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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Trabalhadores da FUNPAR do HC - o que será, que será?

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Permanece incerto o desenrolar da situação dos servidores celetistas da FUNPAR que atuam no Hospital de Clínicas "da UFPR".  O que está no horizonte próximo parece ser a aceitação da nova empresa pública - a EBSERH - por parte da Reitoria e da maioria do Conselho Universitário como futura gestora do HC.  Entretanto, se isso acontecer mesmo nas próximas semanas, como se dará essa transição? Ao longo de quanto tempo? Todos os funparianos realmente teriam garantia de seu emprego, sendo admitidos na nova empresa, caso ela seja adotada pela administração superior da UFPR?

A diretoria do Sinditest e o reitor Akel tiveram audiência na última quarta-feira (25), também tratando de questões da FUNPAR, mas parece que nada de novo surgiu.  Os resultados dessa conversa serão apresentados e debatidos em assembleia geral do pessoal da FUNPAR em 01/02 (4a.-feira), a partir das 09h30, na sala 2 do Anexo B do HC.  Certamente, depois de um período no final do ano passado que transcorreu relativamente morno, apenas com a notícia da aprovação da lei da EBSERH em Brasília, novamente é preciso que os funparianos liguem as antenas para acompanhar de perto e poder influir sobre como ficará sua situação. 

sábado, 28 de janeiro de 2012

Massacre do Pinheirinho - para não esquecer as vítimas e, principalmente, os algozes

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A cruel, desumana e truculenta desocupação do terreno onde vivia a comunidade do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), começou às 6 da manhã do domingo passado (22/1).  Seis mil pessoas, que ali viviam havia já 8 anos em terreno  cuja posse seria (há suspeitas) do bandido do sistema financeiro Naji Nahas, foram enxotadas na base do cacete, gás e balas de borracha.  Suas casas foram demolidas, com tudo dentro, por tratores.

O vídeo acima, do jornal da TV Record, tem 13 minutos, mas veja-o pelo menos até os 3min50seg.  Preste atenção no olhar da criança de 2 anos e na reação do repórter.  Depois disso, é difícil esquecer o que é injustiça.  Mas fundamental é não esquecer que há carrascos pessoais e institucionais como responsáveis por essa tragédia em pleno Brasil do Século XXI:

- A insensível Justiça paulista, cujos magistrados sem hesitar deram a ordem de enxotamento, onde há  corruptos, onde há juízes que ganham altas somas e benefícios mas não querem ser investigados pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça);

- O governo paulista do dirigente do PSDB Geraldo Alckmin, tucano reacionário e militante da ultraconservadora prelazia católica Opus Dei, que agora pôs a nu sua vocação para o fascismo (governo pelo terrorismo de Estado);

- A elite burguesa paulista que tem entre seus membros um espécime como o tal Naji Nahas, suposto dono do terreno desocupado, acusado de crimes contra o sistema financeiro e dono de uma empresa falida que queria o Pinheirinho de volta para fazer caixa e pagar credores ricos.

Claro, o pano de fundo onde se desenrolam essas desigualdades e injustiças é o historicamente falido sistema capitalista, que não consegue superar mais suas repetidas crises.  Mas lembremos que há algozes desse mesmo tipo e filiação partidária também no Paraná.  O mesmo PSDB governa nosso estado e manda na Prefeitura de Curitiba.  

No processo político brasileiro, as mudanças neste período estão passando principalmente por mecanismos eleitorais.  Em 2012 haverá eleições de vereadores e prefeitos.  Aos homens e mulheres de boa vontade, com sensibilidade humanista, consciência política e solidariedade, pedimos e pediremos com insistência: ajam para varrer do comando da civilização brasileira algozes como esses.  Ou "civilização" pouco passará de apenas uma palavra.

Assembleia geral do Sinditest em 31/1 - para começar a por ordem na casa

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Conforme tinha anunciado durante a semana, a Diretoria do Sinditest confirmou a convocação de Assembleia Geral da categoria para a próxima terça-feira, 31 de janeiro, a partir de 09h30, no Anfiteatro 100 do Ed. D. Pedro I (dos setores de Educação e C. Humanas).  Na pauta, duas obrigações deixadas pendentes pela diretoria neromessiânica anterior: as eleições da CIS (Comissão Interna de Supervisão de Carreira dos técnicos) e do Conselho Fiscal do sindicato, cujas datas precisam ser definidas.

E também um assunto muito importante, que poderá ajudar a colocar ordem na casa sindical e destampar a caixa-preta da gestão anterior: a realização de uma auditoria interna, financeira e patrimonial.  Esta proposta deve ser aprovada pelos presentes a essa assembleia no dia 31, pois só ingênuos ou quem tem algo a ocultar podem achar essa ideia dispensável.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Queriam relatório da audiência sobre gestão de RH? Então, toma!

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Com data de 25/01 está publicado no site da PROGEPE um rosário de sugestões que compõem o chamado relatório da audiência pública sobre gestão de pessoas.  A audiência foi realizada perto do natal, em 16/12, e o  Sinditest cobrou a publicação do que rolou ali.  Veja no site da PROGEPE a íntegra do dito "relatório".

O que ali se vê é uma série de apontamentos de propostas lançadas pelos técnicos participantes daquela reunião de dezembro, sem nenhuma revisão do português e algumas anotadas de modo pouco claro e inconsistente.  Ou seja, aparentemente pegaram o rascunho manuscrito por quem secretariou a audiência e transcreveram tal e qual, sem revisão, para o site.

Na apresentação do "relatório" também há um equívoco, quando afirma que o mero espaço de lançamento de sugestões "atendeu a pauta local de servidores técnicos administrativos, consolidada nos Termos de Negociação da Comissão de Greve da categoria."  Não, não atendeu o principal.  A audiência, como espaço para apresentação de ideias, foi válida, mas é apenas parte do processo, a inicial.  

A partir dessas sugestões, a equipe da PROGEPE deveria já opinar e inclusive adiantar sobre possibilidades reais de atendimento (quantas e quais) e em que prazo, mas isso não se vê no site da Pró-Reitoria.  A bola, então, está com o Sinditest para prosseguir cobrando o andaimento do debate, de negociações e das mudanças efetivas na gestão de pessoas da UFPR.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Começa hoje a greve dos trabalhadores da Radiologia do HC

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"A decisão teve que ser anulada por um erro processual: o advogado que fez a petição estava usando um bigode falso de cartolina preta..."  Essa piadinha meio sem graça do Woody Allen vem à lembrança quando sabemos que os representantes da UFPR alegam "falta de sorte" e "erro processual" como a razão para não cumprir uma decisão judicial de pagar os merecidos adicionais de insalubridade ao pessoal do raio-x do HC.

