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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Suspensos os calendários acadêmicos da UFPR e da UTFPR devido à greve

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Em reuniões realizadas hoje dos respectivos Conselhos Superiores, a UFPR e a UTFPR decidiram suspender o calendário acadêmico por causa da greve.  Excepcionalidades a essa decisão no caso da UFPR podem ser verificadas neste link.

A mobilização dos grevistas nas diversas IFES do país para não efetuar as matrículas de novos alunos selecionados pelo SISU (acesso à universidade via nota da prova do ENEM) também parece estar exercendo alguma pressão sobre o MEC.  

A greve prossegue, com assembleias ordinárias no RU Central da UFPR na próxima terça-feira (3/7), às 14h00, e na quinta-feira (5/7) às 09h00.

Homem nu da Praça 19 é "vestido" com faixa da greve da Educação

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No ato ocorrido ontem de manhã (28), perto de 500 pessoas, entre alunos, técnicos e docentes, protestaram contra a política econômica federal e reivindicaram negociações imediatas para as pautas dos grevistas. Na concentração inicial na Praça 19 de Dezembro, a escultura do homem nu foi adereçada com uma faixa-gigante da greve, onde se lia “Educação: se o governo não investe, o Homem Nu se veste”.

Já decorrem mais de 40 dias do início da greve docente e quase 20 dias da greve dos técnicos, sem que o Ministério do Planejamento abra negociações efetivas. Ontem o MEC chamou o Comando Nacional de Greve da FASUBRA para uma conversa, mas, até onde se sabe, nada de concreto avançou.

Depois da concentração junto ao casal nu de pedra da praça, os manifestantes foram até o Banco Central, no Centro Cívico, onde concluíram o protesto.
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Foto: Gazeta do Povo

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Ato contra a política econômica do governo federal

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Sob a disjuntiva "Pagamento de juros da dívida X Educação", e como parte das atividades da greve da Educação, vai ocorrer nesta quinta-feira, 28, um ato público defronte à sede do Banco Central em Curitiba. A crítica que os movimentos sociais fazem à política econômica do governo federal centra no fato de se fazer uma imensa reserva do PIB (o superávit primário) para saldar pagamentos de juros e de amortização da dívida pública, privilegiando banqueiros e mega-especuladores, enquanto falta dinheiro para maiores investimentos em Saúde e Educação.

Para um mero termo de comparação, o dinheiro gasto no superávit primário equivale a 15 vezes o que é investido em uma política de amenização da pobreza como o Bolsa-família.

O início da concentração é na Praça 19 de Dezembro ("praça do homem nu") a partir das 10h00 e em seguida docentes, técnicos e estudantes farão caminhada até o Banco Central.

Chapa de oposição para Reitoria da UFPR oficialmente lançada

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Questionando a visão meramente gerencialista e marqueteira que predomina na condução da UFPR desde 2009, está se apresentando à comunidade universitária uma chapa de oposição na disputa da Reitoria. A professora Maria Tarcisa Silva Bega, do Setor de Ciências Humanas, encabeça a chapa, tendo por candidato a vice-reitor o professor Amadeu Bona Filho, do Setor de Ciências Agrárias, sob o slogan “UFPR Pra Valer”. Anteontem (26), ao final da tarde, no salão da Asufepar, a chapa foi oficialmente lançada em meio a muitos discursos e um buffet de festa junina.

O evento contou com significativa presença de setores representativos dos três segmentos da comunidade da UFPR, todos descontentes com os rumos dados à centenária instituição sob a gestão da dupla Zaki Akel/Rogério Mulinari, que tentam a reeleição no pleito direto marcado para final de agosto.


Ambas as chapas abriram comitês eleitorais nas proximidades da quadra da Reitoria. O do professor Zaki fica defronte à PROGEPE e o comitê da professora Tarcisa também situa-se na rua Dr. Faivre, no número 115, sala 5. Clique aqui para acessar o site da chapa Tarcisa/Bona.

sábado, 23 de junho de 2012

Calote do Sinditest retarda credenciamento de delegados de base no CNG-FASUBRA

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Esclareçamos já de início: o não pagamento de mensalidades atrasadas devidas pelo Sinditest à FASUBRA não se dá por vontade da atual diretoria sindical. Desde a assembleia do sindicato de 31/01/2012, a base está informada de que a diretoria dos senhores Messias e Dr. Néris legou uma situação financeira de terra arrasada para a nova gestão. Nessa   herança maldita nero-messiânica, inclui-se o atraso de cinco mensalidades da FASUBRA.

Na época do CONFASUBRA (abril/2012), as tesourarias do Sinditest e da FASUBRA fizeram um acordo para saldar os atrasos em parcelas.  Porém, tão anêmico anda o caixa do sindicato que no momento encontra-se atrasado o repasse da contribuição à Federação. Com isso, quando os delegados de base do Sinditest  Léo Fossá (UFPR-Palotina), Carlos Pegurski (UTFPR-Curitiba), Mauricio de Souza (UFPR-Litoral) e Daniel Mittelbach (Geologia/UFPR) chegaram no CNG em Brasília para se credenciar, não o conseguiram devido à inadimplência.  

Piscina em Shangri-lá
Esse é mais um dos grandes legados que a gestão pelega e burocratizante do período 2008-2011 deixou para a categoria.  Na hora em que é preciso ter recursos para a luta em defesa dos legítimos interesses dos trabalhadores, como nesta nova greve, necas de pitibiribas.  Mas para torrar 50 mil reais na instalação de uma piscina na casa de praia de Shangri-lá (algo suspeitíssimo de superfaturamento), no apagar das luzes da gestão passada, os pelegos Wilson Messias e Dr. Néris abriram a mão com gosto, deixando a fatura para ser paga pela atual diretoria.  

Não é á toa que os dois estão confortavelmente instalados no colo do reitor candidato à reeleição; eles sempre lhe prestaram bons serviços de pelegagem. E agora, quando se aproxima nova eleição da Reitoria da UFPR, lá estão os serviçais a babar ovo (foto abaixo).

