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sábado, 30 de outubro de 2010

Programa meia-sola para o Brasil

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José Pedágio Serra - com base em seu "programa" de governo - recomendou sapatos para FHC usar em sua caminhada eleitoral ontem no centro de São Paulo.  Como se pode ver, a meia-sola programática do Coiso funcionou como previsto... Depois dessa, até FHC largou Serra, preferindo ir namorar com a juíza Ellen Gracie no bairro chique de Higienópolis.

A Globo tentou. Mas Dilma ganhou.

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A TV Globo bem que tentou dar uma forcinha para o tucano José Serra, no último debate entre os presidenciáveis, na noite desta sexta-feira (29). Mas quem fez a festa nos estúdios da emissora no Rio de Janeiro, logo após o encontro, foram os apoiadores de Dilma Rousseff – e com razão. Ao superar um dos mais temidos obstáculos da campanha, a candidata da coligação "Para o Brasil Seguir Mudando" passou a ter chances ainda mais concretas de se tornar a sucessora do presidente Lula.

Numa atração com 25 pontos de média no Ibope (cada ponto equivale a 55 mil televisores na Grande São Paulo), Dilma soube explorar o formato do debate melhor do que Serra. Pela primeira vez nestas eleições, não houve perguntas de candidato para candidato. As 12 questões foram formuladas e lidas por eleitores supostamente indecisos, que não tinham o direito de comentar as respostas. Sem o confronto direto, quem está à frente nas pesquisas – no caso, Dilma – larga em vantagem.

Mas a petista não se contentou com esse trunfo. Seu principal acerto foi captar a singularidade das perguntas, demonstrando estar interessada não só em expor seu plano geral de governo – mas também em dar perspectivas até para questões mais pontuais. De longe, foi Dilma quem conseguiu estabelecer um diálogo mais franco e natural com o grupo de eleitores indecisos. Ao mesmo tempo, Dilma frisava melhor as diferenças de concepções e projetos das duas candidaturas.

Serra, ao contrário, causou ruído já na hora de agradecer às perguntas que lhe foram feitas. Pesquisas qualitativas realizadas durante o debate apontaram particular rejeição à maneira como Serra, com sorriso forçado e de forma pouco convincente, atribuía “grande importância” a todas as questões.

Sem contar suas frases de efeito, ocas a não mais poder: “Investir no serviço público é melhorar a autoestima do país”; “A batalha da saúde tem que ser para que hoje seja melhor do que ontem e amanhã melhor que hoje”; “A primeira condição para enfrentar o problema da segurança é admitir que o problema é sério”; “Saúde e segurança são a vida, mas a educação é o futuro”.



Funcionalismo

Logo na primeira pergunta do debate – sobre propostas para os servidores públicos –, as diferenças entre Serra e Dilma se impuseram. Serra, um notório inimigo do funcionalismo, defendeu propostas genéricas – “a carreira e o concurso, a valorização dos profissionais”, a “despartidarização” das agências reguladoras.

Mais tarde, o tucano teve a oportunidade de voltar ao assunto, quando uma eleitora baiana contou estar penalizada pela filha, que é professora sem ser valorizada. Serra disse defender um pacto nacional pela educação (abstração pura) e o combate ao analfabetismo. E a valorização do professor – onde é que fica?

Dilma, em suas réplicas, lembrou que o governo Lula já iniciou uma política de valorização do funcionalismo, com destaque para a aprovação do piso salarial nacional dos professores. Para se diferenciar da política à “base de cassetetes” praticada pelo PSDB em São Paulo, a candidata mostrou que não há saída para o funcionalismo se o governo não ouvir os principais interessados. “Um governante não pode estabelecer uma relação de atrito quando o professor pede diálogo.”

Serra acusou o governo Lula de “duplicar impostos sobre saneamento”, mas patinou ao fugir do compromisso de desonerar a folha de pagamento em benefício dos pequenos empreendedores. “Temos de ser responsáveis, não é moleza”, argumentou. Dilma não perdeu a oportunidade e defendeu abertamente “uma reforma tributária que diminua a oneração”.

Percebemos que, quando diminui a tributação, não diminui a arrecadação”, afirmou Dilma, pondo em destaque as inúmeras reduções do IPI pelo governo Lula durante a crise de 2008-09. “Eu concordo com a desoneração. A pessoa contrata mais, e mais pessoas consomem. É um círculo virtuoso.”

Uma eleitora relatou o trauma de ter sido assaltada a mão armada. Serra voltou a bater na tecla da criação de um Ministério da Segurança Pública e no combate ao tráfico de drogas. Dilma, mais sensível, disse que boa parte da criminalidade exige uma ação específica. Comprometeu-se, assim, a levar polícias comunitárias aos bairros populares, com ação concentrada e fiscalização.



Social

Um eleitor de São Paulo cobrou iniciativas para que os programas sociais, como o Bolsa Família, não sejam “vitalícios". Outro, do Paraná, reclama que os brasileiros pagam muito impostos, sem receber nada em troca. Dilma interveio a favor dos programas sociais – uma questão que, segundo ela, será “central” em seu governo.

Agregou que o ProUni, com seus mais de 700 mil beneficiados de renda média e baixa, é um exemplo de como o governo Lula tenta incluir quem paga imposto e foi historicamente desprezado. Serra, mais uma vez, tentou fazer da pergunta um trampolim para ele falar de seu programa para outras áreas – “Política social é também saúde e segurança”, tentou justificar-se.

Quando o eleitor de Pernambuco reclamou que seis irmãos seus estão na informalidade e não conseguem pagar a Previdência, Serra falou em “empuxo político” e incentivo ao empreendedorismo. “Se a contribuição for pesada, ninguém vai pagar”, rebateu Dilma, em defesa da formalização máxima do mercado de trabalho e, somado a isso, de contribuições variadas à Previdência de acordo com a faixa de renda.

Nas considerações finais, uma inesperada manipulação: a Globo usou câmeras panorâmicas para expor Dilma, enquanto Serra mereceu uma transmissão em close. As reações de protesto no estúdio foram automáticas. No conteúdo, Dilma disse representar a continuidade de “um projeto que fez com que o Brasil despertasse para a consciência de sua grandeza”.

