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terça-feira, 30 de junho de 2009

Você, filiado do RJU, subvenciona ganhos do Acordo Coletivo da FUNPAR

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A Diretoria do Sinditest confessou, pelo que escreveu seu presidente na edição "especial" de maio/junho do jornal sindical, que as mensalidades pagas pelos filiados do RJU estão bancando as despesas do processo de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do pessoal da FUNPAR. Leia o que escreveu Wilson Messias na p. 4 desse jornal:

"Você sabe para quê é cobrada a taxa de reversão? Todo acordo coletivo tem alguns custos, mas o principal deles, é o advogado. Isso mesmo, a taxa de reversão é utilizada para o pagamento dos serviços advocatícios no ACT. Hoje o arrecadado pelo SINDITEST nas mensalidades dos funcionários FUNPAR/HC gira em torno de três mil reais, o que não cobre nem as despesas dos plantões deste advogado, por isto cobramos a taxa de reversão salarial: para cobrir as despesas do ACT."


Muito bem, que bom que os trabalhadores do HC contratados pela FUNPAR tiveram um ganho de 2% acima da inflação, eles merecem. E os trabalhadores do Regime Jurídico Único (RJU)? Caso acontecesse o adiamento do reajuste de julho, conquista da Greve de 100 dias de 2007, os trabalhadores do RJU teriam que reagir, num movimento que cabe ao Sinditest organizar, coordenar e sustentar materialmente.


A Diretoria atual teria recurso financeiro, capacidade e vontade política para realizar esse movimento? Um pirulito em formato de formiguinha pra quem responder... Felizmente, há mais sinais indicando que o Governo Federal honrará o Acordo 2007 e pagará a segunda parcela (julho/2009). A Diretoria amiguinha do reitor, que não precisa organizar greve nem da FUNPAR para o ACT, respira aliviada!

Presidente do Sinditest já deflagrou campanha para sua reeleição

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Sequência autopromocional pessoal no Jornal do Sinditest

O número "especial" sobre a FUNPAR é realmente especial. Seria mais perto da verdade se fosse chamado de "especial sobre o presidente". Já falamos aqui do aspecto geral da publicação, em que fica patente a autopromoção do presidente do Sinditest Wilson Messias, paga com o dinheiro de todos os filiados (neste sentido o "para todos" se explica, todos pagam mas só uma parte fatura).


A capa do jornal tem uma foto em destaque de Messias e a manchete: "ACT 2009/2010 com Wilson Messias na presidência: melhor ganho real de todos os tempos". Como não bastasse, na contracapa (espaço nobre de qualquer jornal) temos uma sequência de fotos do presidente, fazendo pose de "estadista", como se vê na ilustração acima. Nessa toada, quem sabe em breve teremos um "book" autografado de fotos do chefe para fãs, como fazem as modelos.


Como consolação para os demais servidores que também participaram da comissão de negociação do acordo coletivo, perdido lá no meio do jornal tem um retângulo com uma matéria citando esses outros membros sob o título "Hora de agradecer".


O ato falho da jornalista Carla Cobalchini, fã do presidente, que denuncia a ânsia de continuidade no cargo de Messias, está no primeiro parágrafo da primeira matéria na p. 2 do citado jornal, onde se lê:


"2009 e 2010. Dois anos de Gestão Sindicato Para Todos, tendo à frente como Presidente Wilson Messias, e os trabalhadores FUNPAR repetem o sucesso no Acordo Coletivo."


2010? Epa! Já reelegeu-se o Messias para presidir também em 2010? Pelo que sabemos a atual gestão é do período 2008-2009, e a eleição de nova Diretoria será no final de 2009. Contudo, considerando uma Diretoria que já fez assembléia-fantasma em outubro de 2008 e já adulterou atas de assembléia como bem quis, talvez ela tenha feito agora uma eleição-fantasma, desconhecida pela base, e os iluminados votaram em si mesmos para um novo mandato!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Senador do PMDB quer que Lula suspenda reajuste

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O senador Mão Santa (foto ao lado), do PMDB do Piauí, sugeriu ao presidente Lula que suspenda aumentos previstos para os servidores públicos, entre outras medidas necessárias para conter a escalada das despesas correntes do governo. Ao defender a proposta, em Plenário, na sexta-feira (26), ele citou análise publicada na imprensa sobre a evolução das contas federais, elaborada pelo economista Raul Veloso.

- O governo deveria suspender tudo o que é aumento de pessoal - disse o senador, em apelo ao presidente Lula.


"Mão Santa" é médico, daí viria o apelido. No caso de sua posição sobre o reajuste do funcionalismo, a mão dele é santa para a turma do discurso neoliberal, mas é uma "mão grande" querendo esvaziar o bolso dos servidores. E Raul Veloso, citado pelo senador do PMDB como autoridade sobre contas públicas, é um economista que assessora a tucanada de FHC.
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Fonte: Boletim Eletrônico Wagner & Associados

Jornal Folha de S. Paulo ataca reajuste do funcionalismo e quer adiamento

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"Diante da restrição fiscal crescente, os reajustes a servidores públicos prometidos a partir de julho, por exemplo, deveriam ser postergados, a fim de evitar novos cortes nos investimentos programados ou uma deterioração ainda maior do déficit público." Essa é a cantilena de um dos jornais da grande burguesia paulista, a "Folha de São Paulo", em matéria publicada no sábado, 27/6.


