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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Servidores cobram ressarcimento da mensalidade do GEAP ao reitor da UFPR

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No encontro com o reitor da UFPR na manhã desta terça-feira, 30/11, para questionar a implantação do ponto eletrônico, aproveitou-se a ocasião para também pedir tratamento isonômico aos servidores que usam o Plano de Saúde GEAP (o mesmo que se dá a quem usa UNIMED etc).  No vídeo acima, o servidor Gessimiel Germano ("Paraná") entrega ao professor Zaki Akel um documento com abaixo-assinado cobrando que o ressarcimento da mensalidade per capita do GEAP seja imediatamente inserido no contracheque.  Isso foi prometido pela PROGEPE para a folha salarial de outubro, mas não efetivado.

Por enquanto, reitor da UFPR admite um recuo sobre adoção do ponto eletrônico

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Servidores técnicos na Sala dos Conselhos aguardam o Reitor

Embora pudesse ter sido maior o comparecimento, a pressão dos cerca de 60 servidores sobre a Reitoria da UFPR funcionou na manhã de hoje.  Trabalhadoras e trabalhadores da UFPR, apoiados por alguns estudantes do DCE, atenderam ao chamado da assembleia do Sinditest e, em encontro na Sala dos Conselhos Superiores, levaram o reitor Zaki Akel a admitir que fará refluir a discussão de ponto eletrônico e colocar no centro dela a possibilidade de redução da jornada para 30 horas semanais.  

Depois de receber um documento formal do Sinditest criticando a ideia de ponto eletrônico e defendendo as 30 horas, o reitor procurou a todo momento adotar um tom conciliatório e reafirmar que está sempre aberto ao diálogo que favoreça os interesses da Universidade Pública.  Objetivamente, ele reconheceu e cedeu à pressão exercida pelos servidores, prometendo abrir um "novo debate" que, segundo ele, deverá ouvir todos os segmentos da comunidade universitária, incluindo as entidades Sinditest, APUFPR e DCE.  O controle de frequencia de servidores, seja do jeito que for, ficará subordinado a uma avaliação mais ampla, que deverá ter no centro a duração da jornada.


No entanto, no encontro desta manhã, alguns falaram da questão da composição majoritariamente docente do Conselho Universitário (COUN), em que a presença de técnicos é de apenas 15% do total de conselheiros.  Assim, fica a ver uma questão: enquanto entre os servidores afirma-se que uma decisão de implantação geral das 30 horas pode ser resultado direto de uma "canetada" do reitor, este quer que isso seja discutido e aprovado no COUN, onde pode haver uma maioria de professores resistentes à proposta.

De todo modo, esse compromisso é a palavra do reitor neste momento, depois de uma sessão em que ele foi alvo de uma saraivada de cobranças, inclusive a do presidente do Sinditest que afirmou que, se por um lado o reitor diz ter boa vontade e querer diálogo, os seus atuais subordinados executam uma política "da porrada" e da perseguição sobre os chefiados como "nunca se teria visto em qualquer gestão anterior de Reitoria".  Então, assim como o professor Zaki Akel aceitou a pressão de hoje dos servidores, como reagirá diante da contrapressão (que certamente virá) de seus colegas de Administração Superior (pró-reitores, chefes) e de seus pares docentes?

Assim, não se pode afirmar com certeza que o assunto "ponto eletrônico" esteja de fato retirado de cena. É preciso ver se, com efeito, o reitor induzirá o COPLAD e o COUN a animarem-se a fazer esse debate amplo sobre gestão de pessoas da UFPR que inclua como centro a jornada de 30 horas semanais.

Lula diz que Projeto das 30 Horas para Enfermagem "vai passar" na Câmara

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"Fique tranquilo, companheiro. O projeto vai passar". A afirmativa foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao diretor de Assuntos de Seguridade Social da CNTS, Mário Jorge dos Santos Filho, em referência ao PL 2.295/00, na tarde da última quarta-feira (24), no Palácio do Planalto, durante assinatura do decreto de lançamento da Conferência Nacional do Emprego e Trabalho Decente.
Ao final da solenidade, Mário Jorge, que representava a Confederação na solenidade, se aproximou do presidente e entregou-lhe um bilhete manuscrito com o pedido: "Por uma questão de justiça, 30 horas já para a Enfermagem".
O presidente leu, acenou com a aprovação da proposta e ouviu argumentos do diretor reforçando o pedido de aprovação da jornada de 30 horas para a Enfermagem. A CNTS manteve durante a semana a mobilização pela votação urgente da proposta.
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Fonte: DIAP

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Sinditest quer servidores em massa para entregar Carta ao Reitor da UFPR

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A nota publicada hoje de manhã no site do Sinditest reforça o chamado, já postado por email no boletim eletrônico sindical, para que os servidores se concentrem na terça-feira, 30/11, no pátio da Reitoria, a partir das 10h00, e dali se dirijam até o gabinete do Reitor Akel para entregar documento rejeitando o ponto eletrônico na UFPR.  Ao mesmo tempo, recoloca-se no cenário a bandeira da redução da jornada de trabalho, no caso dos servidores, para 30 horas.

