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terça-feira, 31 de março de 2009

Já em Plenário do Congresso o Projeto da Fundação de Direito Privado

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Faz uma semana que o Projeto de Lei que propicia a criação de uma nova Fundação para gerir o HC entrou na pauta do Plenário da Câmara de Deputados. Quem visitar o sítio de internet da Câmara de Deputados e fizer a consulta sobre o atual estágio do PLP 92/2007, verá que ele foi posto desde 24/03/09 para discussão em primeiro turno. Ainda não foi apreciado porque tem outros temas e medidas provisórias na frente na pauta. Porém, se o presidente da Casa, o fisiológico peemedebista Michel Temer, quiser que ele fure a fila da discussão e votação, o PLP 92 avança rápido.

O Sinditest tem orientações de luta aprovadas em assembléia desde outubro/2008, porém até agora não as pôs em prática, tais como a de fazer um placar gigante para acompanhar o posicionamento de cada deputado federal e de cada membro do Conselho Universitário da UFPR sobre o Projeto da Fundação de Direito Privado. Ontem, a pauta da assembléia geral do sindicato previa esse assunto, mas não chegou a ser debatido.


Para todos (aqui, sim, é para todos...) que quiserem acompanhar a tramitação do PLP 92/2007 na Câmara Federal, façam o seguinte:


1- Entrem no endereço www.camara.gov.br ;

2- No menu de cor verde, no alto da página, do lado esquerdo, cliquem em "Projetos de Lei e outras proposições" ;

3- Na forma mais simples de pesquisa, logo no alto da página, tem a opção "Pesquisa pelo número da proposição": na janela "Tipo", selecionem "PLP-Projeto de Lei Complementar"; na janela "Número", escrevam 92; na janela "Ano", escrevam 2007 e depois cliquem no botão "Pesquisar";

4- Aparece por fim a página com toda a tramitação e, para saber o estágio atual do PLP, desçam até o fim da página; hoje, a última notícia, do dia 26/03, é "Discussão em turno único (Sessão Extraordinária - 09:00)" e "Matéria não apreciada em face da não conclusão da apreciação da MPV 451/08, item 01 da pauta, com prazo encerrado."
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Crédito da foto: Câmara Federal-SEFOT


Norte-americanos também vão às ruas protestar contra a crise e ajuda a bancos

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Os endinheirados engravatados que fazem negócios na famosa Wall Street, em Nova York, vão dar de cara com um protesto popular na próxima sexta-feira, 3 de abril. Uma articulação de organizações e movimentos chamada "Resgatem o Povo" ("Bail out People") vai marchar pela Wall Street, especialmente diante da sede da seguradora AIG. O protesto reivindica um programa de empregos consistente, uma moratória nos processos de hipotecas e despejos e contra a ajuda econômica dada pelo governo americano ao sistema financeiro local.

A crescente raiva do povo americano contra o comportamento ultrajante da seguradora AIG é sustentada pelo fato de que centenas de bilhões de dólares estão sendo direcionados para o resgate dos mais ricos de Wall Street, enquanto o desemprego e os despejos não páram de aumentar em todo o país. Mesmo levando a AIG à semi-falência, os altos executivos da AIG receberam bônus de milhões de dólares como "prêmio" por seu trabalho fracassado, dinheiro que faz parte da ajuda bilionária dada pelo governo dos EUA para salvar a AIG.


O movimento fará uma campanha nacional a favor da criação de um programa emergencial de empregos, semelhante ao idealizado na década de 1930. A lei promulgada recentemente é considerada 'muito pouco eficaz' para reduzir significativamente o número de 20 milhões de desempregados. ''Os desempregados precisam de um programa realmente eficaz contra o desemprego, e isso precisa acontecer imediatamente'', afirmam os dirigentes do movimento.
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Fonte: com informações dos Portais Vermelho e Bailoutpeople.org

segunda-feira, 30 de março de 2009

Destino do auxílio-saúde monopoliza a atenção na assembléia do Sinditest

6 comentários:
Já no início surgiu do plenário da Assembléia Geral do Sinditest, na manhã desta segunda-feira, uma proposição de encaminhamento no sentido de que os servidores presentes fossem reforçar o Ato-Passeata contra a crise convocado pelas Centrais Sindicais. Diante do pouco eco encontrado entre os presentes no Anf. 100 do Setor de Educação, a proposta foi retirada pelo servidor Dodô, membro deste Núcleo, mas ficou a chamada de que o Sinditest se empenhe de fato em próximas mobilizações e não convoque atividades no mesmo horário de futuras manifestações gerais contra os efeitos da crise mundial. A passeata, que saiu da Praça Santos Andrade às 10 horas, reuniu cerca de 500 militantes sindicais, estudantis e populares, que protestaram diante do Banco Central, no Centro Cívico e depois foram pressionar deputados estaduais na Assembléia Legislativa.


Após breves informes, a Assembléia ouviu um colega da UFMS (Federal do Mato Grosso do Sul) sobre o Plano de Saúde lá existente, autogestionado e resultado de cerca de duas décadas de construção. O servidor Valter, da UFMS e da FASUBRA, expôs as vantagens e dificuldades de um Plano complementar de saúde que é gerido pelos próprios trabalhadores. Depois dele, o colega Luiz Fernando Mendes, que na PROGEPE cuida das questões do GEAP, expôs brevemente a situação hoje polêmica devido ao aumento inesperado dos custos desse plano ao qual aderiram cerca de 3.000 pessoas.


A impressão geral é que, diante de várias opções sobre o que fazer com os recursos do Auxílio-Saúde, conquistado pela luta da Greve dos 100 Dias em 2007, nem a direção do Sinditest nem a base ainda tem claro o rumo a tomar - tornar o Auxílio-Saúde mais um "vale" ao qual todos tem direito sem comprovar filiação a qualquer plano de saúde? Manter o GEAP como convênio único mas combatendo o aumento? Dar o per-capita do auxílio sem exigência de filiação ao GEAP? Construir um Plano próprio, gerido paritariamente por UFPR e Sindicato, autogestionado? Muito há que debater, e mais ainda se se pretender a opção pela autogestão dos recursos.


Questionou-se uma Comissão montada pela Reitoria de Zaki Akel sobre a questão, pois nela a maioria dos membros é da administração e conta apenas com um membro do sindicato. Por isso, foi proposto que se exija do reitor uma comissão paritária (igualdade de número de membros da Reitoria e dos trabalhadores) e até lá nada se decida sobre o emprego do recurso do Auxílio-Saúde. O servidor "Paraná" leu uma proposta de posicionamento, cujo conteúdo expressa no geral o que aquela assembléia debateu, mas ela não chegou a ser votada pelo plenário. Foi aprovada uma Comissão de 3 membros para acompanhar junto à Reitoria esse assunto: Guaracira Flores, Ieda Neves e um membro da diretoria do Sinditest. Resta a certeza de que o assunto é complicado e vai exigir muito mais discussão e provavelmente novas contendas com os administradores da Reitoria e do Governo Federal.

domingo, 29 de março de 2009

Nesta segunda, 30, a luta é nas ruas!