O delegado Daniel informou de Brasília que o Sinditest está fazendo o esforço de saldar a parcela atrasada na segunda-feira (25), permitindo que a representação base da UFPR/UTFPR possa ter voz e voto no Comando Nacional de Greve.
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Foto: facebook do colega Álvaro Souza

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Greve faz hospital da UFPR suspender 1,3 mil consultas diárias a partir de segunda

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Reproduzimos matéria de nosso colega jornalista Fernando César Oliveira, hoje trabalhando na Agência Brasil, depois de ser defenestrado da ACS da atual gestão da reitoria da UFPR.

A greve dos servidores técnico-administrativos federais da área da educação obrigou o Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) a suspender as consultas ambulatoriais eletivas a partir da próxima segunda-feira (25). Com a decisão, cerca de 1,3 mil pacientes deixam de ser atendidos diariamente pelo hospital em consultas de diferentes especialidades.

A opção por suspender as consultas decorre do fechamento das unidades responsáveis por exames de laboratório, raio X, tomografia e endoscopia, entre outros. “Como os pacientes não têm como fazer os seus exames, as consultas perdem efetividade”, explicou à Agência Brasil a diretora de Assistência do HC da UFPR, Mariângela Honório Pedrozo. “Na prática, os pacientes, parte deles de fora de Curitiba, estão perdendo tempo ao vir para cá.”

Aproximadamente 20% dos pacientes atendidos nessas consultas são oriundos de outras cidades, a maioria deles do interior do Paraná. Mesmo sem a greve, o tempo de espera por uma consulta especializada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Curitiba tem levado de três meses a um ano, ou mais, segundo a direção do hospital.

O HC tem hoje 1,9 mil servidores da UFPR. De acordo com a direção do hospital, a média diária de servidores em greve é de 300, o que equivaleria a 16% de adesão ao movimento. “Como o hospital tem um déficit de 600 servidores, cada um desses 300 vale por dois, já que fazem horas extras e plantões”, observa Mariângela.

Já para a direção do Sinditest, entidade sindical que representa a categoria, 500 trabalhadores já teriam aderido à greve, ou 26% do total. “O laboratório está operando para atender a demanda interna, numa escala de greve para atender os pacientes já internados”, disse a presidente do sindicato, Carla Cobalchini. “Nosso movimento só dá publicidade a uma situação de demora no atendimento que já ocorre, e é rotina. Seis meses de fila para um consulta cardiológica, por exemplo, resultam de um déficit de pessoal e de recursos financeiros.”

Iniciada no último dia 11 de junho, a paralisação atinge principalmente as unidades de exames de diagnóstico, além as áreas de urgência e emergência do HC da UFPR. Cerca de 700 exames de diagnóstico deixam de ser feitos a cada dia de paralisação. Quatro leitos de UTI, seis de unidades semi-intensivas e cinco de pronto-atendimento também estão fechados em decorrência da greve.

O hospital recomenda que os pacientes em tratamento entrem em contato por telefone para receber orientações. O HC disponibilizou em seu site dezenas de números para atender os pacientes. Após o fim da greve, que não tem data para terminar, os pacientes devem reagendar suas consultas e exames, também por telefone.

Entre as reivindicações dos servidores técnico-administrativos estão reajuste salarial de 22%, isonomia de benefícios, implantação de um piso equivalente a três salários mínimos e cancelamento da implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.
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Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Começou a campanha para a Reitoria da UFPR

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Segundo informações do servidor técnico Luiz Fernando, membro da Comissão Paritária de Consulta (CPC)  das  entidades que organiza a eleição direta da Reitoria da UFPR, o Conselho Universitário já abriu período de inscrição de chapas, o qual se encerra em 29 de junho.  Contudo, a inscrição das chapas junto à CPC somente inicia-se em 25/06, indo também até 29/06.  A chapa de situação Zaki Akel/Mulinari já inscreveu-se junto ao CoUn, julgando-se assim habilitada a botar sua campanha na rua, como se vê pela sua  faixa azul na foto acima, esticada na entrada do Edifício D. Pedro I, e em vários outros locais da UFPR.  A eleição direta está marcada para o final de agosto.

Nas colunas dos prédios da Reitoria também estão colados modestos cartazes amarelos com uma indagação em vermelho: "O que é pra você uma Universidade Pra Valer?", mote que a chapa de oposição Maria Tarcisa/Bona escolheu para incentivar um debate de ideias nessa disputa.   

Também vai se notando nas assembleias de greve dos técnicos o posicionamento das diversas lideranças conforme o interesse das candidaturas, em particular os que apoiam o continuísmo de Zaki Akel na Reitoria.   É preciso cuidar para que isso não venha a atrapalhar a discussão serena sobre a própria greve e seus rumos.

Enfim, a campanha já vai indo para a rua, como se diz no jargão eleitoral. A CPC infelizmente pouco considerou uma proposta feita por este Blog de impor duras restrições à marquetagem política e à influência do poder econômico na campanha, em termos que privilegiassem antes o debate exaustivo das propostas das candidaturas em vez das frases de efeito, slogans bem-boladinhos, camisetas transadas, figuras coloridinhas - tudo aquilo que se usa para "vender" algo, qualquer coisa, seja um sabonete, seja um candidato. E isto numa Universidade Pública, que deveria ser cenário privilegiado da luta de ideias...   

Assembleia de greve dos técnicos de 21/06 - transmissão encerrada

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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Acentuar a mobilização da greve é preciso, e logo

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Há indícios de que o governo movimenta-se para dar uma contrapartida às reivindicações da greve dos professores das Universidades Federais, antes que ela acarrete maiores prejuízos ao calendário acadêmico ou sensibilize mais parcelas da sociedade que tem alunos no ensino superior público. Mas nada há por ora quanto à greve dos técnicos.

Assim, se o governo federal concluir uma negociação com os docentes, representados por ANDES e PROIFES, nas próximas duas a três semanas, isso influirá sobre a greve dos técnicos.  Não que o movimento da FASUBRA dependa dos professores, pois neste século novo os técnicos fizeram 5 greves sozinhos, sendo vitoriosos nas de 2001 e 2007.

Porém, não se pode negar que a volta dos professores às salas de aula pode criar certa atmosfera desmobilizante dentro das Universidades, e com isso o governo pode estar jogando para "cozinhar o galo" da greve da FASUBRA, deixando a paralisação se esticar até além de julho e trabalhando com a data fatal de 31 de agosto para pressionar a greve, apostando em sua desmobilização progressiva.