Saber enfrentar Serra e a Globo, a dois dias das eleições, também mostra como Dilma percebeu sua própria grandeza e está à altura de governar o Brasil. A vitória ficou mais próxima. Que venha 31 de outubro!
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Fonte: Portal Vermelho

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Dilma x Serra e respectivos aliados

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Fonte: Charge do Maringoni no Site Carta Maior

Reitor Akel justifica sua posição pessoal em cima do muro na eleição presidencial

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Anteontem foi publicada na página principal de internet da UFPR uma matéria explicando posição da Reitoria da UFPR sobre a disputa presidencial do 2. turno entre Dilma e Serra.  Ali se defende uma posição de "independência republicana" da Universidade Pública perante as duas candidaturas.  


Ora, que a UFPR, que a Reitoria como instituição que é gestora e porta-voz da UFPR, tenha independência e não se atrele a nenhum partido ou candidato, é coisa que não se discute. A Universidade Pública deve ser suprapartidária e plural, um democrático espaço de debate de todas as ideias correntes na sociedade brasileira.


O que se questiona é o fato de a pessoa do sr. Reitor, como cidadão com natural prestígio e discernimento do que se passa na política brasileira, se escorar no biombo institucional para não assumir nenhuma posição pública individual que lhe é de direito.  Zaki Akel recusou-se até a colocar sua assinatura num Manifesto de Reitores das Universidades Federais que nada mais fazia que reconhecer bons êxitos e acerto de rumo da política educacional do Governo Lula, no qual nem havia referência a candidatos.  Preferiu fazer um  documento formal só da Reitoria da UFPR agradecendo apoio do Governo (claro, com a colossal verba de REUNI enviada à UFPR!) e apontando sugestões para o futuro, documento que foi entregue tanto a Serra quanto a Dilma recentemente.


Para nós, é comoda, anódina, insípida e inodora politicamente a postura adotada pelo professor Zaki Akel.  Possivelmente motivada também por certos pendores dele por ideias da turma de bico comprido, amizades e parentescos nesse avícola ninho neoliberal.  Enfim, a típica posição sit on the fence* ("em cima do muro") com a qual muitos criticam o PSDB, querendo ficar de bem com gregos e troianos, espartanos e persas, e no final não agradando ninguém nem realizando nada realmente marcante na UFPR.
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(*)Como nosso reitor provem da área da Administração e Marquetingue, onde o debate é sempre recheado de expressões em inglês Harvardiano em torno dos cases, fizemos aqui uma homenagem. Engraçado é que a pronúncia de "sit on the fence" pode ser confundida com "sit on defense", que traduziríamos livremente como "ficar na defensiva"...

4 dias de fúria midiática rumo à bala de prata

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A fúria midiática foi surpreendida por pesquisas mostrando prejuízo para José Serra depois do factóide da suposta “agressão petista” que teria sofrido em comício na zona Oeste do Rio. Pelo visto, o aumento da vantagem de Dilma Rousseff detectado pelos institutos Datafolha, Ibope, Sensus e Vox Populi se deveu à descrença popular na encenação do tucano e na “prova”, forjada pela Globo, de uma segunda “agressão” naquele evento ou ao aborto de Mônica Serra.


Outro factóide que pôs a fúria midiática em stand by no início da semana foi matéria publicada pela Folha de São Paulo ontem, que mostra que há muito mais de racionalidade nessa fúria – ou em parte daqueles que ela move – do que poderia supor a nossa vã filosofia. Surpreendentemente, a matéria foi sobre o imperscrutável governo paulista, com as suas montanhas de escândalos eternamente encobertos inclusive pelo jornal que surpreendeu.


Se a Folha quisesse mesmo investigar as escandalosas obras do metrô paulistano, obras que tiveram agora, surpreendentemente, uma de suas concorrências viciadas denunciada pelo diário mais chapa-branca paulista, teria que se manter no assunto por meses.

Surpreendentemente, o assunto ainda está em pauta ao menos no jornal que fez a primeira denúncia que afeta Serra negativamente que a imprensa de São Paulo publicou em muitos meses, em contraposição às denúncias diárias que faz ao governo Lula há quase oito anos ininterruptos. Mais fácil do que crer em uma súbita conversão ao jornalismo por parte do jornal paulista, portanto, é supor que nesse mato tem coelho.

Da última vez que a Folha divulgou algum fato mais negativo para tucanos foi no fim de 2009, quando, depois de 18 anos, noticiou o filho secreto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com uma jornalista da Globo, fato que simboliza a promiscuidade entre tucanos e mídia como nenhum outro. E essa divulgação serviu para justificar um ataque hediondo que Lula recebeu daquele jornal, que colocou um desafeto do presidente para lhe fazer uma das acusações mais imundas que já lhe foram feitas, a do “menino do MEP”

Não parece exagero ou teoria conspiratória, portanto, prever que a divulgação sobre uma das muitas maracutaias que todos sabem que ocorre no governo paulista tenha tido como objetivo justificar o disparo da verdadeira bala de prata que está sendo forjada para tentar ajudar Serra a derrotar Dilma, pois, apesar de a mídia ter repercutido muito discreta e sobriamente o escândalo do metrô de São Paulo, o que denunciar contra Dilma será martelado até que as urnas sejam desligadas no próximo domingo.

A verdadeira bala de prata a ser disparada contra Dilma nesta eleição talvez seja o produto da ação do jornal paulista na Justiça Militar que tenta extrair de lá os arquivos da ditadura sobre Dilma, nos quais obviamente ela foi acusada de toda sorte de crimes para justificar as sevícias e o encarceramento que sofreu aos 19 anos de idade.

Ou talvez esteja no conteúdo do excelente trabalho investigativo que o repórter da Rede Record Rodrigo Vianna vem fazendo nestas eleições e que deu conta de que estaria sendo preparado um ato de violência por sequazes da campanha de Serra vestindo camisetas do PT, na linha do que este blog também supôs recentemente.

Ou, finalmente, talvez seja algum ataque mais pessoal a Dilma, sem relação com a sua militância na ditadura ou com algum suposto ilícito, mais na linha da moralidade, como demonstraram os boatos sobre aborto ou lesbianismo.

Só há uma certeza em todas as cabeças, seja de tucano, de petista ou da torcida do Corinthians: alguma armação contra Dilma a direita midiática está preparando, e é tão virulenta que foi necessário finalmente fazer alguma denúncia a Serra para Justificar o que será feito contra a adversária dele. É uma certeza oriunda da observação de oito anos de rancor midiático, ora convertido em fúria.

