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quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Números da eleição de 4/12 e implicações políticas

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Os números finais absolutos da eleição da Diretoria do Sinditest em 4/12 foram os seguintes, na qual votaram cerca de 2.800 filiados:

Chapa 1 ("Avançar na Luta!") - 675 votos;
Chapa 2 ("Sindicato para Todos") - 989 votos;
Chapa 3 ("Reação") - 383 votos;
Chapa 4 ("Outro sindicato é possível") - 677 votos.

Outro aspecto da avaliação deste resultado é verificar onde cada chapa obteve suas melhores e piores votações, em termos percentuais. No caso da Chapa 1, presidida por José Carlos Belotto, seus eleitores estiveram principalmente na UFPR (54% dos votos) e na UTFPR (28%), com baixo apoio no HC (17%).

A chapa 3, presidida pelo servidor da Escola de Química Marcelino Câmara, confirmou o que dela se esperava - praticamente restringiu-se a algumas urnas da UFPR (78% da votação total desta chapa), com apoio baixo no HC (16%) e irrisório na UTFPR (6%).

A chapa 4, do candidato Luiz Fernando Mendes (PROGEPE), mostrou uma distribuição mais ou menos equilibrada entre esses 3 grandes colégios eleitorais, com predominância de votos na área da UFPR (47%), e proporções menores no HC (33%) e UTFPR (20%).

Por fim, a chapa 2 vencedora, presidida pelo servidor do HC Wilson Messias (e incluindo mais 15 membros do HC no total de 25 candidatos), triunfou monopolizando os votos do maior colégio eleitoral do Sinditest, que é o hospital. Três quartos (75%) de sua votação partiram de servidores do HC, 24% vieram de votos esparsos por algumas urnas da UFPR, e na UTFPR a chapa 2 foi totalmente rejeitada (não passou de 1%).

Estes números proporcionais demonstram uma polarização entre áreas da UFPR e o HC quanto às preferências do eleitorado. Entre lideranças mais responsáveis do movimento sindical, nunca se quis nem se quer fomentar tal polarização no plano político, na ação prática, pois o HC É DA UFPR. Porém, em época de campanha eleitoral, certos candidatos usaram e abusaram do discurso corporativo "HCista", o que não é nada bom para o futuro imediato do movimento. Se prosseguem ameaças reais de impôr a Fundação de Direito Privado no HC, quebrando a estabilidade dos servidores de RJU no HC, eles precisarão da ajuda ativa dos demais colegas de fora do HC.

Depois das sabotagens da Greve de Maio-Setembro/2007 dentro do HC, quando alguns irresponsáveis mandavam servidores de UTI e Emergência do HC saírem do plantão - com isso abrindo o flanco para que a Justiça decretasse proibição total de greve no HC - tornou-se ainda mais difícil a esses trabalhadores do hospital realizarem um movimento mais agudo. Assim, é recomendável que a nova gestão 2008-2009 saiba ser diretoria de toda a base, e não apenas voltada ao seu eleitorado hospitalar, se quiser mesmo defender toda a UFPR, e em particular o HC contra a privatização fundacional.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Uma avaliação da eleição de 04/12/2007

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Muitas pessoas na UFPR, durante a campanha eleitoral do Sinditest, assim como depois de sabido o resultado, questionavam os membros das chapas 1 e 4 sobre o motivo de sua não-aliança em uma chapa única e receando a volta de antigos grupos à Diretoria sindical. À primeira vista, trata-se de um cálculo político-aritmético simples: se os dois grupos de oposição do HC (de Wilson Messias e de Neris) se unificaram para ganhar a todo custo, engolindo seus próprios sapos-bois, para fazer frente a eles seria necessário a junção dos grupos de concepção sindical diversa da Chapa 2, ou seja, a unidade dos mesmos que comandaram a vitoriosa Greve de 2007. Haveria duas chapas principais em disputa, e uma "Chapa 3" sem chances reais.


Afinal, o inverso disso aconteceu na eleição de 2005: os dois agrupamentos que atuam no HC dividiram-se em chapas distintas (Chapas 1 e 3 na época) e a Chapa 2-"Novos Tempos", presidida por Belotto, contando com votação massiva nas urnas da UFPR extra-HC e na UTFPR, acabou vencedora.


Após terem constituído o núcleo principal do Comando Local de Greve, que carregou nas costas a greve dos 100 dias, as pessoas das Chapas 1 e 4 teriam, a princípio, afinidade para estarem unidas numa nova Diretoria. Essa aliança provou-se muito difícil na prática para construir uma chapa única. Por quê?


