Clichê aquilo de se dizer em assembleia que é fácil entrar em greve, mas difícil sair. Mas um dia há que se encerrar o movimento. O que é engraçado é que parecemos estar em um jogo de empurra entre CNG e bases. Ora, é claro que é desejável uma saída unificada da greve nacional, o que preserva a unidade e a dignidade da FASUBRA para coordenar o movimento.
Tá, mas quem proporá o final da greve? Em assembleias de base, uns ficam repetindo que o CNG tem que acatar tudo o que a base decidir, como se fossem meros papagaios. Então, se no CNG fica-se proibido de pensar em data de final de greve, ela tem que surgir na base. Na base, fica-se esperando que o CNG proponha uma data de final de greve. Ora, afinal de contas, em algum momento que alguém se decida!
Na assembleia desta manhã da greve da UFPR, vários oradores já estavam tratando a greve usando os verbos no passado, como um movimento já em momento de desfecho. Mas, importante mesmo é que esse movimento conquistou itens da pauta local, especialmente a promessa das 30 horas de jornada; assim, não sairá sem nada em mãos quando do encerramento. Outro dado importante foi o aprendizado da luta para muitos funcionários novos e as demonstrações que o movimento, apesar da horrorosa condução dada incialmente pela Diretoria do Sinditest, conseguiu fazer em atos e passeatas.
Assim, nada impede que em próxima assembleia surja nesta base a proposição de uma data final nacionalmente unificada para os delegados da UFPR defenderem dentro do CNG, uma vez que quase tudo indica que nada mais se pode conseguir da pauta nacional (exceto os que acreditarem no papai chico alencar noel). Essa data de final de greve pode ser já na semana que vem.
8 comentários:
A pauta local serve só de consolo, pois os motivos da deflagração da greve foram outros:
reajuste salarial, piso de três salários mínimos e step 5%, racionalização de cargos, reposicionamento de aposentados, mudança no Anexo IV (incentivos de qualificação), devolução do vencimento básico complementar absorvido, isonomia salarial e de benefícios, contra a terceirização, revogação da Lei nº 9.632/98, abertura imediata de concursos públicos para substituição da mão de obra terceirizada e precarizada em todos os níveis da carreira para as áreas administrativas e dos HUs e extensão das ações jurídicas transitadas e julgadas.”
Ao que parece o Sr ALC não está engajado na greve...
Concordo com voce ALC,é palhaçada em cima de palhaçada,um governo que só sabe usar a educação e a saúde como palanque eleitoral,se os coruptos devolve-sem o dinheiro roubado daria para equiparar o piso dos servidores e muito mais.Aqui temos o Reitor trepadeira pois adóra ficar em cima do muro para com os técnicos devidamente concursados, digo isto porque corre a boca pequena no HC que o reitor irá canetiar 70 trabalhadores funpar, escolhidos a dedo. Qualificação NENHUMA,conurso,NENHUN,ah esqueci que o curso de gestão transformou-se em CONCURSO DE GESTÃO PÚBLICA ,mas reitor cadê o EDITAL,faça-me o favor ,qual o real motivo do canetaço, foram 103 funpar que cursarão gestão, porque só 70 PARA A PRÓXIMA ELEIÇAO VAI PRECISAR DE MAIS CABOS ELEITORAIS.ACORDA TCU A EMPRESA PÚBLICA É CABIDE DE EMPREGO SIM .SEM CONCURSO NÃO!
A medida correta no momento será suspender a greve e TENTAR negociar algo até março de 2012, se não for apresentada nenhuma proposta será necessário construir outra greve para efeitos em 2013 no tudo ou nada, quem for contra na greve de 2013 é pelego.
Ficar mais de dois anos sem reajuste salarial vai acabar com o brio dos TAEs. É o mesmo que ficar parado numa corrida enquanto todo mundo te ultrapassa, a reposição inflacionária é o mínimo que o governo deverá oferecer para a categoria. Se ficar 2013 sem reposição será fatal para os TAEs.
JOÃO PEDRO - TAE DA UFPR
O grande ganho da greve, não são as 30 horas, mas a coleira do ponto eletronico que virá junto com as trinta horas.
Alguém tem dúvida que a implantação das 30 horas não virá acompanhada da imposição de ponto eletronico apenas para os servidores técnicos-administrativos, criando-se mais um privilégio para os servidores docentes?
Que greve é esta, que conquistas são estas, que dirigentes sindicais são estes??????
Nem em épocas de ditadura tinhamos um Reitor e um Vice-Reitor tão bonzinhos e dirigentes sindicais tão cordeirinhos.
Aos que acreditam em Papai Noel, vamos comemorar!!!!
Havia um tempo, em que estava em vigor uma Lei, chamada de Regime Jurídico Único, que abrangia todos os servidores federais indistintamente e estabelecia para os mesmos direitos iguais, uma conquista dos servidores pós Constituição 88. Mas aqui na UFPR, estamos prestes a enterrá-la, com o tal ponto eletronico que virá com as 30 horas, vamos assumir de vez, nosso papel de subalternos, vamos para a faxina, para as copas e as vassouras, com todo respeito aos profissionais que exercem estas funções.
Sim seu grevista, não estou engajado, pois a greve foi mal deflagrada, mal conduzida e mal negociada.
Privilégio vergonhoso para os docentes é prática que o nosso sindicato pelego faz questão de não ver.
As 30 horas estão em processo de implantação na grande maioria das universidades devido ao crescimento dos cursos noturnos. Não é nenhum presente especial do nosso reitor e muito menos do nosso COMBATIVO sindicato.
Chega de achar que Técnico é bobo. Ou será que somos??????
Obrigado pela resposta ALC. Eu estava olhando os pontos que vc colocou na sua redação e vi que pelo conhecimento que detém a respeito dos mesmos, deveria fazer parte do Comando Local de Greve e contribuir com a categoria.
Ficar em cima do muro jogando pedras em quem está lutando e desbravando caminhos em busca de melhorias, não é um papel dos melhores a ser executado.
Críticas sempre são bem vindas, mas é preciso que todos saiam da moita e mostrem suas caras.
Mas, concordo plenamente com vc, quando afirma que esta greve foi muito mal iniciada, mal conduzida e em consequência terá um mal desfecho.
Que venha a "catraca eletrônica" como símbolo da maior coquista Neromessiânica desta greve.
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