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Fonte: Edu Guimaraes - Blog da Cidadania

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Físico paulista desmonta bravatas alardeadas por Serra como Min. da Saúde

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Genéricos e outros mistérios
Como consequência da Guerra das Malvinas [1982], quando a Argentina, por ter abdicado da produção própria de fármacos, ficou desabastecida de medicamentos, o governo militar brasileiro aprovou um programa, por mim proposto, de desenvolvimento dos princípios ativos (fármacos) dos 350 remédios constituintes da farmácia básica nacional.
Estimava-se que, em dez anos, seria possível desenvolver, por engenharia reversa, pelo menos 90% desses produtos. De fato, em pouco mais de três anos, cerca de 80 processos já haviam sido desenvolvidos e 20 produtos já estavam sendo produzidos e comercializados por empresas brasileiras.
O sucesso inicial desse projeto permitiu que fosse iniciada por mim, nesta Folha, uma campanha de esclarecimento sobre medicamentos genéricos, o que não teria sentido sem a produção própria de fármacos.
Precipitadamente, o governo Itamar Franco tentou lançar a produção de genéricos. O poderoso cartel de multinacionais de medicamentos se insurgiu. Ameaçou-nos de desabastecimento, de verdadeira guerra. Derrotou e humilhou o Ministério da Saúde.
Poucos anos depois, esse cartel não somente cedeu prazerosamente ao ministro José Serra, então na pasta da Saúde, como até fez dele seu “homem do ano”.
Seria o costumeiro charme do ministro? Seu sorriso cândido? Senão, qual o mistério?
Como consequência da isenção de impostos de importação para o setor de química fina, da infame lei de patentes e de outras obscenidades perpetradas pela administração FHC, mais de mil unidades de produção no setor de química fina, dentre as quais cerca de 250 relativas a fármacos, foram extintas. Além do mais, cerca de 400 novos projetos foram interrompidos.
Os dados foram extraídos de boletim da Associação Brasileira de Indústria da Química Fina. Em poucos anos, o deficit da balança de pagamentos para o setor saltou de US$ 400 milhões para US$ 7 bilhões. Quem acha que, com isso, Serra não merece o título de homem do ano das multinacionais de medicamentos?
Também os “empresários” brasileiros do setor de genéricos têm muito a agradecer ao ex-ministro da Saúde, pelas suas margens de lucro leoninas. Basta ver os imensos descontos oferecidos por quase todas as farmácias, que com frequência chegam a 50%. Os genéricos do Serra nada têm a ver com os genéricos que planejamos.
E o tão aclamado programa de Aids do Serra? É compreensível que todos os seres humanos, e talvez também o ministro Serra, tenham se comovido profundamente com a súbita e aterrorizante explosão da Aids. Que oportunidade sem par para políticos demagógicos!
A ONU homenageou o então ministro Serra pelo mais completo e dispendioso programa de apoio aos doentes de Aids de todo o planeta. Países ricos, com PIB per capita dez vezes maiores que o nosso, ficavam muito aquém do Brasil. Como foi possível? E por que será que, nesse mesmo período, os recursos orçamentários destinados ao saneamento básico não foram usados?
O então dispendioso tratamento de um único doente de Aids correspondia à supressão de recursos para saneamento básico que salvariam centenas de crianças de doenças endêmicas, com base em uma avaliação preliminar. Será que Serra desviou recursos do saneamento básico? Mistério!
Mas persiste o fato de que, durante a administração Serra na Saúde, os recursos destinados ao saneamento, à época atribuídos a esse ministério, não foram aplicados.
Mesmo sem contar mistérios como aqueles dos “sanguessugas” e da supressão do combate à dengue no Rio, entre outros, considero pífia, eminentemente pífia, a atuação de Serra no Ministério da Saúde.
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Fonte:
 Folha de S. Paulo, 26/10/10. Artigo de Rogério Cezar de Cerqueira Leite, 79, físico, professor emérito da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), presidente do Conselho de Administração da ABTLuS (Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron) e membro do Conselho Editorial da Folha.

Assembleia da Asufepar só para cumprir Estatuto ou...?

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Em julho este Blog publicou a matéria "Algo há na Asufepar", relatando que haviam surgido denúncias de irregularidades na gestão do presidente Vilson Kachel, razão pela qual a diretoria da entidade estava se reunindo para apurá-las.  Kachel, então, havia-se licenciado da presidência para disputar uma vaga de deputado estadual pela coligação neoliberal tucana.  


Kachel, depois que viu sucumbir seu voo eleitoral em setembro (candidatura impugnada pelo TRE-PR), reassumiu a presidência da Asufepar.  Parece que com isso o clima quente na diretoria, deflagrado pelas denúncias, arrefeceu.  Kachel determinou que se formasse uma Comissão para averiguar as denúncias há mais de um mês.  Contudo, informações enviadas a este blog relatam que a Comissão nunca se reuniu, ou, pelo menos, não produziu relatório algum até hoje que tenha se tornado público.  Ainda assim, existe uma ata de reunião da diretoria em julho, gravada em áudio e transcrita, registrando falas de diversos diretores acerca das tais irregularidades na gestão kacheliana.


Por determinação do Estatuto da entidade, no dia 28/10 tem que haver Assembleia ordinária, cuja pauta está definida no próprio site como sendo apenas de "posse dos conselhos".  Contudo, há receio de alguns de que a Assembleia possa ser aproveitada por quem não tem interesse em apurar os problemas para abafá-los de uma vez por todas.  Tanto que ontem chegou a muitos servidores um email de origem incerta, conclamando todos a irem a essa Assembleia de amanhã para impedir que haja manobras do tipo "jogar a sujeira pra baixo do tapete".


O email se expressa em termos duros: "Depois da série de denúncias que apareceram na UFPR e que envolveram a Diretoria da Asufepar e principalmente o seu presidente Vilson Kachel, está na hora de irmos cobrar a volta da moralidade à nossa Asufepar."  


E chega a apontar a destituição da diretoria presidida por Kachel, quando diz: "O Estatuto da nossa associação obriga que seja realizada anualmente uma assembléia ordinária para a 
prestação de contas e o planejamento para o ano seguinte. Este é o momento de todos nós, 
associados que querem a volta da verdadeira Asufepar, de participarmos e de tirarmos esta diretoria que vem denegrindo o nome de nossa associação."


Uau! Então o clima volta a esquentar.  É ir lá na sede da Asufepar amanhã às 11h00 e conferir como vão correr os trabalhos... 