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A semana começa neste dia 30/3 de março com os trabalhadores indo às ruas em todo o país para exigir que o ônus da grave crise capitalista mundial não seja jogado sobre as suas costas. Atos públicos, passeatas e paralisações-relâmpago nas principais cidades comporão a maior manifestação no Brasil desde a eclosão da fase aguda da crise, no final de 2008. Será também um momento singular e histórico de unidade do sindicalismo e dos movimentos sociais.

Todas as centrais sindicais (CTB, CUT, Força, UGT, NCST, UGT, Conlutas e Intersindical) e as maiores confederações verticais se uniram na convocação deste dia nacional de luta. Até setores mais avessos às ações conjuntas, como a Conlutas, aderiram ao protesto. Além do sindicalismo, a manifestação conta com o engajamento do que há de mais representativo nos movimentos sociais brasileiros. A União Nacional dos Estudantes (UNE) aprovou a participação no seu conselho de entidades gerais. O Movimento dos Sem-Terra (MST) fará marchas em vários estados.

Como afirma o manifesto unitário, ''os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade estão unidos contra a crise e as demissões, por emprego e salário, manutenção e ampliação de direitos, redução dos juros e da jornada de trabalho sem redução de salários, reforma agrária e em defesa dos investimentos em políticas sociais. O povo não é culpado pela crise. Ela é resultante de um sistema que entra em crise periodicamente e transformou o nosso planeta em um imenso cassino financeiro, com regras ditadas pelo 'deus-mercado'. Diante do fracasso desta lógica excludente, eles querem que a classe trabalhadora pague a fatura em forma de demissões, redução de salários e de direitos, injeção de recursos do BNDES e criminalização dos movimentos sociais. Basta!''.

O protesto unitário desta segunda-feira será o primeiro passo de uma jornada que deve ser dura e longa. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a atual crise poderá gerar mais de 51 milhões de demissões no planeta. O Brasil contabiliza as suas vítimas. O IBGE divulgou nesta semana que a taxa de desemprego em fevereiro teve a segunda alta consecutiva, passando de 8,2% em janeiro para 8,5%. No mesmo período, ainda segundo o IBGE, o rendimento médio real domiciliar per capita recuou 1%, para R$ 835,21. Já o Dieese, que tem um critério mais amplo de aferição do desemprego, informa que a taxa subiu de 13,1% para 13,9% em fevereiro.

O Dia Nacional de Luta e Mobilização em Defesa do Emprego e dos Direitos será também um teste sobre a capacidade de resistência dos trabalhadores brasileiros à crise mundial. Na França, uma poderosa greve geral evidenciou o grau de radicalidade que esta jornada pode adquirir; na Inglaterra, Portugal, Grécia e Alemanha, entre outros países europeus, a mobilização já atinge novos estágios, com ocupações de fábricas, paralisações e passeatas quase que diárias. O protesto unitário desta segunda-feira pode preparar ações de maior envergadura também no Brasil.


Lamentavelmente, os principais dirigentes do Sinditest-PR preferem confinar seus filiados entre quatro paredes na mesma hora da manifestação que, em Curitiba, começará na Praça Santos Andrade a partir das 10 da manhã. A Diretoria sindical "Para Todos" agenda dois temas importantes (GEAP e Fundação do HC) para sua assembléia do dia 30/3 e com isso desvia o foco da luta, impede que os servidores da UFPR vão se juntar a seus colegas trabalhadores de outras categorias.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Quem (literalmente) tem "culpa no cartório"

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Conforme relatamos, a Diretoria "Sindicato Para Todos", gestão 2008-2009, se deu ao desplante de convocar uma assembléia às escondidas, garantindo-se na legalidade jurídica (mas não na legitimidade política) através de um micro-edital publicado em um jornal da cidade que ninguém lê. Feita a assembléia oculta, na sede do Sinditest em 3/10/2008, endossaram ali a autorização de venda da subsede Comendador e também aprovaram uma outra proposta complicadíssima de "imunidade sindical", da qual falaremos em outra postagem.

Segundo a ata, que é pública e pode ser consultada por qualquer ser vivente no 3. Cartório de Registros, a Assembléia teve por mesa coordenadora o Dr. Neris e por secretária Márcia Messias, que entretanto não assinaram a lista de presença. As decisões foram tomadas por unanimidade, o que não isenta ninguém da lista de responsabilidades quanto ao resultado. Vinte e cinco servidores(as) assinaram a lista, a qual foi registrada no cartório supracitado, responsabilizando-se portanto pelas decisões dessa reunião desconhecida por mais de 99% da categoria. Deve-se levar em conta que algumas pessoas constantes podem até não ter assistido de corpo presente a assembléia, mas, de todo modo, seus nomes constam na lista. Em nome da transparência sobre a qual a Diretoria do Sinditest mais fala do que pratica, aí está a lista:

quinta-feira, 26 de março de 2009

Vamos adiar a Assembléia para quarta, 1/3

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Desde logo anunciamos aos(às) colegas da Diretoria do Sinditest que vamos propor, de início, uma questão de ordem no sentido do adiamento da Assembléia marcada para o dia 30. Propomos que ela seja realizada em 1 ou 2 de abril, e que todos os que, na segunda-feira dia 30, se encontrarem no anfiteatro 100 se dirijam para a Praça Santos Andrade, de modo a reforçar o Ato contra a Crise, comandado unificadamente pelas Centrais Sindicais. Outra postura acabará dividindo a luta dos técnicos da UFPR.

Assembléia para reforçar ou dividir a luta?

Um comentário:
Desde terça-feira sabemos que o Sinditest convocou uma assembléia geral para a próxima segunda-feira, dia 30, a partir das 09h30, no Anf. 100 do Setor de Educação. A pauta tem dois assuntos importantes, a questão do destino do recurso per-capita do Auxílio-Saúde conquistado na Greve de 2007 e o tema da Fundação estatal de Direito Privado, que ameaça dominar o HC.


O que nos estarrece é o seguinte: por que marcar uma assembléia com temas que dão muito debate justamente para a mesma manhã em que as Centrais Sindicais e outros movimentos organizam um ato para declarar em alto som para a sociedade curitibana que os trabalhadores não devem pagar a conta da crise mundial? Pois a partir das 10 da manhã dessa mesma segunda-feira, dia 30/03, o movimento está chamando todos que querem protestar contra a crise e para presssionar o Governo Lula a ficar ao lado dos trabalhadores. A concentração começa na Praça Santos Andrade, às 10 horas da manhã da segunda-feira, dia 30, e depois vai protestar na frente do Banco Central no Centro Cívico.