Por isso, há que aumentar as paralisações em todos os setores (incluindo HC), intensificar as atividades da greve dos técnicos e achar meios e caminhos para reforçar pressões sobre o governo.  Além das mobilizações de sempre dentro da escola e nas ruas, criar pressão efetiva sobre o funcionamento de vários órgãos que nunca param e sobre datas como as do vestibular.  A greve dos técnicos tem que obter conquistas, e de preferência que isso se defina tão cedo quanto possível.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Transmissão ao vivo da assembleia de greve dos técnicos de 19/06

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Assembleia da greve dos técnicos na tarde de terça-feira, 19 de junho

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No calendário básico definido pelo Comando Local de Greve dos técnicos-administrativos, as assembleias gerais realizam-se nas terças às 14h00 e nas quintas às 09h00.  Assim, na tarde hoje acontece mais um encontro dos servidores para analisar a situação do movimento e perspectivas de negociação, nas dependências do RU Central.  Na pauta também está o fundo de greve e a eleição de representantes da base do CLG para integrar o Comando Nacional, já instalado em Brasília.

MP 568/2012
Não há novidades quanto a contrapropostas do governo para a pauta nacional da FASUBRA. Se nem para a greve docente, que já completou um mês e compromete o semestre acadêmico, o governo conseguiu formular propostas de um novo plano de carreira, que dirá quanto à pauta dos técnicos...

No entanto, toda a pressão feita até agora pelos médicos contra artigos da Medida Provisória 568 (que reduziam salários de médicos e adicionais de insalubridade de servidores em geral), parece ter dado resultado.  A luta contra as distorções da MP 568 também faz parte da pauta geral dos servidores.  O revisor da MP 568 anunciou que vai corrigir esses aspectos, atendendo os reclamos dos profissionais de saúde e de quem recebe adicionais de insalubridade, que iriam perder valor se a MP não for modificada.  Não deixa de ser uma pequena vitória.

Greve dos professores prossegue sem proposta do governo

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Nos meios de imprensa circulou a notícia de que o governo federal estaria já com uma contraproposta de Plano de Carreira para os professores, o principal item de sua greve, que já completou um mês. Uma reunião entre os dirigentes da greve e o Min. Planejamento estava agendada para a manhã de hoje (19), mas foi o próprio secretário de relações do trabalho do MPOG (SRT), Sérgio Mendonça, quem telefonou para os grevistas desmarcando a conversa.

Segundo o secretário da SRT, eles próprios no governo não conseguiram organizar uma reunião com toda a equipe de governo para acertar propostas ao Plano de Carreira e seus impactos financeiros para 2013. Também pôs a culpa na Conferência da ONU Rio +20, que estava ocupando muito o tempo das autoridades. Jogou a próxima negociação para a semana que vem, sem definir uma data.

A greve docente, assim, prossegue, e seu Comando Nacional em Brasília realizará um ato hoje de manhã, defronte ao Ministério do Planejamento. Nas universidades paralisadas estão programadas vigílias e manifestações de protesto. Na UFPR, a próxima assembleia está marcada para o dia 21, no auditório da Administração do Centro Polítécnico, a partir de 14h30.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Grande participação na passeata da greve

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Cerca de mil participantes, como prenunciava o convite publicado no Facebook, compareceram à passeata da Greve unificada das categorias da UFPR e UTFPR, na manhã de hoje.   Concentrando-se na praça Santos Andrade entre 9 e 10 horas, os alunos, técnicos e professores em seguida desfilaram pela Marechal Deodoro, cruzaram a praça Zacarias e foram até a Boca Maldita, onde mais discursos foram feitos.   Em seguida, retornaram pela Rua das Flores até o pátio da Reitoria da UFPR, onde a mobilização foi encerrada sob o barulho de foguetes.
O Governo Federal foi duramente cobrado por sua intransigência em não se dispor a negociar com as greves dos professores e técnicos, e a bandeira da exigência de 10% do PIB para a Educação foi reafirmada. O  atual relator do PNE (Plano Nacional da Educação), deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR), manteve em seu relatório o percentual de apenas  7,5% do PIB.
A passeata com certeza agitou o centro da cidade, e cumpriu seu papel de chamar a atenção da sociedade para os problemas da Universidade Pública e dos salários de seus trabalhadores

TwitCam
O Blog tentou fazer a transmissão ao vivo pela internet do evento, mas de novo houve dificuldades técnicas. A transmissão começou, mas tivemos que interrompe-la. Vamos a novos testes para conseguir efetivar uma nova transmissão, e pedimos desculpas pela falha de hoje.


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Orlando Silva e a mídia canalha

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Reproduzimos artigo de Altamiro Borges, do Blog do Miro, e acrescentamos aqui: o editor deste Blog NaLuta é amigo pessoal do ex-ministro Orlando Silva, sempre teve certeza de sua conduta ética, e protesta fortemente contra o julgamento que dele fizeram por conta da denúncia criminosa da mídia monopolista, denúncia repercutida  irresponsável e levianamente por certos partidos que se dizem de esquerda, inclusive os que atuam no Sinditest.

Na segunda-feira (11), a Comissão de Ética da Presidência da República decidiu arquivar o processo contra o ex-ministro Orlando Silva por suposto envolvimento em um esquema de desvio de recursos públicos. Segundo o presidente do organismo, Sepúlveda Pertence, a denúncia foi arquivada “por absoluta falta de provas”. A mídia demotucana, que durante mais de um mês satanizou o ex-ministro do Esporte, até agora não deu qualquer destaque para a decisão. É mais uma prova de que faz um jornalismo canalha.

Em outubro de 2011, a Comissão de Ética abriu procedimento para investigar o ex-ministro do Esporte, que havia sido atacado pela criminosa revista Veja. A publicação da famiglia Civita, famosa por promover assassinatos de reputações e por produzir “reporcagens” sensacionalistas, deu amplo espaço ao ex-policial João Dias Ferreira, um notório bandido, que acusou Orlando Silva de desviar recursos do Programa Segundo Tempo, que financia projetos de ONGs para estimular a prática de esportes entre jovens.

