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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Filiada de base pede ao Sinditest assembleia geral sobre adoção de 30 Horas com ponto

Circulou ontem um email, de autoria da técnica filiada ao Sinditest Lúcia Alves do Santos, em que ela pede ao presidente do Sinditest a convocação imediata de uma assembleia geral para a categoria saber em que pé está a questão da adoção da jornada de 30 horas com ou sem ponto eletrônico.  A preocupação de Lúcia é que essa jornada estaria para ser votada no Conselho Universitário (COUN) em sessão no dia  06/12/2011 e os servidores não sabem de nada dos detalhes da proposta.

Segundo o email datado de ontem, "a votação das 30 horas será no dia 06 de dezembro de 2011, nós Técnicos-Administrativos da UFPR devemos deliberar em Assembléia essa questão, pois o que foi aprovado na Assembléia da Greve foi 30 horas, em nenhum momento discutiu-se o PONTO ELETRÔNICO."

A apreensão da servidora tem razão de ser. Em 10/10, a matéria 
"Ponto eletrônico biométrico será implantado, garante reitor Akel na Band-FM" foi publicada neste Blog, em que o reitor afirmava à sua entrevistadora que considerava isso "a contrapartida natural da adoção da jornada semanal de 30 horas, principal ponto negociado na pauta local da greve dos técnicos. A medida é para toda a UFPR, incluindo o HC."

Wilson Messias é o (ainda) presidente do Sinditest.  Carla Cobalchini é a nova presidente eleita do sindicato, mas ainda não assumiu o cargo.  Ambos foram os únicos técnicos que estiveram na Comissão que discutiu a proposta da implantação da jornada de 30 horas junto a representantes da Reitoria durante outubro.

Para além da formalidade de colocar seu pedido de uma assembleia geral do Sinditest num ofício bem escritinho assim-assado (pois até nisso a diretoria do sindicato é capaz de implicar), a intenção de Lúcia terá que contar com um enorme bom humor do cacique sindical Messias para atendê-la.  Humor que pode estar bem estragado se for derrotada a Chapa 2 pela qual Messias concorre a uma vaga do COUN na eleição que ocorre hoje, ao lado do outro cacique asufepariano V. Kachel.

Sem essa boa vontade do excelso presidente do Sinditest para chamar assembleia, a servidora Lúcia terá de esperar que a nova presidente Carla assuma, o que não se sabe se ocorrerá antes de 06/12.  Ou então ela pode tentar o duro e incerto caminho indicado pela letra "d" do Art. 11 do Estatuto do Sinditest: conseguir que 10% da base filiada (algo entre 500 e 600 servidores, todos quites com a tesouraria sindical) assine um pedido de assembleia, enviar este pedido ao presidente do sindicato, esperar que este convoque a assembleia em 5 dias e, na assembleia, garantir que mais da metade dos 500 a 600 assinantes se faça presente, sob pena de nulidade das decisões.  

Ah, sim, ainda que cumpridas essas exigências, caso o presidente Wilson Messias não queira atender o pedido dos mais de 500 filiados de base, a bola passa ao vice, o "coronel" Dr. Néris, para decidir sobre chamar a assembleia, e ainda tendo Messias o direito de presidi-la!  Duro, não é mesmo?  Por essas coisas se entende como é urgente reformar o Estatuto, e o Artigo 18 do mesmo parece dar uma brecha para isso.

7 comentários:

Luis Otávio disse...

Difícil imaginar que ainda tem gente que espera alguma coisa dessa diretoria que nunca deu bola pra sua base. A negociação das 30 horas tão secreta quanto todas as outra que houveram até hoje certamente está recheada de favores de ambos os lados.

Cartão Ponto Biométrico Já!!! disse...