Assim, reivindicando direito que é seu aos adicionais, os trabalhadores da Radiologia cruzarão os braços a partir de hoje, depois de terem tentado o diálogo e a negociação com a Reitoria, a qual esquivou-se com um argumento legalista.  Trata-se de setor importante no funcionamento cotidiano do HC, que cedo deverá sentir os efeitos da paralisação.  

Neste momento em que uma parcela dos servidores vê-se obrigada a lançar mão do recurso mais extremo da greve, vale a pena recordar o candidato à Reitoria que em 2008 prometeu "cuidar das pessoas".  O reitor Zaki Akel, quando candidato em 2008, afirmava em sua "Carta de Princípios" que se comprometia a "2 - Desenvolver a profissionalização e a qualidade de vida no trabalho para toda a comunidade universitária...".  Em outro material de campanha, prometia "Apoio financeiro às atividades de valorização dos servidores...".   E ainda em outra passagem, reconhecia que a conquista que mais o orgulhava "em toda a minha trajetória acadêmico/administrativa, é ter conseguido construir junto, valorizando e mobilizando as pessoas, permitindo que, cada um, pudesse desenvolver seu potencial humano e técnico. Afinal de contas, nossa Universidade é construída pelas pessoas, que são o maior patrimônio da instituição!"

Aí temos o candidato de 2008 e o administrador real de 2012.  A "teoria" e a prática.  E dizem que pretende a reeleição.  Pessoas, valorizem o projeto da pessoa que tanto prometeu em 2008!

Aos trabalhadores e trabalhadoras do Raio-X votamos nosso apoio e esperança de que rapidamente seu movimento alcance a conquista da justa reivindicação.  Força na luta!
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Foto: imprensa-Sinditest
 

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Leite azedo na Maternidade do HC da UFPR

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Se você é técnico e quer fazer um curso para melhorar sua capacitação ou instrução formal, terá o apoio da chefia para isso, inclusive adequando horário de trabalho, certo? Errado, se você trabalhar no HC, mais especificamente na Maternidade. Mais espeficicamente no Banco de Leite Humano. 

No Banco de Leite do HC, que trabalha com esse elemento tão essencial para o crescimento do ser humano, a chefia local se compraz em agir contra o crescimento educacional de seus servidores. Mais um caso de assédio moral. Um caso a mais, no HC... e sob a cobertura de uma “política” de RH que não está nem aí para o “H” do “R”. 

A nutricionista Débora Salles, servidora estatutária há 3 anos trabalhando no Banco de Leite, cometeu o “abuso” de começar um curso de especialização de curta duração, e para isso pediu à chefe do Banco, Celestina, um horário especial de trabalho, com base em prerrogativa legal para quem trabalha e estuda. O que obteve da celestial Celestina? Intransigência e a indicação da porta da rua do Banco, pior ainda sob o endosso das chefes da Maternidade, Sandra e Adelaide, e dessa “política de RH” da UFPR. Mas, Celestina, contam alguns servidores, já é velha conhecida de outros carnavais por sua prática autoritária, tratando o Banco de Leite como se fosse seu feudo. Débora foi excluída da lotação onde sempre gostou de trabalhar, posta em disponibilidade e forçada à desanimadora rotina de diariamente ir à UAP para assinar o ponto, sem poder fazer nada. 

Reconhecendo-se vítima de assédio moral, Débora buscou defender-se ante instâncias do HC e UFPR, como CoAd e PROGEPE, argumentando apoiada em dispositivos legais e outros casos similares com parecer favorável ao técnico estudante. Não obteve resposta. As chefias se fecham em copas e dizem para ela não criar caso para que a situação não piore... 

O novo Plano de Carreira dos técnico-administrativos (PCCTAE), implantado em 2005, tem como um de seus pilares o estímulo para que o servidor busque cada vez mais a formação, seja apenas para seu crescimento pessoal seja para que adquira conhecimentos a ser empregados diretamente no serviço da Universidade. Isto parece algo mandatório, e mesmo óbvio, em se tratando de pessoas que trabalham numa instituição pública cujo objeto é a Educação! Não obstante, quando uma servidora procura seguir essa diretriz do PCCTAE, seu intento é rudemente podado. 

E mais: na greve de 2011, um dos itens da pauta local era a ampla discussão a ser feita entre PROGEPE e técnicos sobre a política de gestão de RH na UFPR. Ora, a quantas anda isso? Parece que não anda, e enquanto isso mais casos de “indi-gestão” de RH acontecem, como nesse evidente episódio de assédio moral dentro do Banco de Leite do HC. É questão também para a nova diretoria do Sinditest cobrar da Reitoria e PROGEPE. 

A servidora Débora está compreensivelmente abatida e desestimulada, pelo modo insensível como foi tratada e pela situação em que se encontra, mas procura resistir. Da parte deste Blog, ao publicar este caso, damos a ela toda a solidariedade e apoio, que cremos também obterá da direção do Sinditest. A resistência dela e ações coletivas de enfrentamento da praga do assédio moral darão ânimo a outros/as servidores/as que também padecem da mesma opressão mas conformam-se, com medo de sofrerem o pior dentro do maior hospital do Paraná.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Governo Federal cria secretaria para dialogar com funcionalismo público

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Com o intuito de consolidar o relacionamento e o diálogo com o funcionalismo público, o governo federal criou a Secretaria de Relações de Trabalho no Serviço Público (SRT). A repartição substitui a atual Secretaria de Recursos Humanos. Com a mudança, a nova unidade vai ser responsável por negociar reajustes salariais, condições de trabalho e reestruturação das carreiras.

Para atender a nova estrutura, também foi criada a Secretaria de Gestão Pública (Segep) que substitui a Secretaria de Gestão (Seges), que foi extinta. A divisão vai administrar o direcionamento da força de trabalho, a reestruturação organizacional, a capacitação de pessoal, os concursos públicos e a folha de pagamento. Ambas fazem parte do Ministério do Planejamento. As mudanças foram publicadas no Diário Oficial da União de hoje (23).

Segundo o secretário-executivo adjunto do Ministério do Planejamento, Valter Correia, as novas secretarias foram reestruturadas para agilizar a conclusão dos processos. “Com isso vamos otimizar, racionalizar e dar maior celeridade às decisões e aos encaminhamentos administrativos. Agora conseguimos ter visão completa do processo. Antes os processos eram segmentados”, disse em entrevista exclusiva à Agência Brasil.