Perseguição desumana e brutal
Durante mais de um mês, a “reporcagem” da Veja, sem qualquer prova concreta e baseada nas declarações de um chantagista, foi amplificada. Ela ganhou as manchetes dos jornalões e foi destaque nos telejornais. “Calunistas” amestrados aproveitaram para demonizar Orlando Silva e seu partido, o PCdoB. A história do jovem ministro, ex-presidente da UNE, foi execrada publicamente, sem dó nem piedade. A sua família foi vítima de brutal e desumana perseguição. A cada dia surgia mais um factoide contra o ex-ministro.

Em decorrência do pesado bombardeio, a presidenta Dilma Rousseff cedeu mais uma vez à operação “derruba-ministro” da mídia e Orlando Silva deixou o governo. Na sequência, o ex-policial João Dias foi preso três vezes consecutivas, acusado por corrupção ativa e atos de violência – inclusive suspeita de assassinato. Já a Comissão de Ética, analisando todas as denúncias, comprovou que nada havia contra o ex-ministro e, só agora, decidiu arquivar o processo “por absoluta falta de provas”.


O silêncio dos assassinos de reputações
A mesma mídia venal que promoveu a cruzada para derrubar o ex-ministro agora não dá qualquer destaque para a sua absolvição. A decisão da Comissão de Ética não foi destaque no Jornal Nacional nem manchete da Folha, Estadão e O Globo. A revista Veja, hoje envolvida em denúncias sobre a sua associação com o crime organizado, não deverá tratar do assunto na edição desta semana. Já os "calunistas" da mídia, notórios jagunços de aluguel, também estão quietinhos. 

No livro “O jornalismo canalha”, José Arbex, colunista da revista Caros Amigos, denuncia os mecanismos de manipulação usados pela mídia hegemônica para interferir na agenda política e defender seus interesses comerciais. A obra, publicada em 2003, é bastante atual e deveria ser lida por aqueles que ainda se iludem sobre a neutralidade da mídia e também pelos pragmáticos que ainda insistem em manter o "namorico com a mídia" canalha, evitando enfrentar o urgente debate sobre a democratização da comunicação no país.

Tchu-tcha da Greve da FASUBRA!

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A gente ganha pouco, mas se diverte... Um certo Boka de Sergipe fez a paródia da música "Tchu Tcha", a serviço da campanha salarial da FASUBRA nesta greve. Tchutchatchussem o quanto quiserem!

Nesta quinta-feira (14) a luta é na praça

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A greve dos técnicos-administrativos, dirigida pela FASUBRA, começou na segunda-feira com disposição bastante combativa e unitária.  Na assembleia geral de greve na segunda-feira (11), no RU Central da UFPR, formou-se o Comando Local de Greve, que está preparando um calendário de atividades para um período que poderá, novamente, ser longo.

Uma das atividades importantes nesta semana é o Ato Público unificado com docentes e alunos, chamado para a manhã desta quinta-feira, dia 14, na Praça Santos Andrade.  Convidamos todos os servidores e servidoras para fortalecer esta atividade, que dará maior visibilidade a nosso movimento.  Em se garantindo condições técnicas adequadas, este Blog buscará fazer a transmissão ao vivo pela internet do Ato (via TwitCam). Fique ligado!

Se a previsão do SIMEPAR estiver correta, as condições climáticas para a luta amanhã estarão boas, como se vê no quadro abaixo!

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Aprovados o fundo de greve e a regularização do desconto sindical

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No vídeo acima, a tesoureira do Sinditest Rufina uma vez mais expõe a situação complicada das finanças sindicais, assim colocadas em grande parte por causa da "raspa de tacho" promovida pelos ex-diretores Wilson Messias e Dr. Néris quando entregaram a gestão em janeiro.  Em face das numerosas e custosas despesas de uma greve que se pretende forte e com visibilidade na cidade, ficou patente a necessidade de  criar uma receita adicional para o movimento, o Fundo de Greve.

Neste ponto da pauta da assembleia, nenhum orador contradisse a necessidade da instituição do Fundo de Greve (FG), mas os servidores Paraná e Dodô colocaram uma premissa antes da aprovação do FG - a regularização do desconto sindical sobre os contracheques dos filiados (reveja aqui a matéria "Desconto da mensalidade do Sinditest - um exemplo concreto de números que não batem", de julho/2011).

O Estatuto do Sinditest não especifica nada sobre como deve se dar o desconto da contribuição sindical, nem o percentual nem qual a rubrica do contracheque em que deve incidir.  A proposta feita, e aprovada, foi a de que, em definitivo, fique estabelecido que o desconto deve se dar exclusivamente sobre o vencimento básico, nunca sobre o salário bruto ou sobre rubricas de benefícios.  

O presidente anterior do Sinditest, pressionado a regularizar isso numa das últimas assembleias da greve de 2011, fez o possível para desconversar e não resolver essa ambiguidade (releia aqui o texto deste Blog "A mentira deslavada do presidente do Sinditest...").  Sua tesouraria beneficiou-se de descontos sindicais acima do valor do vencimento básico e ele, mais uma vez, vetou a transparência nesse aspecto das suas contas, tendo-se recusado a convocar assembleias para sanar isso.

Desta vez, não foi possível escapar da tomada de uma resolução. A assembleia, por unanimidade, determinou que o desconto de 0,5% se fará somente sobre o vencimento básico.  E, por ampla maioria (foto abaixo), ficou aprovado que o Fundo de Greve corresponderá a mais 0,5%, também incidindo no vencimento básico, a ser descontado no período que durar a greve.  Os recursos do FG serão geridos por tesoureiros ad hoc do Comando Local de Greve, e somente poderão ser usados para atividades da greve.

Além do mais, lembrou Dodô, com a receita adicional  provida pelo FG, a tesouraria do Sinditest tende a ficar mais aliviada para outras despesas, entre elas a Auditoria independente nas contas 2008-2011, aprovada na assembleia de janeiro deste ano, mas ainda não contratada devido a alegações de insuficiência de caixa.