A "Folha" - jornal cujos donos já serviram a interesses da ditadura militar nos anos 70 e hoje faz profissão de fé para eleger o governador paulista José Serra presidente da república - expõe pela enésima vez a cantilena liberal de que o governo precisa conter os ditos "gastos" públicos, especialmente com folha salarial. Neste momento em que o Presidente Lula parece
sinalizar a seus ministros que paguem o reajuste devido em julho, a grande imprensa verbaliza a contrariedade do sistema financeiro.


O jornal reclama que o governo federal reduziu a "reserva de caixa para banqueiro", o chamado superávit primário, já no primeiro parágrafo da mesma matéria, onde se lê:
"A fim de atenuar as repercussões da crise internacional sobre a economia brasileira, o governo federal reduziu a meta de superávit primário (recursos poupados para abater a dívida pública) no início do ano. A meta de todo o setor público passou de 3,8% do PIB para 2,5%." E que, como as contas públicas no momento estão sofrendo um aperto para fecharem, quem deve ser sacrificado é o bolso do servidor, em nome da "preparação para o futuro".


Portanto, mesmo com notícia recente reproduzida aqui mesmo, que diz que Lula não quer adiar o reajuste, todos devemos saber que a pressão dos ricos e poderosos do sistema financeiro é muito forte. E é mais: é diária, nos jornais, TVs e rádios. O movimento sindical precisa estar sempre pronto para levantar sua voz para fazer o contraponto às investidas da classe dominante brasileira.

sábado, 27 de junho de 2009

Altas granas rolaram no apoio ao Beto Richa. E na compra da nova sede sindical?

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Manassés de Oliveira, o ex-secretário da prefeitura, assessor direto do prefeito, demitido porque descobriram que ele fez coisas boas com o dinheiro dos otários. Graaaaande sindicalista, cacique do sindicato do Asseio e Conservação... Tudo a ver... Lembra alguém que vocês conhecem? Lembra algo do tipo transacionar com imóveis como certo sindicato adora fazer?

Reitor vai conceder ressarcimento do Auxílio-Saúde Complementar a todos. Mesmo?

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Desde que foi obtido como conquista da luta dos servidores que realmente fizeram a Greve de 100 dias de 2007 (categoria na qual não se encaixa a atual Diretoria do Sinditest), já se reivindicava que esse benefício pudesse ser usado para custear qualquer Plano de Saúde que o trabalhador pagasse.

Naturalmente, é bem-vindo o anúncio constante no site do Sinditest de que o reitor Zaki Akel facilitará que o recurso destinado ao Auxílio-Saúde possa ser repassado a cada servidor (esperamos para ver), atendendo ao que se reivindicava desde 2007. E, obviamente, tanto reitoria quanto diretoria sindical procurarão demonstrar a todos que foi a boa vontade de um e a luta de outro que obteve a mudança, o que não corresponde objetivamente à verdade, mas essencialmente à conveniência política.

Lula diz garantir reajuste de julho

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Os reajustes salariais autorizados ao funcionalismo público estão mantidos. Foi isso o que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, quinta-feira, aos ministros Paulo Bernardo, do Planejamento, e Guido Mantega, da Fazenda, durante a reunião da Junta Orçamentária.

Lula se impressionou com os dados do Tesouro Nacional sobre a queda na arrecadação. Demonstrou preocupação também com cenários de curto prazo traçados pela área técnica. O presidente insistiu, no entanto, que as contas públicas não podem ser uma espada que aponte o tempo todo para sua cabeça. Por isso, o compromisso assumido por ele junto a uma base política tão importante como é o servidor deve e será respeitado.

O presidente da República assumiu de vez o papel de avalista dos aumentos programados para julho. E essa postura ficará mais clara à medida em que as pressões para adiar o cronograma dos aumentos, vindas do mercado ou de setores do governo, se acentuem.


Bernardo ouviu tudo atentamente. O ministro do Planejamento, ao contrário do colega da Fazenda, prevê estragos e desgastes desnecessários à imagem de Lula, caso os acordos com as categorias sejam rasgados. Por via das dúvidas, PB jogou sobre a mesa a proposta de manter o calendário de reajuste de 2009 e "flexibilizar" o de 2010. Lula não gosta nem desgosta da idéia. Disse simplesmente que o melhor é aguardar.
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Fonte: Blog do Servidor/Correio Braziliense-26/06/09

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Jornal do Sinditest vira mural para demagogia do presidente Wilson Messias

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Quem passa pela frente do Sindicato dos Motoristas de Curitiba (SINDIMOC), na rua Tibagi, lê na placa enorme abaixo do nome do sindicato: "Presidente Denilson Pires". Essa exaltação personalista vem à cabeça quando lemos o tratamento dispensado ao presidente do Sinditest na edição maio/junho do Jornal do Sinditest e sua alegada "grande" atuação no Acordo Coletivo da FUNPAR deste ano. "ACT 2009/2010 com Wilson Messias na Presidência: maior ganho de todos os tempos", exulta a manchete dessa edição do jornal, totalmente dedicada ao ACT da FUNPAR.