O que prefere então a Diretoria "Para Todos" do Sinditest? Acompanhar a orientação da FASUBRA e reforçar o protesto contra a crise ou fazer uma assembléia esvaziada sobre temas importantes só para dizer que os debateu? Achamos, a princípio, que diretores totalmente despolitizados e desmobilizadores como Wilson Messias e o Dr. Antonio Neris querem que a categoria fique burra e alheia à luta contra a crise, porque assim eles governam com mais tranquilidade. Isso é nojento. E a categoria dos técnicos não é nem burra nem alheia ao que acontece ao redor da UFPR e UT. E vamos trabalhar para que os servidores técnicos se somem aos seus companheiros de outras categorias nesse protesto de rua.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Camaleonices fantasmagóricas sindicais

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Novela camaleônica - capítulo 3. No último capítulo, eram 13 horas do dia 14 de setembro de 2007 e os participantes da assembléia do Sinditest tinham acabado de decidir não mais vender a subsede sindical da r. Comendador Macedo, mas sim a inútil "chácara-canil" comprada na gestão Moacir Freitas/Dr. Neris em 2005. Os acólitos do Dr. Neris saíam da renião se julgando vitoriosos por terem bloqueado a venda da subsede, apesar da invertida no caso da chácara.

Corta para o segundo semestre de 2008. A Diretoria "Sindicato Para Todos", gestão 2008-2009, onde se aloja o grupo do Dr. Neris, decide vender a subsede da Comendador Macedo. A camaleonice entra em cena. Mas, como, apenas 1 ano depois de tudo terem feito e ameaçado para impedir a venda na gestão Belotto ? Camaleões sabem que o assunto pode causar ebulição. E receiam que a "chapa esquente" para o lado deles se houver questionamentos da base.


Resolvem os "paratodistas" comandados por Messias e Dr. Neris fazer uma Assembléia para autorizar de novo a venda da subsede Comendador. Melhor dito, uma "assembleiazinha". Uma assim, de leve, rapidinha, não muito divulgadinha na base, afinal os assuntos dela serão tão chatinhos... E por isso ela não pode se realizar nos locais tradicionais de assembléia, como o HC ou o Anfiteatro 100 do Setor de Educação. E também não precisa ser anunciada no jornal sindical impresso de Setembro de 2008 (que traz uma agenda de atividades para Outubro/2008), muito menos no site de internet...


Melhor foi fazer em algum canto da sede do próprio Sinditest, no dia 3 de outubro de 2008. E, para atender a exigência legal do estatuto (art. 8o.), convocar a tal "Assembléia" através de um Edital minúsculo perdido num pé de página do jornal curitibano "Diário Popular", publicação essa super-lida por todos os mais de 5 mil filiados do Sinditest. Assim se fez, assim se deu uma reunião de 27 pessoas em 03/10/2008, autorizando por unanimidade a venda da subsede Comendador, tal como o servidor Gessimiel "Paraná" Germano relatou ontem em panfleto distribuído no HC e UFPR, denunciando essa verdadeira Assembléia-fantasma. Portanto, colegas, comemoremos mais esta mostra de TRANSPARÊNCIA da Diretoria "Sindicato Para Todos", uma marca inesquecível dessa gestão conforme propagandearam em seu folheto eleitoral !

Exame médico periódico para servidores

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A partir deste ano, todos os servidores federais terão que fazer exames de saúde periódicos. A medida, que só era exigida para a iniciativa privada, passa a ser adotada no setor público, com a aprovação da Lei 11.907/09. O decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá instituir o Subsistema de Atenção à Saúde do Servidor, no qual a realização de exames médicos periódicos pelo funcionalismo é uma das ações estratégicas previstas na vigilância à saúde.
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Fonte: Jornal O Dia, de 25/03/2009.

terça-feira, 24 de março de 2009

Era uma vez uma subsede de sindicato

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Subsede do Sinditest, na r. Comendador Macedo, 395
José Carlos Belotto presidiu o Sinditest em 2006-2007. No começo de 2007 investiu soma alta na reforma da casa de praia de Itapoá, uma iniciativa que rende um bom espaço de lazer aos filiados até hoje. O que Belotto não sabia é que dali a alguns meses iria enfrentar a maior greve nacional dos últimos anos (100 dias), exigindo muitos recursos do sindicato para todas as atividades próprias de uma greve. Para complicar mais, a Prefeitura ameaçou multar a construção irregular (de 2005) do barracão usado como salão social. Belotto, então, resolveu chamar a categoria para discutir a venda da subsede não utilizada da rua Comendador Macedo, 395 (esquina com Dr. Faivre), como meio de obter recursos para fazer frente a essas demandas.

Aconteceu então uma assembléia geral em 14/09/2007, no Anf. 100 do Ed. D. Pedro I. Quantos ainda se lembram dela? Quanto recordam o tumulto causado pelo Dr. Antonio Neris e seu grupo, posicionando-se agressivamente contra a venda daquela subsede? Num panfleto não assinado da época mas atribuído a esse grupo, acusavam aquela diretoria de "crime de lesa-pátria" e de já ter vendido a sede! Durante a assembléia, o Dr. Neris chegou ao ponto de ameaçar dizendo que o estatuto do Sinditest exigia "quorum de 20%" da base (cerca de mil pessoas) para aprovar venda do patrimônio e que, se porventura a assembléia autorizasse a venda da sede da Com. Macedo, ele iria logo em seguida entrar com um mandado de segurança com base no artigo 549 da CLT (clique aqui para ver o artigo), brecando a venda. O desfecho daquela assembléia de setembro/2007 foi deixar de lado a venda da subsede e indicar a venda imediata da "chácara-canil".


Eis que, passado pouco mais de um ano dessas demonstrações espetaculosas do Dr. Neris na suposta defesa do patrimônio da entidade, aparece uma placa de venda da Imobiliária Apolar na janela da subsede da Com. Macedo. Agora, Dr. Neris, e o restante da Diretoria "Sindicato Para Todos" 2008-2009, quer vender o imóvel que tanto defendeu em setembro de 2007. Uma virada bem camaleônica de atitude. Por quê? Como? Com autorização de quem? As respostas ficam para a próxima matéria.
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Crédito da foto maior: Imobiliária Apolar.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Camaleonices sindicais

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Todos conhecem o lagartinho que muda a cor do corpo conforme o ambiente em que está, para melhor atender suas necessidades e conveniências. Em política, camaleão designa a pessoa que vive mudando de opinião e atitude conforme seus interesses particularistas ou grupistas, em geral desprezando quaisquer princípios. Para breve, este blog dará informações sobre certas atitudes camaleônicas de personagens que frequentam muito o arraial do Sinditest-PR.

30 de Março é Mobilização contra a Crise

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Zenir Teixeira e outros dirigentes da CTB-PR lideram marcha de trabalhadores.

Dezenove entidades e articulações dos movimentos sociais reuniram-se em São Paulo para preparar um Dia Nacional de Mobilização contra a Crise e em defesa do emprego e direitos sociais, definido para 30 de Março. CTB, CUT, Força Sindical, UGT, CGTB, NCST, Conlutas, Intersindical, MST, Via Campesina, Marcha Mundial das Mulheres, UNE, UBES, UJS, CONAM, UBM, Unegro, CMS e CEBRAPAZ pretendem realizar atos políticos, passeatas e protestos por todo o país, buscando mobilizar o povo e pressionar o governo para que fique ao lado dos interesses dos trabalhadores, e não se deixe envolver pela cantilena sem-vergonha de banqueiros, ricaços e grande mídia.


Em São Paulo, uma concentração começa a partir das 11h30 no MASP (Museu de Arte de SP, na Av. Paulista), com posterior passeata até o Centro, durante a qual haverá atos políticos em pontos estratégicos, como o Banco Central, Bolsa de Valores etc.