RU da UFPR lotado na primeira assembleia da greve da FASUBRA

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Para consolidar formalmente a adesão à greve nacional da FASUBRA, que (re)inicia-se hoje, foi feita uma votação entre os servidores que superlotaram o salão do RU central, revelando adesão por unanimidade. Foram feitas algumas avaliações sobre o movimento e suas perspectivas e, no final da assembleia, foi composto o Comando Local de Greve, que se reunirá amanhã pela manhã, no mesmo RU.  A partir desta reunião do CLG devem ser distribuídas as diferentes tarefas e comissões do comando (Mobilização, Imprensa,   Atividades, Ética), que continua aberto a quem quiser ajudar.  

A próxima grande atividade da greve nesta semana será o ato público conjunto com professores e alunos, marcado a partir das 9 da manhã da quinta-feira, dia 14, nas escadarias da UFPR na Praça Santos Andrade.

As assembleias ordinárias de greve no RU Central serão realizadas às terças (14 horas) e quintas-feiras (9 horas da manhã).

Por uma greve unitária e de conquistas

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O último reajuste salarial da categoria dos técnicos veio em julho de 2010, fruto do acordo trianual da greve de 2007.  Desde lá, a inflação acumulada já corroeu a parcial recomposição obtida em 2007. Natural que se espraie na categoria a percepção aguda da perda salarial e da necessidade de lutar para que um reajuste venha em 2013, se possível também havendo aumentos nos benefícios.

No próprio site da FASUBRA, onde se relata a aprovação em plenária nacional da Greve que começa hoje, uma das palavras mais destacadas é "unidade".  Parece inteiramente óbvio que a união efetiva, não retórica, dos trabalhadores seja fator essencial para se ter esperança de vitória numa luta como uma greve nacional. Unidade é indispensável.  Mas nem sempre ela é de fato exercitada e construída; muitas lideranças de diversas correntes perdem o foco do enfrentamento contra o patrão-governo, preferem se engalfinhar em batalhinhas menores por suas divergências políticas grupais, atirando-se ao estéril "entretenimento" de rotular os adversários nas assembleias com expressões como "pelego", "traidor", "governista", "agente do governo" e por aí vai.

Isso é desgastante, chato, não ajuda.  Temos que manter o foco na luta concreta necessária, nas perspectivas do movimento, nas possíveis alternativas para achar soluções que atendam as reivindicações da pauta nacional.  A direção do movimento, sejam os diretores do sindicato, sejam membros da oposição, precisa trabalhar com paciência e persistência para forçar a reabertura das negociações, e que nela se obtenham conquistas palpáveis.  Com algumas vitórias, ainda que parciais, a base manterá a confiança em suas entidades e no movimento.  Vamos em frente.

domingo, 10 de junho de 2012

Demissão injusta da FUNPAR vai a julgamento em agosto

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No ano passado este Blog relatou o calvário percorrido pela colega Rosângela Ferreira quando de sua injusta demissão do Hospital de Clínicas  pela FUNPAR, após confusão gerada por uma médica destemperada (veja detalhes na página na coluna da direita deste blog). Alguns meses depois daquilo, a FUNPAR arguiu que a demissão havia sido por justa causa e tentou livrar-se de seu passivo trabalhista repassando à servidora um cheque-migalha de 1.500 reais.

Rosângela, conhecida liderança sindical do HC e ex-diretora do Sinditest, não baixou a cabeça diante do destrato e menosprezo da FUNPAR, recorrendo a um advogado para sua ação trabalhista de contestação dos argumentos falaciosos do empregador.  Depois de uma audiência judicial sem resultado no começo deste ano, uma nova está marcada para agosto, quando se espera que os verdadeiros fatos e arrazoados justos prevaleçam, reconhecendo-se que Rosângela foi mais uma vítima de procedimentos mandonistas e humilhadores que ocorrem com frequência por parte de certas chefias do hospital da UFPR.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Mídia monopolista no Brasil noticiando greve

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Quem apostar na crise vai perder. De novo

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Reproduzimos artigo de Eduardo Guimaraes, do Blog da Cidadania:

A frase que encima este texto foi proferida recentemente pela presidente Dilma Rousseff. Trata-se de remake de um filme que todos já viram. Entre setembro de 2008 e o primeiro semestre de 2009, as apostas de que o país sucumbiria à crise norte-americana que se espalhou pelo mundo se acotovelaram nos meios de comunicação.

Quem tem memória saudável se lembra das previsões catastróficas e das receitas ortodoxas pregadas pela oposição e por sua mídia para o governo Lula enfrentar a crise. Corte de gastos do governo era a cantilena mais popular entre os conservadores. E, para justificá-la, as mesmas alusões à produção industrial em queda que hoje é dita como sinônimo de “esgotamento do modelo econômico amparado no consumo popular”.

Naquele período entre 2008 e 2009, os bancos, o empresariado e até mesmo a população se assustaram com as previsões da imprensa. Mais por conservadorismo do que por razões concretas, os bancos congelaram a oferta de crédito. Aí entra o governo Lula e compra bancos de varejo e coloca os bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES) para suprir o crédito que escasseava.

A reação da imprensa e da oposição, já de olho na campanha eleitoral de 2010, não tardou. Surgiram previsões de que os bancos públicos iriam quebrar por estarem emprestando em um momento em que as sábias instituições privadas se recolhiam – as mesmas que resistiram, agora, à política de redução de juros dos bancos públicos, mas acabaram adotando-a.

É desnecessário lembrar o que foi feito das previsões catastrofistas da mídia e da oposição. Mesmo o mais desmemoriado sabe que foram totalmente desmoralizadas e que culminaram com ampla vitória do governo Lula, que elegeu o sucessor e uma bancada muito maior no Legislativo.

As análises da mídia sobre esgotamento do modelo de consumo popular são ridículas. Ainda mal arranhamos o nível de consumo que seria aceitável para um país com população como a do Brasil. É provável que ainda tenhamos que incluir gente no mercado de consumo por algumas décadas até atingirmos um nível razoável.

As análises que se vê na imprensa são, mais uma vez, oportunistas e eleitoreiras. Como em 2008/2009, aproveitam-se de efeitos momentâneos que o recrudescimento da crise internacional gerou – e que hoje são muito inferiores aos de ontem – para alardear o desastre.