O ganho real de 2% acima da inflação do período deve ser saudado no ACT, sem dúvida. Mas o quadro fica empanado quando lemos a declaração do Presidente sobre a questão da reversão salarial, porque ali fica patente o posicionamento demagógico. Messias diz que a soma das mensalidades pagas pelos filiados da FUNPAR não cobre os custos da assessoria jurídica do Sindicato, sempre necessária num processo de ACT. No entanto, afirma ser contra que os trabalhadores contribuam para o sustento da ação do sindicato através da taxa de reversão salarial e o fato de os trabalhadores da FUNPAR poderem recusar o pagamento da reversão é chamado por ele de "transparência". Demagogia e discurso politicamente atrasado.

Ué, está faltando um dicionário Aurélio no Sinditest? Transparência é a entidade divulgar TUDO, absolutamente TUDO, de suas transações políticas e financeiras para a base que a sustenta. O fato de trabalhadores da FUNPAR irem até o Sinditest para recusar pagar a taxa de reversão salarial não é isso. Se a Diretoria do Sinditest, seguindo a posição que o presidente Wilson Messias diz ser sua, é contra a taxa de reversão salarial, simplesmente faça uma assembléia do pessoal da FUNPAR e decida que não vai mais ser cobrada de ninguém, ou que promova a devolução da mesma taxa para TODOS os trabalhadores da FUNPAR. Com isso, pare de fazer demagogia.

Na verdade, a gestão "Para Todos" está mesmo é desgostosa porque muito mais servidores da FUNPAR passaram a saber que têm direito a negar a cobrança de um dia de trabalho (taxa de reversão salarial) por parte do sindicato, e se dirigiram até a sede bacaninha nova do Sinditest para registrar isso. Isso faz cair a receita do sindicato gastador. Então, eles resolvem compensar com esse lero-lero de "transparência".

Queremos ver transparência, sim, para que expliquem como fizeram uma assembléia-fantasma na véspera da eleição municipal de 2008 somente para autorizar a venda da subsede da rua Comendador Macedo. Transparência para explicar porque a "chácara-canil" ainda não foi vendida e, se o for, se será por valor corrigido monetariamente em relação a 2005. Queremos transparência sobre os termos da compra da nova sede da rua Agostinho Leão Jr., cuja comissão de base de acompanhamento foi claramente desprezada pela diretoria do Sinditest. Queremos transparência sobre as contas do sindicato que não foram prestadas na Assembléia Ordinária estatutária que tinha que ocorrer até o dia 31 de março deste ano e não ocorreu. Será pedir demais? Talvez sim, considerando que temos uma diretoria pelega e que inclui membros suspeitos como o Dr. Neris e sua turma.

"Chácara-canil": continua o mico

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Na Assembléia de 4 de março deste ano, o digníssimo senhor presidente do Sinditest anunciou: o imóvel de Piraquara, suposta "chácara", já teria comprador interessado e faltava pouco para consumar o negócio que livraria os filiados do sindicato de continuar sustentando esse mico arranjado por Dr. Néris para esvaziar os cofres sindicais em fins de 2005.

Muito bem, todos aplaudimos esse anúncio, afinal a categoria teria de volta uma boa soma torrada inutilmente pelos dilapidadores no passado recente. Mas, estamos perto do fim de junho, passados quase 4 meses desde aquela informação do sr. Messias, e nada de consumar-se a venda. E nenhum esclarecimento é publicado em jornal impresso ou no site do Sinditest. É o que se chama transparência, a total falta dela.

A base quer saber: por que não se vendeu a "Chácara-canil" até agora? O que falta? O Dr. Néris, promotor da nefasta operação imobiliária, se opõe a que o negócio seja desfeito, em nome da "honra" dele? Quanto dos recursos dos filiados continua sendo gasto para pagar caseiro que cuida do imóvel? O Sinditest está nadando em grana para comprar sede nova, manter subsedes no centro e ainda cuidar daquele canil que chamam de chácara?

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Polêmica na eleição de técnico para suplência de chefia de Departamento

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O Regimento da UFPR diz o seguinte sobre a eleição da chefia de departamento:


"Art. 40. A chefia e suplência caberão a ocupantes de cargos da carreira de magistério em exercício, eleitos, em eleições diretas e secretas, por professores, estudantes e funcionários, nos termos de resolução própria do Conselho Universitário, para um período de dois anos..."


Em processo eleitoral recente, inscreveu-se uma única chapa para comandar o Dep. de Engenharia Elétrica, tendo um professor para a chefia e, na suplência, o servidor técnico Fernando Augusto Lopes Correia, que atua no departamento e tem graduação e especialização na área. A chapa única eleita foi homologada pela Direção do Setor de Tecnologia.


