Professores da UFPR: ainda não é greve, apenas indicativo, mas pode chegar lá
Sem nenhuma perspectiva, até agora, de reabertura de negociações com o Min. Planejamento (MPOG), prossegue a greve nacional dos técnicos das IFES, completando dois meses. Um acampamento de servidores em Brasília, diante do MPOG, vai acontecer de 9 a 11/8, tentando pressionar pela reabertura de negociações. Uma caravana do Sinditest deve partir amanhã cedo em direção à capital federal.
O movimento dos técnicos possui uma pauta reivindicatória nacional (motivo da entrada em greve) e uma local. Dois patrões distintos, pois, com quem negociar - o governo federal e as reitorias de UFPR e UTFPR. Nenhum deles deu respostas satisfatórias até agora. Mas, em função da greve da FASUBRA, o CEPE (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão) já teve que adiar em duas semanas o calendário letivo da UFPR, como relata esta matéria da ACS, com início de aulas podendo se dar somente em 15/8..
O segmento docente, representado pela APUFPR, fez assembleia na quinta-feira (4/8), reunindo mais de 200 professores (foto acima), que por maioria aprovaram um indicativo de entrada em greve, também por uma pauta nacional. Essa assembleia docente inscreve-se num calendário nacional da ANDES-SN, que, neste fim de semana (6-7/8) avaliará o resultado de assembleias em todo o país. Por ora, há indicativo apenas de paralisação de dois dias em 23-24 de agosto, mas isso pode evoluir para greve por tempo indeterminado.
Na noite da mesma quinta-feira, foi a vez de estudantes da UFPR realizarem sua assembleia, dentro do RU Central, QG da greve dos técnicos. Segundo o DCE-UFPR, meio milhar de alunos estiveram no salão do RU ouvirndo informes sobre as outras greves e debatendo sua própria pauta de reivindicações. O DCE, além de endossar seu apoio à greve da FASUBRA, na assembleia apontou uma pauta local a ser cobrada da Reitoria da UFPR.
As tres categorias estão articuladas e poderão programar inclusive algumas atividades conjuntas para atrair a atenção do restante da população sobre problemas da Universidade e das remunerações dos servidores, que podem ficar sem qualquer reajuste salarial este ano. Com certeza, o reitor da UFPR, se já não fosse calvo, perderia os cabelos neste período de agitações da comunidade.
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Foto: APUFPR
Um comentário:
Amig@s, encaminho abaixo assinado...
Projeto de Lei 1749/11
O Projeto do Lei 1749/11 que possibilita a privatização dos 45 Hospitais Universitários do país está tramitando em caráter de urgência, por isso pedimos que se junte à nossa mobilização e assine o abaixo-assinado online:«CONTRA A APROVAÇÃO DO PROJETO DE LEI 1.749/11» http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N13024.
No último dia 5 de julho de 2011, foi protocolado na Câmara dos Deputados,
em regime de urgência, o Projeto de Lei (PL) 1749/2011 que autoriza o
Poder Executivo a criar a empresa pública denominada Empresa Brasileira de
Serviços Hospitalares S.A. - EBSERH. O Governo Federal defende o projeto
alegando que o novo modelo de gestão a ser implantado será mais ágil e
eficiente. Atenção com esse discurso de privatização. A EBSERH é um
atentado à saúde e educação, bastante precarizadas no país. Várias
entidades já se posicionaram contra este modelo de gestão para os
hospitais universitários (HU’S), entre elas, o Conselho Nacional de Saúde,
e a sociedade civil durante as Conferências municipais, estaduais e
nacional de saúde.
Muito Obrigada.
Judit Gomes
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