Um motivo destacado foi a tradição de hegemonia forçada presente nas principais lideranças da Chapa 4, o chamado "grupo de Roseli Isidoro". O partido da vereadora, desde que ele surgiu no cenário político há mais de 25 anos, tinha por costume impôr não alianças negociadas, mas adesões automáticas e incondicionais. No popular: "ou apóia a gente e vem a reboque, ou não tem aliança". Em boa medida, essa postura auto-suficiente predominou nas iniciativas do "grupo Roseli" logo depois do final da greve, quando começaram por conta própria a chamar reuniões em que se partia do suposto de que o presidente TINHA QUE SER o colega Luiz Fernando e que a chapa se denominaria "de oposição". Logo, se os diretores sindicais presididos por Belotto quisessem participar da Chapa "do Luiz" teriam que desmerecer todo o esforço que fizeram ao longo de quase dois anos à frente do Sinditest e se tornar meros caudatários da linha ditada por outros.


Convenhamos: entrar numa aliança nessa condição subalterna é como entrar numa casa pela porta dos fundos, com o rabo entre as pernas. Essa atitude do "grupo Roseli" não mudou, apesar de muitas e muitas conversas. Por isso, para defender as conquistas políticas (como os bons ACTs da FUNPAR e a Greve da FASUBRA) e patrimoniais (como a reforma da casa de Itapoá e o desmascaramento da compra irregular da "chácara-canil" da gestão 2004-2005), as lideranças do grupo "Novos Tempos" e seus apoiadores decidiram montar uma chapa com identidade própria, a Chapa 1-"Avançar na Luta!". Talvez os articuladores da Chapa 4, acreditando que eram o grupo mais forte para vencer, não contassem de fato com essa atitude de independência da Chapa 1. Calcularam errado.


Sabendo-se das habilidades retóricas de certas saúvas da Chapa 2 de oposição, que havia meses nos corredores da UFPR espalhavam suas versões fabricadas (inverdades sobre fundo de greve, convênios etc), a divisão das demais chapas anunciava a derrota em 4/12, o que ocorreu. Pareceu preferível, entretanto, manter a coerência política, a identidade classista própria e a dignidade, lançando a Chapa 1 – sementes novas lançadas no solo do movimento para impulsionar o Sinditest avante em futuro breve. Naturalmente, com ajuda de toda a categoria para acompanhar nas assembléias e via Conselho Fiscal os passos da nova Diretoria dita "Para Todos". Essa a tarefa, especialmente neste período ainda de incertezas produzido pela extinção da CPMF imposta pelos partidos da direita.


Paulo Adolfo
Biblioteca Central-UFPR

sábado, 22 de dezembro de 2007

Casa de praia de Itapoá: visite antes que fechem

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Parece incrível, mas relatos oriundos das bandas da chapa vencedora da eleição do Sinditest dariam conta da intenção da nova Diretoria "Para Todos" [sic] fechar a casa de praia em Itapoá. Depois dos esforços humanos e materiais dispensados em 2006 na reforma desse local de lazer dos sócios do sindicato, após mais de 300 famílias/filiados terem aproveitado a bem cuidada sede da praia a custo irrisório, deixando sua satisfação registrada em numerosos depoimentos escritos enviados à Diretoria, como pode um novo grupo dirigente simplesmente acabar com Itapoá?
Só podemos creditar tal iniciativa anunciada - se verdadeira - à miopia dos novos dirigentes e à teima de pessoas como Antonio Neris que até hoje recusam-se a aceitar o patrimônio de Itapoá derivado da fusão entre Sinditest e AFHC de 1999. Em função da briguinha ridícula entre certos dirigentes sindicais, pagarão todos os filiados que podem se beneficiar da opção barata de lazer na praia.
Se isto se confirmar, fica ainda mais clara o quanto "Para Todos" será a futura gestão 2008-2009 do Sinditest.
Da parte do grupo "Avançar na Luta", tudo faremos para impedir que a casa de praia de Itapoá seja desativada, e cremos que a maioria dos filiados deve estar nessa luta conosco.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

94% dos votantes elegem Conselho Fiscal independente

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O SINDITEST-PR já possui um novo Conselho Fiscal para o biênio 2008-2009. Foi eleita com 94% de apoio dos votantes da eleição desta terça, 18/12, a Chapa 1, única inscrita ao pleito. Votaram 93 servidores, 87 deles referendando a Chapa 1, havendo 3 nulos e 3 brancos.
O número de votantes, inferior ao da eleição da Diretoria desde que as duas eleições foram separadas em datas distintas, ainda assim registrou a maior participação dos últimos anos.
Os novos membros do Conselho Fiscal são

TITULARES:
Luiz Santos Ferreira – HC/Central de Internamento
Natalino Ernani Schreiber – HL/Setor de Educação
Maria Cristina dos S. Barreto Leal – Setor de C. Florestais