Em Curitiba
, como já é tradicional, a concentração começa nas escadarias da UFPR, na Praça Santos Andrade, a partir de 10h00. Dali os manifestantes marcharão para realizar manifestações diante do Banco Central, da Prefeitura Municipal e da Assembléia Legislativa. A
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), junto com seus sindicatos e núcleos de base (assim como este Núcleo Avançar na Luta) estarão presentes nessa luta, pois sem mobilização os trabalhadores realmente vão pagar sozinhos a conta da crise capitalista.


Isso tem tudo a ver com o movimento dos técnico-administrativos, que cobram do governo respeito aos acertos de reajustes da Greve de 2007. Além disso, a participação nesse Dia Nacional foi decisão unânime da recente Plenária da FASUBRA, apontando para a unidade na ação prática de luta.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Governo Lula, os de cima e os de baixo

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Por que a enrolação quanto ao reajuste dos servidores públicos? Até as pedras devem saber que a crise mundial capitalista está, sim, reduzindo os recursos no cofre do governo. Entendamos então o jogo. Ele consiste em ver quem demonstra mais força na disputa para onde vão tais recursos.


O lobby dos "de cima", como diz o economista Márcio Pochmann do IPEA, atua constantemente, dia após dia, em cima das autoriades do governo Lula e de parlamentares, além de possuírem um exemplar representante do grande capital financeiro na Presidência do Banco Central, o criminoso que mantém juros altos e atrapalha com isso o enfrentamento da crise. Repita-se: esse lobby dos muito ricos atua DIRETO, com PROFISSIONALISMO com DINHEIRO e PODER de MIDIA para pressionar o Governo e impressionar/enganar a opinião pública.


A grande mídia, todo santo dia, repete que os investimentos sociais e de folha de pagamento do Governo são "gastos" excessivos. Com particular fúria todos os grandes jornais escritos e falados atacam os salários dos servidores, chegam a dizer que seria um "desrespeito" com o povo pobre que se conceda os reajustes para o funcionalismo este ano, de qualquer monta e em qualquer mês. Fazem isso porque querem que o dinheiro público sobre para favorecer especuladores da colossal dívida pública, as mega-empresas e bancos.

E o lobby dos "de baixo"? Ainda não se fez sentir com força, nem com pressão regular em cima do governo, denunciando firmemente os financistas gananciosos e bandidos. A tarefa do movimento sindical, de TODAS as CENTRAIS SINDICAIS, que tem que se unir, é mobilizar as bases para ir mandar o lobby dos "de cima" ao diabo. Para dizer que o governo deve investir em salários, fortalecimento do emprego e do mercado interno, em mais presença de Estado, em mais obras de infra-estrutura do PAC, em politicas sociais contra a crise.

O Presidente Lula está certamente esperando que aumentem as vozes e as marchas dos "de baixo", pois por enquanto ele deve estar de ouvido inchado escutando na maior parte do tempo a ladainha da rica grande burguesia brasileira e seus comparsas estrangeiros. Contudo, se o povo se mobilizar com potência, o presidente terá o necessário apoio social para tomar as medidas que ajudem os trabalhadores, pois o governo sozinho não tem nem coragem nem força para bancar medidas mais ousadas.

É isso que está por trás dessa enrolação quanto ao cumprimento dos acordos de greve. Portanto, nossa tarefa como movimento sindical é pensar e executar as seguintes palavras: MOBILIZAR, ORGANIZAR, AVANÇAR NA LUTA!

Novos concursos públicos cancelados

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Ontem o Governo anunciou que vai fazer um corte de 21,6 bilhões de reais no Orçamento, mas na realidade poderá ser bem maior. Nada disse de conclusivo sobre cumprir ou não os acordos para os reajustes de junho, e pretende empurrar com a barriga o tema até aquele mês. Mas os concursos públicos levaram tesourada.


Para segurar dinheiro em caixa, o governo decidiu sacrificar os concursos e vai rever acertos com os ministérios acerca da reposição ou ao incremento do quadro de pessoal. Paulo Bernardo disse a estratégia é adiar as seleções, rever necessidades, adiar as nomeações dos já aprovados.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Preparando terreno para adiar o reajuste

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Sem rodeios, o governo abriu ontem caminhos para oficializar aquilo que nos gabinetes da Esplanada dos Ministérios já é dado como certo. Diante da retração econômica provocada pela crise internacional, os reajustes autorizados no ano passado ao funcionalismo não sairão do papel. A não ser que o ambiente de negócios, o emprego, a arrecadação de impostos e a produção reajam de modo convincente. Caso o cenário permaneça como está — ou piore ainda mais —, os aumentos prometidos aos servidores do Executivo federal terão de ser postergados.


Pressionado pelos sindicatos, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, convocou ontem uma reunião de emergência com algumas das entidades mais representativas. Durante o encontro, Bernardo explicou que houve uma mudança radical do quadro econômico e que por essa razão o governo não terá outra alternativa a não ser fazer “muita restrição orçamentária” — entre hoje e amanhã o governo anunciará os cortes no Orçamento e a previsão de receitas e despesas para o ano. “Para movimentar a economia abrimos mão de receitas e fizemos desonerações orçamentárias importantes”, reforçou aos sindicalistas.


Oficialmente, o adiamento não é confirmado, mas o presidente Lula já prepara o terreno para o governo dar a má notícia. Depois de se reunir com alguns de seus principais conselheiros no Palácio do Planalto —entre eles os ministros Guido Mantega (Fazenda), Paulo Bernardo e Dilma Rousseff (Casa Civil) —, Lula disse, no Rio de Janeiro, que a intenção é respeitar o calendário acertado com as entidades sindicais e pagar, de forma escalonada até 2010, os reajustes aprovados por meio de leis enviadas ao Congresso e que envolvem cerca de 1,8 milhão de servidores entre ativos, inativos, pensionistas civis e militares.


Divergências
Dentro do governo a manutenção do gasto extra com a folha de pessoal — só neste ano os reajustes custarão R$ 28,4 bilhões — divide opiniões. A área econômica defende a reprogramação imediata dos acordos com base no artifício legal aprovado na Câmara e no Senado que atrela o comportamento das receitas ao pagamento das parcelas restantes. Já a ministra Dilma Rousseff, preferida por Lula para concorrer à sucessão de 2010, e o próprio presidente desaprovam a medida por acreditarem que o adiamento traria desgastes políticos irreparáveis.
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Fonte: Correio Braziliense de 19/01/2009

quarta-feira, 18 de março de 2009

Reitores da ANDIFES "em cima do muro"

7 comentários:
Semana passada a FASUBRA realizou uma Plenária de Sindicatos e depois um Seminário (dia 9/3) para debater as terceirizações no serviço público em geral e nas IFES em particular. A assembléia geral do Sinditest enviou dois representantes a esses eventos. No Seminário, foi útil ouvir a ANDIFES (representante dos reitores das Universidades Federais), entre outras coisas por revelar que essa entidade não tem nenhuma posição oficial sobre o Projeto de Lei (PL 92/2007) que permitirá instituir as Fundações estatais de Direito Privado (FeDP) em áreas da Educação e Saúde públicas, tal como no HC da UFPR.