O relato oficial do Sinditest é o de que a Assembleia Geral da última quinta-feira (25) teria sido amplamente exitosa e aprovado por unanimidade a luta contra o ponto e pela jornada de 30 horas.  Se assim é, o primeiro teste do plano de mobilização será essa concentração na Reitoria amanhã de manhã.  Efetivamente o quorum de pessoas reunidas na Assembleia ou até mais gente comparecerá?

Da história de muitos chamados de indicativos de greve em assembleias, sabemos que uma coisa é o clima quente, varejado por denúncias daqui e dali, discursos inflamados e ânimos acirrados, em que a maioria dos presentes aprova a mobilização proposta. Mas, na hora do "vamos ver", pode por vezes acontecer uma razoável distância entre intenção e gesto.  Além disso, assim como em comentários de alguns leitores deste blog e também em conversas com pessoas por exemplo no recente almoço do Sinditest em 19/11, há bom número de servidores que defende a implantação do ponto eletrônico.  Parece que eles não foram para a assembleia de 25/11 defender seus pontos de vista, ou talvez esperem que uma eventual "maioria silenciosa" frustre a disposição da Diretoria do Sinditest.

Adiante explicitaremos mais opiniões sobre o tema do controle do trabalhador público pelo ponto e também sobre a redução de jornada para 30 horas.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Lula conversa ao vivo com blogosfera progressista

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[TRANSMISSÃO ENCERRADA - 24/11/2010]
Na manhã de quarta-feira  (24/11), a partir das 9 horas, o presidente Luís Inácio Lula da Silva concedeu entrevista a um grupo de blogueiros de diversas partes do país. Além do blog gaúcho Cloaca News, participaram também Altamiro Borges (Blog do Miro), Altino Machado (Blog do Altino), Conceição Lemes (Viomundo), Eduardo Guimarães (Cidadania), Leandro Fortes (Brasilia, Eu Vi), Pierre Lucena (Acerto de Contas), Renato Rovai (Blog do Rovai), Rodrigo Vianna (Escrevinhador) e Túlio Vianna (Blog do Túlio Vianna).
A coletiva teve transmissão ao vivo pelo Blog do Planalto e pelos participantes do encontro. Pela primeira vez na história do Brasil, o público também pôde enviar perguntas pelo mecanismo de chat do twitter.  Agora, imaginem o desespero da grande mídia comercial caso Lula, saindo do governo em janeiro, logo em seguida vire blogueiro e tuiteiro...


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O Decreto de FHC que instituiu o controle eletrônico de ponto

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Para começar um exame da proposta de controle da frequência dos servidores através de algum tipo de máquina de ponto eletrônico, antes de mais, vale conhecer o dispositivo legal  que o institui, assinado pelo presidente de má memória para os trabalhadores, FHC -  o Decreto 1.867, de 17 de abril de 1996, cujo inteiro teor está neste link

Neste Decreto, o parágrafo 7 dispensa desse controle de ponto os seguintes servidores:

a) de Natureza Especial;

b) do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, iguais ou superiores ao nível 4;

c) de Direção - CD, hierarquicamente iguais ou superiores a DAS 4 ou CD- 3;

d) de Pesquisador e Tecnologista do Plano de Carreira para a área de Ciência e Tecnologia;

e) de Professor da Carreira de Magistério Superior do Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos. [antigo PUCRCE]"

Este parágrafo, discriminando servidores, embora tenha justificativas para alguns deles, é um dos aspectos que leva servidores técnicos a se indignarem.  Por que alguns devem ser controlados e outros, em especial os servidores docentes, não?

Existem, pois, polêmicas, e vamos colocar neste blog outros aspectos.  No fundo de tudo, porém, deve estar a preocupação geral pelo avanço da Universidade Pública, não comodidades ou interesses particulares, nem jamais a disposição controlista (panóptica) de dirigentes.

Contratações e aumentos no setor público devem cair em 2011

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Deu na Gazeta do Povo de ontem: "O primeiro ano do governo Dilma Rousseff deverá ter uma diminuição de 72% na reserva de recursos para contratações e aumentos salariais de servidores públicos dos três poderes em relação ao final do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. O projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2011, encaminhado pelo Ministério do Planejamento em agosto para o Congresso Nacional, separa R$ 2,88 bilhões para a área contra R$ 10,2 bilhões previstos na LOA de 2010. A proposta para o próximo ano também é a que prevê menos admissões para o serviço público em relação aos três últimos orçamentos do governo Lula – ainda assim, há a estimativa de 19,6 mil vagas para ingresso por concurso público só no Poder Executivo."


Mais adiante na matéria o diretor do MPOG Wagner Figueiredo Jr. afirma: Ainda não há uma indicação precisa de que vai haver uma diminuição de gastos. O que conta é a execução do que está previsto.” Segundo ele, a redução dos aumentos na remuneração está mesmo ligada ao fim de um ciclo de reestruturação das carreiras públicas que começou em 2008 e que já estava previsto para arrefecer em 2011.