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dilma tem 57% e Serra aparece com 43%

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Pesquisa Vox Populi divulgada nesta segunda-feira (25) pelo portal iG mostra a candidata do PT à sucessão presidencial, Dilma Rousseff, com 49% das intenções de voto, enquanto José Serra (PSDB) figura com 38%. Na mostra anterior, divulgada no dia 19, Dilma tinha 51% e Serra, 39%. A diferença entre os dois candidatos passou de 12 para 11 pontos porcentuais. Os votos em branco e nulos somam 6%, mesmo índice da sondagem anterior, e os indecisos passaram a 7%, ante 4% no último levantamento. 

Se levados em conta apenas os votos válidos, Dilma aparece agora com 57%, enquanto Serra tem 43% - uma diferença de 14 pontos porcentuais. De acordo com a mostra, 88% dos entrevistados disseram estar decididos sobre em quem votar. 

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Fonte: Revista IstoÉ

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Comício de Dilma com presença de Lula dia 26, na Cidade Industrial de Curitiba

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva virá a Curitiba nesta terça-feira (26) para participar de um grande comício na Cidade Industrial e reforçar a campanha de Dilma Rousseff no Paraná. A concentração começa às 19h00 na rua Senador Accioly Filho, em frente à Eletrolux (veja mapa acima com a localização aproximada).

Dilma contará também com o reforço das lideranças aliadas locais, em especial da senadora eleita pelo PT,  Gleisi Hoffmann, além do governador Orlando Pessuti (PMDB), do ex-governador e senador eleito, Roberto Requião (PMDB), e do candidato ao governo no primeiro turno, senador Osmar Dias (PDT). Todos estão sendo mobilizados para percorrer suas bases eleitorais no Paraná.



Este será o terceiro comício de Dilma em Curitiba, com a presença de Lula.  Os primeiros ocorreram ainda no 1o. turno, um na Boca Maldita e outro no bairro do Sítio Cercado, sempre com participação de muitos milhares de curitibanos.  Em contraste, Serra e seus tucanos de bico sujo não conseguiram fazer um comício sequer na capital paranaense, temendo pela baixa presença de público.


Participe e demonstre seu apoio à continuidade de todas as realizações do Governo Lula em defesa do fortalecimento do ensino público e gratuito brasileiro.

Privatização via OS e voto no segundo turno

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Organização Social (OS) é um esquema bolado por quem quer terceirizar e privatizar a prestação de serviços públicos.  O candidato neoliberal José Serra é um dos governadores que muito usou esse modelo para entregar a grupos privados o dinheiro público, os quais então se encarregam de geri-lo para prestar os serviços.  Isso configurou extensa terceirização principalmente na área de Saúde de São Paulo, com boa rentabilidade para os donos das OS.


Se acontece o infortúnio de José Serra vencer a eleição de 31/10, ele irá expandir esse modelo de gestão para todo o Brasil, uma maravilha para os grupos privatistas.  Por isso, para defender e fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), assegurando financiamento público decente, é lógico votar agora para evitar a chegada ao governo de um presidente privatizante. Isto é, votar em Dilma!  Votar em Dilma para não ficar depois chorando as pitangas e dando com o nariz na porta do Palácio do Planalto ocupado pelo candidato da baixaria.


Ora, o site do Sinditest publicou hoje uma matéria narrando uma audiência no STF para barrar de vez as OS nos serviços públicos (luta que já dura 12 anos...).  A matéria é assinada por um diretor do Sinditest membro do partido que lançou Plínio de Arruda no 1. turno.  Embora esse partido tenha recomendado "voto anti-Serra" no 2. turno, não fica claro se isso equivale a voto em Dilma ou -  ilogicamente - voto nulo.   Para esse diretor do Sinditest e seus companheiros de ideologia, o site gaúcho CloacaNews publicou o "novo modelo de urna eletrônica" especialmente feito pelo TSE...



Sete dias de fúria midiática - buscando um cadáver

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Os últimos lances de uma corrida presidencial pautada pela fúria midiática continuaram surpreendendo. Ao contrário do que se pensava, a ofensiva teatral da bolinha de papel saíra pela culatra, apesar daquela que talvez tenha sido a maior farsa já encenada neste país em termos de apoio publicitário a supressão e/ou inversão dos fatos em prol de José Serra.

No oitavo dia da furiosa campanha da mídia para eleger o candidato tucano, vazaram dados das pesquisas diárias que o PT encomendara aos institutos Vox Populi e Ibope. Os trackings, cuja função não consiste em apurar números precisos, mas, sim, tendências e reações do eleitorado, revelaram que aumentara a distância entre Dilma Rousseff e o adversário.
Chegou-se ao sétimo dia de irracionalidade cívica, ao domingo anterior ao domingo da eleição presidencial mais disputada em mais de duas décadas, em situação de quase esgotamento das opções de factóides para reverter os rumos da disputa. Serra não reage.
O país é tensionado pela mídia. Colunistas de grandes jornais, revistas, tevês, rádios, portais de internet saíram a insultar e a provocar petistas com suas zombarias triunfalistas, mas só até surgirem os sinais de que o tiro da bolinha de papel de dois quilos que os tucanos disseram que petistas atiraram contra Serra em um comício, saiu pela culatra.
A fúria midiática, como previsto, ia aumentando.
Na noite de 23 de outubro, dois dos blogs políticos mais lidos no país, o de Luiz Carlos Azenha e o de Rodrigo Vianna, repórteres da Rede Record, saem do ar no navegador Mozilla Firefox. Ao acessar os blogs de qualquer outro navegador, não havia problema. Mas ao acessar naquele navegador específico surgia uma falsa mensagem de que aquelas páginas estavam “infectadas”.
Ao fim da tarde do oitavo dia de fúria, portais de internet informavam que houvera novo risco de confronto entre militantes do PSDB e do PT na cidade paulista de Diadema. Novamente, uma tropa tucana fora a um reduto petista fazer provocações enquanto a mídia serrista buscava vender que quem estava na frente é que tentava melar o jogo eleitoral.
Entendendo a estratégia do PSDB e da mídia, os militantes petistas em Diadema abriram caminho para que os tucanos marchassem através da manifestação adversária, e formaram um “cordão de isolamento” do avanço dos esbirros de Serra e dos seus figurantes contratados. Enquanto avançavam pelo meio dos petistas impassíveis, os tucanos proferiam insultos.
Ainda no sábado 23 de outubro, os mesmos portais de internet anunciavam que marchas petista e tucana poderiam se encontrar no Rio, em Copacabana, mas que os petistas, novamente, recuariam para não fazer o jogo dos adversários, cada vez mais dispostos a melar o jogo eleitoral por contarem com a mídia para inverter os fatos.
A marcha petista na cidade do Rio no sétimo dia de fúria midiática foi sabiamente adiada pelos organizadores para ocorrer depois da marcha tucana, convocada para o dia e a hora em que já se sabia que haveria a marcha dos adversários.
A análise mais detida do rumo das coisas sugere que só não foi tentado um tipo de factóide para chocar o eleitorado e induzi-lo a votar no candidato da direita midiática. Tentou-se de tudo contra Dilma. Escândalos sexual (ou homossexual), religioso, de corrupção, de prática de violência física, mas nada deu certo. Serra continua não reagindo eleitoralmente.
Enquanto o clima de beligerância entre petistas e tucanos cresce retórica e fisicamente, tevês, rádios, revistas, jornais e portais de internet simpáticos a Serra – assumidamente ou aparentemente – põem lenha na fogueira com uma chuva de acusações, insultos e zombarias contra um dos lados e com vitimização do outro.
A história ensina que campanhas para comover sociedades contra alguém ou alguma coisa muitas vezes apelaram a cadáveres, a crimes de sangue em que “não restassem dúvidas” sobre a autoria, ainda que processos legais requeiram tempo para condenar ou absolver sob convicção absoluta, impossível de ser formada em míseros sete dias de fúria midiática.
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Fonte: Blog da Cidadania (Edu Guimaraes)