Quando provocado por alguém da platéia do Seminário sobre essa indefinição, o professor Gustavo Balduíno, secretário da ANDIFES, foi bem claro: "É posição em cima do muro, mesmo." Na realidade, nem todos os reitores estão no muro, muitos estão claramente ao lado desse modelo de gestão da FeDP, porque ele resolve demandas e "gargalos" gerenciais que os reitores enfrentam no dia-a-dia. Só não podem revelar abertamente isso, a exemplo do próprio reitor da UFPR.

terça-feira, 17 de março de 2009

O Sinditest quer saber mesmo?

8 comentários:
Está para ler desde hoje na página de internet do Sinditest uma matéria intitulada "O Sinditest quer saber", pedindo que os filiados relatem ao sindicato sobre problemas em seus locais de trabalho. Muito justo, muito nobre, embora lembre outra campanha com nome de marchinha carnavalesca de uns meses atrás, a tal da "Mamãe eu quero", que deu exatamente no quê, além de uns banners? E, quando um simples filiado envia requerimento pedindo informações de gastos à Diretoria, recebe de volta um ofício que nada responde...


Será que a valente diretoria sindical conseguirá enfrentar os problemas, já que é agora amiga "do rei" ? (E do vice-rei). Veremos se ela está de fato tão preocupada com a dignidade no trabalho dos servidores como estava preocupado com isso o sr. vice-presidente do Sinditest ao enxotar - sem justa causa - a funcionária da secretaria do sindicato em janeiro último.

Mulinari confirmado vice ontem

2 comentários:
Nesta segunda-feira foi oficialmente designado vice-reitor o professor Mulinari. Segundo a matéria da Assessoria de Comunicação Social da Reitoria (ACS), o novo vice "citou três prioridades de gestão: 1) manter a comunicação aberta com a comunidade universitária; 2) estabelecer estratégias de forma participativa; e 3) cuidar das pessoas."


Ah, é? Então vejamos se aberta estará a comunicação com a comunidade para discutir o excesso de terceirizações de serviços na UFPR e os precários contratos dos explorados terceirizados. Verifiquemos se as estratégias de implementação dos programas e projetos do REUNI se manterão dentro de limites decentes de qualidade e respeito às condições de trabalho de docentes e técnicos. E se as pessoas serão cuidadas conforme prometido, como no caso dos servidores que assam a fogo lento na Central de esterilização de materiais do HC, campus de origem do vice-reitor.


A matéria da ACS informa ainda que "no próximo dia 13 de abril, às 10 horas da manhã, será realizada a posse festiva, na qual também serão apresentados todos os integrantes da equipe da atual gestão (2008-2012)." Opa, então haverá "boca-livre" para puxa-zakistas e similares? Será no Sinditest, no DCE, na APUFPR ou em alguma dependência tucana da Prefeitura de Curitiba?

segunda-feira, 16 de março de 2009

Dr. Loddo brinca no HC

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Mais um exemplo de descaso com as condições de trabalho dos servidores no HC. Quem trabalha na Central de Esterilização do hospital sofre com a falta de adequada climatização do ambiente de trabalho e tem que suportar altas temperaturas, provocando problemas de saúde como hipertermia, hipotensão e erupções cutâneas. O Dr. Giovani Loddo, ex-diretor do HC, visitou o setor hoje e não se aguentou para soltar a piadinha de que o pessoal ali tinha sauna de graça, enquanto ele, se quiser uma sauna, precisa pagar... Respeitoso, não é mesmo?

Estranho que a melhoria do ambiente de trabalho nesse setor do HC não demanda recursos de monta, o que denota o descuido e pouco caso da Direção. E também se estranha que o Dr. Loddo vá dar pitacos sobre o HC já que ele não é mais diretor ali, mas sim a Dra. Heda, amiguinha do Sinditest-PR. O Sindicato reclama, é verdade, mas tem sido bonzinho demais com os responsáveis pela direção do HC.

domingo, 15 de março de 2009

A CUT "já era" na CONTAG

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A Central sindical outrora dita "única" já perdeu seu charme entre os trabalhadores rurais. A poderosa Confederação dos Trabalhadores da Agricultura (CONTAG) desfiliou-se da Central "Única" dos Trabalhadores em votação na noite de sexta passada. Dos 2.559 delegados presentes no 10º Congresso Nacional da categoria, 1.440 votaram pela saída da central. Apesar do uso irrestrito da máquina cutista, a proposta de manter a filiação obteve apenas 1.109 votos.

“A CUT jogou pesado, mas não teve jeito. A ampla maioria do plenário votou pela desfiliação porque não concorda com a pluralidade sindical defendida pela CUT”, afirmou David Wylkerson de Souza, secretário-geral da Contag e vice-presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil). “O significado dessa mudança será uma Contag mais unida, com seus sindicatos e federações com maior poder de decisão. A votação foi uma resposta ao divisionismo.”

Esse debate sobre filiação a alguma central sindical será um dos temas quentes do XX Congresso da FASUBRA, pois diversas correntes propõem que a Federação se desvencilhe da CUT, considerada hoje uma central que atrelou-se demasiadamente ao governo federal, impedindo que lutas mais radicalizadas se desenvolvam. Com certeza, os futuros delegados e delegadas ao XX CONFASUBRA assistirão ao uso intenso da máquina sindical da CUT para impedir que a FASUBRA vote a desfiliação.

sábado, 14 de março de 2009

Alerta total: reajuste de junho sob ameaça

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Foi o governo federal quem propôs um pacto com setores do movimento sindical dos funcionários públicos para conceder reajustes escalonados ao longo de três anos (2008 a 2010). No caso dos técnicos das IFES, isso foi bom em especial para a recomposição do poder aquisitivo do pessoal de nível superior, mas também beneficiou os outros níveis, revertendo a política de arrocho da finada era FHC.


A irrupção da crise mundial do capitalismo coloca sob ameaça o acordo, e vozes da grande burguesia brasileira, ecoadas pela mídia que também é por ela controlada, criticam o Estado por gastar demais com salários dos funcionários públicos e abertura de novos concursos, um discurso que desgraçadamente recebe acolhida no Ministério do Planejamento, o qual mostra subserviência à política neoliberal conduzida pelo presidente do Banco Central, o banqueiro "de Boston" Henrique Meirelles.


O que alertamos aqui é que avolumam-se notícias e sinais de que o Governo Federal, por obra e graça do ministro petista paranaense Paulo Bernardo, deverá propor aos sindicatos um adiamento do repasse do reajuste. Isto é inaceitável! Isto significará que os trabalhadores públicos estarão pagando parte da conta da crise causada pelos ricaços dos países já muito ricos. Portanto, não se pode aceitar, e todos os trabalhadores e as trabalhadoras devem ficar alertas para ir à luta caso a ameaça de "repactuação" ou de atraso do reajuste se concretize. E que o Sinditest-PR avise todos, se conseguir sair da letargia pelega em que se encontra.

sexta-feira, 13 de março de 2009

A resposta que (quase) nada respondeu

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Em 3 de março protocolei um Requerimento no Sinditest solicitando informações sobre a viagem de diretores do sindicato ao Fórum Social Mundial ocorrido em Belém em janeiro último (ver matéria "Acesso à informação sindical é um dos direitos do filiado do Sinditest"). No Ofício 033/2009 (veja a íntegra dele na janela de comentários), datado de 03/03/2009, assinado pelo presidente do Sinditest e entregue a mim em mãos no final da Assembléia Geral do dia 4, estava o que supostamente era a resposta às minhas interrogações. Mas o ofício foi mais uma réplica formal e não continha as respostas aguardadas. Acrescente-se que na fase de informes da Assembléia do dia 4 a Diretoria nada disse sobre a viagem a Belém.

