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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Assembleia de Greve de 23/08 (3a.feira): 30 horas já, em troca do fim da greve ?

A ata acima (clique na imagem para ampliar) registra a reunião ocorrida no começo da tarde de hoje (22) entre a Comissão de Negociação da Reitoria (abreviemos como CNR) e a Comissão de Greve Local da UFPR (CLG). O documento manuscrito está rubricado pelos membros da CNR, entre eles a pró-reitora de Graduação, Maria Amélia Zainko, e o chefe de gabinete do reitor, Norton Nohama.  Pela CLG participaram Djalma, Valter, Judit, Rufina, Carla e Bernardo.

A Reitoria apresentou nova proposta em torno do atendimento da pauta local.  Empenhando sua palavra, o reitor Zaki se dispõe a conceder os seguintes itens: (1)Flexibilização da jornada de trabalho para 30 horas semanais; (2)ajuste do problema dos adicionais de insalubridade; (3)política de gestão de pessoas debatida e aprovada pelo COUN; (4)direção de recursos humanos no HC.  Em troca, a CNR quer o fim imediato da greve dos técnicos-administrativos (independentemente do desenrolar da greve nacional).

A CNR, em nome do reitor, também quer do movimento dos técnicos uma resposta pronta à sua oferta. Para dar substância às suas promessas, o reitor as apresentará pessoalmente na assembleia geral de greve de amanhã (23), 10h00, no RU Central e consta que levará os compromissos também por escrito, com detalhamento dos termos dos documentos pertinentes.

Portanto, o quadro assim delimitado exige que o movimento faça muitas reflexões, haja vista que a greve também se dá em torno da luta por uma pauta nacional, sobre a qual, entretanto, não se vislumbram perspectivas de atendimento pelo MPOG, até agora.  A implementação das 30 horas para todos os servidores da UFPR seria uma conquista importante, mas precisa ser sopesada adequadamente no contexto da greve nacional.  O debate de amanhã precisa ser feito com muita calma e racionalidade.

6 comentários:

MEDEIA disse...

Mas o sr. Reitor é muito ENGRAÇADINHO mesmo!!!
Está com nossa pauta de reivindicações local há mais de 2 meses, só agora acena com algum diálogo e ainda quer que deliberemos pelas propostas em APENAS UMA assembléia, justamente quando parte da base está em Brasília engrossando ao caravana de manifestações???

POR QUE A PRESSA AGORA???

Os técnico-administrativos também têm pressa em ver suas reivindicações atendidas. Mas há 2 meses a greve se arrasta sem que haja nada de concreto. O que a Administração da UFPR, na figura do sr.Reitor fez para agilizar o atendimento das reivinidcações nacionais?

Foi um dos reitores que pediram a liminar ao STJ.

Anônimo disse...

Parece-me uma armadilha muito bem armada.
Que garantias temos..., que as tais 30 horas não trarão junto o compromisso de controle de ponto apenas para os TA?
E com o controle de ponto, estaríamos produzindo prova contra nós mesmos, que justificariam redução de salário, visto que assinamos Contrato de Trabalho com 40 horas e trabalhamos, 30 horas.
E é claro que a suposta redução de salários, viria por determinação externa, e a nossa Reitoria não teria outra opção se não cumprir a decisão, como sempre tem feito quando se trata de cumprir determinações externas, quando se trata em prejudicar T.A..
Parece-me que se esta proposta, com contornos claramente eleitoreiros, terá graves consequências, no momento pós eleições SINDITEST/REITORIA.
É bom ficarmos com os olhos bem abertos.
A proposito, será que corremos o perigo de levar "um pito" do Reitor por estarmos em greve? O que mesmo ele vai fazer lá? Mandar todos nós direto para nossas Unidades e paramos de agimos como crianças...? Q.medo.
Será que nossos dirigentes sindicais, são sérios mesmos? ou acreditam que nós é que não somos?
Porque Ele (Reitor) não manda pagar o VBC, ou os quintos, ou os 3,17 administrativamente, como ocorreu em outras IFES, se ele gosta tanto dos T.A.
É brincadeira.

Gilda disse...

É fria essa pressinha de acabar com nossa greve....
Se eles levaram dois meses para nos responder, podemos levar uns dias tbm até que o assunto amadureça.
Num precisa ser essa sangria desatada pra retornar, até porque nossa greve num é local, é Nacional e se votarem pelo retorno podemos enfraquecer o movimento Nacional.

Maria Lucia disse...

Tenho 30 anos de universidade, muitos reitores passaram, mas não lembro de nenhum deles estar tão empenhado em acabar com uma greve. O nosso magnífico ZAKI tá pouco ligando pra nossa pauta nacional, pra melhoria salarial, pro aprimoramento da nossa carreira. A diretoria do sindicato também, tanto que estão querendo economizar nas caravanas pra Brasília e engordar o cofre de campanha. Tanto a diretoria do Sinditest quanto o reitor querem a universidade funcionando logo pra poderem colocar suas campanhas na rua.
O povão que se dane..

Luis Otávio disse...

O acordão de campanha foi fechado e o povão ta prontinho pra servir de massa de manobra.

Rita de Cassia disse...

Acabar com um movimento de greve saindo de bom articulador é tudo que um candidato quer. Cabe como uma luva dentro dos projetos políticos do nosso reitor.
A questão é: O que nos sobra de dignidade?