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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Encerrada a greve dos estudantes da UFPR com várias conquistas de pauta local

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Na noite de ontem (30), cerca de 500 estudantes reuniram-se em assembleia geral no RU Central, para avaliar a resposta da Reitoria a sua extensa pauta de reivindicações.  Pressionada também pela ocupação do prédio da Reitoria, a administração superior da UFPR concedeu vários itens da pauta relativos a assistencia estudantil (RU, moradias, bolsas), estrutura e professores.

Os debates estenderam-se até tarde, mas ao final a deliberação foi pelo aceite da contrapartida apresentada pela Reitoria (clique aqui para ver a lista toda) com a consequente desocupação e encerramento da greve nesta quarta-feira (31).  Neste link está a transmissão da assembleia pela internet feita ao vivo ontem pelo DCE.

Na lista de concessões da Reitoria aos estudantes estão alguns itens que concernem diretamente ao trabalho dos servidores técnicos, tais como a abertura dos RUs aos domingos, incluindo o oferecimento de café da manhã, e o funcionamento das bibliotecas das 06h30 às 23h30.  Ainda que obviamente úteis e importantes para que os alunos tenham maior acesso a alimentação barata de qualidade e horários dilatados de estudo nas bibliotecas, a efetivação disso vai requerer alocação de mais recursos humanos, o acerto dos turnos de trabalho etc. Não se sabe ainda como a Reitoria pretende administrar isso e cumprir o que prometeu.

É pau, é pedra... e a cobrança da base sobre a transparência das contas do Sinditest

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Prêmio Óleo de Peroba

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Guardem bem o que o tesoureiro-geral da gestão "Sindicato Para Todos" (todos!) do Sinditest afirma neste vídeo. Jonas Pinto, servidor da FUNPAR, foi até a assembleia de greve de ontem (30) para apresentar o que ele chama de "prestação de contas" dos gastos da greve do pessoal do RJU.  Pessoas da plateia cobraram que uma prestação de contas digna do nome deveria trazer junto as cópias dos documentos contábeis e notas fiscais.  Jonas, em réplica, diz que tudo estaria "aberto" à consulta de todos no sindicato.

Haja peroba.  Mais uma vez registramos aqui que nunca essa gestão que vem desde 2008 entregou documentos e/ou informações de boa vontade quando simples filiados os solicitaram, em alguns casos protocolando ofícios por escrito junto ao sindicato.  Nunca essa gestão "Sindicato Para Todos", presidida por Wilson Messias e Dr. Néris, fez prestação de contas do modo e no prazo determinados pelo Estatuto do Sinditest.

Os membros da gestão "Sindicato Para Todos" (2008-2009 e 2010-2011) só fizeram isso obrigados pela Justiça, em função de denúncias de irregularidades levadas ao Ministério Público pelo servidor Gessimiel "Paraná" desde fins de 2009.  E, ainda assim, prestações de contas em assembleias fora do prazo do Estatuto e realizadas inadequadamente, também sem apresentação de cópias dos documentos contábeis.  Por fim, registre-se que nunca foi convocada a assembleia de prestação de contas de 2010, que, pelo Estatuto, deveria ter ocorrido até 31 de março deste ano.

Então, valeria a pena que os/as participantes da greve, ouvindo palavras tão convidativas do tesoureiro Jonas, experimentassem ir até a sede do Sinditest para conferir o que ele diz que é um "sistema" aberto à consulta de todos. Porém, cuidado com a lábia da turma enfatiotada.

Metalúrgicos da Renault fecham maior acordo salarial do país: R$65 mil de PLR e aumento de 20%

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Os metalúrgicos da Renault do Brasil, localizada em São José dos Pinhais (PR), aprovaram em assembleia, em porta de fábrica, na tarde desta segunda-feira (29), o pacote de benefícios negociado entre Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) e empresa. Os trabalhadores vão receber entre 2011, 2012 e 2013, até 20,19% de aumento real (acima da inflação) e mais R$ 61,5 mil referentes à Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) e abono salarial. Além disso, a tabela de salários da empresa também terá aumento.

O acordo vai injetar R$ 343 milhões na economia paranaense nos próximos dois anos. Considerando o volume de recursos, esse é o maior acordo salarial já fechado pelos trabalhadores em toda a história das negociações salariais no Brasil, informa o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese).
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Fonte: Blog do Esmael

UNE convoca Marcha dos Estudantes nesta 4a.-feira em Brasília

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A UNE vai reunir cerca de 20 mil estudantes em Brasília nesta quarta-feira (31), na passeata que ganhou o nome de “Marcha dos Estudantes” e faz parte do “Agosto Verde-Amarelo”. A passeata começa com concentração às 9 horas, em frente ao Banco Central, onde está marcado ato de protesto das centrais sindicais contra a medida do Governo Dilma de aumentar o superávit primário. A data coincide com a reunião do Copom que define o reajuste da taxa básica de juros.


A convite da UNE, a líder estudantil Camila Vallejo, presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile (FECh), vai participar da manifestação em Brasília. Ela vai falar sobre a situação no Chile e convocar a jornada continental de lutas da juventude latino-americana.

Falta ousadia para o governo quando a discussão gira em torno dos 10% do PIB para a educação. Existe, claro, uma melhora no setor, mas ainda é tímida. Dessa forma, o Brasil desperdiça uma oportunidade única de investir na juventude e dar um salto significativo na educação”, afirma o presidente da UNE, Daniel Iliescu (foto), convocando a manifestação.

E acrescenta que “os altos juros também impedem um maior desenvolvimento do país. Por isso, vamos ocupar Brasília neste dia 31 de agosto e pressionar o poder público para que não percamos o bonde da história”.

A passeata sairá da sede do Banco Central e percorrerá toda a Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional. Lá, diretores da UNE pretendem se reunir com lideranças partidárias e entregar à presidente Dilma Rousseff um documento com as reivindicações dos estudantes. 

Após a marcha, haverá uma sessão da Comissão de Direitos Humanos da Câmara em solidariedade à luta dos estudantes chilenos. A UNE participará também de uma audiência pública na Comissão de Educação do Senado sobre o Plano Nacional de Educação (PNE).

Na pauta dos estudantes está a defesa do investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na educação para remuneração dos professores, mais assistência estudantil, melhoria das escolas e de todos os níveis de ensino. Os estudantes também reivindicam 50% do fundo social do pré-sal somente para o setor e a redução imediata dos juros no Brasil. 


Jornada continental
No último dia 25 de agosto, o presidente da UNE, Daniel Iliescu, esteve no Chile para levar o apoio e solidariedade dos estudantes brasileiros à onda de protestos que jovens e trabalhadores de lá vem provendo em defesa de uma educação pública e de qualidade. A última passeata no país, que teve a presença do brasileiro, reuniu mais de 250 mil pessoas, com milhares de presos e um estudante morto.

Em Brasília, os dois dirigentes estudantis - Daniel Iliescu e Camila Vallejo -, vão lançar a jornada continental de lutas da juventude latinoamericana, uma proposta da UNE durante a visita de Daniel ao Chile. Camila falará também sobre os protestos em seu pais.

Com a “Marcha dos Estudantes”, a UNE encerra o “Agosto Verde-Amarelo”, uma jornada nacional de lutas que resultou em série de manifestações, ocupações e atos públicos em diversas regiões do país.
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Fonte: com informações da UNE

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O acordo ANDES/Proifes/MPOG e a continuidade da greve dos professores na UFPR

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No último sábado noticiamos o acordo fechado entre as entidades nacionais dos professores e o Governo Federal, que tira de cena a possibilidade de uma greve nacional da categoria docente.  Os professores da UFPR, em face disso, farão amanhã (30) sua assembleia local a partir das 14h00 no campus Botânico.  Segundo um diretor da APUFPR, existe a intenção no Comando Local de que o eixo da greve docente passe a ser a pauta local.

Nessa pauta reivindicada da Reitoria da UFPR, há questões como a correção de distorções apontadas pelos professores como o excesso de alunos por sala de aula e o aumento da carga horária de aulas em alguns cursos.  O reitor Akel afirma que já está negociando a pauta local com o CLG/APUFPR.  Existe, pois, a possibilidade de que a paralisação dos professores se mantenha, mas também não se descarta que haja parcela de docentes que votem pelo encerramento da greve, por entenderem que seja possível negociar a pauta local mesmo sem usar o instrumento de greve.