Traduzindo e resumindo: não vai ser fácil a Campanha Salarial da FASUBRA em 2011.  E nas bases onde há sindicatos moles e pelegos, como é o caso da UFPR, onde prevalece o peleguíssimo nero-messianismo, aí a coisa fica feia...

Ponto eletrônico é o tema da assembleia geral de 25/11

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No começo da semana passada, a Diretoria do Sinditest marcou assembleia geral para debater a implantação do controle eletrônico de ponto na UFPR.  A reunião ocorrerá na quinta-feira, 25/11, a partir das 09h30, no anfiteatro 100 do Edifício D. Pedro I.  Espera-se que sejam levadas todas as informações disponíveis, para que a categoria possa deliberar com amplo conhecimento qual atitude tomar acerca da iniciativa da Reitoria.  Alinharemos aqui em breve algumas opiniões sobre o assunto e também abrimos desde já uma enquete.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Centrais Sindicais podem ter horário na TV

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A Comissão de Trabalho da Câmara Federal aprovou nesta quarta-feira, dia 17, um projeto de lei que concede às centrais sindicais dez minutos por semana nas emissoras de TV e rádio do país. O texto substitutivo foi apresentado pelo deputado Roberto Santiago (PV-SP) e resulta da fusão de outros dois projetos. Um de autoria de Vicentinho (PT-SP), que fixava a veiculação semanal em horário nobre, e outro de Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), que propunha que programas sindicais fossem diários.

Entre outros aspectos positivos, o projeto aprovado prevê que: as peças produzidas pelas centrais irão ao ar entre 6h e 22h às terças-feiras; a veiculação poderá ser feita em bloco de dez minutos ou subdividida em inserções de 30 segundos a um minuto; a exibição não será facultativa, mas obrigatória e gratuita; e as emissoras poderão abater os custos de seus tributos. Nos programas, as centrais poderão tratar de três temas: matérias de interesse de seus representados; mensagens sobre a sua atuação sindical; e divulgação de posições políticas das centrais.



“Caráter conclusivo”

Segundo informa o sítio da Câmara Federal, o substitutivo tramita agora em “caráter conclusivo” pelas comissões da casa. Se aprovado nas duas que ainda restam (Justiça e Ciência/Tecnologia), ele irá direto a votação no Senado, sem passar pelo plenário da Câmara. “O projeto perderá esse caráter em duas situações: se houve parecer divergente entre as comissões; se, depois de aprovado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total)”.

Como se nota, são reais as possibilidades de o sindicalismo brasileiro finalmente conseguir espaço para divulgar suas idéias nos veículos massivos da radiodifusão, que são uma concessão pública – é sempre bom lembrar. Essa conquista, o chamado de direito de antena, já existe em vários países. No recente seminário sobre convergências da mídia, promovido pela Secretaria de Comunicação Social (Secom), o representante de Portugal, por exemplo, falou sobre esse avanço democrático.



Reação será violenta

Mas possibilidade não significa garantia. Pegos de surpresas, os barões da mídia deverão iniciar de imediato a sua gritaria contra o projeto do deputado Roberto Santiago. A Associação Brasileira de Empresas de Rádio e Televisão (Abert) tem “influência” no Congresso Nacional. A bancada da radiodifusão, dirigida pelo “senador” Evandro Guimarães, o homem da TV Globo, fará de tudo para barrar a aprovação do projeto. O sindicalismo já está antenado para fazer a contrapressão?
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Fonte: Blog do Altamiro Borges

Na Feira "Bota Pra Trocar" da UFPR, dá pra trocar tudo mesmo?

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Um reitor que não parece estar dando muito certo por um reitor melhorzinho?
Um presidente pelego de sindicato por um dirigente sindical com verdadeira independência política e combatividade?
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O Núcleo das Empresas Juniores da UFPR (NEJ) em parceria com a Kaminski & Avalca promovem nesta quarta e quinta (17 e 18/11 das 11h às 14h) o "Bota pra trocar", em frente ao R.U do Campus Politécnico. [notícia na página da UFPR de 17/11/2010]

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Marcelo Adnet ironiza eleitores elitistas em Programa da MTV

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O inteligente e versátil humorista Marcelo Adnet, do canal MTV, faz engraçadíssima ironia contra as frescuras e preconceitos de certas elites do Brasil, manifestados nas recentes eleições presidenciais. Vale a pena ver e rir.

Eleições no Diretório Central dos Estudantes da UFPR hoje e amanhã

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Começam hoje (17) e se encerram amanhã as eleições de renovação da Diretoria do DCE-UFPR e da representação dos alunos nos Conselhos Superiores.  Três chapas disputam esses cargos: "Minha jangada vai sair pro mar", "Mais vale o que será" e "Reconstrução-um convite à ousadia".  Apesar da existência de três grupos postulantes, o interesse geral da base estudantil pela eleição anda muito escasso, tendo diminuído o número de votantes nas mais recentes: em 2008, foram 5.896 alunos votantes, caindo para apenas 3.406 no pleito de 2009.  