Lançado Manifesto da comunidade da UFPR em apoio a Dilma presidente

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Banquinha Pró-Dilma nas escadas da Reitoria


Na semana passada foi lançado documento de apoio à candidatura de Dilma Rousseff à presidência da República, subscrito por professores, técnicos e alunos da UFPR, UTFPR e IFPR. Uma banquinha foi instalada no pátio da Reitoria na terça (19) para assinalar a vinda à luz do "Manifesto de apoio à candidata Dilma e à continuidade das políticas educacionais do governo Lula".  Este Blog NaLuta apoia o conteúdo do Manifesto e já há um bom tempo vimos denunciando as mentiras, baixarias e o risco de retrocesso em caso de vitória do candidato neoliberal José Serra.


No documento, destaca-se a expressiva geração de empregos e a inclusão social de milhões de brasileiros promovidas nos dois mandatos de Lula, o fortalecimento da soberania nacional e o prestígio conquistado internacionalmente.


Especificamente na área de educação, ciência e cultura, destaca-se a "criação de novas instituições federais de ensino superior. Durante o período FHC não se criou sequer uma! Quatrorze novas universidades federais foram criadas no Governo Lula e construídos mais de 100 campi universitários pelo interior do país. O ensino técnico e tecnológico público, retomado e ampliado com a criação dos Institutos Federais..."


Outro tópico importante, no plano da valorização dos servidores, foi o início da "recomposição salarial dos funcionários da Educação... com a criação de novos níveis de carreiras."  Com efeito, depois de 8 anos penando sob FHC (1995-2002) com salários sob arrocho e até PDVs, foi no segundo mandato de Lula (2006-2010) que os servidores técnicos puderam recompor boa parte de seu poder aquisitivo nos reajustes escalonados de 2008 a 2010.


O texto completo pode ser lido nos impressos que estão circulando nas Federais do Paraná. Em sua primeira versão, ele é assinado por alguns diretores de Setor da UFPR, como os de Ciências Humanas, Biológicas, Jurídicas, da Terra, Sociais Aplicadas, Agrárias, e dos campi de Palotina e do Litoral. O reitor do IFPR assina o Manifesto, mas não o da UFPR.  Dentre as entidades, consta o apoio do presidente do Sinditest e, da Asufepar, apenas do Diretor José Carlos Belotto.  Quem quiser expressar seu apoio, pode enviar seu nome para o email  manifestoufpr@gmail.com.

Essa bolinha de papel doeu ! Saiba porquê

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Charge: Pelicano

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Se Veja fosse uma revista séria, a capa da próxima edição seria...

3 comentários:
Esclarecendo: Paulo Vieira de Souza (vulgo Paulo Preto), engenheiro que trabalha há 11 anos para os governos tucanos, foi acusado por membros do próprio partido do Serra de sumir com R$4 milhões do caixa da campanha eleitoral (está em reportagem da revista IstoÉ de Agosto/2010). A grande mídia que apoia Serra esconde o caso Paulo Preto. O Zé Pedágio Serra primeiro disse que não conhecia o cara. Um dia depois, derramou-se em elogios a Paulo Preto, porque sabe que ele é alguém que sabe muito da lama que a tucanada esconde.

Cuidado! Serra mente. E mente descaradamente, com cobertura da Santa Aliança midiática composta pelas famiglias Marinho (TV Globo, jornal O Globo, Portal G1, revista Época), Frias (Folha de S. Paulo), Mesquita (jornal O Estado de S. Paulo) e Civita (revista Veja).
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Ilustração: site Conversa Afiada

Para os que de fato se preocupam com o meio-ambiente: Serra não é "verde", é CINZA

Um comentário:
Veja acima o mapa de votação do 1. turno na Região Norte do Brasil. As áreas em azul são os locais onde o candidato neoliberal José FHC Serra venceu em 03/10.  Elas correspondem ao chamado "Arco de Fogo" do Pará, que concentra os municípios onde mais ocorre desmatamento. Ou seja, no reino dos madeireiros desmatadores, da turma da senadora ruralista Kátia Abreu (do DEM), o Serra já ganhou.  Então, está mesmo o Serra preocupado com o meio-ambiente e a preservação da Natureza ou só está (mais uma vez) exercitando sua hipocrisia para ganhar os votos dados a Marina Silva?  

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Diretoria do Sinditest resolve se arriscar à interatividade na rede adotando twitter

2 comentários:


Na tarde de hoje, uma notícia interessante no site de internet do Sinditest: sua Diretoria, sempre tão resistente em interagir, resolveu abrir uma conta (perfil) na rede social de microblogs chamada Twitter.  Pois, ora, saudamos essa iniciativa da Diretoria, que pode contribuir para uma maior e melhor informação dos filiados, mas também para que a própria Diretoria possa ouvir (ler) o que se diz dela.


Explicamos.  No Twitter, quando abrimos um perfil (conta), passamos a seguir os escritos de outros perfis bem como podemos ser seguidos no que escrevemos por quaisquer outros perfis do mundo todo. Há uma espécie de mural chamado "linha do tempo" (timeline) onde se vê tudo que escrevemos e tudo que os outros escrevem (desde que estejamos seguindo esses outros), sobre tudo quanto é assunto.