Quanto aos estudantes, seu Comando Local de Greve mantem a ocupação do prédio da Reitoria (cerca de meia centena de alunos acampados no gabinete), iniciada na sexta-feira passada, depois da grande passeata conjunta das três categorias que percorreu o centro de Curitiba.  Outros militantes do DCE e Centros Acadêmicos estão indo às salas onde recomeçaram aulas no dia de hoje para explicar aos colegas, e também aos professores que começaram a lecionar, os motivos da paralisação, chamando-as a aderir ao movimento. 

Assembleia extraordinária de greve no RU do Politécnico decide abrir refeições a todos

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Foi bom o quorum de participação de técnicos na assembleia de greve na manhã desta segunda.  Considerando o local inédito de realização de uma assembleia de greve - o Restaurante do Centro Politécnico- , 150 pessoas presentes foi demonstração de que ainda persiste ânimo para manter o movimento, apesar da nulidade de perspectiva nacional até agora e de novas dificuldades interpostas pela Reitoria.

O debate girou predominantemente em torno do que fazer com o RU-Politécnico reaberto pela Reitoria, que alegou razões "humanitárias" para servir refeições gratuitas aos alunos bolsistas carentes da UFPR.  Em todas as falas, notou-se a preocupação de não cair no jogo do reitor de instigar atritos entre grevistas técnicos e estudantes com dificuldade de acesso a alimentação barata.

O servidor Lineu (foto ao lado), chefe da área de RUs de toda a UFPR, esteve na assembleia e deu algumas informações úteis.  Segundo ele, em Curitiba, há em torno de 800 alunos da UFPR cadastrados como "carentes", com direito a alimentar-se gratuitamente nos RUs.  Desde que reaberto o RU-CP na quinta e sexta passadas, cerca de 90 refeições apenas foram servidas.  Lineu diz que não há desperdício de comida, pois as refeições são aprontadas conforme a demanda, sendo, por causa da greve, constituídas atualmente por arroz, feijão e uma mistura, provenientes dos estoques anteriores ao início da greve.  Não há salada porque a greve impede efetuar compras novas de vegetais frescos.  O serviço é executado majoritariamente por trabalhadores terceirizados (cozinhar, servir e limpar), mas alguns poucos servidores grevistas retornaram ao trabalho para coordenar o serviço.

Após numerosas intervenções, decidiu-se que o movimento grevista irá manter o RU-CP aberto, porém com catracas liberadas a todos os usuários da comunidade da UFPR (alunos, técnicos e docentes) e ao valor cobrado dos bolsistas, isto é, zero.  Isso começa a partir do almoço de amanhã.  Uma Comissão foi formada na assembleia para garantir que assim transcorra.  Na assembleia da próxima quinta (1/9), a estratégia será avaliada, inclusive a reação que poderá ter a Reitoria.

Outras questões levantadas na assembleia desta manhã, como o que fazer quanto à Feira de Profissões da UFPR (marcada para o próximo fim de semana no campus Botânico), ficaram para debate na assembleia de terça-feira (30), que começa às 09h00, no RU Central.

domingo, 28 de agosto de 2011

Avança no Congresso o PL 1992, que muda a Previdência dos servidores federais

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Reproduzimos a seguir trechos da matéria publicada hoje na Gazeta do Povo sobre mudanças no regime de previdência dos servidores federais, em análise nas Comissões do Congresso Nacional.

A aposentadoria dos servidores federais está prestes a passar pela maior mudança de sua história. Na última semana, o governo federal deu um grande passo para implantar as novas regras ainda neste ano, com o objetivo de sanar o déficit da previdência pública. A vitória foi na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Pú­­­blico da Câmara Federal, com a aprovação do Projeto de Lei 1.992/2007. O texto limita a aposentadoria dos servidores federais ao teto do Regime Geral da Previdência Social, atualmente em R$ 3.689,66, o valor máximo pago pelo INSS. Cria também uma previdência complementar para aqueles que quiserem incrementar os benefícios futuros. As novas regras só valerão para quem en­­­­trar no governo federal após a aprovação do projeto.

Hoje, as regras de previdência dos servidores federais são bem mais generosas. Funcionários que ingressaram na União até 1994 têm direito a aposentadoria integral – que pode chegar a até R$ 26.723,13. Esse benefício de salário integral, porém, acabou sendo cortado numa primeira reforma previdenciária para quem ingressou após 1994. Ainda assim, as mudanças mantiveram a diferenciação em relação aos aposentados da iniciativa privada.


Direito adquirido
As novas regras não alteram em nada as aposentadorias de quem já está no serviço público federal. Mesmo assim, os representantes dos trabalhadores são totalmente contrários à proposta, e pretendem reagir. “Demons­tramos que não há necessidade de previdência complementar. Vamos continuar a luta e ver se o projeto realmente sairá”, avisa Josemilton Costa, secretário-geral da Confederação dos Trabalha­dores no Serviço Públi­­­co Federal (Condsef). Outro grande problema, segundo Josemilton Costa, é que o projeto não garante o valor do benefício. “É uma caixa-preta em relação ao futuro. O trabalhador sabe quanto vai pagar, mas não sabe quanto vai receber.” Para Marcos Verlaine, do Diap, o novo sistema cria uma insegurança jurídica muito grande.
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Fonte: Gazeta do Povo

sábado, 27 de agosto de 2011

Memória sindical

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Depois de inaugurarmos uma prática nova no movimento sindical da base do Sinditest, com a transmissão ao vivo pela internet das assembleias locais da greve 2011, vídeos que ficam guardados num site para quando se quiser reve-los, isto nos remete a uma questão importante: a memória das ações do sindicato.  Além dos vídeos das transmissões, temos os textos publicados no Blog da Greve e também neste Blog NaLuta.  Mas, note-se que é raro que depois de cada assembleia se produzam atas e não se sabe se existe algum outro registro, em papel ou eletrônico, de toda essa atividade.

Por isso, reproduzimos abaixo artigo do consultor sindical João Guilherme Vargas Neto, que alude ao tema.

MEMÓRIA SINDICAL


Estamos acostumados a ouvir que o movimento sindical brasileiro é ágrafo, quer dizer, não tem registro escrito dos seus dirigentes, eles não costumam escrever refletidamente sobre suas experiências. Mesmo a academia abandonou ou relegou a uma situação inferior os estudos sobre o trabalho e consequentemente sobre a ação sindical.

O que ouvimos não deixa de ser verdade. Os dirigentes não escrevem (a não ser textos curtos de agitação) e o movimento não se analisa. Mergulhados no praticismo do dia-a-dia, os dirigentes e os ativistas, mesmo os melhores e mais experientes, não têm podido dedicar-se à escrita longa e apenas transmitem, de maneira oral e assistemática ou em seus textos curtos, suas experiências e sua sabedoria.

Algo começa mudar e começa a mudar como devia ser: com o início da busca da própria história. Recebi como regalo o alentado livro “Sinttel/RJ 1984-2009 - Uma fotobiografia de 25 anos de ação”, de Maria Cláudia Pereira da Silva sobre as lutas sindicais dos trabalhadores de telecomunicações do Rio de Janeiro.

É um livro primoroso, bem cuidado e editado, que tem a elegância de um álbum.  Felizmente não é o único exemplo, mas quero destacá-lo em regozijo pelo presente.



Faço a sugestão às centrais sindicais, às outras entidades e aos Centros de Memória Sindical de organizarem a coleta e registro sistemático das obras que o movimento tem editado, chegando em prazo curto a produzir um catálogo das publicações sindicais sobre sua história, sobre a história das entidades e suas lutas, depoimentos dos dirigentes e comemorações de lutas e efemérides. Se esta sugestão for acatada e trabalharmos com inteligência, faremos que a escrita dos sindicatos, além da agitação que já é feita pela imprensa sindical, reforce o protagonismo que o movimento sindical vem adquirindo na sociedade.