O fato provocou celeuma entre alguns docentes do departamento, que são opositores políticos do professor eleito, alegando que o cargo de suplente da chefia também é privativo de professores. Por isso, eles reivindicaram uma nova eleição. Em reunião do Conselho Setorial, que vai ocorrer com caráter aberto no auditório do prédio da Administração do Centro Politécnico, na quarta-feira, 24/06, às 14h00, será examinada a situação.

As atribuições da chefia de um departamento são quase que exclusivamente administrativas e portanto plenamente passíveis de serem executadas por um servidor técnico. Além disso, o referido servidor tem conhecimento da área de atuação do departamento onde trabalha, mesmo não dando aulas ali. Assim, o que tem de "legalista" essa reação dos professores também tem de corporativista e de briga pessoal entre docentes do departamento. Se predominar a competência sobre a tradição e a fogueira das vaidades, certamente o servidor poderá exercer o cargo.

Equipe econômica vai definir pagamento do reajuste até final da semana

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Na Câmara Municipal de Iraty, durante palestra sobre obras do governo federal no Paraná, o ministro Paulo Bernardo afirmou que deve se reunir com outros membros da equipe econômica na quarta ou quinta-feira desta semana, para definir se o reajuste de julho do funcionalismo será pago ou adiado.


O ministro foi abordado por uma pergunta do professor de História Elton Barz sobre a questão do reajuste diante da queda de arrecadação de impostos. Irritou-se com o questionamento, porém respondeu que teria essa definição após estudos com a área econômica, e que chamaria os sindicatos para conversar.


Essa informação sobre "chamar os sindicatos" para uma conversa autoriza os sindicalistas a ficar com algumas pulgas atrás das orelhas, pois, se for para pagar o reajuste como rezam os acordos de 2007, nem seria preciso fazer reunião. Portanto, é recomendável que cada sindicato fique atento e se apronte para mobilizar sua base cobrando o pagamento, sob pena de perder tempo e terreno, conformando-se com um adiamento até o ano que vem.


A justa bandeira que o movimento sindical levanta diante da megacrise econômica mundial é que "os trabalhadores não devem pagar a conta da crise". Se o adiamento do reajuste ocorrer, o governo federal estará jogando parte da conta para os servidores públicos pagarem, e isto não pode acontecer sem resistência dos trabalhadores. Nessa hora é que se verifica a capacidade de combate do Sindicato. Ou de discurseira enganadora da torcida.

Corrupção na eleição de prefeito merece repúdio do movimento sindical

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Vídeo-bomba denuncia corrupção eleitoral envolvendo prefeito Beto Richa e
Comitê do PRTB, escândalo exibido no programa "Fantástico" de ontem.

Muita gente já sabe, outros ainda estão aos poucos tomando conhecimento do escândalo que coloca enormes dúvidas sobre a lisura e a ética das eleições municipais de 2008, na qual o prefeito Beto Richa (PSDB) se reelegeu com grande número de votos. Uma gravação em vídeo feito no "Comitê da Lealdade" (eta nome sugestivo!), formado por membros do PRTB, mostra a grana rolando solta para que acontecesse o apoio ao candidato dos tucanos.

Nesse rolo estão envolvidas pessoas que já foram de movimento sindical (da banda tradicionalmente pelega, é verdade) e que, depois de bem fornidas com o capital do Caixa-2 da campanha tucana, se tornaram assessores importantes da prefeitura, inclusive da Secretaria que trata de assuntos do Trabalho. Por isso, e também por envolver o poder público, todo o movimento sindical deve expressar seu veemente repúdio a tamanha falcatrua e exigir da Justiça Eleitoral que apure até o fim um caso que enlameia a imagem da capital dos paranaenses.

Clique aqui para ver a reportagem de ontem do Programa "Fantástico", onde o prefeito Beto Richa aparece agradecendo o apoio da turma do Caixa-2 do PRTB. O jornal matinal da TV Paranaense também fez matéria hoje sobre o PRTBetoGate, que pode ser vista clicando aqui. E visitando o Blog do Esmael pode-se encontrar notícias de última hora sobre o escândalo.


sábado, 20 de junho de 2009

Faríamos greve se o governo descumprir o Acordo e adiar o reajuste de julho?

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Marcha de Servidores Federais em Brasília, 17/06, contra o Projeto das Fundações de Direito Privado e pelo cumprimento do Acordo do reajuste

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Nuvens escuras sobre o reajuste de julho

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A vertiginosa queda na arrecadação de tributos obrigará o governo a fazer novos cortes no Orçamento deste ano. Por causa da agressiva política de desonerações fiscais — autorizada pela União desde o agravamento da crise econômica mundial — e do aumento dos gastos com funcionários, o caixa federal está R$ 63 bilhões menos robusto do que em 2008 no acumulado dos cinco primeiros meses. O rearranjo nas contas públicas ainda depende do aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas a decisão de compensar as perdas e equilibrar as despesas está tomada.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, defendeu ontem ajustes, disse que as medidas deverão ser anunciadas na próxima semana e reafirmou que todas as hipóteses estão em análise, inclusive aquela que prevê o adiamento dos aumentos autorizados ao funcionalismo. “É uma queda forte, mas vamos analisar melhor antes de dizer o que vamos fazer. Não temos decisão ainda. Tudo está em análise”, disse.