O novo modelo tem funcionado de forma “informal” há quatro meses. “Começamos de forma informal para fazer os ajustes necessários. Não é só juntar as caixinhas, não juntamos uma secretaria com a outra. Repensamos todo o processo. Redefinimos toda a estrutura e a forma de trabalhar. Juntamos o processo inteiro dentro de um departamento novo”, explicou.

Correia ainda destacou que as alterações vão suprir uma necessidade antiga de responsabilidades processuais. “A gente vai conseguir resolver um problema histórico na Esplanada [dos Ministérios] para saber quem cuida de que área. Sempre houve essa confusão de competência entre essas duas áreas”, comentou.

A SRT foi idealizada pelo secretário de Recursos Humanos, Duvanier Paiva, que faleceu no último dia 19, vítima de infarto. O substituto ainda não foi escolhido pela ministra da pasta, Miriam Belchior. Em entrevista à Agência Brasil, Paiva comentou que a mudança era uma necessidade antiga para atender à redemocratização nas relações de trabalho. A nova estrutura objetiva intermediar os debates com as centrais sindicais para evitar que o conflito chegue no limite da greve.
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Fonte: Agência Brasil

sábado, 21 de janeiro de 2012

Guerra pela liberdade na internet

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Começou a guerra na internet.  Em represália aos protestos contra as leis restritivas ao acesso à informação e divulgação livre de conteúdos na rede, as chamadas leis antipirataria, que tramitam no Congresso Americano, o governo dos EUA tirou do ar o site de downloads MegaUpload. Com isso, o grupo Anonymous derrubou sites de grandes gravadoras e estúdios, do Judiciário e tirou do ar até o poderoso FBI. 

A guerra foi declarada. No Tweetdeck [programa que facilita ler e enviar mensagens de twitter], chega a ser impossível ler e acompanhar em tempo real as mensagens postadas na coluna com a hashtag #OpMegaUpload, tamanha a velocidade de tuitadas e retuitadas por internautas do mundo todo. Já dá a pista do quanto será difícil acompanhar também a velocidade dos acontecimentos. 

O governo do Uruguai divulgou ontem sua adesão ao protesto com a promoção de um dia de acesso gratuito à internet para toda a população. Será na próxima segunda-feira (23). O FBI prendeu o fundador do site, Kim Schmitz, na Nova Zelândia e o Anonymous migra de endereço o MegaUpload para tentar restabelecê-lo. Até o fechamento desta nota (19), a chapa só esquentava nas redes sociais e na internet em geral. O pau está comendo!
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Fonte: Blog Lado B - 19/01/12

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

"A Privataria Tucana", bomba em forma de livro, será lançado hoje em Curitiba

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Convidamos todos(as) para participar do lançamento do livro-sensação de 2011/2012, hoje (19), a partir das 19 horas, na sede do SISMUC (R. Monsenhor Celso, 225 - 9. andar) - "A Privataria Tucana", do jornalista paranaense/mineiro Amaury Ribeiro Jr, o qual estará presente para fazer um debate.

Em poucas semanas o livro já vendeu mais de 120 mil exemplares, um fenômeno.  Isso porque traz em linguagem acessível e com provas documentais uma série de relatos demonstrando como, na época do auge das privatizações da Era FHC (1995-2002), altas granas rolaram para bolsos particulares, entre eles o do ex-governador e candidato derrotado à Presidência da República, José Serra, que foi ministro do Planejamento naqueles tempos bicudos.

O livro eriça os pelinhos de todas as partes do corpo de tucanos de alta plumagem, e suas denúncias, de base sólida porque apoiadas em documentos reais, já motivaram o pedido da CPI da Privataria puxado pelo deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP).  O requerimento dessa CPI já reuniu assinaturas suficientes para começar investigações a partir de fevereiro, quando os deputados voltarem das férias.  Esta será uma das grandes batalhas políticas de 2012.

O infarto não quis negociar com o negociador

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Por informe via comentário do colega Valter Maier, soubemos que o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, 56 anos, sofreu ontem à noite (18) grave infarto cardíaco e não resistiu.  Será hoje velado pela manhã em Brasília e à tarde levado para São Paulo.

Professor da rede municipal paulista, ex-dirigente da CUT-SP nos anos 1990, Duvanier estava no Governo Federal desde os mandatos de Lula e assumiu a SRH do MPOG em 2007, onde continuava também no Governo Dilma.  Passou a ser o principal interlocutor nas diversas negociações com as categorias do funcionalismo público federal.  Se, em 2007, ele foi um dos operadores da negociação do acordo da greve de 100 dias da FASUBRA que levou a razoáveis reajustes de 2008 a 2010, na greve de 2011 Duvanier foi o porta-voz do endurecimento que brecou qualquer conquista nacional da greve.  A partir de agora, o MPOG terá de achar outro quadro experiente para debater com os servidores as futuras demandas.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Tem que rebolar pra se esquivar o microBial

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Charge de Aroeira em O Dia (RJ)

Nova Diretoria do Sinditest pretende fazer auditoria interna

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Tendo encontrado uma situação financeira no Sinditest que ela própria caracterizou como "rombo", a nova Diretoria do Sinditest tem entre seus planos a realização de uma auditoria independente, que avalie o real estado das contas e do patrimônio da entidade, depois dos 4 anos de reinado dos caciques Wilson Messias e Dr. Néris.

Em notícia publicada no site do Sinditest hoje, a Diretoria anuncia que fará assembleia geral entre 30/1 e 3/2 para aprovar a proposta de realização da auditoria, além de definir quando serão as eleições do Conselho Fiscal gestão 2012-13 e da CIS (Comissão Interna de Supervisão da carreira).

Este Blog saúda a iniciativa da nova diretoria de rapidamente tornar públicas suas avaliações e decisões, num movimento em direção à plena transparência, ignorada pela gestão neromessiânica anterior.  A proposta de uma auditoria também merece aplauso, embora demande dispêndio maior de recursos, pois poderá efetivamente jogar a luz do sol - o melhor desinfetante que existe - sobre a "caixa-preta" do Sinditest.

Protesto contra comportamento da Globo em relação ao possível estupro

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Nesta sexta-feira (20), a partir das 19h, manifestantes vão se reunir em um ato pacífico, em frente à sede da Rede Paranaense de Comunicação - RPCTV (R. Mamoré, 753 - Mercês). O que eles pedem é a responsabilização da Rede Globo pelo estupro que foi exibido em rede nacional, após festa realizada na casa do Big Brother Brasil no sábado (14).