Professores descartam greve nacional e fecham acordo emergencial com governo

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Como já se esperava, a ANDES-SN desistiu de aventurar-se na deflagração de uma greve nacional, em parte porque os resultados de suas assembleias de base não apontaram nessa direção (com exceção de poucas ADs, tais como a APUFPR, que entrou em greve).  No começo da tarde de ontem (26), os representantes da ANDES-SN sentaram-se à mesa com o secretário do MPOG Duvanier Paiva e assinaram um acordo.

Pelo acordo, será incorporada ao vencimento a gratificação GEMAS e, sobre o valor resultante, aplicado reajuste de 4% (inclusive sobre a RT, a Retribuição por Titulação),  tanto para docentes do Magistério Superior quanto do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Ebtt), a ser implementado em março de 2012. O acordo vale para ativos e aposentados.  Além disso, entendimentos sobre reestruturação da carreira docente devem começar a partir de 14/09 deste ano, com participação da ANDES-SN, PROIFES e SINASEFE..

Com isto, aparentemente a ANDES-SN reaprendeu o que é avaliar correlação de forças e o que é fazer negociação que garanta alguma conquista, como se depreende da fala de sua presidente Marina Barbosa: "Sabemos que muitos professores queriam um acordo financeiro melhor para a categoria. No entanto, dentro da conjuntura imposta pelo governo aos servidores públicos federais e dos limites na construção da greve na nossa categoria, consideramos que tivemos avanços estruturais significativos nesse processo de acordo emergencial”.

Assim, descartada a entrada em greve nacional, a tendência é que a APUFPR reavalie a situação e encerre também sua paralisação iniciada em 19/08, a menos que resolva colocar a pauta local como eixo maior do movimento.
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Foto: ANDES-SN

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Assembleia de Greve de 25/8 - transmissão encerrada

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Além de manter a greve, a despeito das intenções da Reitoria da UFPR de reabrir setores que estão fechados pelo movimento (CCE, RU-CP, Centran), a assembleia de hoje aprovou a participação dos técnicos na manifestação conjunta com as greves de alunos e professores marcada para amanhã, sexta-feira (26), a partir das 09h00, na Praça Santos Andrade.

A próxima assembleia geral de greve será na segunda-feira (29) no Centro Politécnico, e todos devem começar a se concentrar no RU do Politécnico a partir das 7 da manhã.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Após tentar negociação de 30 horas com ultimato, Reitoria resolve peitar a greve dos técnicos

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Em matéria anterior, pudemos ver o reitor da UFPR apresentando suas propostas para a greve dos técnicos, em particular aquela referente à implementação das 30 horas.  O que ele ofereceu, para ser de fato concedido, estava na dependência do acatamento do que se pode chamar de ultimato: ou aquela assembleia votava ali o encerramento da greve, ou nada feito.

A plenária da assembleia ouviu atenta o reitor.  Mas - embora sem rejeitar - achou a maioria dos presentes que as promessas ainda careciam de maior substância e confiabilidade, além de entender ser necessário um pouco mais de tempo para amadurecer a reflexão sobre elas em sua relação com o desfecho do movimento grevista.  Por isso, a assembleia preferiu não votar nada quanto a aceitar ou recusar as propostas do reitor, nem muito menos sobre a continuidade ou não da greve em função dessas propostas da pauta local.  Inclusive por entender-se que a greve em curso existe acima de tudo por causa de uma pauta nacional, ainda não resolvida.

Desapontado por não ter "abafado", com sua presença marquetológica, na assembleia dos técnicos, o reitor abandonou o RU ontem de cenho franzido.  E, ao que parece, resolveu dar o troco na sessão do CEPE na manhã desta quarta-feira, cujas decisões foram publicadas no site da UFPR hoje à tarde:

- início das aulas em 29/08 (2a.-feira);
- retorno das atividades do CCE e Portal do Aluno;
- retorno das atividades da Central dos Transportes;
- reabertura do RU do Politécnico para uma alegada "função humanitária" de atender bolsistas carentes.

Essas decisões foram aprovadas no CEPE por 15 votos contra 6.  Significam a disposição da Reitoria de peitar a greve dos técnicos, mas também de medir forças com as greves dos professores e alunos para ver se realmente serão capazes de impedir a realização de aulas, uma vez que o calendário letivo será iniciado na próxima segunda-feira. Com o Portal do Aluno reaberto pela Reitoria, estão retomadas as matrículas.

Assim, é nesse novo quadro de enfrentamento que vai acontecer a assembleia de greve dos técnicos desta quinta-feira (25), a partir das 9 horas, no RU Central.  O que se fará diante dessas decisões da Reitoria e do CEPE que objetivamente confrontam a greve?  É o que se verá amanhã. Uma coisa é certa: apenas discursos indignados e bravatas não bastam para o atual momento.
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Foto: ACS-UFPR

terça-feira, 23 de agosto de 2011

As propostas do reitor Akel para a assembleia de greve dos técnicos - final

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Neste vídeo o reitor Akel finaliza, apresentando duas propostas, relativas ao encaminhamento do debate no COUN de uma política de RH e a uma direção de RH dentro do HC.  Solicitado pela mesa a permanecer um pouco mais para responder a algumas dúvidas e perguntas da plateia, ele recusou e retirou-se do RU com o vice-reitor, a pró-reitora de Graduação e outros assessores.

As propostas do reitor Akel para a assembleia de greve dos técnicos

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Trecho da participação do reitor Zaki Akel na assembleia de greve dos técnicos da UFPR/UTFPR, realizada na manhã dae 23/8, em que ele apresenta suas propostas, querendo como contrapartida o encerramento imediato da greve. Por falta temporária de internet na transmissão ao vivo, este trecho não foi transmitido.

Assembleia de Greve de 23/08 - Transmissão encerrada

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No momento em que o reitor Zaki Akel falava à assembleia, houve queda do sinal de internet da rede da UFPR e a transmissão foi interrompida.  O sinal só voltou quando o reitor encerrava sua intervenção e se retirava do RU Central.  Portanto, esta gravação tem duas partes e cerca de 30 minutos não gravados.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A injusta demissão de Rosangela pela FUNPAR/HC

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O documento abaixo é reprodução da Notificação Extrajudicial que o advogado da servidora funpariana Rosangela Nunes Ferreira (foto) protocolou na FUNPAR, caracterizando a exclusão dela do HC como demissão sem justa causa, caracterização da qual a FUNPAR quer se eximir. Conforme anunciamos há 3 semanas na matéria “Primeira demissão de nova leva da FUNPAR” (8/8), narramos aqui a série de fatos que culminou nessa demissão.

Em 2 de agosto, o HC trocou o programa antivírus em sua rede de computadores. A servidora administrativa Rosangela, que trabalhava desde 4 de maio no Serviço de Genética Médica, atendendo pedido do coordenador do Serviço solicitou um profissional da área de informática para realizar as devidas atualizações, incluindo a do antivírus. Nessa data de 2/8, uma professora da Genética Pediátrica, médica que atende no SAM2 nas manhãs de quinta-feira, parecia estar com especial disposição para por em ação seu temperamento “difícil”, dado a humilhar e destratar os que considera subalternos. 

Essa médica, que deve julgar-se membro de uma “casta” superior dentro do HC, passou a assediar a servidora Rosangela, levantando dúvidas quanto a seu caráter, bombardeando com questionamentos a ela e ao profissional requisitado, seguindo-os por onde se deslocavam no Serviço de Genética. "Quem a autorizou a mexer no computador do professor? Quem autorizou este profissional a entrar na sala do professor?”, disparava a irascível doutora, pré-julgando que a servidora Rosangela estaria fazendo coisas que não devia e por conta própria, sem autorização do Coordenador do Serviço...



Assembleia de Greve de 23/08 (3a.feira): 30 horas já, em troca do fim da greve ?

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A ata acima (clique na imagem para ampliar) registra a reunião ocorrida no começo da tarde de hoje (22) entre a Comissão de Negociação da Reitoria (abreviemos como CNR) e a Comissão de Greve Local da UFPR (CLG). O documento manuscrito está rubricado pelos membros da CNR, entre eles a pró-reitora de Graduação, Maria Amélia Zainko, e o chefe de gabinete do reitor, Norton Nohama.  Pela CLG participaram Djalma, Valter, Judit, Rufina, Carla e Bernardo.