SUPLENTES:
Rubens Antonio Alfonso – HC/Dep. Financeiro
Dirce N. da Silva – HC/Planejamento
Marco Aurélio V. Garcia – HC/Raio X

Os técnico-administrativos da UFPR, FUNPAR e UT passam a contar com um Conselho Fiscal idôneo e politicamente independente da nova Diretoria do Sinditest, o que certamente provê garantias de maior isenção e capacidade vigilante sobre os atos dos diretores sindicais que serão empossados em janeiro de 2008.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Um agradecimento e um aviso

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Os trabalhadores e trabalhadoras da UFPR, FUNPAR e UTFPR que compuseram a Chapa 1 – “Avançar na Luta!” agradecem fortemente os votos que receberam de todos os setores na disputa da Diretoria em 4/12/07. Saem dessa batalha de fronte erguida por saberem ter lutado o bom combate e convictos da justeza de suas posições. Por isto, este site será mantido como referencial de informações e opiniões do grupo Avançar na Luta, agora na oposição.

Em breve, publicaremos aqui uma avaliação do resultado eleitoral, análises das possíveis conseqüências do fim da CPMF sobre a UFPR e o HC, perspectivas de nosso movimento sindical, além de outras informações. Esperamos contar com a visita freqüente a este site, seja de companheiros concordantes, seja dos adversários.
A luta de idéias, feita em bom nível, ajuda a avançar o movimento.

Garantia contra estripulia

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Diretoria que convive com um Conselho Fiscal independente e vigilante se arrisca a fazer estripulias ? Se a Diretoria quiser ser responsável perante a categoria, não. Nunca se sabe... Por isso, o melhor que os técnicos-administrativos filiados ao SINDITEST devem fazer nesta terça-feira, 18/12, é votar na eleição do novo Conselho Fiscal, referendando a Chapa 1Avançar na Luta. Os componentes da Chapa 1 estão comprometidos com uma postura de observância total do Estatuto sindical e acompanhamento constante dos atos da Diretoria executiva eleita no último dia 4/12. Conheça os candidatos da Chapa 1:

1) Luiz Santos Ferreira2) Natalino Ernani Schreiber3) Maria Cristina dos S. Barreto Leal

4) Rubens Antonio Alfonso5) Dirce N. da Silva6) Marco Aurélio V. Garcia.


ATENÇÃO! Somente haverá UM ÚNICO POSTO de coleta dos votos da UFPR, localizado no SAGUÃO DA REITORIA. A votação é apenas nesta terça-feira (18/12) e vai das 9 da manhã às 17 horas. Compareça e faça valer seu direito democrático!

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

4/Dez.: dia de votar Chapa 1 !

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Dia 4 de dezembro: dia da eleição do Sinditest!

Vote com consciência, sem se deixar levar por tentativas de convencimento de última hora. Recorde e reflita sobre quem já vem demonstrando trabalho real pela categoria dos técnicos, em contraste com aqueles que somente aparecem em época de eleição com discursos grandiloquentes e promessas.

Confirme as conquistas - políticas, salariais, democráticas e do nosso patrimônio físico - votando na Chapa 1. Para o sindicato avançar mais ainda. E só se avança com luta!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Pessoal NS: a Chapa 1 é o canal !

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Assim que perceberam mais claramente seus problemas salariais em 2005, o pessoal da UFPR de nível superior (NS) buscou que o Sindicato fizesse sua defesa e representasse seus justos reclamos na FASUBRA e junto ao governo. Lotando maciçamente assembléias, viram que a Diretoria daquela época não dava a menor atenção e ainda fazia troça.

O pessoal NS se organizou, fizeram um Forum. Ajudaram a eleger a gestão "Novos Tempos", no final de 2005. Veio a greve de 2007 e a nova Diretoria presidida por Belotto não desapontou o pessoal NS. O desfecho da greve representou o justo atendimento da reivindicação salarial do NS, ainda que parcial.

E o bom resultado dessa luta também se deu porque lideranças do NS atuaram decididamente tanto na Diretoria do SINDITEST como no Comando Local da Greve dos 100 Dias. Assim deve continuar para aprimorar o novo Plano de Carreira.

Ainda tem muita coisa pra ser garantida e melhorada e o canal dessa luta do NS na UFPR é a futura Diretoria do SINDITEST a ser eleita pela Chapa 1, onde despontam as lideranças de Guaracira Flores (HC), Rita Kavulak (CCE), Sugleri Rodrigues (HC) e Aristheu Negrão (PCU).

Por isso, nesta eleição de 4/12, o pessoal NS se garante votando Chapa 1 ! Pra avançar também na luta do NS !