Bernardo explicou que quando concedeu incentivos e determinou a redução de impostos que beneficiou alguns setores produtivos o governo já havia contabilizado uma série de frustrações de receita. O problema é que, conforme o ministro, o recuo acabou sendo mais acentuado do que o previsto inicialmente porque o comportamento da economia não respondeu à altura. Segundo ele, o desafio da equipe econômica agora é delimitar qual é o teto dos impactos causados pelos benefícios tributários. “Em algum momento teremos de falar que o limite é esse, não sei, mas esse limite está bem próximo”, completou.


A segunda parcela de reajustes está programada para ser paga em julho. Cerca de 1,8 milhão de servidores do Executivo aguardam por melhorias nos contracheques que variam de 30% a 150%, dependendo do setor. O impacto orçamentário estimado na folha de pessoal neste ano é de R$ 29 bilhões, custo que aumentará em 2010 e 2011 quando os reajustes terão efeitos integrais. Em maio, Paulo Bernardo tinha dito que estava nas contas do governo autorizar a segunda parcela do aumento. No início do ano a área econômica contingenciou R$ 21,6 bilhões do Orçamento 2009.


REAÇÃO
As declarações do ministro Paulo Bernardo repercutiram imediatamente entre os servidores e coincidiram com um dia de protesto organizado na Esplanada dos Ministérios por sindicatos ligados ao funcionalismo. Logo pela manhã, representantes de várias categorias do Executivo marcharam contra o possível adiamento dos reajustes e pela derrubada do Projeto de Lei 92/07 que prevê a criação de fundações estatais e está prestes a ser votado na Câmara dos Deputados. O protesto organizado ontem reuniu cerca de 8 mil pessoas, conforme estimativas das entidades sindicais. Já a Polícia Militar do Distrito Federal calcula que aproximadamente 3 mil servidores participaram da passeata.


Em meio a tantas incertezas, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) realiza hoje plenária nacional para decidir que estratégia será adotada nas próximas semanas. Josemilton Costa, secretário-geral da entidade, disse que a tendência é aprovar um indicativo de greve geral e convocar os trabalhadores a partir da primeira semana de julho. “Estamos nos preparando para as mobilizações. Vamos votar o indicativo de greve. Vamos fazer o que sabemos: colocar o pé na rua”, justificou. Ontem à noite a cúpula da Condsef participou de uma reunião na Secretaria de Recursos Humanos (SRH) para discutir pontos dos acordos firmados com as categorias que também correm riscos de não serem cumpridos na íntegra.
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Fonte: Correio Braziliense de 18/06/2009.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Senado aumenta vagas e servidora da UFPR voltará a ser vereadora

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O Senado aprovou hoje em dois turnos a PEC que eleva em mais de 7.300 o número de cadeiras nas Câmaras de Vereadores. A contrapartida disso é que seja reduzido o gasto com as Câmaras conforme o tamanho de cada município. No caso de Curitiba, o dispêndio deve ser de no máximo 4,5% do orçamento municipal. A matéria ainda vai ser votada na Câmara de Deputados e também analisada pelo STF para efetivamente vigorar. Se for confirmado o aumento das vagas nestas instâncias, a servidora Roseli Isidoro (foto), ex-presidente do SINDITEST-PR, hoje suplente de vereador, poderá assumir novamente uma cadeira na Câmara curitibana.

Queda maior na arrecadação da União e reajuste do funcionalismo

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Que a receita da União ia cair este ano por causa da crise o governo já sabia, trabalhando com uma perda da ordem de R$ 60 bilhões. Mas a reduçao está sendo além do esperado. Segundo a Receita Federal, R$ 49,8 bilhões entraram nos cofres em maio, 6% a menos que o mesmo período do ano passado. Espera-se que em 2009 se confirme a primeira queda anual da arrecadação desde 2003.

O Ministro do Planejamento já fala que vai rever o Orçamento, fazendo cortes. Mas não divulgou ainda onde serão feitos os ajustes. Uma opção é que alguns bens que estavam com impostos reduzidos (carros, material de construção, geladeiras etc) voltem a ter os tributos elevados. Outra opção é atrasar o pagamento do reajuste do funcionalismo em julho, descumprindo acordos com diversas categorias, entre elas os técnicos-administrativos das universidades. Logo, a FASUBRA e seus sindicatos precisam ficar alertas para reagir prontamente caso o Governo queira colocar o ônus da crise sobre os bolsos dos servidores. Acordo assinado é para ser cumprido.