No Requerimento eu perguntava basicamente: Quais diretores do Sinditest viajaram a Belém? Com qual critério foram escolhidos para viajar? Se o sindicato tinha custeado toda a viagem, quanto foi gasto ? Por que não fizeram divulgação prévia do evento para toda a base e o que os que viajaram vão dar de retorno para a base que os sustentou na viagem? Pelos corredores da universidade, comentou-se que os diretores viajantes teriam sido, pelo menos, Márcia Messias (secretária geral), Jonas Pinto (tesoureiro geral), Carla Cobalchini (diretora de imprensa), José Carlos Assis (2º. Secretário), Antonio Aleixo (1º. Tesoureiro). Esperávamos que a própria diretoria confirmasse isso.


No Ofício 033/2009 a Diretoria somente respondeu indiretamente que foi o Sinditest quem bancou a viagem. O Presidente do sindicato escudou-se no Artigo 2 do Estatuto da entidade para afirmar taxativamente que tinha a prerrogativa de designar quem ele bem entendesse para viajar e ponto final. Nada mais foi respondido. Mesmo que se reconheça terem-se dado ao obséquio de “responder” ao meu Requerimento de informações, praticamente nada informaram. Convenhamos: não é nenhum exemplo de prática transparente no uso dos recursos dos filiados. Transparência que se espera agora que a Direção do Sinditest pretende adquirir um novo imóvel.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Direitos da Mulher reconhecidos como tema relevante na FASUBRA e na Câmara

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Uma das alterações propostas para o novo Estatuto da FASUBRA é a criação da Coordenação da Questão da Mulher dentro da nova diretoria. Isso será o reconhecimento da problemática específica de gênero, também presente em uma categoria de trabalhadores(as), como técnicos(as) das Universidades, que é majoritariamente feminina.


Também na Câmara de Deputados foi aprovada, ontem, a inclusão de disciplina sobre os Direitos da Mulher no currículo do ensino médio, tanto em escolas públicas como em particulares. Entre outras coisas, os alunos dos últimos três anos da educação básica vão ter aulas que visem à "conscientização sobre os direitos da mulher, abordando os aspectos históricos, sociológicos, econômicos, culturais e políticos que envolvem a luta da mulher pela conquista da igualdade de direitos". A matéria, objeto do Projeto de Lei 235/07, da deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), foi analisada e aprovada em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).


Pleno respeito
O relator da matéria na comissão, Flávio Dino (PCdoB-MA) ratificou a versão aprovada antes na Comissão de Educação e Cultura quanto aos aspectos formais. Dino disse que "a educação representa caminho central para o pleno respeito aos direitos humanos". Para ele, o projeto é "importante passo para a redução de desigualdades e injustiças cometidas em razão de preconceito de gênero." O texto do projeto original era expresso em afirmar que a nova disciplina seria obrigatória, mas a Comissão de Educação e Cultura aprovou apenas a inclusão do conteúdo sobre os direitos da mulher como disciplina optativa.
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Fonte: Agência Câmara e Portal Vermelho

segunda-feira, 9 de março de 2009

Regimento do Congresso da FASUBRA motiva polêmicas na Plenária de Brasília

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As normas para escolha dos representantes de base (delegados) para o XX Congresso da FASUBRA foram um dos principais focos de polêmica entre os presentes à Plenária nacional de sindicatos no domingo, Dia da Mulher. O Regimento do Congresso, um conjunto de 40 artigos, foi integralmente lido e dezenas de emendas foram propostas ao documento, cujos debates, votações e aprovação final tomaram cerca de 10 horas.

As duas votações mais acirradas entre os membros da Plenária (e as correntes às quais a maioria deles se liga) deram-se sobre a exigência de um percentual mínimo de votação que cada chapa de candidatos a delegado ao CONFASUBRA deve alcançar para poder eleger delegados na Assembléia Geral do sindicato. Para o último Congresso, caso 2 chapas disputassem a preferência da base, a chapa minoritária precisava obter, pelo menos, 20% do total de votos dos presentes na assembléia; caso disputassem 3 ou mais chapas, esse percentual caía para 10% (chamado "cláusula de representatividade" por alguns, ou "de barreira" por outros). Esses percentuais, em alguns casos, restringiram uma participação maior de pessoas da base.

Duas correntes (VAL-1 e VAL-"3 e meio") defenderam a extinção dessa cláusula e outras três (CSC/CTB, Tribo e CSD) argumentaram ser necessária uma votação mínima para conferir algum grau de representatividade a quem se propõe falar em nome de seus pares num Congresso de uma importante federação sindical do país. Por 64 votos a 42 manteve-se a exigência do percentual mínimo, e a votação posterior definiu se o percentual seria mantido ou alterado. A Corrente Sindical Classista da CTB (CSC/CTB) defendeu a redução da cláusula para 10% (2 chapas) e 5% (3 ou mais chapas) contra a proposta de manutenção dos percentuais defendida pela corrente "Tribo". A votação do percentual deu a vitória à proposta da CSC/CTB por 59 votos a 47.

Outras polêmicas se deram, e mesmo alguns temas ficaram pendentes, à espera de ajuda do setor jurídico de forma a não comprometer o intento da FASUBRA de sacramentar seu registro sindical oficial junto ao Ministério (caso de alguns sindicatos onde há professores filiados, teoricamente aptos a votarem e serem votados como delegados por serem sindicalizados como os técnicos).

Uma constatação é que praticamente todos os presentes à Plenária, inclusive a Direção Nacional da FASUBRA, não haviam dedicado tempo suficiente – bem antes da Plenária – para antecipar quais dúvidas e polêmicas poderiam surgir na hora do debate mesmo tanto do Regimento do CONFASUBRA como do Estatuto definitivo para a FASUBRA; com isso, a discussão não pôde ser mais ágil e objetiva. Não se discutiram alterações no Estatuto, tendo esse tema ficado para finalizar no próprio CONFASUBRA. E a aprovação do novo Estatuto é fundamental para que a FASUBRA assegure sua condição legal de legítima representante dos servidores técnico-administrativos das Universidades brasileiras.

domingo, 8 de março de 2009

Plenária da FASUBRA homenageia mulheres em seu dia mundial

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Depois de saudações às mulheres em algumas falas ocorridas ontem, neste domingo a Plenária Nacional da FASUBRA simbolizou seu reconhecimento do papel fundamental das mulheres através da entrega de rosas às delegadas presentes e de um café da manhã especial no Hotel Aracoara.