A ACS-UFPR fez entrevista com as três chapas, que pode ser lida aqui.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Nada ainda da Assembleia do Sinditest sobre ponto eletrônico

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Depois de duas matérias indignadas contra a implantação do ponto eletrônico, a Diretoria do Sinditest lançou uma terceira nota em seu site, na quinta-feira passada, avisando a base que ficasse atenta pois uma assembleia geral seria convocada a partir da sexta (12/11).


Sexta-feira passou, já estamos na terça e nenhum aviso de quando e onde haverá alguma assembleia sobre o assunto do ponto marcado por impressão digital do servidor ou por leitura da íris dos olhos.  


Uma diretora do sindicato que conosco conversou ainda na sexta disse que o assunto "ponto eletrônico" havia sido retirado da pauta da sessão do Conselho Universitário daquela mesma sexta-feira por pedido do reitor.  Ficou no ar a insinuação de que o reitor teria ficado receoso de bulir no tema por causa de suposta ameaça de greve geral pela diretoria do Sinditest, e teria chamado a retomar o diálogo.  


O fato é que, até agora, a base não foi chamada a uma assembleia que fosse ao menos informativa sobre as propostas para o ponto eletrônico e sobre possíveis meios de enfrentar a situação.
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ATUALIZAÇÃO às 22h30: espertamente, o editor do site do Sinditest aproveitou a mesma postagem feita no dia 11/11, que não trazia indicação alguma de Assembleia Geral, e - sem mencionar nem hora nem data do DIA DE HOJE (16/11) - modificou o texto da antiga postagem para incluir, somente agora, 25/11 como a data da referida assembleia. Tentou com isso desmentir a postagem deste blog, mas sabemos que tal data só foi anunciada ao fim da tarde de hoje.

Ética e imparcialidade

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Perante uma centena de pessoas numa assembleia ocorrida em setembro/2009, o servidor Wilson Messias  usou de sua autoridade de presidente do Sinditest para lançar grave acusação contra uma filiada da base, sem apresentar prova de sua acusação.  A filiada tomou a acusação como ofensiva à sua moral, inclusive por sequer ter tido direito a réplica na mesma assembléia, e foi procurar seus direitos junto ao Tribunal de Pequenas Causas (TPC). Outras ofensas foram dirigidas contra a mesma servidora em novembro daquele ano, no curso da campanha eleitoral do sindicato.

Pelo entendimento da servidora Guaracira Flores, ex-diretora do Sinditest (período 2006-2007), a acusação de Messias foi de pessoa contra pessoa, não da entidade Sinditest contra ela, e assim está instruído o processo aberto no TPC.

Embora pareça claro que se trata de um litígio entre duas pessoas físicas em torno da questão de danos morais, e não de pessoa física contra pessoa jurídica, a diretoria do Sinditest prefere bancar privilégios para seu presidente língua-solta.

E assim, na audiência do TPC ocorrida na ultima sexta-feira (12/11), lá estava o Dr. Paulo Vieira, advogado do Sinditest, prontamente perfilado para defender o servidor diretor Messias contra a servidora de base  Guaracira.  Não apenas o servidor Messias recorreu ao advogado sindical - pago por todos os filiados, inclusive com a mensalidade paga por Guaracira – como ele ainda fez seu deslocamento até o Tribunal com uso do carro do Sinditest, acompanhado de outros diretores.

O advogado do sindicato declarou ao juiz que ali estava realmente fazendo a representação em nome da presidência do Sinditest, por mais que o processo não tivesse sido aberto contra a pessoa jurídica do sindicato, e sim contra a pessoa física.  É a história da confusão entre público e privado, que o advogado costuma justificar com o argumento questionável de que é pago pelo Sinditest para defender seus representantes quando solicitado.

O que não parece muito ético é essa contraditória situação: todos os filiados pagam os honorários advocatícios, mas no caso concreto em que de um lado está uma filiada de base e, de outro, a pessoa física de um filiado diretor sindical, o escritório jurídico fica do lado do diretor. Quer dizer, na prática, que a filiada de base está ajudando a pagar o advogado sindical que objetiva derrotá-la!  Não parece claro caso de privilégio e de falta de imparcialidade?

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Sinditest e o ponto eletrônico na UFPR

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Representantes dos técnico-administrativos no COUN da UFPR reafirmam sua oposição à implantação do ponto eletrônico e chamam a lutar contra isso.  Só não dizem como nem quando.

"Neste momento, nós conselheiros representantes dos servidores técnico-administrativos estamos assumindo publicamente que lutaremos incansavelmente contra a implantação do ponto eletrônico...".  Assim começa o parágrafo final da nota publicada hoje no site do Sinditest, assinada pelos representantes dos técnicos no Conselho Universitário (COUN), dos quais vários são também diretores do sindicato. E concluem com um chamamento da base para a luta.

OK. Mas por que não aproveitam para serem mais informativos e fornecer maiores detalhes sobre o assunto?  Relatam que há uma Comissão do COUN formada para encaminhar a adoção do sistema, com participação da pró-reitora da PROGEPE.  O processo então passará por sessão do COPLAD ou do COUN?  Quando?  Ou o próprio reitor pode sozinho aprovar numa canetada? O controle eletrônico da jornada de trabalho será somente para servidores técnicos?  É possível negociar a jornada de 30 horas para todos?