Hoje Marcha da FASUBRA em Brasília

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Desde que se soube da entrada de um requerimento de urgência na Câmara de Deputados para acelerar a votação do Projeto que cria as Fundações de Direito Privado (PLP 92/07), a FASUBRA alertou seus sindicatos de base para intensificarem a vigilância e mobilização. No sentido de demonstrar força em prol da derrubada do PLP 92/07 perante os deputados que o votarão, foi chamada uma caravana nacional para Brasília no dia de hoje. Além disso, os participantes dessa Marcha irão pressionar pelo cumprimento do Acordo de Greve de 2007, para que o reajuste devido este ano seja repassado no prazo acertado, em julho.


Nessas horas é que se verifica quais os sindicatos combativos e mobilizados de fato. Uns preferem soltar notinha e fazer manifestaçaozinha na praça que não reúne nem cem pessoas. Outros vão à luta pra valer, indo além dos discursinhos radicalóides.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Mídia grande na defesa do Fator Previdenciário criado na Era FHC

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A MÍDIA E O FATOR PREVIDENCIÁRIO
Do blog "Outro Lado da Notícia"

Por dever de ofício, tenho de ler, ver e ouvir o que sai do lixo midiático brasileiro. Foi assim que tive um desses desprazeres ao ouvir Carlos Alberto Sardenberg no Jornal da Globo mentindo sobre a aposentadoria. Ele manipula dados, inventa números e forja conceitos — escorado pelo sistema de âncora dos apresentadores (entre eles o mal-afamado William Waack) — para mentir sobre os sistema previdenciários brasileiro (leia especial sobre o sistema de aposentadoria clicando aqui).

A mídia pôs na rua uma campanha orquestrada contra a aposentadoria para impedir o fim do fator previdenciário. Os ataques ao Senado podem ser um componente dessa campanha. Deve haver abusos de alguns senadores? Claro que deve! Mas a intenção certamente não é a “moralidade” — a mídia não tem moral nenhuma para falar dos “políticos”. É bom sempre prestar muita atenção no que está por trás desse pau-de-galinheiro brasileiro quando ele se move. Principalmente quando ataca os “políticos”.

Ouvi também Carlos Alberto Sardenberg dizer na Rádio CBN que a China é o único país dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) que não é “democrático”. Segundo ele, os dirigentes chineses dizem que “democracia atrapalha”. É uma mentira torpe, vil, canalha. Ele pode não concordar com a democracia socialista chinesa — um direito e uma profissão de fé dos totalitários liberais. Mas inventar que a China diz que “democracia atrapalha” é uma dessas atitudes que se enquadram na categoria rodriguiana do “Idiota da Objetividade”.

Tudo que é contra o regime norte-americano para essa gente não é democrático, não respeita os “direitos humanos” e a “liberdade de imprensa”. É a mídia domada e cevada pela doutrina ditatorial do liberalismo.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Greve no INSS pode começar amanhã

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Os trabalhadores do INSS denunciam que o Ministério da Previdência Social (MPS) está descumprindo acordo assinado no ano passado pelo qual um grupo de trabalho deveria ser formado para examinar a mudança da jornada de trabalho. O MPS elevou a jornada de 30 para 40 horas semanais sem debate com a categoria. O Sindicato dos Trabalhadores da Previdência defende que as agências do INSS fiquem abertas 12 horas por dia, mas na base de 2 turnos de 6 horas, enquanto a direção do INSS passou a determinar a jornada de 8 horas diárias desde 1. de junho. Outra reivindicação refere-se aos critérios de pagamento de gratificações aos servidores.



O MPS conseguiu na Justiça (STJ) uma liminar dificultando a entrada em greve dos trabalhadores do INSS, na medida em que o seu descumprimento implicará em multa diária de 100 mil reais para a FENASPS (a Federação dos sindicatos dos previdenciários). Entretanto, a FENASPS espera derrubar a liminar ainda hoje, abrindo espaço para que comece uma paralisação nacional por tempo indeterminado.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Marcha do Sinditest dia 17/6

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A grande marcha da Diretoria do Sinditest percorrerá o trajeto saindo da rua Agostinho Leão Jr. (sede do sindicato) até a rua General Carneiro (HC) e depois de volta, com os ativistas orando e fazendo muito pensamento positivo para que os deputados paranaenses votem contra o PLP 92/07. Pode ser que a torcida por telepatia funcione bem para mudar o voto dos parlamentares.

Já a outra marcha, de importância bem menor, é claro, será a caravana da FASUBRA a Brasília, no dia 17, para exigir o cumprimento do Acordo de Greve (reajuste a ser pago em julho) e protestar contra o PLP 92/07 diretamente sobre o Congresso Nacional, onde se votará em breve o Projeto das Fundações de Direito Privado.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Presidente Serra derrota foco guerrilheiro na Universidade de São Paulo

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"A Força Pública de São Paulo, em um ato de bravura e dedicação ímpar a Pátria, venceu com brilhantismo e galhardia a feroz batalha contra os guerrilheiros comunistas que haviam tomado de assalto a USP e lá estabelecido um núcleo guerrilheiro em pleno território da prosperidade e do altivo progresso econômico que é essa verdadeira Suíça brasileira."