Nós do Núcleo Avançar na Luta também rendemos nossa homenagem às mulheres do mundo, em especial, naturalmente, às lutadoras brasileiras. Sem as mulheres, não existiria Humanidade. E sem o engajamento cada vez maior, intenso, da metade feminina do povo em toda as esferas da vida social, e na politica em particular, não existirá um futuro com a Humanidade emancipada, livre de todas as discriminações e opressões.


"O grau de emancipação da mulher numa sociedade é o barômetro natural pelo qual se mede a emancipação geral dessa mesma sociedade." (Charles Fourier, socialista utópico francês, no século 19)

sábado, 7 de março de 2009

Na plenária da FASUBRA

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Um clima da ordem de 35 graus e um auditório sem ar-condicionado não formam o ambiente dos mais agradáveis para se debater a pauta da Plenária da FASUBRA. O dia de ontem foi reservado ao credenciamento de delegados e a Informes de base e da Direção Nacional. O dia de hoje, sábado, foi tomado unicamente pelo debate sobre conjuntura nacional, sobre a qual mais de 50 oradores falaram, infelizmente muitos deles tratando de aspectos menores e de modo disperso, incapaz de focalizar com precisão o tema principal. Neste debate, optou-se essencialmente por referendar bandeiras e propostas já aprovadas em foruns anteriores da própria FASUBRA. Ficou-se de acertar uma data unificada com as centrais sindicais para realizar um ato político dos trabalhadores para demarcar sua posição contra a megacrise mundial, a de que os ricos devem pagar a conta e não os trabalhadores. Essa data deve se dar em fins de março ou começo de abril.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Decisões da Assembléia de 4/3 no HC

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Publico esta postagem rapidamente, apenas para dar conta das decisões da Assembléia do Sinditest ocorrida hoje de manhã. A Sala 1 no HC ficou lotada e, depois de alguns informes, o ponto de maior polêmica foi o relativo à operação da venda da "chácara" de Piraquara para, com a receita assim obtida, dar entrada num imóvel próximo ao HC e Reitoria, que deve ser a nova sede administrativa do Sinditest.


Decidiu-se por aclamação o seguinte, sobre a questão patrimonial:

1-Referendar a venda do imóvel de Piraquara nos termos da Resolução já aprovada pela Assembléia Geral de 27/11/2007;

2-A receita auferida com essa venda - da ordem de R$265 mil, restando R$250 mil líquidos para o Sinditest e R$15 mil para a imobiliária - é toda ela de propriedade do sindicato (com isso se eliminam interpretações interesseiras de algumas pessoas que se julgavam com direito a embolsar diferenças nos valores);

3-Em conjunto com o Conselho Fiscal, tanto a venda da chácara como a compra do novo imóvel central serão monitoradas por uma "Comissão de Acompanhamento" composta por membros da base, eleitos na própria Assembléia, que são os seguintes: Guaracira Silva (da Auditoria Interna), Cláudio (Centro Cirúrgico do HC), Kátia (Endoscopia-HC), Maria Aparecida (Creche-HC) e Rita Kavulak (Centro Politécnico);


4-Todos os dados relativos a essas transações imobiliárias serão, em favor da transparência, tornados públicos através do site do Sinditest na internet.


Depois de uma série de informes do Dr. Paulo, advogado do sindicato, sobre processos relativos à FUNPAR e da constituição de um Grupo de Trabalho (GT) sobre questões da FUNPAR e seu ACT, a assembléia encerrou-se elegendo consensualmente dois representantes para a Plenária da FASUBRA. Pela base foi indicado o servidor Paulo Adolfo ("Dodô", da Biblioteca Central) e pela indicação da Diretoria foi designado o seu diretor de Formação, Bernardo Pilotto. A Plenária nacional da Federação transcorre de 6 a 8 de março, na UnB.


terça-feira, 3 de março de 2009

Acesso à informação sindical é um dos direitos do filiado do Sinditest

2 comentários:
O Sinditest possui um Estatuto. É bom conhecê-lo (clique aqui para ver). Ele tem erros, falhas e está obsoleto em vários pontos, mas é bom o seu Artigo 4 ao expor com clareza que, ao sustentar financeiramente a entidade, todo filiado possui alguns direitos. Com apoio na letra "f" do Art. 4, o servidor Paulo Adolfo ("Dodô"), membro da Editoria deste blog, protocolou na manhã de hoje (3/3) um Requerimento de informações à Diretoria do Sinditest a respeito da viagem de diretores do sindicato à cidade de Belém, fato já abordado na denúncia do servidor "Paraná", aqui publicada ontem.

Determina a letra "f" do Art. 4 do Estatuto do Sinditest:

"Art. 4º- São direitos pessoais e intransferíveis do associado:
(...)
f - Ter acesso às informações sobre a situação financeira, prestação de contas e outras informações específicas em qualquer instância do SINDITEST-PR."

Leia abaixo o documento que pede informações e propõe um prazo de 24 horas para resposta.


REQUERIMENTO

Curitiba, 03 de março de 2009

À Diretoria do SINDITEST-PR / Gestão 2008-2009


Com base nos termos do Art. 4º. do Estatuto do SINDITEST-PR, que trata dos direitos dos associados, em especial seu item “F”, venho por meio deste REQUERER INFORMAÇÕES - a serem prestadas pela Diretoria dessa entidade no prazo de 24 horas por escrito ao email infracitado, e/ou no início dos trabalhos da Assembléia Geral convocada para 4 de março de 2009 no Hospital de Clínicas - acerca do que se indaga abaixo:

1-No 9º. Forum Social Mundial, realizado em janeiro de 2009 em Belém (PA), quais servidores da base e quais diretores do Sinditest dele participaram?


2-Quem arcou com os custos de deslocamento, hospedagem, alimentação e outros gastos de uma viagem desse tipo?


3-Se os custos foram assumidos pelo Sinditest-PR, qual o montante total despendido em toda essa atividade relativa à viagem a Belém?


4-Que critérios foram usados para selecionar quais pessoas participariam do Forum de Belém às expensas dos recursos dos filiados do Sinditest-PR?


5-Por que não se deu ampla divulgação prévia a toda a base de filiados sobre a ocorrência desse importante Forum, permitindo que outros possíveis interessados pudessem ao menos manifestar interesse legítimo em participar?


6-O que a Diretoria do Sinditest-PR espera que esses servidores participantes do Forum de Belém retornem em termos concretos à base de filiados que os subvencionou nessa viagem à capital do Pará?

No aguardo de seu atendimento com respostas aos seis quesitos nesta demanda estatutária, subscrevemo-nos

Atenciosamente,

PAULO ADOLFO NITSCHE
Servidor da Biblioteca Central da UFPR
Matr. 106755 ** Email: csc@ufpr.br
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segunda-feira, 2 de março de 2009

Formigas-rainhas chamam assembléia

4 comentários:
Os sábios diretores que se empavonam sob o símbolo das formigas na logomarca do Sinditest convocam as formigas-operárias, digo, os técnicos-administrativos da base, para a primeira Assembléia Geral do ano. Viva! O momento da democracia sindical ! Será? Dependendo de quem dirigir a mesa dos trabalhos, pode-se pôr as barbas, bigodes e os cabelos de molho... Quem for à Sala 1 do Anexo B do HC, a partir das 09h30 da próxima quarta, dia 4, terá chance de conferir.