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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Diretoria reconhece que Sinditest tem na direção PSOL e PSTU

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Usando o espaço do site de internet bancado pelos recursos de toda a categoria, a Diretoria do Sinditest publicou uma áspera resposta ao boletim distribuído pelo servidor da base "Paraná" (a "Folha do Paraná").  O boletim também tece duras críticas à Diretoria, mas não se pode dizer que elas careçam de conexão com a realidade.

Em sua "Folha", Paraná, membro do PT há mais de duas décadas, expõe a presença da orientação política dos partidos PSOL e PSTU sobre a conduta do Sinditest, através de alguns militantes partidários que foram eleitos diretores.  Ora, nada demais nisso, nem se critica que qualquer servidor, ativista sindical ou não, seja filiado de partido político e procure, pelo debate, convencer os colegas para suas posições partidárias. 

A própria resposta pesada da Diretoria sindical contra Paraná reconhece ter, em sua condução, a presença do PSOL e PSTU, ao publicar que a "maior parte dos diretores não tem filiação partidária, são ativistas independentes. A direção é composta por uma frente ampla de correntes sindicais. E apenas quatro dos vinte e cinco diretores são militantes do PSOL ou do PSTU."  A Diretoria só omite que esses filiados partidários ocupam postos-chave na Diretoria: Carla Cobalchini e Bernardo Pilotto, do PSOL, são respectivamente presidente e secretário-geral; e Márcio Palmares, do PSTU, é vice-presidente.

Uma das críticas que se percebe na "Folha do Paraná" não é contra a filiação partidária de quem quer que seja, nem contra partido A ou B, mas sim ao aparelhamento, pelo partido, de uma entidade de massa, que é de todos os associados (sendo os servidores da base na ampla maioria desvinculados de partidos e sendo outros filiados a uma grande variedade de agremiações).  O que é aparelhamento? É a assimilação da entidade de massa às atitudes e posições partidárias que não passaram pelo crivo de uma assembleia ou de instâncias democráticas da FASUBRA; é o uso político e material de uma entidade ou movimento a serviço sobretudo de um interesse partidário em vez de o ser da maioria dos associados dessa entidade.  

Foi isso que se denunciou, por exemplo, no caso do ciclo de debates "Estratégias e Caminhos", patrocinado ao custo de 11 mil reais pela gestão "Mudando o rumo..." em 8 e 9/03/2012.  Ótima iniciativa, temas importantes, mas todos, senão a grande maioria, dos palestrantes convidados pertencem aos partidos PSOL e PSTU, ou estão no campo do discurso político desses dois partidos.  As contribuições desses palestrantes são importantes, claro, mas seu discurso é praticamente único. Onde fica a pluralidade, o contraditório, que enriquecem o debate?  As opiniões políticas e sindicais existentes na base inteira do Sinditest resumem-se às desses dois partidos, que se notabilizam por fazer, ao lado de PSDB e DEM, oposição sistemática aos governos antes de Lula e agora de Dilma?

Lembremo-nos de que, na última eleição sindical (Nov/2011), a diretoria presidida pela colega Carla foi eleita por 35% do eleitorado.  A chapa do Dr. Néris obteve 32% e a chapa encabeçada pelo Paraná obteve 27% da preferência dos servidores.  Logo, a atual diretoria não se elegeu com maioria absoluta, não pode arrogar para si o direito de sempre representar a "opinião majoritária" ou deter a prerrogativa de ser a única e inconteste voz válida da vontade "dos trabalhadores".  Mas é isso que boa parte dos diretores do Sinditest parece pensar de si mesmos.  

Parece que acham deter uma espécie de dom divinal de somente eles serem os legítimos intérpretes da vontade "dos trabalhadores".  Agindo na categoria de "profeta bíblico", somente a eles cabe dizer o que é o bem e o mal, o que é a favor e contra "os trabalhadores", quem pode e quem não pode falar em eventos como aquele ciclo de debates de março... 

Todos da base pagam, mas só os profetas podem botar sua voz no alto-falante que tem o som mais alto.  E se algum servidor da base publica um boletim impresso com os recursos que arranjou por conta própria, toma pau sem dó, acusado de difamador.  Antes tínhamos o Messias em pessoa, agora temos "a palavra revelada" de um punhado de profetas.

O Governo Dilma diante das greves

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Reproduzimos artigo de Maurício Caleiro, do Blog Cinema & Outras Artes:

Vive-se um momento contraditório no país: ao mesmo tempo em que o governo mantém altos índices de popularidade e a estabilidade econômica alcançada em meio à mais grave crise do capitalismo desde 1929, graves problemas na Educação e na Saúde vêm a público, no bojo da insatisfação de médicos e professores. A greve destes atinge 20 dias, tem número de adesões crescente (já são 51 instituições paradas) e permanece sem perspectiva de solução. Concomitantemente, ocorrem dezenas de greves de professores estaduais e municipais.

Agora a situação se deteriora ainda mais: desde ontem, quando o ministro Aloizio Mercadante (Educação) chamou os representantes docentes à mesa de negociação mas, invocando as incertezas do cenário econômico internacional, não apresentou proposta, servidores públicos de 31 categorias profissionais, que protocolaram sua pauta de reivindicações no longínquo janeiro, decidiram aderir à paralisação até o próximo dia 18, como forma de protesto, após uma dezena de reuniões infrutíferas com o governo. 

Não obstante a gravidade da situação, tal cenário quase não tem atraído as atenções da mídia corporativa, cuja orientação neoliberal inclui, naturalmente, um desprezo acentuado pelo funcionalismo público. Só abre eventuais exceções quando – como ontem, no MEC - há quebra-quebra e a possibilidade sempre excitante de incriminar os movimentos sociais. Para muito além desses interesses de fundo, porém, tal comportamento se insere em um contexto histórico e político específico que ora já pode ser entendido como demarcador de um capítulo da história da imprensa: o seu relacionamento com os governos federais petistas.


terça-feira, 5 de junho de 2012

MP 568, EBSERH e terceirizações tomam duras pancadas da deputada Alice Portugal

Um comentário:


Alice Portugal, farmacêutica baiana que já foi servidora no hospital universitário da UFBA e ex-dirigente da FASUBRA, é deputada federal do PCdoB-Bahia.  Na audiência pública de hoje no Congresso Nacional para debater a Medida Provisória 568/12, Alice foi dura nas críticas às graves distorções dessa MP.   Mas também sobrou para a EBSERH e para uma concepção de Estado liberal que lamentavelmente ainda subsiste dentro de setores do governo Dilma.