Se a bancada de técnicos do COUN e a Diretoria do Sinditest alertam a categoria sobre a implantação do ponto, é de se supor que possa ser para breve.  Se chamam para lutar contra, deviam no mínimo dizer como e quando! Sequer uma Assembleia Geral está marcada para que a base possa conhecer mais sobre o tema e decidir coletivamente o que fazer.  Portanto, senhores diretores do Sinditest e conselheiros do COUN, formulem sua proposta de luta e a apresentem para discussão na base.

Antes termos o SUS do que o "salve-se quem puder" dos EUA

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Em 2 de novembro os eleitores dos Estados Unidos elegeram uma parcela de deputados e senadores, dando vitória aos candidatos do ultraconservador Partido Republicano e derrotando os apoiadores do presidente Barack Obama.  Uma das tímidas reformas propostas por Obama é a criação de uma espécie de Sistema Público de Saúde (um SUS meia-sola) para atender milhões de pessoas que não tem como pagar plano privado de saúde. Com a vitória dos candidatos do partido de Bush, até essa reformazinha da Saúde estadunidense está ameaçada em sua implantação.  Por isso, aqui no Brasil, mesmo sabendo dos muitos problemas que persistem ainda no nosso SUS, devemos valorizá-lo e lutar para fortalecê-lo. Em comparação com os norte-americanos, nós estamos muito melhor nesse aspecto da justiça social.  Por isso, reproduzimos a matéria abaixo.


Cerca de 60 milhões de estadunidenses não têm plano de saúde

Mais de 59 milhões de estadunidenses não tiveram acesso aos serviços de saúde do país em 2010, segundo revelaram autoridades federais nesta terça-feira (9). Muitos dos que estão fora dos planos de saúde tiveram necessidade de tratamento médico, informaram.

O número de estadunidenses sem plano de saúde aumentou em 4 milhões de pessoas em relação ao primeiro semestre de 2008. Em março passado o Congresso aprovou a lei que reforma a saúde no país, dando acesso a cerca de 32 milhões de pessoas a tratamento médico. No entanto, o Partido Republicano quer cortar as verbas para o plano e até mesmo revogá-lo.

Os republicanos reconquistaram a maioria na Câmara dos Representantes e especialistas do setor de saúde acreditam que a implementação da reforma sofrerá um severo impasse nos próximos dois anos.

O Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) revelou que 9% dos adultos perderam seus planos de saúde privados neste ano, e que o sistema público absorveu apenas 5% deles.

Segundo esses dados, 22% dos americanos na faixa dos 18 a 64 anos não têm qualquer tipo de assistência. Maiores de 65 anos têm direito a atendimento gratuito pelo programa Medicare.

O relatório compilou dados de uma pesquisa domiciliar feita com 90 mil pessoas de 2006 a 2010. No primeiro semestre de 2008, o número de americanos sem plano de saúde era de 56,4 milhões. Saltou para 58,7 milhões no mesmo período de 2009, e chegou a 59,1 milhões em 2010. 

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Fonte: Portal Vermelho

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Contas da gestão Kachel na Asufepar aprovadas por unanimidade. Mesmo?

2 comentários:
Consta no site da Asufepar a informação de que sua assembleia geral realizada em 28/10 teria aprovado "por unanimidade as contas da atual Diretoria" e que "nenhum questionamento foi realizado na assembléia quanto ao balanço patrimonial, demonstrativo de receitas e despesas, bem como na apresentação do relatório de gestão realizado pelo Presidente da entidade"

Isso é mesmo muito curioso, uma assembleia ter transcorrido assim, com esse desfecho, depois de tudo o que, em reunião de Diretoria no meio do ano, se levantou de suspeitas de irregularidades, inclusive com registro em fita gravada e em ata. 

Quando se sabe, ainda, que três diretores da Asufepar apresentaram formalmente seu desligamento da Diretoria, alegando em ofício de 21/10 (antes da Assembleia) como motivos para se afastarem a "falta de transparência e a desorganização administrativa" na entidade.  Além disso, os três diretores acusam o presidente Vilson Kachel de mandonismo, por tomar decisões sozinho, sem debater com os diretores e apenas comunica-las depois de tomadas.

Portanto, não parece tudo estar transcorrendo na normalidade que a notícia no site da Asufepar quer fazer crer.  Podem esperar por outros desdobramentos, inclusive um possível deslocamento - digamos, "geopolítico" - de um diretor.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Nós bem que avisamos...

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Quando, no 2o. semestre de 2008, o professor Zaki Akel lançou-se candidato a reitor, este blog advertiu que essa candidatura não apresentava nenhuma nítida plataforma progressista para a UFPR nem atenderia os interesses de seus trabalhadores.  Fomos oposição desde 2008 e criticamos as propostas genéricas que aquela candidatura apresentava, bem como sua campanha cheia de sorrisos, acenos e abraços, mas sem nenhuma proposta detalhada e concreta.