Criado em 2006, o microblog Twitter, identificado pelo "passarinho azul", já conta com quase 150 milhões de perfis no planeta inteiro e as mensagens todas (tweets ou tuitadas) desde o início estão sendo guardadas num banco de dados da Biblioteca do Congresso dos EUA (Library of Congress).


Esperamos que a Diretoria do Sinditest use muito o Twitter e seja democrática para receber todas as críticas que certamente surgirão.  O perfil do Sinditest é @sinditestpr.  Quem não estiver ainda cadastrado com seu próprio perfil no Twitter, pode acessar o que sair publicado acessando: http://twitter.com/sinditestpr.


O Blog NaLuta está há mais de 1 ano com seu perfil no Twitter, que é o @nalutanet , acompanhando as peripécias da pelega gestão "Sindicato Para Todos" e o mundo sindical em geral.  Indcamos aos companheiros da base que participem da interatividade na internet, acompanhando esses e muitos outros perfis de entidades, pessoas, organizações, jornais etc.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Eleições 2010: compare como votaram FHC, Serra e Lula na Constituinte de 1988

2 comentários:

Os tucanos ficam literalmente apopléticos quando se faz comparações entre as gestões de Lula e de FHC. Partem para o ataque, apelam, justificam e se irritam quando o debate sucessório segue esse script.
Em política, com todo o desgaste que o processo político-eleitoral sofre entre a população e os eleitores, as propostas dos candidatos, as plataformas - que por razões óbvias não tem como ser detalhadas nos programas do horário eleitoral e nos debates - são parecidas.
Assim, as comparações são inevitáveis e necessárias para que os eleitores possam fazer relações entre o que diz o candidato e sua prática política concreta.
Nesta campanha sucessória o que está em discussão são dois brasis ou dois projetos distintos.
Para entender um pouco o que ocorreu nas gestões Lula e FHC e o que poderá ocorrer numa gestão Serra, vale a pena checar como votou cada um dos três na Assembleia Constituinte de 1986-88, segundo o levantamento feito pelo DIAP.  Frise-se que as matérias avaliadas pelo DIAP não têm caráter doutrinário ou ideológico. Todas elas têm relação direta e objetiva com os assalariados.  Desse modo, cabe ao internauta julgar.
Clique aqui para acessar a publicação do DIAP "Quem foi quem na Constituinte-Seção São Paulo" e veja como votaram FHC, Serra e Lula em assuntos de interesse direto dos trabalhadores.  Adiantando: o DIAP deu média final DEZ para Lula; 5,00 para FHC, e só 3,75 para Serra... Serra conseguiu ser ainda pior que FHC!
(clique na imagem para ampliar)

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Fonte: DIAP

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Sinditest: uma "chácara", muitas dúvidas

5 comentários:

Exibir mapa ampliado


Na ilustração acima, obtida através do aplicativo Google Maps (requer o plug-in "Google Earth" para boa visualização), vê-se uma tomada áerea do imóvel denominado "chácara" do Sinditest, em Piraquara, comprado por 225 mil reais em Dez/2005 e vendido por alegados 250 mil reais em 2009. Entretanto, persistem dúvidas e controvérsias sobre essa transação imobiliária, que é até hoje examinada no Ministério Público do Trabalho.

Dos 12 lotes componentes da "chácara", a Diretoria "Sindicato Para Todos" afirma que repassou o lote 11 ao corretor imobiliário Sidnei Mamede, a título de comissão no negócio. Esse lote foi avaliado em R$16.500,00 na escritura de 2005 (época da compra por Moacir Freitas e Antonio Néris). Em escritura datada de Agosto/2009, o lote 11 foi precificado em R$18.000,00 (dezoito mil reais). Mas, pouco depois de agosto, a Diretoria do Sinditest resolveu fazer nova escritura (em outro cartório) e ali foi declarado o valor de R$5.000,00 (cinco mil reais) pelo mesmo lote 11, a paga do corretor Sidnei.

Surpresa: em julho/2010 o Sr. Sidnei Mamede vendeu ao Sr. Melson do Amaral Filho o mesmo lote 11 pela quantia de R$85.000,00 (oitenta e cinco mil reais). Interessante, não acham? Um terreno que valia R$16.500 em 2005, passou a R$18.000 em Agosto/2009, depois caiu a R$5.000 em Novembro/2009 e agora (passados apenas 7 meses) é vendido por R$85.000...

Não foi à toa que a autoridade judiciária do Ministério Público do Trabalho teve que solicitar o auxílio de perito contábil para examinar a nebulosa documentação entregue pela Diretoria do Sinditest após esta ter sido intimada a prestar esclarecimentos.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

No Debate da Band, Serra apanha e Dilma anima a militância

Um comentário:
Apontado como “líder satanista” (na imunda boataria pró-Serra, que inundou a internet nas últimas semanas), Michel Temer (o vice de Dilma) foi quem analisou com mais calma e conteúdo o debate promovido ontem pela Rede Bandeirantes, numa entrevista rápida ainda dentro do estúdio: a atuação da Dilma “vai jogar nas ruas a militância”.

O debate foi isso. Audiência baixa, cerca de 3 pontos. Quem tava acompanhando? O público mais ligado em política – dos dois lados. Dilma falou pra militância. E acho que surpreendeu positivamente a todos.

A turma do PT – meio ressabiada, porque esperava liquidar tudo no primeiro turno, e porque não via reação da campanha à onda difamatória das últimas semanas – recebeu uma injeção de ânimo.

Em vez de bater pesado no horário político gratuito (visto por um público mais amplo, que poderia rejeitar a estratégia mais dura), Dilma deu as respostas no debate – visto pela militância. Foi estratégia inteligente, certeira.

Serra, ao que parece, não esperava por isso. Engoliu em seco várias vezes. E acusou o golpe, falando que Dilma estava “agressiva”. Machismo puro. Mulher quando enfrenta é “agressiva”. Ele quer princesinha? Vai buscar na MTV…

O tucano é mal acostumado – como sabemos. Tem à sua volta uma imprensa amiga, que não o incomoda. E, quando aparece um jornalista ou outro a fazer pergunta “inconveniente”, ele liga pra Redação e pede a cabeça do repórter. Ou, então, confisca as fitas (como fez depois de uma entrevista pra Márcia Peltier, na CNT, canal 6).

Ao fim do debate, eu olhava pro Serra (que parecia aturdido e contrariado por apanhar tanto), e pensava comigo: será que ele vai ligar pro Lula e pedir a cabeça da Dilma?