Leia mais o perturbador relato sobre essa eletrizante operação em prol da segurança nacional do pré-presidente José Serra (PSDB), no blog do professor Hariovaldo Prado, docente da USP, clicando aqui. Ah, sim, e é claro, leia muito mais os jornalões de São Paulo para votar bem no governador paulista na eleição presidencial de 2010.
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Fonte: texto inicial e foto do Blog Hariovaldo Prado

ANDES recupera seu registro sindical, mas só representa as públicas

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A ANDES estava com seu registro sindical suspenso há bastante tempo, e um dos motivos era a briga com a CONTEE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino) pela representação dos professores do ensino superior privado. O Ministério do Trabalho reconheceu há poucos dias o direito da ANDES de representar os professores das instituições públicas, mas deu vitória à CONTEE em sua luta para ser a representação única dos docentes do ensino privado.


O que é interessante neste episódio é a posição volúvel da ANDES sobre unicidade sindical x pluralismo. A ANDES reclama, com razão, de que foi fundada uma outra entidade sindical na sua mesma base - o PROIFES - embora este se restrinja a representar só os docentes das Federais. É um caso de pluralidade de representação na mesma base sindical; isso com certeza divide e atrapalha o movimento. Nessa disputa, a ANDES defende na prática a unicidade sindical, apesar de toda (ou a maioria de sua Diretoria) declarar-se contra o instituto da unicidade a pretexto da "plena liberdade de organização sindical". Se fosse para valer, a ANDES não deveria espernear tanto contra a liberdade dos docentes do PROIFES de fazerem sua própria organização sindical.


A ANDES pretendeu abocanhar a base dos docentes de ensino privado, que há muito tempo são representados pela CONTEE. Nessa hora, vale para a ANDES o pluralismo sindical. A decisão do MTE, publicada no DOU de 5/6, ratificou a luta da CONTEE, que sempre afirmou sua legitimidade e anterioridade de representação dos Sindicatos de professores do ensino privado, garantindo o princípio de unicidade sindical presente na Constituição Federal.

Brasil está "tecnicamente" em recessão. Isso afeta o reajuste de junho?

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O Produto Interno Bruto (PIB) é um indicador da renda nacional abrangendo indústria, agropecuária, comércio e serviços, consumo privado, gasto público, investimentos, exportações e importações. Segundo os economistas, um país ficar 2 trimestres consecutivos com queda do PIB caracteriza recessão. E o Brasil ficou com -3,6% no PIB do trimestre final de 2008 e -0,8% no do primeiro trimestre de 2009.

Recessão produz queda de receitas para o governo, situação da qual fala a Lei que oficializou o Acordo da Greve de 2007 da FASUBRA - isto é, se as receitas da União caem, a Lei autoriza que o governo adie o repasse do segundo reajuste, previsto para ser pago no contracheque do começo de julho.

No entanto, a queda do PIB não é igual em todos os setores, alguns sofrem recessão econômica e outros nem tanto. Os setores de serviços e o consumo não sofreram a mesma queda, graças a diversas medidas que o governo federal adotou desde 2008 para enfrentar a crise e que fortaleceram o mercado interno.

Até um dos jornais conservadores da burguesia paulista, a Folha de São Paulo, admite isso em artigo de hoje: "... a massa salarial - que leva em conta o volume de emprego e os rendimentos - do primeiro trimestre ainda foi 5,2% maior que a de um ano antes. E o consumo das famílias, depois de encolher 1,8% na derrocada geral do final de 2008, subiu 0,7% na comparação com o trimestre anterior. Boa parte da explicação está em medidas que o governo tomou muito antes do agravamento da crise global, caso do pacote generalizado de reajustes salariais para o funcionalismo, do aumento real do salário mínimo e da ampliação dos benefícios do Bolsa Família."

Portanto, nesta linha de raciocínio, não será lógico que o Ministério do Planejamento deixe de cumprir sua parte no Acordo de Greve agora em junho, pois o fortalecimento dos salários dos cidadãos do serviço público faz parte da resistência à recessão provocada pela crise mundial.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Sinditest amplia vertente assistencialista

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Quando se fundou o Sinditest, em novembro de 1992, parecia clara a sua função: LUTAR em defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores, deixando para a Asufepar as funções de natureza recreativa e assistencial. Em diversos momentos do passado, o sindicato cumpriu sua função essencial: mobilizar, organizar as greves, lutar. Mas ao mesmo tempo se deixou contaminar pela tendência assistencialista, estimulada por algumas lideranças do HC, sendo o exemplo maior os convénios cronicamente deficitários que até hoje mantem.

Agora lemos no site de internet do Sinditest que foi contratada uma psicóloga para atender os associados. Ora, que beleza. Por que não contratam também médico, dentista, psicoterapeuta, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, massagista etc? Não se compreende como uma entidade sindical fundada para fazer a luta envereda pela postura assistencialista, ao melhor estilo do peleguíssimo Sindicato dos Motoristas de Curitiba (SINDIMOC), cujo presidente é hoje vereador com carteira cassada.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A mobilização de praxe

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Curioso o esquema de comunicação sindical do Sinditest. A diretoria dessa entidade chamou uma reunião com outras entidades para discutir como (re)organizar a luta contra a aprovação do PLP 92/2007 (das Fundações de Direito Privado) na sexta-feira passada (29/5). No site do Sinditest nada apareceu sobre o que se decidiu nessa reunião.