Por seu turno, mesmo que sem assumir oficialmente, os principais caciques da Diretoria do Sinditest - em especial nos trabalhos da Comissão organizadora da eleição direta de reitor - deram a maior força para o candidato Zaki Akel.  Apostaram nele muitas fichas, esperando contrapartidas.  Não deram atenção ao fato de que a "Carta-Programa" do candidato Akel era um amontoado de generalidades, uma mera declaração de princípios.  Foram até o fim e, com a Comissão Eleitoral, os diretores do Sinditest chancelaram a assunção de Zaki Akel como reitor da UFPR para o mandato 2009-2012.

Passados dois anos de gestão, de numerosos cantos da UFPR se ouvem reclamos, desapontamentos, muxoxos e até repúdios.  O tempo passa e demonstra que, objetivamente, o grande "projeto" da gestão é apenas ser gerente da Universidade.  Não há grandes ideias nem ousadias, apenas a administração das coisas e pessoas, e ainda por cima com problemas.  A declaração do então candidato Zaki Akel num debate na rádio CBN em 2008, explicitando seu projeto, é ilustrativa dessa falta de Projeto para a Educação Superior. Dizia ele então: "o grande problema da Educação Superior é a falta de boa administração".  Ora, sendo ele um especialista provindo do curso de Administração, a UFPR entregue a suas mãos estaria, pois, com todos os problemas resolvidos...

Vê-se agora que, nem para bem administrar, as coisas da UFPR não estão isentas de muitas reclamações.

Pois, pois, mas todos esses prolegômenos fizemos para abordar mais uma reclamação contra a gestão Akel.  Vinda da Diretoria do Sinditest que, agora, resolve cobrar do reitor que apoiou.  E olhe que ele já tinha puxado o tapete de Wilson Messias e Antonio Neris em outras ocasiões, a começar do não atendimento à reivindicação de eleição direta no HC.  Para não continuarem passando recibo de pelegos explícitos, os diretores do Sinditest até adotaram uma nova designação para seu jornal - "Investigativo" sobre os problemas  da gestão da UFPR.  Passaram a escrever textos de cobrança direta sobre Zaki Akel e montaram um Forum reivindicatório junto com APUFPR e DCE ("Fórum dos Dirigidos").

Eis que relata o site do Sinditest ainda hoje mais uma intenção da transparente gestão do reitor: implantar o ponto eletrônico para os servidores.  Só para os técnicos? Não sabemos.  Mas a Diretoria sindical resolveu estrilar, que é o seu dever de representante da categoria.  Muito bem, ainda bem que resolveram pelo menos "parecer" que fazem ou farão alguma coisa a respeito.  Mas, como dissemos mais acima, nós bem que avisamos...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O significado da vitória de Dilma

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Capa do jornal uruguaio La República: "Nem a Direita, nem a Mídia nem o Papa
puderam com a candidata do PT, que ganhou por 56% a 44%"


A vitória de Dilma Rousseff no segundo turno das eleições presidenciais possui uma dimensão histórica, transcendental. Ela revela os avanços da democracia brasileira e abre uma nova fase na luta por mudanças no país. Após eleger Lula – retirante nordestino, metalúrgico, acidentado, líder grevista e preso pela ditadura militar –, num fato inédito na história, o povo brasileiro repete a façanha e escolhe a primeira mulher presidenta da República. A cultura machista, preconceituosa e tacanha, sofreu a maior derrota da sua longa existência.

Dilma teve 55.752.493 de votos, o que equivale a 56,05% dos votos válidos – contra 43.711.299 de votos dados ao demotucano José Serra (43,95%). A vitória comprova o prestígio do governo Lula, que goza atualmente de 83% de popularidade. Noutro fato inédito, é a primeira vez na história republicana que um presidente consegue fazer o seu sucessor. Mas a eleição de Dilma não revela apenas a capacidade de transferência de votos do atual governante. Ela indica a elevação do nível de consciência dos brasileiros.

O povo reconheceu na ex-ministra uma pessoa que teve o papel de liderança no atual governo, encabeçando seu ministério de maior peso e seus principais projetos – o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Minha Casa, Minha Vida e a descoberta do pré-sal. Com a sua vitória, novos horizontes se abrem para a luta dos trabalhadores por seus direitos imediatos e futuros. A derrota de José Serra, candidato das elites e do atraso, expressão do receituário neoliberal regressivo e destrutivo, representa uma vitória dos brasileiros e mais um passo no prolongado processo de acumulação de forças na luta pela superação da miséria e da exploração capitalista.



Mudança da correlação de forças

Além da eleição presidencial, os brasileiros também escolheram os novos governadores das 27 unidades da federação (26 estados e Distrito Federal), 54 senadores (que se unirão aos 27 eleitos em 2.006), 513 deputados federais e 1.059 deputados estaduais. Neste democrático processo de renovação, ocorreu uma guinada relativa na correlação de forças políticas no Brasil. As forças de direita, ligadas às elites da cidade e do campo, sofreram uma queda na sua representação. Já os candidatos vinculados às lutas sociais ganharam maior espaço no cenário político.