Organizado localmente pelo coletivo Dente de Leão, que reúne algumas das pessoas que participaram e organizaram a Marcha das Vadias em Curitiba no ano passado, o ato, que está sendo chamado de “levante”, já tinha quase cem participantes confirmados/as em menos de duas horas de divulgação no Facebook [agora chegam a 163].

Segundo a organização, não há dúvida de que se trata de um estupro de vulnerável. Para isso, citam o Artigo 217 do Código Penal, que afirma ser estupro de vulnerável qualquer tipo de sexo “com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência”. Ainda mais evidentes - segundo afirmam - são a omissão e o descaso da Rede Globo com o crime.

Citam ainda a notícia publicada no site do programa no momento do ocorrido “(...) Está rolando o clima (sic) entre Daniel e Monique debaixo do edredom. Ele se mexe, parece acariciar a sister, mas a loira não se move” - que confirmaria a omissão da emissora.

Segundo o manifesto que será enviado a diversas sucursais da Rede Globo em todo o Brasil e aos patrocinadores do programa, o objetivo é exigir o seguinte: “Que a produção do programa mostre a Monique o vídeo com o registro do estupro, para que ela saiba o que ocorreu e tenha liberdade para entender e se pronunciar(...)".

"Que a exibição desse vídeo seja transmitida e seja feita sem edição ou outro tipo de interferência. Que a Rede Globo preste contas pelo crime de omissão de socorro. Que a Rede Globo faça uma retratação e peça desculpas pelo ocorrido. Que a Rede Globo atue ao lado dos direitos humanos, fazendo uma ação educativa em relação ao crime de estupro em suas variadas configurações”.

Ludmila Nascarella, que participa da organização, cita também a importância da conscientização quanto ao crime: “Grande parte dos comentários na internet se questionavam como a moça não percebeu a penetração, novamente responsabilizando a vítima pela agressão, como sempre acontece. Não interessa se houve penetração. A lei se refere a qualquer tipo de sexo com uma pessoa que não tem condição de optar.”

Gustavo Bitencourt, outro dos organizadores, afirma: “É importantíssimo que as pessoas tenham consciência disso: o único responsável pelo estupro é o estuprador, que nesse caso teve a colaboração da emissora, que se omitiu, criou as condições para que o crime acontecesse e lucrou com a exibição das imagens. Que esse caso sirva ao menos para conscientizar as pessoas.”

LEIA TAMBÉM:
"Paulo Bernardo acordou e quer ver a fita do BBB"
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Fonte: Bem Paraná

MP denuncia sindicalistas por desvio de mais de 8 milhões de reais

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Em 2010, o GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deu uma batida na sede do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba (SINDIMOC), na rua Tibagi [foto acima].  A polícia apreendeu computadores e meteu na cadeia alguns diretores do sindicato, inclusive o presidente licenciado, vereador Denilson Pires.  A operação policial ostentava um nome significativo: "Waterfront", alusão a famoso filme americano dos anos 50 que no Brasil foi denominado "Sindicato de Ladrões".

Na época, depois de cinco dias de cana, os suspeitos foram libertados, mas as investigações prosseguiram.  Agora, o Ministério Público entrega à justiça a denúncia formal do desvio de R$8.125.643,85 dos cofres do SINDIMOC, acusando o vereador Denilson Pires (DEM) e o advogado, ex-vereador Valdenir Dias (abraçados na foto ao lado), pelos crimes de formação de quadrilha e peculato. Outros sete ex-diretores do sindicato também foram denunciados.

Desviado do sindicato entre 2006 e 2010, esse montante "foi empregado em benefício próprio da quadrilha, em despesas que vão desde abastecimento e manutenção de veículos particulares até cirurgias, contas pessoais e adiantamentos", segundo denuncia o MP.

O fato serve de exemplo e, espera-se, iniba comportamentos corruptos de sindicalistas de outras paragens, bem como deve deixar de orelha em pé os que tiverem rabo preso e culpa no cartório por transações nebulosas que já tenham feito.  E que, na eleição municipal deste ano, os eleitores curitibanos não tenham memória curta ou distraída na hora de votar, nem os trabalhadores de uma categoria votem em determinado candidato só porque ele se apresenta como "sindicalista".


FASUBRA está rediscutindo o Plano de Carreira dos Técnicos (PCCTAE)

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Está ocorrendo hoje (18), o dia inteiro, uma oficina da FASUBRA para debater uma reestruturação do plano de carreira dos técnicos-administrativos em educação (PCCTAE).  O PCCTAE passou a vigorar em 2005, mas ele nunca foi de fato implantado como originalmente proposto, e na implementação surgiram distorções, inclusive o VBC (Vencimento Básico Complementar) e no enquadramento de aposentados.

A oficina está constituída por quatro mesas.  A primeira tratará dos Aspectos Conceituais do Piso Salarial; a segunda abordará a Concepção de Carreira e como o PCCTAE se insere nesse processo. Já a terceira mesa tem como assuntos a Racionalização, Vencimento Básico da Carreira (VBC) e Reenquadramentos. E por último a quarta mesa estará a cargo do balanço do debate, pontos gerais e encaminhamentos.

Com os subsídios produzidos por esse debate, espera-se que o próximo Congresso da FASUBRA, em abril deste ano, possa formular um plano de lutas no sentido de aprimorar concretamente as condições de trabalho dos técnicos nas IFES.
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Fonte: com informações da ASCOM-FASUBRA

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Misterioso Banco Santander, futuro senhor dos crachás funcionais da UFPR

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Quantos terão visto ontem à noite reportagem do programa "Domingo Espetacular", da TV Record, sobre o banco espanhol Santander?  Sim, o mesmo banco privado estrangeiro a quem a Reitoria quer entregar a confecção de novos crachás funcionais dos alunos e técnicos da UFPR, dotados de chip e capazes de servir também como cartão de débito bancário.

A reportagem da TV Record apresenta dados preocupantes sobre o banco e a sinistra figura de seu presidente Emílio Botín.  Clique aqui para ver o vídeo completo da matéria de TV.  

Botín e sua família estão envolvidos no escândalo das "cuentas opacas", acusados de desviar altas somas para depósitos secretos na Suíça.  Continuam sob investigação do Tribunal de Contas da Espanha, inclusive porque o banco é curiosamente um oásis de prosperidade financeira no meio de uma Espanha devastada pela crise da moeda europeia.  Sabidamente, o banco Santander tem ligações com a ultra-reacionária organização católica Opus Dei, a qual sempre busca recrutar novos seguidores nos meios universitários (e para isso o Santander possui uma ramificação dedicada só ao ensino superior).