A Reitoria apresentou nova proposta em torno do atendimento da pauta local.  Empenhando sua palavra, o reitor Zaki se dispõe a conceder os seguintes itens: (1)Flexibilização da jornada de trabalho para 30 horas semanais; (2)ajuste do problema dos adicionais de insalubridade; (3)política de gestão de pessoas debatida e aprovada pelo COUN; (4)direção de recursos humanos no HC.  Em troca, a CNR quer o fim imediato da greve dos técnicos-administrativos (independentemente do desenrolar da greve nacional).

A CNR, em nome do reitor, também quer do movimento dos técnicos uma resposta pronta à sua oferta. Para dar substância às suas promessas, o reitor as apresentará pessoalmente na assembleia geral de greve de amanhã (23), 10h00, no RU Central e consta que levará os compromissos também por escrito, com detalhamento dos termos dos documentos pertinentes.

Portanto, o quadro assim delimitado exige que o movimento faça muitas reflexões, haja vista que a greve também se dá em torno da luta por uma pauta nacional, sobre a qual, entretanto, não se vislumbram perspectivas de atendimento pelo MPOG, até agora.  A implementação das 30 horas para todos os servidores da UFPR seria uma conquista importante, mas precisa ser sopesada adequadamente no contexto da greve nacional.  O debate de amanhã precisa ser feito com muita calma e racionalidade.

domingo, 21 de agosto de 2011

Dossiê "Sindicato Para Todos" - uma ponta do iceberg

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O servidor Gessimiel "Paraná" Germano tem sido incansável perseguidor da verdade sobre diversas ações levadas a cabo no Sinditest pelo grupo que se denomina "Sindicato Para Todos". Ações das quais há muitos elementos que levantam suspeitas de irregularidade. No vídeo acima,ele chama atenção para documentos e evidências que conseguiu reunir, cuja íntegra está nos seis links abaixo. 

Ao clicar num link, abre-se uma página com o botão “Download Now”. Depois de clicar, aparecerá uma tela de espera. Assim que o contador de segundos de espera zerar, surgirá o botão “Download File Now”; clique nele e um arquivo em PDF começará a ser baixado. Não há risco, os links são seguros.

Peões e ex-peões de Vilson Kachel na disputa eleitoral da ASUFEPAR

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Em 1. de setembro ocorre a eleição da nova diretoria da Asufepar, disputada por duas chapas.  Componentes de ambas estavam, até poucos meses atrás, todos no mesmo barco da diretoria atual.  Eram todos marinheiros da embarcação sob o rebenque do capitão-gancho Kachel.  Da antiga tripulação, alguns discípulos pularam foram do barco, finalmente descobrindo que tipo de grande dirigente e amigão é o sr. Kachel.  E assim dividiram-se entre uma chapa de situação (1) e uma de oposição (2).

Para continuar o reinado kachelista na Asufepar, apresenta-se candidato a presidente o testa-de-ferro Sérgio Fernando Borba.  "Turma do baralho" é como as más línguas chamam a Chapa 1, cujo nome - "Unir e Crescer" - dá o que pensar... Unir os que se fazem de cegos para todos os rolos da Asufepar para fazer crescer o prestígio pessoal do grande líder?  E com isso ajudá-lo a continuar sendo forte cabo eleitoral do reitor Zaki Akel, suposto candidato à reeleição à reitoria em 2012?

Pela oposição, os que desembarcaram tardiamente do veleiro kachelista, formando a Chapa 2, encabeçada por José Carlos Belotto, antigo amigo do peito do ingrato Kachel.  "Novos Rumos" para a Asufepar é o que promete Belotto e sua equipe, em cujo panfleto de propaganda se dizem "insatisfeitos com o modelo de administração imposta nos últimos anos com a deterioração dos valores e princípios democráticos".  Na linha dessa crítica, a Chapa 2 avalia que "a atual administração [de Kachel] prendeu-se no objetivo de conseguir projeção e prestígio pessoal do atual presidente, esquecendo-se de cuidar dos interesses da associação...".

Puxa, pena que somente agora Belotto e Cia. descobriram quem é, e o que pretende, o servidor Kachel!  Andavam cegos e surdos?  Com a capacidade de avaliação política embotada por laços de amizade com quem deleitava-se em apunhalar pelas costas?  Apesar dos pesares, antes tarde do que nunca...

Uma vez mais lembramos aos filiados da Asufepar que forem votar: não está em jogo aqui apenas a eleição de uma diretoria de uma associação recreativo-cultural de servidores técnicos e docentes.  A vitória da Chapa 1 com certeza significará a continuidade de um "aparelho" de influência política nas mãos de alguém que tem-se mostrado escasso de escrúpulos; e isso terá papel na eleição de reitor de 2012.  A Chapa 2 pretende "Novos Rumos", e nesses rumos novos espera-se que haja coragem para não só mudar práticas no futuro, incluindo a da transparência administrativa, mas também ser capaz de meter o dedo a fundo nas mazelas do passado.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Reitoria quer reabertura de RU em troca da promessa da concessão das 30 horas

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Na tarde de hoje aconteceu mais uma reunião entre uma comissão da Reitoria da UFPR e uma comissão eleita na assembleia dos técnicos, para negociar a pauta local, em especial a redução da jornada para 30 horas semanais.  Segundo uma fonte presente nessa reunião, a Reitoria desistiu de pedir a reativação do Portal do Aluno.  Agora querem que o movimento grevista libere um restaurante universitário para que os alunos bolsistas possam ali fazer sua alimentação.

Na tarde de hoje, meia centena de estudantes ocupou a PRAE (Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis) exigindo da pró-reitora Rita de Cássia uma solução para a dificuldade dos alunos carentes bolsistas em conseguir alimentação a preço acessível.  A pró-reitora jogou toda a responsabilidade sobre a greve dos servidores e disse que a UFPR não tem como prover algum tipo de subsídio complementar para a alimentação dos alunos, esperando que forcem a greve dos técnicos a ceder na reabertura do RU.

Nessa reunião de negociação da pauta local, a Reitoria promete se empenhar em adotar a jornada de 30 horas para todos os servidores de RJU da UFPR, desde que a greve libere pelo menos um RU para os bolsistas.  Estranho é o fato de a reitoria não adiantar para o movimento grevista nenhuma minuta do documento de compromisso pelas 30 horas, e estar pedindo em troca uma concessão da categoria dos técnicos que virá ao natural assim que a greve se encerrar.

Cabe lembrar que um RU, embora operando com muitos terceirizados, não pode funcionar somente com eles, pois são responsáveis unicamente pelas tarefas de cozinhar e lavar, mas não lidam com aquisição de alimentos, feitura de cardápios e outras atividades em mãos do pessoal do RJU hoje em greve.  Portanto, a reabertura mesmo que somente de um restaurante implica em volta ao trabalho de parte dos grevistas.

Os participantes do movimento grevista dos técnicos devem, na manhã de segunda-feira (22/8, 10h00), fazer uma reunião do Comando Local de Greve (CLG e membros de comissões auxiliares) para analisar essa proposta, assim como para avaliar o atual estágio da greve e apontar novos encaminhamentos a serem aprovados na assembleia ordinária de greve da terça-feira.

Estudantes da UFPR ocupam PRAE

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Cerca de 50 estudantes da Universidade Federal do Paraná invadiram na tarde desta sexta-feira (19) a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis. Os bolsistas reclamam que estão sem alimento desde o fechamento do Restaurante Universitário (RU), por conta da greve dos servidores técnico-administrativos.

Os estudantes cobram uma solução para que não fiquem sem comer, apesar do fechamento do RU. Eles fizeram questão de esclarecer que não são contra a greve. Em 2009, durante o surto da gripe H1N1, por exemplo, os estudantes lembram que, mesmo com o RU fechado, os bolsistas recebiam alimentos nas residências universitárias.