No caso do Senado, a mudança foi mais sensível. Inimigos jurados do sindicalismo e dos direitos trabalhistas foram surrados nas urnas – como Arthur Virgilio (AM), o valentão que ameaçou dar “uma surra no Lula”, o jagunço Tasso Jereissati (CE) e Marco Maciel (PE), eterno senador e duas vezes vice de FHC, entre outros notórios direitistas. Já na Câmara Federal, o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) constatou a redução da bancada dos ruralistas e o ligeiro aumento do número de deputados oriundos do movimento sindical.

Na disputa aos governos estaduais, os tucanos ampliaram sua força, elegendo oito governadores, mas os setores de esquerda também elevaram a sua presença, em especial o PT e o PSB – que elegeram, respectivamente, cinco e seis governadores. Em síntese, a eleição de outubro alterou, mesmo que timidamente, o tabuleiro político, tornando-o mais favorável à luta por mudanças no país. As elites empresariais, porém, ainda preservam ampla maioria no Congresso Nacional.



Radicalização da forças de direita

As eleições também serviram para evidenciar uma nova ofensiva da direita, mais radicalizada e perigosa. Sem ter como defender o legado neoliberal de FHC, que jogou milhões de brasileiros no desemprego e na miséria e quase destruiu a nação, as forças direitistas apelaram para o discurso conservador mais tacanho e raivoso. Na total ausência de propostas concretas, os demotucanos usaram antigos e arraigados preconceitos, religiosos e morais, para promover uma das campanhas eleitorais mais sujas da história do país.

Uma onda de boatos difamatórios, que circulou pela internet e nas igrejas e templos, contaminou o processo político, estimulando o ódio e a divisão da sociedade. Grupos fascistas, como a Tradição, Família e Propriedade (TFP) e a seita Opus Dei, foram ressuscitados para defender José Serra e para promover ataques caluniosos. Setores religiosos conservadores financiaram publicações e usaram os espaços da fé popular na campanha, num nítido caso de crime eleitoral.

Este tipo de campanha, que apela aos piores preconceitos, não é novidade do Brasil. É importado das nações que vivem um processo de fascistização política, como na Europa, com a perseguição racista aos imigrantes, e nos EUA, com o surgimento do Tea Party, grupo de extrema-direita do Partido Republicano. Ele também traz à lembrança o período da preparação do golpe militar de 1964 no Brasil, com suas “marchas com Deus”, financiadas por empresários e insufladas pelos EUA. Este tipo de campanha fascistóide indica uma tendência de radicalização da luta de classes no país.



Papel nefasto da mídia

Por último, nesta avaliação preliminar, vale destacar o papel cada vez mais influente da mídia no processo eleitoral. Vários especialistas apontam que os jornais, as revistas e as emissoras de TV e rádio se comportaram como partido político, transformando-se em comitês eleitorais de José Serra. O jornal Estadão foi o único que assumiu explicitamente, em editorial, seu apoio ao candidato demotucano. Já o jornal Folha, a revista Veja e a TV Globo, entre outros veículos, usaram velhos padrões de manipulação para ludibriar a sociedade.

Críticas ao governo Lula, mesmo que justas, viraram manchetes e foram bombardeadas durante toda a campanha – como nos casos da quebra do sigilo fiscal e das irregularidades na Casa Civil. Já o candidato Serra foi totalmente blindado, com a mídia ocultando suas falhas na administração de São Paulo ou seus podres de campanha, como o caixa-dois organizado por Paulo Preto, ex-diretor do Dersa.

Contra Dilma Rousseff, a imprensa inventou uma falsa ficha policial, acusou-a de ser favorável ao aborto, culpou-a até pelo apagão elétrico herdado do presidente FHC. Contra Serra, tudo foi abafado ou omitido. A TV Globo, maior império midiático do país, nada falou sobre o aborto de sua mulher, Monica Serra, relatado por ex-alunas, e tentou esconder as suspeitas de maracutaias nas obras viárias em São Paulo.

A manipulação da mídia nestas eleições foi vergonhosa, criminosa, e coloca na ordem do dia o debate sobre o novo marco regulatório das comunicações no país – a exemplo do que já foi feito até nos EUA e Europa e que hoje é discutido na Argentina, Venezuela e em outros países da América Latina. Não dá mais para tolerar a ditadura midiática! É urgente democratizar os meios de comunicação no país, pondo fim aos monopólios e estimulando a pluralidade informativa.

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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O futuro Governo Dilma e sua relação com o movimento sindical

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A primeira mulher eleita presidente da República do Brasil contou com apoio de 5 das 6 Centrais Sindicais oficiais - CUT, CTB, Força Sindical, CGTB e NCST. A UGT, com forte influëncia do PSDB e dos renegados do PPS, ficou neutra, mas deu algum apoio a Serra.  As Centrais pró-Dilma deram apoio sobre uma base programática, apoiada numa pauta aprovada na II CONCLAT (Conferência Nacional das Classes Trabalhadoras), realizada no 1o. semestre do ano em São Paulo.  E também por reconhecerem que a polarização Dilma x Serra expressava o antagonismo entre dois projetos bem distintos de país - o projeto defensor do diálogo democrático, da ampliação de direitos de cidadania e da soberania nacional, do lado lulo/dilmista; do lado serrista, a volta do projeto excludente neoliberal, rebaixador da soberania, castrador de direitos dos trabalhadores, e antidemocrático por essência.