No Brasil, o Santander é um dos bancos com mais reclamações junto ao Banco Central, principalmente porque faz débitos não-autorizados nas contas dos correntistas.  E ainda, segundo o PROCON, um dos que pior responde e resolve essas reclamações.

É com essa instituição financeira esquisita que a Reitoria da UFPR quer fazer parceria para dar acesso aos dados de identificação de grande parte da comunidade universitária (professores estão fora). Você confia?

sábado, 14 de janeiro de 2012

Reitor é chamado de xerifão por revista, e gosta

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"João Grandino Rodas, o xerifão da USP" - essa a manchete com que a revista Veja-São Paulo celebrou o atual reitor da USP, pelo "pulso firme" (entenda-se, muitas cacetadas, balas de borracha, gás lacrimogêneo e prisões) com que tratou os estudantes que protestaram contra a presença ostensiva da PM nos campi da universidade paulista.

Não teria Sua Magnificência reclamado dessa alcunha policialesca, quando mais propriamente deveria ser chamado de mestre, acadêmico, ou intelectual?  Ou de dirigente universitário pelo menos?  Que nada! O professor (?) Rodas apreciou tanto que mandou sua assessoria de imprensa colocar a chamada para a matéria da Veja no próprio site da USP [figura acima].  

Verdade que o reitor-xerife (ou seria xerife-reitor?) é chapinha do ex-governador tucano Zé Bolinha-de-papel Serra (que o nomeou para o cargo) e do dono do jornalismo-esgoto intitulado "revista" Veja.  Mas, tolerar um tratamento desses num órgão de imprensa e ainda gostar ao ponto de mandar publicar no site da maior universidade brasileira é, francamente, o zênite do raciocínio narcisista babaca, sem noção.  Abaixo, o trecho inicial da matéria da Veja-SP sobre o xerifão.
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Fonte: com informações de Antonio David/Blog Viomundo

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

EUA: urinando sobre nossas cabeças

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No vídeo acima, divulgado mundialmente, soldados dos EUA urinam sobre os cadáveres de afegães, enquanto fazem piada.

A sensibilidade contemporânea foi em grande parte anestesiada pela naturalização midiática da violência social e política. Imagens e relatos burocratizados descarnam corpos e estatísticas de sua história e humanidade. Intencional ou não, o mecanismo dissolve a fronteira que separa a vítima do algoz. Mesmo o sangue, assim derramado, não deixa espaço para suas causas seminais. Às vezes um ruído cênico sacode a monotonia. 

Risos sobre cadáveres, por exemplo. Soldados urinando sobre corpos sem vida. Vozes celebrando a 'chuva dourada' em corpos cinzas. Foi o que fez um vídeo postado no YouTube, nesta 4ª feira, em que mariners brancos, jovens, alegres aliviam suas bexigas e a humanidade que lhes resta sobre talibãs mortos a seus pés (http://www.liveleak.com). Um carrinho de pedreiro ao lado dos corpos, despejados com alguma simetria, e a sincronia real ou simulada das bexigas, sugere que a exibição teve o dedo de um cenógrafo cuidadoso. 

O virtuosismo amador ganhará seu minuto de glória para sucumbir em seguida no fluxo que já tragou outras cenas de horror. As fotografia vazadas de Abu Ghraib em 2004 e 2006, por exemplo; as fotos reveladas pela Der Spiegel, em março de 2011, em que soldados igualmente jovens, posam sorridentes segurando cabeças de afegães abatidos como se fossem troféus de caça; ou ainda a esquecida humilhação de prisioneiros em uniforme cenoura, encapuzadas e enjaulados de joelhos na base militar dos EUA, em Guantánamo, sem direito a julgamento, sem comprovação de crime, sem prazo para sair do limbo jurídico. 

O buraco negro da monotonia ensandecida poderia ser sacudido se o conformismo midiático desse à perversão a sua contrapartida racional. Humanos são feitos de razão e circunstâncias. As circunstâncias desse desfrute de impunidade tem sua origem institucional no arbítrio de um poder que reafirma sistematicamente seu direito imperial de decretar o estado de exceção a um planeta reduzido à condição de fronteira estendida de seus interesses. Foi o que reiterou o simpático Barack Obama na nebulosa dispersão do último dia de 2011. 

Horas antes de embarcar de férias ao seu Havaí natal, o democrata eleito com a promessa de fechar Guantánamo, revalidou o Ato de Autorização de Defesa Nacional. Na essência, o mesmo sancionado por Bush, há dez anos, que 'legaliza' a existência do campo de concentração e proíbe o ingresso de seus prisioneiros ao território americano, impedindo-os de desfrutar do direito a habeas corpus, do veto a prisão sem evidencia formal de crime e outros marcos de legalidade que distinguem uma democracia de um estado de exceção. 

Dias depois, em cinco de janeiro, o mesmo Obama anunciaria cortes no orçamento da defesa compensados, como advertiu, pela ênfase em operações secretas. Leia-se: atos de sabotagem, guerra cibernética e ataques fulminantes a alvos específicos. A julgar pelos assassinatos em série que já mataram quatro cientistas ligados ao programa nuclear iraniano, vetado pelo Império, a nova doutrina tem eficácia comprovada. 

O alívio aterrador de bexigas militares sobre cadáveres talibãs ampara-se em precedente institucional à altura: o jorro contínuo de cinismo institucional despejado pela grande bexiga do norte nas nossas cabeças.
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David Harvey explica a crise capitalista

3 comentários:


David Harvey, nascido na Inglaterra em 1935, é um geógrafo marxista formado em Cambridge e professor na City University of New York.  O vídeo é em ritmo rápido mas muito interessante, e está legendado. 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Funcionários públicos poderão decretar greve geral

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O funcionalismo público federal poderá decretar greve geral. Após oito anos de proximidade com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, responsável pela concessão dos melhores acordos salariais desde a redemocratização, as categorias que representam os cerca de 1 milhão de servidores públicos estão insatisfeitas com o tratamento dispensado a elas pela sua sucessora, Dilma Rousseff.

Em 2011 reivindicaram aumento de salários equivalente a R$ 40 bilhões, mas o governo concedeu apenas R$ 1,6 bilhão. Neste ano, Dilma já avisou que as negociações que vierem a acontecer não contemplarão novos reajustes.

Algumas razões sustentam essa perspectiva para o governo do PT, que teve o movimento sindical como um dos mais consistentes pilares durante a sua formação. A principal delas é que o último grande reajuste foi feito em 2007, o primeiro ano do segundo mandato de Lula. Foram R$ 35,2 bilhões divididos em três parcelas anuais até 2010, com resíduos em 2011 [clique no gráfico para ampliar].