A pró-reitora de Assuntos Estudantis, Rita de Cássia Lopes, apresentou para o estudantes a nota oficial divulgada pela UFPR sobre o assunto. Ela esclarece que os recursos do PNAES referentes ao auxílio-refeição são integralmente destinados aos Restaurantes Universitários. Também ressalta que “a Administração Central vem buscando sensibilizar o movimento grevista para que mantenha serviços essenciais, em especial a alimentação dos bolsistas com fragilidade socioeconômica abrangidos pelo Programa de Benefícios Econômicos para a Manutenção dos estudantes de graduação e ensino profissionalizante da UFPR (PROBEM)."

Mas a nota diz ainda que uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) determina o funcionamento de 50% dos serviços prestados à comunidade durante os dias de greve, por no mínimo 50% dos servidores técnico-administrativos, sob pena de multa ao Sindicato. Com este cenário, a “UFPR não tem amparo legal para realizar transferência financeira em espécie a terceiros, como sugerido nas redes sociais. Do mesmo modo, não há amparo legal para a contratação emergencial de empresas terceirizadas de serviços de alimentação”.

Os estudantes afirmaram que não há um prazo para a desocupação da pró-reitoria e que eles vão aguardar a universidade tomar uma atitude que resolva o problema dos bolsistas.

A Universidade já enfrenta a paralisação dos servidores técnico-administrativos há dois meses. O retorno das aulas foi adiado seguidas vezes e não foi estabelecida nova data. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) também aprovou a deflagração de greve dos alunos no último dia 4. Na última terça-feira (16), os professores também aprovaram a greve prevista para começar nesta sexta-feira (19). As inscrições para o vestibular da UFPR também começaram nesta sexta-feira.
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Fonte e foto: Gazeta do Povo

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Assembleia de Greve de 18/8 - transmissão ao vivo

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Apesar de transmitida a contento, novamente ocorreu uma falha de gravação no site http://twitcam.livestream.com, que é por onde se dá a transmissão.  Embora os comandos de gravação tenham sido dados, o site não concluiu o processo depois de encerrada a assembleia.  Pedimos desculpas aos visitantes do Blog pela falha.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Luta das 30 horas e a barganha Reitor/Sinditest

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Um clamor de animação ressoou no começo da assembleia de greve de ontem, quando o presidente do Sinditest transmitiu o informe de que o reitor Zaki Akel estaria disposto a conceder a jornada de 30 horas para todos os servidores da UFPR.  Porém, prosseguiu Wilson Messias, há uma contrapartida desejada pelo reitor: o de que o movimento de greve libere o funcionamento do Portal do Aluno, site da internet por onde os estudantes efetuam matrícula.  O "porém" provocou um muxoxo na plateia.  Messias disse que a proposição das 30 horas seria colocada através de portaria assinada pelo reitor

Depois desse e de outros informes, aconteceu o "barraco" provocado pelo Dr. Neris destrambelhado, do qual falamos na matéria anterior.  Quando a poeira assentou é que se retomou o assunto da barganha proposta pela reitoria.  Curioso, entretanto, é que o presidente Wilson Messias queria colocar imediatamente em votação que o movimento de greve concordava com esse acordo, isto é, aceitaria a tal portaria das 30 horas em troca de ser reativado o portal de matrículas.

Felizmente, a maioria da plenária aprovou um encaminhamento, dado por um servidor da base, para que ao menos se fizesse um debate de meia hora para esclarecer melhor as coisas.  Assim, cerca de oito oradores analisaram a situação, sendo que a maioria reclamou da falta de maiores informações sobre os termos dessa tal portaria, da sua confiabilidade e da solidez jurídica da medida de redução da jornada.  Além disso, deixar reabrir o Portal do Aluno, um trunfo do movimento grevista, sinalizaria um arrefecimento da greve pela pauta nacional em prol da incerta conquista de um item da pauta local.

Ao final, votou-se que será cobrada da reitoria uma minuta (rascunho) da redação do instrumento legal que ela pretende publicar para implementar a redução da jornada e, de posse disso, voltar a analisar o tema na próxima assembleia (quinta-feira, 18), além de outras informações pertinentes, a serem distribuídas em impresso para todos na assembleia.

Cabe a pergunta: se em documento anterior de resposta ao Comando Local de Greve, a reitoria afirmava imensa dificuldade de implementar as 30 horas, por que agora ela parece tão generosa em concede-las apenas em troca da liberação de um portal eletrônico que, finda a greve, será rapidamente reativado?  Outra pergunta é: por que usar uma portaria, instrumento administrativo tão rebaixado na hierarquia das leis?

A este blog chegaram rumores, mesmo desde antes da greve, de que existiria um acerto entre o reitor Zaki Akel, suposto candidato a reeleição em 2012, e os diretores do Sinditest Messias e Dr. Neris.  Segundo esses rumores, para favorecer neste fim de ano a eleição ao Sinditest da chapa encabeçada pelo Dr. Neris, o reitor faria a expressiva concessão das 30 horas.  Eleito presidente do Sinditest, o suave e cândido Dr. Neris seria um dos principais cabos eleitorais do reitor para se reeleger em 2012.  O tempo passa, o tempo voa, e os rumores reaparecem numa boa.  Numa boa mal explicada barganha que pode afetar o rumo da greve na UFPR.

Assembleia da baixaria nua e crua

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A assembleia geral de greve de ontem fica para a história do Sinditest.  Como um capítulo pestilento. Nela, o ilustríssimo vice-presidente do Sinditest Dr. Antonio Neris uma vez mais revelou suas excelsas qualidades diante de mais de 200 atônitos servidores presentes no RU Central. Uns surpresos, outros até atemorizados com a demonstração de fúria destravada.

Qual o pivô do acontecimento? A caravana a Brasília ocorrida na semana passada, que foi um evento de forte mobilização e agitação da greve nacional, bem debaixo dos narizes dos ministros na Esplanada dos Ministérios, embora aparentemente não tenha sensibilizado o MPOG a reabrir negociações.

Da greve da UFPR/UTFPR partiu em 8/8 um ônibus com 18 pessoas, entre elas o Dr. Néris, como diretor do sindicato responsável pela coordenação da caravana.  Ele havia sido contra o envio da caravana em assembleias anteriores, mas a plenária por ampla maioria decidiu que ela deveria ser enviada.  Segundo algumas fontes da própria caravana, logo que chegaram a Brasília, Dr. Néris colocou em votação se deviam permanecer ou retornar imediatamente a Curitiba!

Ora, na assembleia de ontem, o servidor Márcio, colega novo trabalhando no Setor de Educação, fez uma fala em que apontou o Dr. Néris, o presidente Wilson Messias e os tesoureiros do Sinditest como pessoas que jogaram contra essa mobilização da caravana, assim prejudicando a greve nacional.

Essa fala foi o estopim para detonar a ira do Dr. Neris.  Ele presidia a mesa da assembleia, mas levantou-se enfurecido e disparou uma chuva de impropérios contra Márcio, chamando-o de moleque, irresponsável etc.  Isso tudo aos berros no microfone, o que prejudicou o entendimento de algumas palavras na transmissão online ao vivo.  A plateia não assistiu calada a isso, passou a vaiá-lo, gritando que parasse e retomasse a ordem normal das inscrições.

Quando cessou de vomitar sua raiva e sentou-se à mesa, alguns servidores indignados foram até a mesa para protestar contra esse abuso de autoridade de um dirigente sindical, entre eles o servidor da UFPR-Litoral Maurício, que, frente a frente com o Dr. Neris, quase levou dele um soco no rosto.  E com isso se instalou a confusão, a briga entre membros da mesa e servidores da base, o empurra-empurra, com o ilustre vice-presidente transtornado querendo bater nos desafetos. No fundo do salão, vários servidores assustados chegaram a correr para sair do RU.

Após uns três minutos desse vergonhoso "barraco", entrando em ação a turma do deixa-disso, os ânimos se acalmaram.  Mas o destemperado dirigente do Sinditest já não podia dirigir decentemente uma assembleia de greve depois dessa demonstração estapafúrdia.  O servidor Valter sugeriu que ele se retirasse da mesa, e ele foi sentar-se na plenária.  Com o nervosinho fora da mesa, ela foi assumida por Wilson Messias, a assembleia pôde prosseguir, elegendo novos delegados de base para o Comando Nacional e discutindo a proposta do reitor de implantar a jornada de 30 horas.