As formigas-rainhas anunciam para essa assembléia uma pauta enorme (clique aqui para ver), com 2 itens de Informes e 4 itens para deliberações. A pauta fala da venda da chácara-canil (finalmente! oba!). Mas não se sabe se a "coisa" de Piraquara foi vendida mesmo; e, se foi, quanto rendeu e se o preço condiz com a atualização monetária dos 225 mil reais torrados em 2005 pelo imóvel inútil. A base poderá discutir com tranquilidade e liberdade as opções de onde usar o dinheiro obtido na venda? Nada se sabe. Transparência é isso aí.


Como a FASUBRA é muito importante, a ilustrada Diretoria "Para Todos" deixou por último o item da eleição de delegados para a Plenária da FASUBRA. Quer dizer, para a hora em que os estômagos já estão roncando. Como sempre, uma cristalina demonstração de o quanto esse nosso valoroso sindicato preza o debate político aprofundado. A ultra-crise mundial pode suspender nossos reajustes de junho e a FASUBRA pode lutar para exigir o cumprimento do Acordo de Greve de 2007, mas o Sinditest quer mais é debater qual o próximo imóvel a comprar para abrigar seu burocratismo assistencialista. Sorriam, companheiras e companheiros!!

Mau uso de dinheiro no Sinditest - a denúncia de um servidor

4 comentários:
O servidor Gessimiel Germano, mais conhecido como "Paraná", lotado no RU Central, lançou na sexta-feira uma denúncia contra a diretoria do Sinditest. Através de panfleto, cobra transparência no gasto do dinheiro dos filiados e destaca um valor de R$20 mil, que, segundo ele, foi "torrado em 7 dias, em duas viagens realizadas por sete diretores do Sinditest." Reclama que a categoria não foi chamada para aprovar o gasto dessa soma, que custeou a presença de diretores do sindicato no Forum Social em Belém e também numa reunião do Conselho Nacional da UNE, em Salvador.



A cobrança comoveu, tanto que, na mesma sexta-feira, "Paraná" foi visitado em seu local do trabalho por uma comitiva de diretores Para Todos do sindicato Para Todos, entre eles o presidente W. Messias e - não podia faltar, é claro - o baixarel Dr. A. Neris. Será que foram explicar tudo direitinho ou só agradecer pelo panfleto carinhoso? Explicarão para todos em algum boletim, ou no jornal, ou no site, ou na Assembléia do dia 4 de março ?




domingo, 1 de março de 2009

"Folha de S. Paulo" contra o sindicalismo

Um comentário:
Ter uma boa pauta e fazer o dever de casa nem sempre produz uma boa matéria jornalística. Um exemplo é manchete da Folha de S.Paulo deste domingo (1/3): "Crise revela despreparo de sindicatos". A matéria das jornalistas Fátima Fernandes e Claudia Rolli ouviu gente que entende de sindicalismo porém parece que não escutou o que têm a dizer. Sua conclusão é a que deve ter sido encomendada pelo pauteiro da "Folha": as centrais são ''despreparadas'', ''enferrujadas'', ''atreladas ao governo Lula''... e ganham dinheiro demais.

Bernardo Joffily * Portal Vermelho


Os dois acadêmicos entrevistados – Ricardo Antunes e Wilson Amorim – são estudiosos reconhecidos do movimento sindical brasileiro. E as repórteres ouviram diligentemente os presidentes de cada uma das centrais sindicais. Como então o resultado saiu tão pobre e distante dos dramas reais que acometem o sindicalismo?


Um tema visto com binóculos ao contrário
Possivelmente é a redação da Folha que está ''enferrujada'' em sua cobertura do movimento sindical. Décadas de menosprezo pelo tema agravaram uma falta de intimidade com o tema que sempre existiu. O resultado é uma reportagem que não cumpre o que promete na manchete: ''Crise revela''. O tema parece estar sendo visto através de binóculos ao contrário, em que mal se consegue distinguir os personagens e muito menos o cenário. As declarações entre aspas parecem escolhidas a dedo para expressar, não a essência do que pensa o entrevistado, mas as teses preconcebidas pela pauta.


Temas candentes ignorados
Por exemplo: o tema ''crise do movimento sindical'' povoa há décadas o debate entre as organizações de trabalhadores. Provocado por uma síndrome que inclui mudanças no processo produtivo e em todo o mundo do trabalho, um novo perfil da classe trabalhadora, a derrota da experiência socialista soviética e a ofensiva neoliberal, ele tem dado o que falar tanto no Brasil como no mundo inteiro. Na matéria da "Folha", porém, não merece uma palavra.

Tampouco há menção ao fato – historicamente provado por incontáveis crises do capitalismo aqui e alhures – de que a crise é um cenário desfavorável para as lutas e organizações dos trabalhadores, roubando suas energias através do mecanismo perverso do desemprego. A matéria repassa uma visão ingênua de que, se o trabalhador está se dando mal, as lutas não pipocam por uma questão de ''despreparo''.

A matéria é honesta o bastante para registrar que ''as centrais, assim como as empresas, foram pegas de surpresa'' pela atual crise mundial capitalista – a idéia parece ser de Antunes. Mas a honestidade não chega a ponto de completar a lista dos surpreendidos, agregando, por exemplo, os economistas, a mídia em geral e a "Folha de S.Paulo" em particular.

Uma questão atualíssima é mencionada de passagem em outra frase de Antunes: quem deve ser ''penalizado pela crise''? É um tema de real interesse econômico, social e humano. O terrorismo patronal que se alastra pelas empresas em nome da crise permitiria denúncias contundentes. O caso da Embraer é apenas um entre muitos. Mas claro que também não é esse o foco da "Folha", já que levaria os patrões e não os sindicatos para o banco dos réus.


O ''atrelamento'' ao governo Lula
Por fim, mas não por último, pois se trata de um ponto de evidente interesse para a "Folha", é o ''atrelamento'' das centrais ao governo Lula. Na matéria, ele aparece como uma atitude venal: a explicação seria de que as centrais receberam em 2008 uma fatia de R$ 56 milhões do imposto sindical.

Também aqui há uma boa pauta desperdiçada. Por que a Força Sindical, criada em 1991 dentro da base sindical de apoio a Fernando Collor, adepta da candidatura presidencial de José Serra em 2002 e de Geraldo Alckmin em 2006, passou para a base de Lula? E por que a Conlutas, situada na extrema esquerda do espectro político-sindical, diante do facão da Embraer saiu-se logo com um pouco usual pedido de audiência no Planalto? Haverá quem sabe alguma relação com o fato de o presidente ser um torneiro-mecânico, um ex-líder sindical e grevista? O que isso muda na prática concreta e no imaginário da classe?

Não se espere muito do jornal da ''ditabranda'' em matéria de cobertura sindical. Mas até para quem adota a linha editorial do anti-sindicalismo era de se esperar menos superficialidade na abordagem de uma pauta que vale a pena e veio para ficar.