Finalizadas essas parcelas, no ano passado as categorias aguardavam novos reajustes. Segundo o Ministério do Planejamento, da soma das reivindicações Dilma cedeu somente R$ 1,6 bilhão e apenas para a área da educação. E mandou recados de que, se houvesse concessões no futuro, não seria naquele montante pretendido. A justificativa oficial: a necessidade de manter os compromissos fiscais associada às incertezas do cenário econômico internacional.

A explicação pode ser insuficiente para acalmar os sindicatos, que, neste ano, se animam com a possibilidade de afrouxamento na política fiscal por conta das eleições municipais. O funcionalismo pretende obter não só reajustes, mas também melhorias nas condições de trabalho. São mencionadas a falta de estrutura tanto nas fronteiras do país quanto nos novos campi abertos por Dilma e Lula, além da excessiva terceirização e falta de segurança, por exemplo, para os fiscais do trabalho.

O pedido mais vistoso, porém, é de recomposição salarial decorrente de perdas causadas pela inflação acumulada desde o acordo de 2007. O IPCA acumulado no período foi de 24,58 %, o que, ao menos por ora, ainda não sensibilizou Dilma. Na gestão Lula, a folha de salários teve crescimento real de 36%, o que representou ganhos importantes para praticamente todas as categorias dos servidores.

"As perspectivas não são boas e as sinalizações de Dilma são piores. Vamos apostar nas negociações até esgotá-las e, se elas não avançarem, vamos radicalizar", disse Josemilton Costa, secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef). Ligado à CUT, o órgão representa mais de 700 mil servidores, quase 70% de todos os funcionários do Executivo nacional. Não bastassem os possíveis efeitos da crise internacional, ele aponta ainda outro fator que tem contribuído para tensionar a relação com a presidente: "Dilma não é do movimento sindical como Lula era. A relação com ela é distante e isso interfere nas negociações".
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Fonte: jornal Valor Econômico-12/01/2012 (texto e ilustrações)

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

UFPR promove banco estrangeiro

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Não será por falta de uma ajudinha da UFPR que o banco Santander, originário da Espanha, sofrerá nesta brutal crise capitalista que assola o euro e a Europa inteira.  Na matéria "UFPR substituirá carteiras de identificação de estudantes e funcionários", publicada em 5/1/2012 no site da UFPR, informa-se que até março os crachás de identificação da comunidade universitária serão todos substituídos por cartões do banco hispânico.  

Esses cartões do Santander terão chips que darão acesso a instalações e serviços da Universidade Pública, como, por exemplo, para passar pelas catracas dos RUs.  Mas o lance interessante - para o Santander - é que poderão também ser usados como cartões de débito em contas do banco espanhol... Só não esperem que os banqueiros do Santander doem dinheiro de suas próprias fortunas para as contas dos brasileiros que aderirem ao banco com seu novo cartãozinho "da UFPR".

Indagações naturalmente surgem a partir dessa notícia.  A UFPR, maior instituição universitária do Paraná, não tem conhecimento e tecnologia para produzir esse tipo de cartão?  A parceria não poderia ser feita com banco público brasileiro, em vez de se facilitar a um banco estrangeiro a propaganda e captura de uma clientela nova dentro da comunidade da UFPR?  

CCJ analisa projeto tucano para regulamentar direito de greve do funcionalismo

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Por sugestão do leitor deste Blog Ronaldo Raizer, chamamos atenção para o debate do PLS 710/2011, que está na pauta da Comissão de Constituição e Justiça do Congresso.  O Projeto de Lei foi colocado no final de 2011 pelo senador tucano Aloysio Nunes (PSDB-SP, na foto) e almeja regular o direito de greve do servidor público civil, previsto no inciso VII do artigo 37 da Constituição. 

Uma das imposições contidas no PLS 710/11 é que no mínimo 60% do total de servidores permaneçam trabalhando no caso de serviços considerados essenciais.  Nas atividades estatais ditas não-essenciais, esse percentual mínimo é de 50%.  Os serviços essenciais seriam "a assistência médico-hospitalar, a distribuição de equipamentos, o abastecimento e o tratamento de água, o recolhimento de lixo, o pagamento de aposentadorias, a produção e a distribuição de energia, gás e combustíveis, a defesa civil, e o controle de tráfego e o transporte coletivo.  Atividades relativas ao funcionamento dos três poderes também são citadas como essenciais: o serviço vinculado à atividade legislativa, o trabalho diplomático, a arrecadação e a fiscalização de tributos, os serviços judiciários e do Ministério público, entre outros."

Para saber mais detalhes sobre o Projeto de Lei do direito de greve, clique neste link do Senado.
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Foto: Agência Senado

PM agride estudante na USP

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“PM me escolheu porque eu era negro”


Órfão de pai desde os 15 anos, Nicolas Menezes Barreto sabe bem o que é trabalhar. É músico e professor da rede municipal de ensino, na zona leste – em condição provisória, pois ainda não é formado. Ele prestou Música, mas entrou na segunda opção no vestibular da Fuvest. Cursa Ciências da Natureza na EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), na USP-Leste.

Nicolas foi agredido por um sargento da PM, nesta segunda-feira, durante a desocupação da antiga sede do DCE Livre, o DCE ocupado – a alguns metros da sede da reitoria da USP. “Eu era o único negro lá, com dread”, disse ele ao blog Outro Brasil, por telefone, no fim da tarde.

A palavra dread remete ao estilo de cabelo rastafari. “Sem dúvida foi racismo. Ele foi falar comigo porque pensou que eu não era um estudante, e sim um traficante, algo assim. Tanto que se surpreendeu quando viu que eu era estudante”.

Ele conta que um guarda universitário ajudou o PM a segurá-lo, durante a agressão – naquele momento as imagens aparecem um pouco mais distantes no vídeo. Sobre o sargento que o agrediu, ele afirma: “O cara estava virado no capeta, não sei o que acontece. Tem de pagar as contas também, né. Mas não aceito.”

Nicolas diz que é conhecido dos guardas universitários. Até por ter sido um dos 73 estudantes presos durante a desocupação da reitoria, no início de novembro.

"Agora estou aqui, na endorfina, na adrenalina, tentando me livrar desse susto. Tive algumas escoriações, arranhões, cortes na mão. Mas fiquei com medo de ir à delegacia sozinho. Como tem o vídeo, vou fazer depois o exame de corpo de delito. Estou esperando o advogado para ir fazer o boletim de ocorrência".