Com Dilma, em perspectiva, venceu o projeto avançado e progressista.  O novo governo Dilma, assim como o de Lula, traz uma garantia básica para os trabalhadores e seus movimentos: o de que sempre haverá diálogo e negociação, aliado a uma intenção de valorizar o pólo do trabalho, fortalecendo poder de compra das massas e o mercado interno.

Isso não significa que o novo Governo dará de mão beijada melhores salários e condições de trabalho.  O Governo, aliás, é alvo constante do bombardeio dos setores neoliberais da elite e de sua mídia, que vivem a cobrar cortes radicais de gastos públicos, em especial sobre a folha salarial do funcionalismo e a Previdência Social.  Além disso, no Governo e mesmo no PT existem segmentos e lideranças que mostram excessiva simpatia por certos postulados do neoliberalismo (vide o ex-ministro Palocci) e desdenham as reivindicações dos trabalhadores. Assim, no seio do próprio Governo, corre uma luta entre setores mais avançados e os que pregam a dita "estabilidade" econômica a todo custo. Não será muito diferente no Governo Dilma.

O que o Movimento Sindical precisa fazer é estar vigilante e mobilizado, cobrando a pauta dos trabalhadores aprovada na CONCLAT, porém num patamar muito maior.  No campo da FASUBRA, já existe uma pauta aprovada em suas plenárias e uma orientação para a Campanha Salarial de 2011.  De antemão, nenhuma conquista salarial para os técnico-administrativos está dada.  O movimento nas Universidades precisa reanimar-se, organizar-se e ir à luta se quiser ganhar algo no ano que vem. 

Todo apoio à luta contra a violência sobre mulheres e meninas

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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Dilma: vitória de projeto generoso e enterro da política feita nas sombras

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A vitória de Dilma significa a vitória de lutas que vêm de longe, como eu já escrevi aqui.  A vitória de Dilma é a vitória de Lula e de um projeto que aposta na inclusão. É a continuidade de um governo que teve atuação marcante em quatro eixos, pelo menos:

- criação de um mercado consumidor de massas (recuperação do salário-mínimo, do salário do funcionalismo, Bolsa-Familia, política mais agressiva e popular de crédito) – teve papel fundamental no enfrentamento da crise econômica mundial, porque o Brasil deixou de depender só das exportações e pôde basear sua recuperação no mercado interno;

- respeito aos movimentos sociais – parceria com sindicatos, diálogo com as centrais, com o MST;

- recuperação do papel do Estado – fim das privatizações, valorização do funcionalismo, novos concursos públicos, recuperação do papel planejador do Estado (por exemplo, no campo da energia), fortalecimento dos bancos públicos (não mais como financiadores de privatizações suspeitas, mas como indutores do desenvolvimento);

- política externa soberana – enterro da Alca, criação da UNASUL, valorização de parcerias com China, India, Irã; fim do alinhamento com os EUA.


Dilma significa que isso tudo pode seguir. Mas a campanha mostrou que há pelo menos uma área onde o governo Lula errou, por timidez: política de Comunicação. Durante a reta final do primeiro turno, o Brasil voltou a ficar refém de quatro ou cinco famílias que ditam a pauta do Brasil. Os blogs e um ou outro meio tradiconal ofereceram certo contraponto. Mas foi pouco. No segundo mandato, com Franklin Martins, Lula mostrou que é possível avançar muito mais nessa área!

A vitória de Dilma significa também a derrota de muita coisa. Derrota do preconceito e do ódio expressos em mensagens apócrifas, derrota de quem acredita que se ganha eleição misturando política e religião – de forma desrespeitosa e obscurantista.

Dilma no poder significa a derrota de Ali Kamel e seu pornográfico jornalismo de bolinhas na “Globo”. Significa a derrota de Otavinho e suas fichas falsas na “Folha”. Significa a derrota da Abril e de seus blogueiros/colunistas de esgoto.

Dilma é a derrota da extrema-direita que espalhou boatos, fotos falsas, montagens grosseiras e – quando desmascarada – saiu correndo (apagando sites, vestígios, provas).

A vitória de Dilma é a derrota da maior máquina ideológica conservadora montada no Brasil desde o golpe de 64. Essa máquina mostrou sua cara na campanha – unindo a Opus Dei, o Vaticano e o que restou da comunidade de informações a essa turma “profisional” que espalhou emails, calúnias, spams (e atacou até blogs progressistas na calada da noite).

A consagração de Dilma significa a derrota de um candidato covarde: não teve coragem de mostrar FHC na campanha, fingiu ser amigo de Lula e, no desespero, usou aborto e a própria mulher para ataques lamentáveis…

Dilma é a derrota de uma política feita nas sombras, nos telefonemas para as redações, nos dossiês. Dilma significa a vitória de um projeto generoso, e o enterro de uma determinada oposição.
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Fonte: Blog O Escrevinhador