Dizem que a luz do sol é o melhor desinfetante.  Pois é, quando as coisas vêm à luz, transparentemente diante de todos, então se pode perceber melhor o que se ocultava por trás de propaganda enganosa e de lábia melíflua.  Que assim prossiga, para que este movimento sindical da UFPR/UTFPR se depure, se renove e avance no sentido da plena democracia, transparência e real combatividade, sem peleguismo.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Professores da UFPR aprovam início de greve em 19/8

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O vídeo acima mostra momentos finais da assembleia da APUFPR, quando se encerrava a contagem dos votos sobre o início ou não da greve da UFPR já em 19/08.  No auditório lotado no Centro Politécnico, foram 174 votos contra 99 e 9 abstenções, no sentido de iniciar a greve na sexta-feira, 19.  Embora ainda estejam ocorrendo assembleias em várias outras IFES nesta semana e não haja confirmação pela ANDES da deflagração nacional da paralisação, a ampla maioria das intervenções na assembleia defendeu o início imediato da greve.

A greve se dá em torno da pauta salarial nacional mas também em torno de reivindicações locais à reitoria da UFPR, várias delas em conjunto com os movimentos de técnicos e alunos.

Assembleia dos Professores da UFPR em 16/08

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LDO, LOA e o 31 de agosto de 2011 para a greve da FASUBRA

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Em diversas assembleias de greve dos técnicos da UFPR/UTFPR, a data de 31 de agosto tem sido apontada como uma referência para o movimento, pois até esse prazo o Governo Federal tem que enviar ao Congresso Nacional uma lei sobre o Orçamento da União para 2012.  Neste orçamento, a greve luta para que sejam assegurados recursos para o reajuste salarial e melhorias da carreira.

Ontem saiu a notícia de que a presidenta Dilma sancionou a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).  Necessário então informar a diferença entre LDO e LOA (Lei Orçamentária Anual), para que não se pense que perdeu-se algum prazo fundamental.

A LDO, Lei de Diretrizes Orçamentárias, estabelece as metas e prioridades para o exercício financeiro, orienta a elaboração do orçamento e faz alterações na legislação tributária.  É um conjunto de diretrizes gerais, que não desce a detalhes.  A Lei Orçamentária Anual (LOA) estima receitas e fixa despesas para um ano, de acordo com as prioridades contidas no PPA (Plano Plurianual) e na LDO, detalhando quanto será gasto em cada ação e programa, incluindo o montante específico para reajuste de uma categoria.

Portanto, mantem-se o movimento grevista de pressão para reabrir negociação com o MPOG, visando a  garantir o montante necessário a um reajuste salarial decente dos técnicos para 2012.

Assembleia de Greve de 16/08 - transmissão da 2a. parte encerrada

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Assembleia de Greve de 16/08 - transmissão ao vivo

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domingo, 14 de agosto de 2011

Se nova proposta não satisfizer professores, greve docente começa nesta semana

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Nas negociações havidas até agora entre ANDES-SN e o secretário Duvanier Paiva, do Min. Planejamento, a proposta governamental é considerada muito insatisfatória pelo sindicato nacional dos professores. Uma nova reunião entre os dois lados ocorrerá na segunda-feira (15), em que o governo poderá apresentar outra proposta.  Esta nova proposta influirá na deflagração ou não de greve geral nas assembleias de base das IFES que serão feitas logo a seguir.

Na UFPR, a associação docente realiza sua assembleia em 16/8 (terça), às 14h30, no auditório do prédio da administração do Centro Politécnico.  A previsão do presidente da APUFPR, Luiz Allan, é que são fortes as chances de essa assembleia aprovar o início da greve docente, porque dificilmente a nova proposta do Min. Planejamento atenderá a pauta da ANDES-SN. 

Em caso de aprovação pela assembleia da APUFPR e iguais resultados em outras IFES, a greve de professores começa dia 19 na UFPR.  Com as movimentações grevistas já existentes dos técnicos e dos estudantes, o CEPE adiou de novo início das aulas para 22/8, mas a possível greve docente introduzirá mais um elemento de imprevisibilidade na re-elaboração do calendário letivo.
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Foto: APUFPR

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Comunidade da UFPR faz assembleia conjunta e vai ao reitor cobrar pautas locais

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Na manhã de ontem, as três categorias da UFPR realizaram assembleia comunitária no auditório da Reitoria, onde reafirmaram e enriqueceram uma pauta conjunta que já era amadurecida no "Forum dos Dirigidos". Perto de mil pessoas, dentre alunos, técnicos e professores fizeram uma entusiastica celebração de unidade para questionar problemas atuais da UFPR e específicos das três categorias.

Por volta de meio-dia, a assembleia foi encerrada e todos se dirigiram à Sala dos Conselhos na reitoria  (foto acima), para encontrar o reitor Akel e dele cobrar uma série de reivindicações das pautas locais.  Como de hábito, Zaki Akel  fez suas considerações sobre a necessidade do diálogo e do respeito, mas de concreto não entregou nada.

A assembleia comunitária e o ato conjunto posterior na reitoria foram importantes para fortalecer a unidade das categorias, que entretanto precisam discutir mais a fundo como efetivamente impulsionarem mudanças na UFPR de modo ativo, sem apenas esperarem que cobranças de um reitor sem projeto deem algum resultado.
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Foto: ACS da UFPR

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Assembleia de greve de 11/08 - transmissão encerrada

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Pelo fato de esta assembleia realizar-se em local sem acesso fácil a conexão de internet de rede de alta velocidade, ela foi transmitida por uma conexão 3G de celular, o que ocasionou dificuldades na qualidade de imagem e também interrupções.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Cinema de greve na quarta (10) e assembleia comunitária na quinta (11)

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Depois de esclarecimentos do advogado Mauro Cavalcanti sobre a decisão liminar do STJ acerca da greve, a assembleia dos técnicos reunida hoje procedeu à avaliação dessa medida judicial, do cenário nacional e do próprio movimento.  Avaliação consensual entre os presentes é de que o movimento grevista está firme e agora mais fortalecido pela entrada em greve dos estudantes, bem como pela perspectiva de início de greve também dos professores antes do final do mês.

Com o reforço das categorias discente e docente, apoiando e articulando-se com a greve dos técnicos, foi aprovada por unanimidade a realização de uma assembleia comunitária na próxima quinta-feira (11/8), às 09h00, em princípio no mesmo RU Central.  Como está previsto grande afluxo de pessoas das três categorias a essa assembleia, poderá ela acontecer em outro espaço, ainda a ser confirmado.

Antes disso, na quarta-feira (10), às 14h00, ocorrerá a segunda atividade do Cinema da Greve.  No auditório da PROGEPE da UFPR (r. Dr. Faivre) será exibido o filme brasileiro "Eles não usam black-tie". O filme, de 1981, aborda a temática da greve e tem no elenco Gianfrancesco Guarnieri e Fernanda Montenegro.  Após a projeção, está previsto um debate sobre o filme.  Todos estão convidados.

Assembleia de Greve de 09/08 - Transmissão encerrada

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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Primeira demissão de nova leva da FUNPAR

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Em 16 de agosto, UFPR, a FUNPAR e a União tem de voltar ao Ministério Público para explicarem-se como fica o cumprimento do acordo de anos atrás sobre a situação dos trabalhadores da FUNPAR.  Provável que nada de substancial ali se resolva, pois todos devem estar aguardando o desfecho da tramitação do PL 1749/11, que pretende criar a nova Empresa para gerir os hospitais universitários (EBSERH).  Na Câmara Federal, o PL 1749/11, em regime de urgência, tem de ser votado até 31 de agosto.  E a União alega que a EBSERH é a saída para resolver o problema da contratação dos atuais funparianos.  Mas, aguardemos o dia 16.

Entretanto, onde possível, chefinhos e chefetes do HC procuram já ir se livrando de servidores da FUNPAR, começando pelos mais conscientes, que incomodam os que se julgam donos do HC.  Aparentemente, com o beneplácito ou omissão da diretoria pelega do Sinditest.