Saiba pelo que estão lutando os técnicos em Educação na greve nacional

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A pauta unitária de reivindicações da FASUBRA, na greve que começa em 11 de junho em cerca de 40 Universidades, tem dois eixos:

I-Eixo Específico:
- Reajuste Salarial: Recursos para elevar o piso salarial do Plano de Carreira a 3 Salários Mínimos e Step de 5%;
- Racionalização dos Cargos;
- Reposicionamento dos Aposentados;
- Mudança do Anexo IV (Incentivo à Qualificação);
- Devolução do Vencimento Básico Complementar absorvido (Mudança na Lei da Carreira - 11.091/05);
- Isonomia Salarial e de Benefícios entre os Três Poderes.

II- Eixo Geral: 
-Luta contra a EBSERH; 
-Luta contra a Terceirização, por concurso Público já!; 
-Lutar por 10% do PIB para Educação; 
-Implantação da jornada ininterrupta de trabalho de 30h sem redução de salário; 
-Contra a MP 568/12 nos artigos referentes à redução salarial dos médicos e médicos veterinários e às mudanças nos adicionais de insalubridade e periculosidade; 
-Em defesa da Negociação coletiva, Data-base e definição da política salarial; 
-Ascensão Funcional (em defesa da PEC 257/95).

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Greve nacional dos técnicos (re)começa mesmo em 11 de junho

3 comentários:

No encerramento da reunião plenária da FASUBRA, foi aprovada, com apenas duas abstenções, a deflagração da greve para o dia 11 de junho. Ao todo participaram 37 entidades e 173 delegados de todo país.

Os discursos e proposições giraram em torno da unidade e do êxito do movimento. “Com certeza faremos a maior greve da história da educação. A palavra de ordem é a unidade”, afirmaram os representantes da Federação. As reitorias serão devidamente avisadas atendendo os prazos previstos em Lei.

Governo não quis negociar
Depois de várias tentativas de negociação com o governo, todas sem sucesso, os servidores chegaram ao limite. “Nosso caminho preferencial é sempre o da negociação, a greve é a última medida. Infelizmente o Governo Federal preferiu não negociar e não nos deu outra opção”, informou a FASUBRA.

Calendário da Greve
Dia 11/06 – Deflagração da Greve
Dia 12/06 – Atos e Mobilizações de Rua
Dia 14/06 – Atos e Mobilizações nos Hospitais Universitários
Dia 15/06 – Instalação do Comando Nacional de Greve (CNG)
Dia 18/06 – Atos nas Reitorias

Assembleia do Sinditest
O site do sindicato informa que a próxima assembleia geral, instalando a greve, ocorrerá no dia 11/6, a partir das 9 da manhã, no RU Central da UFPR
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Fonte: FASUBRA

Tico de humildade e canja de galinha

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A seleção dos "manos" jovens do sindicalismo da UFPR podia tirar umas lições depois das duas tequiladas que os jovens da seleção do Mano levaram ontem do México, né não?


Ah, sim, e o Sinditest parece que desmente a contratação de Ronaldinho Gaúcho pra animar futuros pagodes na sede social da Marechal Deodoro. Pra jogar na Copa Fasubra é que não ia ser!

Jornada de 30 horas é ilegal, diz Ministério do Planejamento

4 comentários:

Ninguém imaginou que implantar uma redução de jornada sem redução de salário fosse coisa fácil, apesar de existir legislação que dá certo poder a reitores e da autonomia universitária (Art. 207 da CF).  Em recente manifestação da secretaria de gestão pública do Ministério do Planejamento (MPOG), acerca da jornada flexível implantada na UnB para os técnicos, ela foi considerada ilegal.

Segundo informa a assessoria de comunicação do MEC, a posição do MPOG apóia-se no Art. 1 do Decreto 1590, de 1995, quando afirma que, conforme a lei, os servidores técnicos em Educação “devem cumprir jornada de trabalho de 40 horas semanais, referentes a uma carga horária diária de oito horas.” Afirma a secretaria do MPOG que a UnB “distorceu o artigo terceiro daquele decreto, que flexibiliza a jornada, mas que somente deve ser aplicado em caso de exceção.”

Na UnB, o Conselho de Administração aprovou uma carga horária entre seis e oito horas diárias, resultando jornada entre 30 e 40 horas semanais (além de instituir o sistema de banco de horas para os servidores), baseando-se no argumento do funcionamento da universidade em três turnos. O MPOG orientou o MEC a encaminhar essa análise legal para a Controladoria Geral da União (CGU).

Divulgamos essa informação no sentido de mostrar o conflito de visões entre algumas universidades e o MPOG sobre o tema. Sem falar nos meandros práticos da implementação da jornada reduzida, como se nota na UFPR, ainda complicada com o acompanhamento do ponto eletrônico biométrico. 
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Fonte: com informações da Assessoria de Com. Social do MEC

domingo, 3 de junho de 2012

70 mil cargos públicos criados para a Educação

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UFPR, uma universidade sempre em construção

Nos mandatos presidenciais de Lula, através de programas como o REUNI (Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), foram criadas 14 novas universidades públicas e numerosos cursos/vagas nas IFES já existentes. A maioria do povo agradece, pois abriram-se mais chances para obter graduação superior.  Porém isso se deu mantendo-se um enorme deficit de pessoal docente e técnico, uma das principais ressalvas que sempre se fez quanto ao REUNI, pois é fator que coloca em risco a qualidade do ensino.

Agora, com bastante atraso, o Congresso Nacional aprovou no dia 30/5  projeto de lei autorizando o MEC a abrir mais de 70 mil cargos e funções, a serem preenchidos até 2014. Falta apenas a presidenta Dilma sancionar o projeto para que se reabram novos concursos.  Segundo o governo, as vagas serão usadas no  REUNI e no PRONATEC (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego).

