As negociações estão em fase final, e a expectativa dos envolvidos nas tratativas é que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprove em caráter conclusivo o projeto ainda neste ano. O Senado passaria então a analisar o tema, que precisará ainda da sanção presidencial para sair do papel.
O desfecho das negociações é acompanhado de perto por empresários e trabalhadores com interesses na regulamentação da prestação de serviços, atividade que carece de estatísticas oficiais que dimensionem quantas empresas e pessoas poderão ser afetadas pela proposta. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), por exemplo, divulgou estudo em 2009 segundo o qual 54% das empresas do setor utilizavam serviços terceirizados.
Marco regulatório
"Estou propondo um marco regulatório, não vou descer para as especificidades de cada setor", afirmou o relator da matéria, deputado Roberto Santiago (PV-SP), que é vice-presidente da central sindical União Geral dos Trabalhadores.
Em seu relatório, Santiago pretende proibir a intermediação da contratação de mão de obra, prática comum em alguns setores e que já provocou, por exemplo, graves problemas na construção das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio.
O parecer deve determinar que as prestadoras de serviços tenham apenas um objeto em seu contrato social. A ideia, sustenta o deputado, é garantir ao trabalhador benefícios sociais e direitos obtidos nos acordos coletivos de suas categorias. "Não poderá ter uma empresa genérica", explicou Santiago.
Outro ponto do relatório pretende obrigar os contratantes a fiscalizar se as empresas que lhe prestam serviços estão recolhendo os encargos sociais e cumprindo os acordos coletivos fechados pelas categorias de seus funcionários. "Se ela [empresa contratante] não cumprir isso, será considerada solidária direta", afirmou. "Quem contrata mal pagará duas vezes, porque terá responsabilidade solidária."
Patrões querem relação "subsidiária"
As entidades patronais preferiam que a relação entre as empresas contratantes e as prestadoras de serviços fosse "subsidiária". Ou seja, as contratantes só poderiam ser acionadas na Justiça caso as prestadoras de serviços não honrassem débitos devidos aos trabalhadores. Sendo solidárias diretas, as tomadoras e a prestadoras dos serviços se responsabilizam igualmente pelas obrigações trabalhistas e previdenciárias.
Para o deputado Sandro Mabel (PR-GO), um dos representantes dos empresários na Câmara na negociação, as empresas que fiscalizarem suas prestadoras de serviços estarão protegidas: "Isso garante isonomia e segurança. Concordamos que não haja precarização do trabalho."
O marco regulatório em elaboração pelos deputados também fixa regras para evitar que empresas sem solidez financeira entrem no mercado de prestação de serviços, o que visa reduzir os riscos de elas quebrarem sem quitar suas dívidas com os trabalhadores. Segundo o texto em discussão, empresas com até dez empregados precisarão ter um capital mínimo já integralizado de R$ 50 mil em máquinas e equipamentos para garantir seus contratos. Essas exigências chegarão a R$ 1 milhão para as empresas com mais de 500 funcionários.
Além disso, a receita de um mês do contrato fechado entre as empresas contratantes e contratadas servirá de caução para garantir o pagamento dos funcionários, caso ocorra algum problema com a empresa terceirizada. Em relação ao setor público, o parecer de Santiago deve proibir a contratação de prestadores de serviços para as funções que estiverem previstas nos planos de cargos e salários dos órgãos estatais.
Projeto de Mabel
A comissão especial para debater o assunto foi criada depois que a bancada de deputados ligadas aos empresários conseguiu aprovar na Comissão do Trabalho da Câmara um projeto de autoria de Sandro Mabel.
O texto, relatado por Sílvio Costa (PTB-PE), deixava expresso que não existe vínculo empregatício entre a empresa contratante e os trabalhadores ou sócios das empresas prestadoras de serviços. Estabelecia ainda que a empresa contratante só terá responsabilidade subsidiária em eventuais disputas judiciais.
A proposta desagradou aos parlamentares com ligações no meio sindical, que perderam a votação na comissão. O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) chegou até a apresentar um recurso ao plenário da Câmara questionando a decisão do presidente da Comissão do Trabalho de não adiar a votação do projeto de Mabel.
Agora, a ideia de Santiago e Mabel é fechar um texto de consenso e apresentar, na Comissão de Constituição e Justiça, como substitutivo à proposta aprovada pela Comissão do Trabalho da Câmara.