Já soubemos da primeira demissão de uma servidora da FUNPAR, sem justa causa, confirmada hoje, deflagrada depois da sua perseguição por uma chefia irascível.  Mas daremos mais informações nos próximos dias, a partir de mais detalhes dados pela própria servidora, que vai receber aviso prévio e a devida indenização trabalhista.

Cresce cerco de justiça e imprensa à greve no HC da UFPR

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O Ministério Público já convocou, dias atrás, membros do Comando Local de Greve a prestar esclarecimentos sobre como vem se dando a greve no HC da UFPR, que hoje completa 54 dias.  Em âmbito nacional, o STJ, cobrado pela AGU, embora não considerando ilegal a greve da Fasubra, determinou que devem trabalhar 50% de servidores em cada local.

Em sua edição de hoje (8), a Gazeta do Povo estampa a manchete "HC está em estado grave", seguida da chamada de resumo onde se lê que a "Greve de dois meses compromete atendimentos no Hospital de Clínicas. Para grevistas, movimento não coloca pacientes em risco. Não é o que diz a direção da casa".  E no meio da reportagem um médico da unidade de Emergência eleva o tom alarmante: "Se continuar assim, muitos vão morrer por falta de atendimento."

Ressaltamos esses elementos para interpretar que setores muito incomodados com a greve mobilizam judiciário e imprensa para dificultar as coisas para o movimento.  Cientes disso, os responsáveis pela greve dentro do HC devem manter um estrito controle que permita conduzi-la com a cautela necessária. 
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Sinditest deve estar na 1a. ConSocial

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Segundo o site da CGU (Controladoria Geral da União), a 1ª Conferência Nacional sobre Transparência e Controle Social (1ª Consocial) "tem o objetivo principal de promover a transparência pública e estimular a participação da sociedade no acompanhamento da gestão pública, contribuindo para um controle social mais efetivo e democrático que garanta o uso correto e eficiente do dinheiro público."  

A etapa estadual paranaense deve ocorrer entre novembro deste ano e abril/2012, em Curitiba.  A etapa final nacional, em Brasília, acontece em maio/2012.

Sendo "transparência" um slogan constante de campanha eleitoral da gestão "Sindicato Para Todos", a atual Diretoria deveria levar à 1a. ConSocial a sua expressiva experiência com o tema. Certamente farão sucesso com a apresentação de seu trabalho.  Sucesso como exemplo a NÃO ser seguido de gestão sem transparência.  E de hipocrisia: cobram e cobram transparência da reitoria da UFPR, mas na própria casa sindical os dirigentes Messias e Dr. Néris não a praticam.

domingo, 7 de agosto de 2011

Agosto de mobilizações na UFPR

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Professores da UFPR: ainda não é greve, apenas indicativo, mas pode chegar lá

Sem nenhuma perspectiva, até agora, de reabertura de negociações com o Min. Planejamento (MPOG), prossegue a greve nacional dos técnicos das IFES, completando dois meses.  Um acampamento de servidores em Brasília, diante do MPOG, vai acontecer de 9 a 11/8, tentando pressionar pela reabertura de negociações.  Uma caravana do Sinditest deve partir amanhã cedo em direção à capital federal.

O movimento dos técnicos possui uma pauta reivindicatória nacional (motivo da entrada em greve) e uma local. Dois patrões distintos, pois, com quem negociar - o governo federal e as reitorias de UFPR e UTFPR.  Nenhum deles deu respostas satisfatórias até agora.  Mas, em função da greve da FASUBRA, o CEPE (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão) já teve que adiar em duas semanas o calendário letivo da UFPR, como relata esta matéria da ACS, com início de aulas podendo se dar somente em 15/8..

O segmento docente, representado pela APUFPR, fez assembleia na quinta-feira (4/8), reunindo mais de 200 professores (foto acima), que por maioria aprovaram um indicativo de entrada em greve, também por uma pauta nacional.  Essa assembleia docente inscreve-se num calendário nacional da ANDES-SN, que, neste fim de semana (6-7/8) avaliará o resultado de assembleias em todo o país.  Por ora, há indicativo apenas de paralisação de dois dias em 23-24 de agosto, mas isso pode evoluir para greve por tempo indeterminado.

Na noite da mesma quinta-feira, foi a vez de estudantes da UFPR realizarem sua assembleia, dentro do RU Central, QG da greve dos técnicos.  Segundo o DCE-UFPR, meio milhar de alunos estiveram no salão do RU ouvirndo informes sobre as outras greves e debatendo sua própria pauta de reivindicações.  O DCE, além de endossar seu apoio à greve da FASUBRA, na assembleia apontou uma pauta local a ser cobrada da Reitoria da UFPR.

As tres categorias estão articuladas e poderão programar inclusive algumas atividades conjuntas para atrair a atenção do restante da população sobre problemas da Universidade e das remunerações dos servidores, que    podem ficar sem qualquer reajuste salarial este ano.  Com certeza, o reitor da UFPR, se já não fosse calvo, perderia os cabelos neste período de agitações da comunidade.
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Foto: APUFPR

Decisão do STJ sobre greve da FASUBRA - não há ilegalidade mas...

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Na noite desta sexta-feira (5/8) saiu no portal do STJ (Supremo Tribunal de Justiça) a notícia da decisão liminar  sobre o pedido da AGU acerca da legalidade da greve nacional dos técnicos das IFES.   

O ministro Arnaldo Esteves Lima determinou "que sejam mantidos em atividade pelo menos 50% dos servidores técnico-administrativos das universidades federais, sob pena de multa diária de R$ 50 mil contra a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) e as entidades filiadas que comandam a greve nacional da categoria. A decisão foi dada em liminar na ação de dissídio de greve e atende, parcialmente, ao pedido formulado pelas universidades."

De fato”, observou o ministro, “o direito de greve dos servidores públicos deve ser assegurado, porém não de forma irrestrita, haja vista a necessidade de ser harmonizado com os princípios da supremacia do interesse público e da continuidade dos serviços essenciais, para que as necessidades da coletividade sejam efetivamente garantidas, como é o caso das atividades exercidas pelas Instituições Federais de Ensino”.

Recordemos que a AGU pediu ao STJ ou a decretação de ilegalidade da greve ou a obrigatoriedade de 75% dos servidores em atividade, com multa diária de R$100.000,00.  O Ministro do STJ formulou um tipo de decisão de meio termo entre os interesses da AGU e do movimento grevista.

Sobre a Fasubra e cada sindicato pesa a ameaça da multa ainda alta de 50 mil/dia e obrigação de organizar os grevistas de modo a não dar margem que aleguem descumprimento do percentual de 50% - o lado ruim da decisão do STJ.  Por outro lado, é positivo o fato de a greve não ser considerada ilegal, o que abre ao movimento a possibilidade de argumentar mais fortemente perante o MPOG que ele tem obrigação de negociar mesmo em condições de greve.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Pobre Rebeca, estudante de História...

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Ali pelos vinte minutos iniciais da assembleia de greve de ontem (4/8), no RU da UFPR, tomou a palavra a estudante Rebeca, do curso de História, falando em nome da diretoria do DCE. Expressou a convicção de sua diretoria e da bancada estudantil no COUN sobre a justeza da greve dos técnicos das IFES e reafirmou seu apoio ao movimento, traduzido inclusive em jornal impresso do DCE para os alunos.

Que reconhecimento e gratidão ela (e por extensão os estudantes que representa) recebeu do vice-presidente do Sinditest, que mais uma vez dirigia aos trancos a assembleia em nome do Comando Local de Greve ? (CLG que nem se reúne, diga-se de passagem.) Recebeu pura e simplesmente o veto a que qualquer estudante apoiador, com disponiblidade para viajar e ajudar, possa complementarmente ocupar vagas sobrantes no ônibus da caravana...

A bem intencionada jovem do movimento estudantil vai até a greve dos técnicos emprestar apoio e em troca recebe rejeição do Dr. Néris, sem justificativa clara alguma.  O episódio contribui mais uma vez para demonstrar o método mandonista do veterano sindicalista, que pretende voltar a ser presidente do Sinditest na eleição de novembro.  Como?