Durante uma panfletagem no Rio, há poucas semanas, Serra botou a mulher dele (não a Soninha, mas a Mônica) pra acusar Dilma de “matar criancinhas”: é o papo sujo do aborto. Quando ficou frente a frente com Dilma, nesse domingo, ele não sustentou a frase. Fugiu. E não defendeu a mulher oficial. Covardia típica de machão mal-resolvido. Ainda por cima, não gostou da Dilma “agressiva”. Tá mal acostumado com certas apresentadoras e jornalistas “amigas”…

No conteúdo, Dilma foi bem ao desmascarar a campanha de calúnias, e ao marcar na testa de Serra o rótulo de “privatista”. Tão incomodado Serra ficou que, naquela entrevista rápida pós-debate, fez questão de dizer “sou defensor das empresas estatais”.

Sentiu o golpe.

Mauricio Stycer, ótimo repórter do UOL, postava no twitter pouco depois do encerramento: “Petistas comemoram e tucanos criticam estratégia de Dilma”.

Esse também é um bom resumo.

Os petistas gostaram de ver a candidata firme – o que deve ter incendiado a militância pra reta final.

Já os tucanos não gostaram do Serra acuado. Acostumados a bater na surdina, a usar pastores e padres para os ataques mais vis, e a se esconder no anonimato da internet, os líderes do serrismo choravam: pôxa, essa doeu.

Tenho a impressão de que a onda de otimismo virou de lado. Esse debate volta a lançar otimismo para o lado lulo-dilmista. E projeta sombras para o lado dos tucanos.

Vocês – que me acompanham aqui – sabem que eu tenho lado e não escondo. Mas nem por isso brigo com os fatos. Quando a boataria religiosa veio pesada, eu falei que isso podia dar segundo turno. Assim como deixei claro que Dilma apanhar calada era o caminho pra derrota. Agora, vejo uma fase nova.

Essa campanha já teve vários momentos:

- no início do ano, os tucanos menosprezaram Dilma, espalharam que ela não tinha personalidade, e era um “poste”; o menosprezo fez com que fossem surpreendidos pela arrancada de Dilma dos 15% aos 50% nas pesquisas;

- em setembro, foi o PT que menosprezou a capacidade de reação dos tucanos e de seus aliados midiáticos; denúncias e boatos levaram votos pra Marina, garantindo segundo turno;

- com o segundo turno, já se ouvia na internet o discurso dos tucanos “ah, o PT perdeu uma eleição ganha; agora Serra vai crescer até a vitória, Dilma está perdida, e a eleição está no papo”.

Os tucanos (com o segundo turno) sentaram na cadeira antes da hora. A soberba parece ter castigado Serra nesse domingo. Ele entrou no debate confiante demais. Apanhou até ficar tonto.

E, agora, vai ser difícil virar a onda de novo.

A turma dele vai tentar – com mais baixaria. Mas o recurso vai ficando gasto. Dilma recuperou a iniciativa. Pra quem já tem 10 pontos de vantagem, trata-se de um passo gigantesco rumo à vitória.

Será uma eleição difícil até o fim. Mas Dilma recuperou o favoritismo inconteste. E, agora, sem a soberba que deu errado no primeiro turno.

É o quadro que vejo nessa segunda-feira, a 20 dias da eleiçâo.
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Fonte: Blog Escrevinhador (Rodrigo Vianna)

Pode o Paraná preferir votar para presidente em um mentiroso?

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Ficha das votações de Serra na Constituinte de 1986-88
(clique na figura para ampliar)


No primeiro programa do horário eleitoral gratuito do 2. turno da eleição presidencial, exibido na sexta-feira (8/10), o candidato neoliberal tucano José Serra declarou - com toda aquela enorme modéstia dele - ter sido "o melhor deputado da Constituinte de 1988".  

Empulhação. Mentira. De novo: MEN-TI-RA !

Os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte foram acompanhados pelo DIAP (Dep. Intersindical de Assessoria Parlamentar) e cada deputado recebeu notas conforme suas votações contra ou a favor dos interesses dos trabalhadores.  Em uma escala de zero a 10, o inolvidável Serra recebeu nota 3,75 por suas posições, conforme se vê na ficha acima e na lista abaixo.  3,75: reprovado, não deu nem pra pegar "exame final". 

- Serra votou contra a redução da jornada de trabalho para 40 horas
- Serra votou contra mais garantias ao trabalhador de estabilidade no emprego
- Serra negou seu voto pelo direito de greve (isso explica a forma ditatorial e violenta com que ele trata o funcionalismo quando recorre à greve)
- Serra negou seu voto pelo abono de férias de 1/3 do salário
- Serra negou seu voto pelo aviso prévio proporcional
- Serra negou seu voto pela estabilidade do dirigente sindical
- Serra negou seu voto para garantir 30 dias de aviso prévio
- Serra negou seu voto pela garantia do salário mínimo real
- Serra votou contra a implantação de Comissão de Fábrica nas indústrias
- Serra votou contra o monopólio nacional da distribuição do petróleo.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O "novo Paraná" de Beto será o da censura e perseguição aos discordantes?

Um comentário:
Reproduzimos abaixo artigo do blogueiro Esmael Morais, amordaçado em suas opiniões por ordem dos tucanos de Beto Richa, que não gostaram de suas informações e opiniões.  Há vários dias o Blog do Esmael (www.esmaelmorais.com.br) está totalmente fora do ar. Vale lembrar que anteontem um dos maiores jornais do país, O "Estado de São Paulo", que se diz ardente "defensor da liberdade de expressão", demitiu sua articulista Maria Rita Kehl, por escrever texto reconhecendo avanços sociais do Governo Lula.  Perguntamos preocupados: o Governo Beto Richa instalará a censura aos seus críticos, o controle das ideias, o acumpliciamento da imprensa que nada diz sobre esse absurdo antidemocrático?