Foi preciso visitar o site do Forum Popular de Saude (FOPS), que parece ser essencialmente um agregado de direções sindicais que fazem oposição sistemática ao governo Lula, na linha do PSol, para saber que a tal reunião no Sinditest deliberou fazer um ato de protesto contra o PLP 92 no dia 9/6, de manhã, na Praça Santos Andrade. Informação publicada em matéria assinada por Bernardo Pilotto, diretor do Sinditest, que publica no site do FOPS mas não no do Sinditest (pelo menos não com a mesma presteza).


Panfletos denunciando o caráter criptoprivatizante do PLP 92 e atos públicos são a rotina, é o que se faz de praxe. Nada contra e é preciso fazer. Mas o essencial para derrubar o PLP 92 na votação da Câmara de Deputados é fazer o convencimento e a pressão sobre cada deputado paranaense, só que fazer isto requer TRABALHO e aí é pedir demais da diretoria do Sinditest, cuja maioria só pensa em questões administrativas e burocráticas.


Além disso, outra coisa absolutamente necessária, mas que a Diretoria do Sinditest tem medo de fazer, é cobrar a posição definitiva e clara do reitor da UFPR, afinal o PLP 92 poderá retirar o HC do âmbito de sua administração. O Professor Zaki, administrador, é contra ou a favor da nova Fundação? Ninguém sabe e o Sinditest não cobra. O Sinditest não se atreve a cobrar para valer, porque sua direção em maioria apoiou e apóia o reitor-sabonete, e pretende prosseguir cultivando as melhores relações com o patrão.

terça-feira, 2 de junho de 2009

A brutal perda de poder aquisitivo dos aposentados

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Segundo cálculos da FAP/MG (Federação dos Aposentados e Pensionistas), quem se aposentou em 1998 com dez salários mínimos, começou recebendo R$ 1.200 (na época, o mínimo era R$ 120). Mantida a paridade, deveria receber R$ 4.650 hoje, mas com as correções diferentes, o benefício atual é de R$ 2.635,06, uma perda de 76,47%

Os aposentados e pensionistas pretendem reunir um milhão de ações na Justiça contra o fator previdenciário e pela criação de uma política nacional de recuperação do poder de compra do benefício. O movimento, encabeçado pelo Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical, diz que as primeiras dez mil ações devem ser ajuizadas em meados de junho, em São Paulo.

De acordo com o presidente do Sindicato, João Batista Inocentini, dos 26,5 milhões de aposentados brasileiros, sete milhões foram prejudicados pelo fator previdenciário - regra criada em 1999 para inibir aposentadorias precoces. Quem se aposenta antes da idade mínima (60 anos para mulher e 65 anos para homens) tem redução média de 40% no valor do benefício. Os aposentados entendem que a regra é inconstitucional.

Outros 16,5 milhões sofrem com a defasagem do benefício. Desses, 8,5 milhões ainda recebem mais que um salário mínimo e oito milhões recebiam acima do piso quando se aposentaram e hoje recebem um salário mínimo. A diferença acontece porque a correção do piso salarial do país é sempre maior do que a da aposentadoria. Este ano, o mínimo subiu 12,04% e a aposentadoria, 5,92%.

Inocentini afirma que a ideia não é vincular a correção do benefício ao mínimo, e sim criar um indicador próprio para reajustar as aposentadorias. "Se o índice for o mesmo, só vai corrigir daqui para frente, não vai recompor as perdas que já tivemos", explica. Esse índice deve ser baseado nos custos de vida do aposentado. De acordo com Inocentini, foi elaborada uma lista com cem itens que vão desde os gastos com a casa (luz, água, telefone, gás) até itens de saúde (plano de saúde, medicamento de uso contínuo, óculos, dentista). "Não tem como o aposentado fugir desses gastos. E todos eles sobem mais que o INPC", diz.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) é normalmente usado para basear os reajustes dos benefícios. A campanha do Sindicato já foi lançada em outras cidades, principalmente as do Sul e Sudeste, regiões que concentram 85% dos aposentados e pensionistas que recebem mais que um salário mínimo.

A ideia é que os aposentados procurem os sindicatos da categoria em cada cidade para ajuizar ações individuais, mas que serão encaminhadas coletivamente à Justiça. "Um milhão de processos até dezembro é uma forma de pressionar o governo a negociar", afirma.

Para o ministro da Previdência, José Pimentel, o fator previdenciário é constitucional e, por enquanto, não deve acabar. Estranha posição de alguém que pertence ao PT, partido cujo programa pretendia defender todos os trabalhadores, ativos ou aposentados.


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Fonte: com informações do DIAP e FNA