Ora, perto do final da assembleia, o servidor de base da UFPR-Litoral Maurício Souza apresentou questão de encaminhamento à mesa conduzida (mal) pelo Dr. Néris.  Pediu apenas que ele colocasse em votação se a assembleia autorizaria, ou não, que alguns estudantes pudessem integrar a caravana a Brasília caso sobre meia dúzia de vagas. Nada mais simples e meramente democrático votar isso.

Pensam que o superdemocrático e hipertransparente "guia" encaminhou a votação? Grunhiu uns motivos obscuros sobre não se sabe que tipo de "responsabilidade jurídica" do Sinditest sobre os membros da caravana, que ele e Wilson Messias não "assinariam embaixo disso", que não iria deliberar sobre isso e deu por encerrada a assembleia! Confiram isso neste link do vídeo (cerca de 01h52 no vídeo) ou na postagem da transmissão da assembleia de 4/8 mais abaixo.

Pobre Rebeca, teve ontem mais uma aula. Uma aula do que NÃO é democracia sindical com o "professor" Dr. Néris...

Inflexibilidade do governo impede avanço da negociação com docentes

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Após mais uma rodada de negociações entre o Ministério do Planejamento (MP), ANDES-SN e Proifes, nesta terça-feira (2/8), ficou evidente que o governo não flexibiliza posições, principalmente no que diz respeito à sua proposta de carreira, e não disponibiliza margem de recursos significativa para reajuste remuneratório.

Em sua fala inicial, o secretário de Relações Sindicais do MP, Duvanier Paiva (no centro da foto, na ponta da mesa), repetiu o bordão anteriormente utilizado, apontando a necessidade das entidades e o governo chegarem a um consenso do que possa ser negociado em caráter emergencial, para já ser incluído na Lei Orçamentária Anual, de 2012, que será encaminhada ao Congresso Nacional até 31 de agosto.

Embora o próprio representante do governo tenha sinalizado a necessidade de encontrar pontos comuns para conseguir um avanço nas negociações, o que se viu durante toda a reunião foi a insistência do secretário em reafirmar que a posição do governo é a que está na mesa desde o ano passado...

LEIA MAIS -->
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Fonte: ANDES-SN

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Pelegos sovinas do Sinditest já sinalizam investimento menor na greve

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Uma hora as verdadeiras posições aparecem. Quem assistiu à metade final da assembleia geral de greve de hoje (2/8), e entendeu algumas questões de fundo, pôde captar algumas contradições internas dessa gestão "Sindicato Para Todos" (!) da Diretoria do Sinditest, as quais contaminam o movimento grevista e podem atrapalhá-lo.  Uma contradição visível é anterior à própria greve e decorre de certo distanciamento entre o grupo psolista minoritário da diretoria (diretores Carla, Bernardo, Zé Carlos) e o conglomerado pelego histórico do HC (grupos de Wilson Messias e do Dr. Néris), por causa da eleição sindical que se avizinha em novembro.  Pela disputa da futura diretoria 2013-2014, eles tem se bicado até publicamente.

Outra contradição tem a ver com o próprio encaminhamento prático da greve, pois implica mais gasto de recurso do sindicato.  E - quando se trata de investir o dinheiro das mensalidades dos filiados na luta real - gente como Messias e Dr. Néris ficam cheios de urticárias, de senões e de pode-ser.  Acham que há muito "desperdício" nas ações e materiais que essas lutas, como a greve, demandam. De quebra, autoproclamam-se como os únicos administradores sindicais "responsáveis".  Isso se materializou no bate-boca dessa assembleia de hoje sobre mandar ou não uma caravana (um ou mais ônibus)  para protestar em Brasília pela reabertura das negociações.  Até o veto à eventual carona para 4 ou 5 estudantes completarem as vagas de ônibus da caravana chegou a aparecer.  E o presidente Messias chegou a propor que o grevista que der o nome para ir à caravana e porventura tiver dificuldade para viajar na hora H, que esse arque com os custos da viagem que não fará...

Para tentar dissuadir a plateia de apoiar a caravana, Messias, Dr. Néris e alguns de seus apóstolos defenderam que o foco da greve se volte mais sobre a Reitoria e a pauta local.  Claro, para atravessar a rua, do RU ao prédio da administração, não se gasta dinheiro com ônibus.  Contudo, embora importante, a pauta local não é o objeto principal de reivindicação, pois a greve nacional foi deflagrada em função de uma pauta nacional pelo reajuste salarial e melhorias no Plano de Carreira.

Para aflição dos pelegos sovinas do Sinditest, foi aprovada por maioria na assembleia a ida a Brasília e os interessados devem inscrever seus nomes até a assembleia da próxima quinta-feira (4/8), de todos os campi da base do Sinditest (capital e interior).  A partida, de ônibus, deve ser no domingo (7) ou segunda-feira cedo (8), para uma estadia até o dia 10 ou 11/8 na capital da república.  A missão é árdua, mas, ao que tudo indica, necessária para forçar o surgimento de perspectivas novas antes que agosto acabe.

O que fica de aprendizado depois dessa assembleia de hoje? Fica a máscara caída da cara de líderes sindicais que sempre enxergaram o Sinditest como uma "Asufepar-2", um clube recreativo, que se esbalda em comprar e vender imóveis em transações às vezes nebulosas, que acha que um sindicato destina-se a celebrar convênios com planos privados de saúde e promover festas e rega-bofes.  Por isso, por verem que o rico dinheirinho com que sonhavam comprar e vender mais "chácaras" está (em parte) sendo usado para lutas necessárias da categoria, os Dr. Néris da vida tem chiliques dentro de assembleias.  Pois esses "mãos-de-vaca" ultrapassados que se afoguem em seus chiliques que as novas gerações dispostas à luta passarão por cima!

Assembleia de greve de 2/8 - transmissão encerrada

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Por uma falha técnica ao final da transmissão, não foi possível manter gravada no site twitcam a assembleia de hoje.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Fantasmas e fantasmagorias na Asufepar

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Você, caro leitor e leitora, que recebe por e-mail as bobajadas de um suposto "grupo 28 de outubro" da Asufepar, está de fato a par do que se disputa na eleição dessa entidade nas próximas semanas?  A inventada reencarnação do grupo que aglutinava-se em torno da saudosa servidora Teresa Américo, notória presidente dos primeiros tempos da Asufepar, não passa de brincadeira de "Gasparzinho" para iludir ingênuos e distribuir ataques para todo lado.  Gasparzinho-28, aliás, reuniu centenas de simpatizantes no hall do Setor de Ciências Sociais Aplicadas dias atrás conforme anunciaram, nenhum deles de carne e osso.  Nem Teresa há de ter aparecido para conferir a brincadeira.

O que, na realidade, se configura é uma disputa entre a continuidade de diretores agregados em torno do suspeitíssimo Vilson Kachel, e, de outro lado - talvez, possivelmente, quiçá -, a mudança para uma gestão que impeça que a Asufepar fique a serviço de interesses particulares mas volte a atender apenas seus sócios.  E mais que isso - na medida em que é entidade influente sobre parcela dos servidores técnicos e até docentes - em jogo está uma Asufepar que desempenha certo papel na eleição de reitor de 2012.

Não à toa o atual reitor da UFPR cuida de blindar seu cabo eleitoral e aliado Vilson Kachel, denunciado por diversas irregularidades e recentemente exonerado de uma pró-reitoria na UNILA de Foz do Iguaçu.  Conta que o fiel escudeiro será capaz de eleger em outubro um sucessor tão "honesto" e fiel quanto ele na Asufepar, para colocá-la a serviço do projeto reeleitoral à Reitoria.  Por isso, nas gavetas do reitor, as denúncias lançadas contra alguns espertos servidores dormem um sono talvez eterno...

O ex-diretor José Carlos Belotto renunciou à Diretoria da Asufepar há poucas semanas, discordando da gestão do seu então "amigaço" Kachel e sendo alvo de ataques pessoais mais sujos que pau de galinheiro.  Aparentemente, Belotto coloca-se como alternativa à continuação de toda a fantasmagoria e sujeira dominantes na Asufepar de hoje.  A categoria fica na expectativa para ver se ele realmente quer ser um faxineiro com toda a energia para limpar esses estábulos de Augias. Ou se outra opção surgirá para sanear a entidade.