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Fonte: Valor Econômico
9 comentários:
Ninguém fala,dos interesses,patronais e sindicais ,acontecendo dentro do HC Pois ,o interesse patronal com a expectativa da EBSERH,Ta elevando ao cargo de GERENTE,funpar com o seguinte discurso,SÓ VAI FICAR NA NOVA FIRMA QUEM,NÃO TIVER ENVOLVIMENTO POLITICO,QUE NÃO SEJA O DA ADMINISTRAÇÃO, Não sei como certas pessoas que sempre de punho serrado defendia os funcionários FUNPAR se presta a esse papel sera que só existe emprego no hospital de clinicas? ou porque é fácil fazer faculdade ter diplomas pois o que me assusta é que tudo isto foi a politica através de negociões de apoio a candidatos a reitor que deu.E o Reitor nisso tudo se cercando de cabos eleitorais para próxima eleição.QUE VERGONHA
Infelizmente Valério, é tudo um troca=troca, na base do "tome lá, dá cá", e com o Sinditest e Administração da UFPR isso está muito evidente, até o reitor, que é patrão, chama o Sinditest de "NOSSO SINDICATO". A APUFPR, que é o sindicato da classe dos docentes, é o que para seu Zaki? Dai se pode imaginar o tamanho do envolvimento dos 2 segmentos - reitor e atual diretoria do sinditest- para garantir a reeleição de ambos!! Só não dá pra esquecer que quem vota somos nós!!!
Valerio, assim anda o pais. Dá-se um jeito aqui, outro acolá e tudo jeitinho se ajeita. Quem não se ajeita, desajeitado fica!
Quer dizer: se alinha a cúpula, ou fica de fora!
Conheces a politica: é dando que se recebe? Pois o Reitor pra dar as trinta horas precisa de contrapartida e esta tem que ser volumosa. Traduzindo: tire da frente quem incomoda o comandante e ponto final!!!
É,formiga atômica e Berlusconi,enquanto o povo desse pais não acordar para as urnas ,Seja para presidente, deputados,prefeito,vereador,cargos públicos como o de Reitor e até sindicatos e síndicos de prédio a população em geral vai conviver com corruptos,trafico de influencia que é o que eu comento acima.O golpe que o partido dos trabalhadores entre aspas,não conseguiu na ditadura,foi dado nas urnas é só dar uma olhada em volta e ver no que nosso pais se transformou,Pois é ,não consigo nem mais comentar é tanta indignação . MAIS AS URNAS VEM AI ENQUANTO ISSO TEMOS O MINISTÉRIO PUBLICO E A MÍDIA FALADA E ESCRITA E A INTERNET PARA CONTINUARMOS LUTANDO CONTRA A HIPOCRISIA DO FALSO MORALISMO
A,ESQUECI de comentar,quem eu comento acima no primeiro comentário,tem que fazer jus ao cargo, esta enviando Email aos cabos eleitorais FUNPAR covocando para montagem de chapa,mas espera ai!? pra ter direito a vaga na EBSERH NÃO TERIA QUE TA FORA DA POLITICA!? É REITOR TEM QUE SE CERCAR DE TODOS OS LADOS.Mas quem nasceu pra discurso e dar rasteira no povo faz bem o seu papel já começa com mentira 22anos de HC !? faz as contas ai e vai ver que é menos 3 a conta correta. Bonito jargão FUNPAR X SINDITESTE.AHAHAH TO FORA.
Que se cuidem os corruptos e larápios estamos de olho em vocês, as eleições estão chegando.
E já tem uma terceira chapa inscrita, coisa que neris/messias nem carla/piloto contavam. Vai ser bunito de ver a briga.
ORA,ORA NÃO HÁ DE VER QUE FÊNIX EXISTE E ONDE HÁ CINZAS LÁ ESTA ELA DE VOLTA....É ISTO AÍ FARO FINO,CONCORDO PLENAMENTE COM VOCÊ QUE SE CUIDEM!!!
Carla e Néris cometeram o equivoco ao racharem a chapa. Vão ter que "pegar o banquinho e sair de mansinho" como diz um apresentador de TV. Dessa vez quero ver o Dr. Neris explicar na BASE as falcatruas da chacara adquirida em uma gestão, de forma nebulosa e quando retorna ao comando da entidade revende essa mesma chacara por um NINHARIA só pra se ver livre do abacaxi que havia adquirido.
Se for capaz que reembolse a categoria pelos prejuízos causados só nessa pseudo bricadeira com os recursos financeiros de terceiros, ou seja, os filiados que tanto esperam do sindicato e somente são usurpados.
Exemplo de usurpação de direitos foi desenrolar dessa greve, que coisa de doido. Além de cem (100) dias pra nada de reposição ou até mesmo uma negociação efetiva e ainda sair candidato a Presidente por não querer apoiar a nova liderança Carla, isso que é sede de poder. Quantas vezes já esteve a frente do sindipoucos, dizendo que é sindicato para todos e pouco apresentou. Chega de delongas e que a urna faça ferver a vontade da base.
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