário, diz concordar com eleição (direta) de reitor e que não haja mais listas tríplices.  Cada IFES deve ter autonomia para definir a forma de votação, afirma a SESu. Nada se diz sobre a influência do poder econômico de candidaturas a reitor em eleições diretas, como se vem dando ultimamente nas eleições da UFPR.

Afastamento para qualificação e capacitação
Portaria que trata do assunto (aprovada na Comissão Nacional de Supervisão de Carreira) foi encaminhada à assessoria jurídica do MEC para assinatura do ministro da Educação;

Jornada flexibilizada de 30 horas
O governo é contra a jornada generalizada para todos os TAE e concorda apenas com os casos que se enquadram na legislação correspondente.  Ou seja, a mesma posição da CGU, a qual pretende fiscalizar como se dão as diversas jornadas de 30 horas no caso da UFPR através do "novo" sistema de ponto eletrônico que o vice-presidente da ANDIFES, Zaki Akel, pretende implementar.
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Com informações da FASUBRA Sindical