Pelo projeto de lei, serão criados na categoria técnico-administrativa 27.714 cargos.  Para professores, serão 43.875 vagas, sendo 19.569 na carreira de magistério superior e 24.306 no magistério do ensino básico, técnico e tecnológico. Para custeio de funções gratificadas, serão mais 1.608 CDs e 3.981 FGs. Há que verificar quanto disso será reservado para UFPR, UTFPR, UNILA e Institutos.

O número ainda não deve dar conta de todo o déficit de pessoal em antigas e novas universidades, mas é melhor que nada.  Mesmo assim, certamente a grande mídia plutocrática (Globo, Veja, Época, Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo) vai bater nisso que consideram "gastança" de dinheiro público para "inchar" a máquina de Estado, pois a medida vai na contramão da cartilha neoliberal da qual essa mídia-partido é guardiã devota.
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Fonte: com informações da Agência Brasil; foto da ACS-UFPR

sábado, 2 de junho de 2012

Em tempos de crise, cortar gastos públicos é "tiro no pé" do país

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Reproduzimos artigo do servidor técnico e dirigente da CTB Igor Pereira:

A novidade da última reunião do Fórum de Servidores Públicos Federais (SPFs) com o Ministério do Planejamento, realizada no dia 01º de junho, é a de que o governo anunciou postura cautelosa frente a crise econômica. Sérgio Mendonça, encarregado pelo governo a negociar com os servidores, disse que o país está em uma situação complicada, pois a crise econômica tem se agravado e vai arrastar os países emergentes, que a situação está se deteriorando muito rapidamente e o Brasil não vai fugir deste quadro. “Isto complica nossa discussão”, anunciou ele, argumentando que “em menos de um mês tem uma deterioração muito pesada que afeta as despesas com pessoal, por isto agora a palavra não é crescimento, é cautela”.

A CTB combate veementemente a concepção insinuada pelo governo de cortar ou contingenciar gastos públicos em tempos de crise. Sem redução substancial do superávit primário e a alocação dos recursos hoje destinados ao pagamento dos juros da dívida pública para investimentos públicos, e sem atendimento das demandas sociais, a redução de juros é insuficiente. É um verdadeiro “tiro no pé” do Brasil cortar ou contingenciar gastos públicos em tempos de crise econômica. Não podemos seguir a receita neoliberal que levou a Grécia a falência.


Para sair da crise, precisamos aquecer a economia, e para isto uma política de ampliação de vagas no serviço público, especialmente nas áreas da educação e da saúde, associada a valorização salarial dos trabalhadores do serviço público, é essencial. Com ampliação do quadro funcional e com dinheiro no bolso, trabalhadores da Universidade consumirão mais, com isso incentivando a indústria e o setor produtivo em geral. É disto que o país precisa. Para além disso, servidores valorizados permanecerão com motivação em seus cargos. Com mão de obra em número suficiente e motivados, manteremos e ampliaremos a qualidade do ensino desenvolvido nas Universidades do País, que vivem num momento de ampliação com políticas como o REUNI.

O País precisa crescer, e não andar pra trás. Nós Trabalhadores das Universidades queremos dar a nossa contribuição para atender a demanda social por mais vagas no ensino público superior. Mas para isso, como disse João Paulo Ribeiro da CTB ao governo, “precisamos valorizar e fortalecer o Serviço Público”. Não basta o governo dizer que educação é importante e pagar o menor salário do serviço público federal ao trabalhador da Universidade. É preciso milhares de concursos públicos, aliado a uma política salarial satisfatória. Tentamos de todas as formas negociar esses pontos e continuaremos tentando. Só que agora em greve. Vamos à construção de uma greve forte que comece pela educação e se alastre por todo o serviço público federal para dizer bem alto para o governo que o país precisa enfrentar a crise aumentando investimento (e não gasto) com direitos sociais, e por conseguinte, com o trabalhador do serviço público.
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Plenária da FASUBRA deve ratificar 11/6 como início da greve

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Neste domingo e segunda-feira (3 e 4/6), transcorre em Brasília mais uma Plenária da FASUBRA, tabulando os resultados das assembleias de base feitas nos últimos dias sobre a retomada de uma greve nacional.  Na UFPR e UTFPR, como já era esperado, a data indicativa de 11/6 foi confirmada pelas respectivas assembleias.  O Governo não acena com nenhuma resposta à pauta, e a Plenária da Federação dos técnicos-administrativos deve mesmo confirmar o 11/6 para começo da greve nacional por tempo indeterminado.

Mais uma Marcha de servidores vai ocorrer em Brasília em 5 de junho, e no mesmo dia acontece uma plenária de várias entidades do funcionalismo na capital federal.  No caso do Sinditest, a próxima assembleia geral vai ser no RU Central, a partir das 9 da manhã do dia 11 de junho.

Greve de médicos do HC acaba, mas prossegue luta contra MP 568

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A Medida Provisória 568/2012, como se sabe, entre vários dispositivos, determina o aumento em 100% da jornada dos médicos que ingressarem no serviço público, sem aumento de salário; em outras palavras, equivale a cortar pela metade o salário de novos médicos.  Outro elemento grave da MP é a transformação do adicional de insalubridade em valor fixo, não mais percentual do vencimento-base.  

Assim, compreende-se porque quase todos os 329 médicos lotados no HC da UFPR não hesitaram muito em deflagrar uma greve, que durou 4 dias e somente acabou na última quinta-feira (31). Estudantes de Medicina também reforçaram a paralisação dos médicos, decretando uma greve estudantil.  Segundo o HC, mais de quatro mil consultas foram canceladas no período de paralisação.

O Sindicato dos Médicos do Paraná (SIMEPAR) acompanhou o movimento e seu presidente, Dr. Mário Ferrari, informou aos profissionais de Saúde que já foram feitos contatos com o dep. Osmar Serraglio (PMDB-PR), revisor da MP 568 na Câmara Federal, para corrigir suas distorções.  Como forma de vigilância e pressão sobre parlamentares do Congresso, mantem-se o "estado de greve" mesmo na volta ao trabalho.  Nova assembleia dos médicos ocorre em 6/6 para avaliar a mobilização e também debater a greve nacional (Campanha Salarial da FASUBRA) indicada para começar dia 11/6.