TUCANOS PERSEGUEM E CENSURAM NO PARANÁ
Por Esmael Morais



O que vou contar nas próximas linhas pode deixar-lhe arrepiado de indignação, mas é fato, está ocorrendo no Paraná e ameaça atingir todo o país como se fosse um rastilho. A experiência vivida pelo estado sulista no último mês e meio é um alerta do perigo que corre a democracia brasileira.
Pela décima vez, desde o final de agosto deste ano, o meu blog (www.esmaelmorais.com.br) está censurado pela Justiça a pedido do governador eleito Beto Richa (PSDB) sob a alegação de que a minha opinião, os meus posts, as minhas críticas políticas, o deixam “emocionalmente abalado”.
O tucano pede na 17ª Vara Civil de Curitiba indenização para ele, o filho Marcello e a esposa Fernanda pelos mesmos supostos abalos psiquiátricos. Os três são personalidades públicas, portanto, sujeitos a críticas diferenciadas das dos cidadãos comuns.
Os meus advogados, Manoel Valdemar Barbosa Filho e Carlos Raimundo Azevedo Ferreira, solicitaram via judicial que o governador eleito passe por uma junta psiquiátrica para provar que realmente ficou “emocionalmente abalado” pelo blog. Terá que indicar o nome do remédio que toma para aplacar o dano, o nome do médico que o acompanha, etc.
Em outra frente, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), durante as eleições, Beto Richa abriu uma verdadeira guerra jurídica contra os institutos de pesquisas (censurou dez), blogs, revistas, jornais, sites e jornalistas como estratégia para vencer a disputa do último domingo (3).
O objetivo tucano, sempre com a complacência de setores da Justiça, foi (e ainda é) calar vozes destoantes, perseguir oponentes, constranger economicamente quem ousa opinar diferente por meio de pesadas multas, enfim, atacar a liberdade de expressão e os direitos constitucionais. (Este blogueiro que tecla estas mal traçadas linhas, por exemplo, segundo informações, já deve cerca de R$ 800 mil em multas porque não compartilha das mesmas opiniões do PSDB).
O diabo é que Beto Richa venceu as eleições, mas não desceu do palanque. Cerca de 48 horas após aclamado nas urnas, o tucano abriu uma impiedosa perseguição ao meu blog. Conseguiu uma liminar que obrigou o provedor de hospedagem da minha página a desativar o domínio “esmaelmorais.com.br”. Continuo censurado, agora pela décima vez.
Muitos atribuem à censura a vitória do tucano paranaense. Sem ela – e se as pesquisas tivessem mostrado a queda do candidato do PSDB – muito provavelmente o resultado eleitoral no Paraná seria bem outro. A equipe jurídica-censora de Beto Richa se gaba pelo feito na capital paranaense e poderá exportar o modelo para José Serra na campanha de segundo turno.
Na estratégica jurídica-censora tucana, no Paraná, coube o jogo baixo, a safadeza, além do próprio cerceamento da liberdade de expressão. Na véspera das eleições, na sexta e no sábado, o PSDB chegou a pedir minha prisão porque eu continuava a opinar na minha página pessoal. O juiz negou o pedido de enclausuramento, mas retirou-me do ar.
Há ilegalidades nesta censura, pois existia um recurso protocolado pela minha defesa com efeito suspensivo, o que legalmente permitia-me ficar no ar normalmente, mas a corja fascistoide omitiu essa informação para induzir o juiz ao erro. A alegação de desobediência fora uma artimanha tucana para eliminar alguém que pensa diferente.
O método fascista do tucanato paranaense, que pode servir de modelo para o PSDB no país, caso vencem as eleições de 31 de outubro, deixaria envergonhados os agentes do antigo DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna). A turma que atendia à ditadura militar seria considerada trombadinhas, diante da truculência da gangue comandada pelo senhor Carlos Alberto Richa, vulgo Beto Richa.
Faço esta denúncia pública porque a democracia brasileira corre risco com o “modus operandi” dos tucanos. Eu vivi isso. Os institutos de pesquisa Datafolha, Ibope e Vox Populi também. Revistas nacionais como IstoÉ, sites, blogs, jornais e jornalistas igualmente sofrem censuram e não puderam informar ao país o que acontecia no Paraná durante as eleições. Ficamos no escuro por um período, voltamos às trevas e o pior: a perseguição dos fascistas tucanos continua, mesmo depois das eleições.
Será este o modelo de democracia tucana que o país precisa?

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Segundo turno presidencial - uma luta de sentido histórico

3 comentários:
A eleição presidencial será decidida no segundo turno no dia 31 de outubro. Com alto índice de participação popular, foram computados mais de 111 milhões de votos válidos. Dilma Rousseff, da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, obteve 46,91% , José Serra, do PSDB, 32,61% e Marina Silva, do PV, 19,33%. Outros candidatos somados pontuaram pouco mais de 1%.


O resultado não surpreende, porquanto nos últimos dias da campanha foram detectados sinais de leve erosão nas intenções de voto em Dilma e de crescimento de Serra e Marina, sobretudo desta última. E não foge ao padrão das duas eleições anteriores, em que Lula teve que passar pela prova do segundo turno para eleger-se (2002) e reeleger-se (2006).

Obviamente, o resultado contraria as expectativas das forças democráticas e populares, cuja palavra de ordem era vencer já no primeiro turno.

A superioridade de Dilma Rousseff, de mais de 14 pontos percentuais sobre seu adversário, corresponde à ampla base de apoio popular de sua candidatura e é uma clara expressão da existência de uma maioria em favor da continuidade das mudanças iniciadas no Brasil a partir de 2003. Tem plenas condições de no segundo se transformar em maioria absoluta e conferir ao novo governo o necessário apoio à realização de seu programa democrático e patriótico.

As forças progressistas e do movimento popular engajadas na campanha de Dilma vão enfrentar o segundo turno, como disse a candidata, com garra e energia.

Nas próximas semanas será necessário intensificar o debate político e a mobilização popular. Não se ganha eleição antecipadamente, apenas através do monitoramento das pesquisas e do bom manejo das técnicas de “marketing político”. Uma batalha política da envergadura de uma eleição presidencial só pode ser vitoriosa com uma postura política ofensiva. A vitória nas urnas tem que partir das ruas, do corpo a corpo com o eleitor, da discussão franca, simples, direta e profunda com o povo, tocando fundo sua mente e seu coração.

Mais do que nunca é preciso ter a consciência aguda do que está em disputa. Dois projetos diametralmente opostos estão em jogo e é em torno destes que se decidirá o futuro do país. De um lado, está a possibilidade de o Brasil continuar trilhando o caminho do fortalecimento da democracia, da soberania nacional e da afirmação dos direitos do povo. Esta bandeira está nas mãos de Dilma Rousseff e das forças que a apoiam, que podem e devem alargar-se ainda mais no segundo turno. Do outro está a submissão do país ao imperialismo, a restrição da democracia, o ataque aos direitos do povo, a criminalização dos movimentos populares e a degradação das condições de vida de milhões de brasileiros.

É um embate político em campo aberto, uma luta de sentido histórico a que a imensa legião de militantes das forças progressistas e de esquerda não se irá furtar.
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Fonte: Vermelho