O estudante conta que não falou nada demais na hora em que o policial avança em sua direção. “Quando eu falo no vídeo, com o punho da mão fechado, estava dizendo que nós estávamos cuidando do espaço e que não precisávamos da reforma da reitoria. Ele não entendeu isso e veio pra cima de mim”.

O sargento pediu o documento e Nicolas disse que sua palavra bastava. “Aí ele me puxou da bancada”, confirmando o que se vê e ouve no vídeo veiculado pela internet. “Tentei me defender para não tomar um tapa na cara – ou um tiro na barriga, pois ele me apontou a arma”.

Nicolas fala com orgulho de seu projeto como músico, a banda BRs. O símbolo da banda tem um quadradinho antes do “s”. Ele conta que sua mãe insiste, diante das dificuldades, para ele priorizar o trabalho – pois a família depende de sua renda. Mesmo assim ele tenta conciliar tudo. “Minha mãe sabe da minha luta”.

O estudante atendeu a reportagem agitado, mesmo depois de uma noite sem sono – os estudantes ficaram em vigília nas últimas noites, por conta da ameaça de nova desocupação do espaço.

Antes de desligar o telefone, ainda falou do momento "sinistro" que vivem os alunos da USP durante a gestão do reitor João Grandino Rodas. E se declarou preocupado com a cobertura da mídia. Já sabe que alguns veículos o definiram como “suposto” estudante. “Às vezes o repórter está bem intencionado, mas não sabemos como vai ser a edição”.

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Fontes: Blogs do Miro e Outro Brasil

domingo, 8 de janeiro de 2012

Nova diretoria empossada do Sinditest alenta esperanças

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Desde sexta-feira o Sinditest conta com nova diretoria, eleita pela Chapa 2 "Mudando o rumo dos ventos". Velhos burocratas sindicais como Wilson Messias e Dr. Néris foram removidos da direção sindical.  Seria o fim de uma era, neste ano em que o Sinditest completará (em novembro) 20 anos de existência? Cedo para dizer. O que é obsoleto não cede facilmente lugar ao novo, teima em resistir.

A diretoria eleita soube colocar contra os velhos caciques algumas críticas pertinentes, que este Blog já afirmava desde 2008, e conseguiu com mais competência capitalizar o anseio de mudança e renovação presente na categoria, especialmente dentro do HC.  Com isso, o coletivo dirigido pela servidora da PROGRAD Carla Cobalchini alimenta, na categoria, esperanças de que haja mudanças para melhor dentro do sindicato.  Porém, será preciso coragem, trabalho e habilidade para promover alianças, pontuais ou mais duradouras, que permitam remover o que há de ultrapassado no movimento sindical da UFPR/UTFPR.

Recordando o texto de apresentação da Chapa 2 constante de seu site de campanha, ali existem críticas duras, apontando problemas graves na gestão "Sindicato Para Todos" conduzida pelo sr. Wilson Messias e pelo derrotado Dr. Néris.  Já de início se lê que a gestão que se encerrou era marcada pelo "coronelismo fundado no autoritarismo".  Novidade nisto para nós?  Não, e isso ficou patente durante algumas assembleias da greve de 2011.  Assim, esperamos nós , como a base também espera, que a condução da nova gestão seja baseada na mais ampla democracia sindical, tanto dentro da diretoria como nas instâncias de assembleias.  E que consigam realizar um processo coletivo que reforme positivamente o estatuto muito pouco democrático que temos desde 1992.

O mesmo texto diz que na gestão de Messias e Dr. Néris ocorria "benefício pessoal". Que tipo de benefício? Pecuniário?  Trocas de favores? Quais diretores eram favorecidos por esses benefícios, e de que maneira?  Outro aspecto a ser melhor explicado pela nova gestão do Sinditest.

Também acusa o mesmo texto da Chapa 2 que na gestão "Sindicato Para Todos" haveria "negociata com escritórios de advocacia".  Fala-se no plural: escritórioS.  Ora, o sindicato, na gestão presidida por Messias, manteve contratos com o escritório Wagner & Associados e com o escritório Benkendorf. Era com esses escritórios ou quiçá com outros que se transacionavam negociatas?  De que tipo? Para o bem de todos os filiados ou para o "benefício pessoal" de alguns, quais?  Se havia "negociatas", como elas irão acabar?  Esse é outro pepino a ser deslindado pela gestão 2012-2013 do Sinditest.

Critica-se nesse texto do site da Chapa 2 a falta de uma "política de enfrentamento à Reitoria e outros ´patrões´” , porém sobre isto pouco cabe comentar, uma vez que sempre foi mais ou menos evidente o compadrio entre a diretoria neromessiânica e a gestão do reitor Zaki Akel, que tomou gosto em chamar o Sinditest de "nosso sindicato" nas diversas cerimônias em que os pelegos sindicais destronados se faziam representar.

Por fim, a acusação pesada que o site da Chapa 2 lançou contra os caciques Messias e Dr. Néris, ao afirmar que "as despesas do sindicato não podem ser uma caixa-preta".  Este foi uma das teclas em que este Blog mais bateu por 3 anos, apoiado em denúncias do servidor "Paraná" e outras evidências.  As prestações de contas de 2008 e 2009, da extinta diretoria neromessianica, ambas feitas bem fora do prazo determinado pelo Estatuto sindical.  A renitente recusa em fornecer informações, sendo preciso recorrer à justiça comum para que simples balancetes fossem mostrados, como se isso fosse privilégio e não um direito estatutário de qualquer filiado.

Ora, desta vez, nessa campanha eleitoral de 2011, a denúncia da "caixa-preta" das contas do sindicato partiu não apenas da oposição, mas de pessoas que conviveram por 4 anos na intimidade da diretoria comandada por Wilson Messias!  Se de quem estava fora da diretoria havia suspeitas sobre manipulação de contas, da parte de quem viveu o cotidiano dentro da sede do sindicato a denúncia fica ainda mais séria!

O inepto Conselho Fiscal 2010-2011, comandado pela servidora do HC Maria Alice (amicíssima do ex-presidente Messias), coordenou, sem o direito de faze-lo, uma esdrúxula prestação de contas do exercício 2009, em assembleia  fora do prazo e apenas porque o Ministério Público a isso obrigou.  Esse mesmo Conselho Fiscal ainda deve à categoria a assembleia ordinária para a prestação de contas de 2010 (que deveria ocorrer em março/2011).  Nem sequer um novo Conselho Fiscal foi eleito como manda o Estatuto.  Logo, muito há que fazer nesse terreno das contas e das "caixas-pretas", mas a nova Diretoria promete a realização de ampla auditoria, uma boa notícia.  Desejamos bom trabalho e muita transparência para a nova gestão sindical, retribuindo assim a confiança que recebeu nas urnas por cerca de 40% do eleitorado.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O discurso do mal-agradecido

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Patético texto do presidente destronado do Sinditest chegou ao site do Sinditest nesta sexta-feira.  Um balanço de suas realizações? Nada. Apenas um agregado de agradecimentos com citações nada-a-ver sobre Dom Quixote e Macunaíma. Loucura e preguiça.

Para um discurso de despedida, no mínimo valia a pena um resumido balanço da gestão do sr. Messias à frente do sindicato.  Ele foi um razoável diretor de patrimônio da entidade, e só. Mesmo assim, com questionamentos por parte da oposição, haja vista o quanto o servidor "Paraná" inquiriu a gestão sindical quanto às compras e vendas de imóveis e às prestações de contas.  Mas, para sermos justos, na gestão Messias (2008-2011), uma nova sede administrativa foi adquirida, a sede da rua Marechal Deodoro foi reformada e se tornou aprazível salão de festas.  A sede praiana de Itapoá foi mantida e reformada, assim como se adquiriu uma nova sede de praia em Shangri-lá.  A “chácara-mico” escusamente comprada em 2005 na gestão Moacir-Néris foi vendida, embora de maneira nebulosa e a sede da rua Comendador Macedo foi torrada a preço de banana sem que a categoria pudesse opinar democraticamente.

Na função principal do sindicato, a defesa dos direitos e salários da categoria, a gestão Messias foi lastimosa.  Além de ajudar a eleger o reitor Akel, submeteu-se na prática às vontades da reitoria. Nada fez quando foram cortados os 3,17% incorporados ao salário de cerca de metade dos servidores.  Nunca protestou contra a desastrosa gestão de pessoas praticada pela PROGEPE.  Na greve salarial da FASUBRA de 2011, sucumbiu na negociação com o governo, nada obtendo de ganhos salariais, e ainda deixou à mostra o viés antidemocrático de alguns membros da diretoria.  Por fim, votou a favor da implantação do ponto eletrônico.

No discurso de despedida, Messias agradece a amigos, entre eles Maria Alice, membro do Conselho Fiscal, a quem chama de sua “consciência”, a mesma que lhe faltou na hora de prestar as contas nos prazos prescritos pelo Estatuto do Sinditest, e até agora as contas de 2010 aguardam análise.

Rancoroso, Messias usa seu discursinho para vomitar alguns termos pejorativos contra quem lhe fez oposição, nada que incomode quem tem consciência de que cumpriu seu papel crítico nas assembléias ou nos meios virtuais.

Mas, no final, resta um grande esquecido, alguém que trabalhou para que o servidor Messias virasse presidente do Sinditest por duas gestões.  Nem uma palavra sequer de reconhecimento é destinada ao aliado Antonio Néris, sem cuja liderança e votos dentro do HC o servidor Messias não seria eleito.  Néris, em que pese todos os seus defeitos, é o grande esquecido nesse discurso, e por aí se vê o caráter de uma pessoa.  Messias, o mal-agradecido, isso é o que transparece nessa peça patética que ele mandou publicar no site do sindicato.  De amigos assim, realmente, ninguém precisa. 



terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Posse da nova diretoria do Sinditest será em 6 de janeiro

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Não fosse pelo site de campanha da antiga chapa 2 do Sinditest, eleita para ser a nova diretoria biênio 2012-13, a categoria não saberia quando ocorre a assembleia de posse, pois o site do Sinditest nada informa.  Corrigimo-nos: nada informava até 4/1, e parece que se tocaram que tinham que avisar, postando a informação tardiamente.  Wilson "Pinóquio"(*) Messias e Dr. Neris não tem interesse em dar divulgação sobre a posse de um grupo de servidores que esteve sob o comando (burro) deles e que se insurgiu durante a greve.

De nossa parte, oposição que sempre fomos às práticas despolitizadas e atrasadas da aliança neromessiânica, saudamos a posse da nova diretoria, esperando que ela saiba conduzir bem a gestão sindical, com verdadeira transparência, com democracia, com respeito aos adversários e com combatividade.  

Assim, convidamos também todos os servidores e as servidoras para prestigiar a posse da colega Carla Cobalchini na presidência do Sinditest e de sua gestão "Mudando o rumo dos ventos", nesta sexta-feira, 6 de janeiro, 14h00, na sede da rua Marechal Deodoro, 1899.
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(*)O que mentiu sobre a mensalidade do Sinditest.

COUN da UFPR aprovou jornada das 30 horas com ponto eletrônico

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Em reunião realizada na semana passada [entre natal e ano novo], o Conselho Universitário da UFPR aprovou por unanimidade o projeto que prevê a flexibilização do horário de trabalho dos servidores técnico-administrativos dentro da instituição. O projeto segue o acordo feito durante a greve dos servidores na metade do ano, quando a reitoria afirmou que a jornada de 30 horas semanais seria o parâmetro dentro da universidade. Uma comissão foi formada na época para avaliar a possibilidade da implantação desta jornada em cada setor.

Durante a reunião foram feitas algumas modificações, mas nós trabalhamos em cima do texto criado pela comissão”, afirmou a relatora do projeto, professora Andrea Caldas, chefe do Setor de Educação. Entre as alterações, foi proposto um período de três meses para que a proposta seja discutida em todos os setores e outros três meses para a implantação do acordo. A jornada das 30 horas passará por um período experimental de um ano. Ao final de 2012 os responsáveis se reunirão para avaliar o novo regime.

Conforme a decisão do COUN, o controle da nova jornada será feita através de um ponto eletrônico. Ainda segundo a professora Andrea, enquanto os aparelhos não estiverem devidamente instalados, o controle será feito manualmente. Para o reitor Zaki Akel Sobrinho, a implantação da jornada de 30 horas significará uma melhora na qualidade de vida dos servidores. “Os nossos funcionários terão mais flexibilidade no trabalho com novas tecnologias disponíveis e novos formatos organizacionais. A implantação será feita de forma gradual e responsável, dentro da lei que rege a categoria dos servidores públicos”, garantiu.

Andrea Caldas acredita que, mais do que a implantação do novo regime, a discussão entorno[sic] do assunto representa uma forma mais democrática de se fazer decisões. “A participação de professores, servidores e alunos na aprovação da proposta só mostra que é possível uma administração mais coletiva da universidade. Isso é o mais importante”, definiu.
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Fonte: ACS da UFPR