Neste momento, com o resultado das eleiços dos Conselhos divulgada, com o pessoal que trabalhou nesta Comissão das trinta horas obtendo a vitória, só resta aguardar o ponto eletrônico ser implantado imediatamente, se possivel, a partir de 01 de janeiro, visto que esta chapa representada pelos votos do HC será pontual e ordeira no cumprimento do dever lhe imposto nas urnas.
Obteve a vitória de um setor da Universidade acostumado com catraca, que custa, então, acostumar com o ponto eletrônico e impor aos demais servidores esta norma, os quias terão que se adaptar rapidamente ao esquema cartão eletrônico e ao desejo do Reitor.
Que viva o Messias e o Kachel pela brilhante vitória no Conselho e a consequente implantação do ponto eletrônico. VITÓRIA JAMAIS VISTA!!! Enfim vocês conseguiram o que o Reitor ordenou. Grande senso de obediência e subserviência dos nobres servidores do HC. Parabéns, agora todos irão se preparar para bem receber o cartão eletrônico.
A eleição dos Conselhos mostra que o cartão eletrônico ganhou com larga margem de votos, portanto, não deve ser ignorado, deve ser imediatamente implantado!!!
QUE COISA MARAVILHOSA!!! CARTÃO PONTO ELETRÔNICO FUNCIONANDO NA UFPR!!! Pobre UTFPR que já fazia esse tipo de controle tempos atrás e que sempre acompanha o que ocorre na UFPR e por ser representada pelos mesmos dirigentes sindicais, terá que também adaptar-se ao novo mecanismo de controle, visto serem instituições parceiras. Ah! Não se pode esquecer do IF que também tem servidores filiados ao Sinditest-Pr.
Chega de análises frias e que se vire a nova gestora do Sinditest-Pr, Srª Carla para reverter essa pendenga ou se curvar aos reclames do Reitor!!!
Força na peruca, como diz uma atriz global!!!

Roberto disse...

Lúcia... espere sentada! Esqueça essa bobagem. Desse cara? Hahahahahaha

Guaracira disse...

Lucia, louvável tua atitude em questionar e querer as coisas "preto no braco".Concordo. Mas infelizmente sou obrigada a concordar tb com o Roberto, que dificilmente se consegue reverte a situação da implantação do ponto eletrônico, até porque a srª Caral, que presidirá o Sinditest, fez parte da comissão de negociação, que, segundo o documento aresentado, nem sequer questionou a adoção do ponto eletrônico. O que se pode esperar?? Mesmo que chamem uma assembleia, esta será para reforçar issso, ou achas que os companheiros de CArla e cia. irão se posicionar contrários? Dificil, muito dificil.

Levantei essa questão em uma assembléia de greve, mas claro, como sou da turma rotulada de traidor e governista, mas questionamentos sequer foram considerados e/ou debatidos. Menos mal que deve estar gravado em algum dos videos da greve.

Zero Hora disse...

Guaracira, lembraste muito bem dos momentos sódidos vividos nas assembléias de greve. Quanta asneira e truculência foste vista naquelas oportunidades. Quase houve agressões físicas de Dirigente Sindical à filiado de base e, ainda assim, as coisas permaneceram praticamente iguais após dois duelos nas urnas.
Ao que parece não há um fato que possa afirmar que a base é incalta ou gosta de falcatrua, mas sim, há a hipótese de que as pessoas não se sentem bem para sair de seu setor de trabalho para votar, pois neste percurso somente enxergam agressões, acusações, suspeitas, denúncias de todos os lados e muito pouca ação efetiva junto aos órgãos de justiça desse país.
Portanto, a base está respondendo e muito bem nas urnas, vejamos: "qual das duas eleições deste mês de novembro de 2011 teve presença de mais de 50% de votantes da base filiada ao Sinditest-pr?
Se analisaste com calma podes ver que a base está respondendo bem: quanto mais denúncias, menos comparecimentos.
Há que se mudar o tom de caminhada nessa luta e esse é um papel importante dado para uma Presidente que por circunstâncias terá um por período de afastamento em licença maternidade o que espera-se não influa no andamento da carruagem sinditest-pr, pois o Mr. derrotado poderá aproveitar qualquer brecha para retornar como aproveitou a bobeira da chapa Novos Tempos em outra oportunidade.
Aguarda-se que a Sra Carla consiga estabilizar essa entidade sindical que caminha a passos largos para uma crise sem fim que se arrasta desde 1999, inclusive com ações judiciais de revisão de atitudes.
É chegada a hora da limpeza geral!!!

Guaracira disse...

Zero Hora - obrigada pela reverência ao grande jornal do RS, meu estado natal..srsr

Gostei da tua análise e acho que um movimento sindical não pode ser feito apenas com ou através de denúncias, mas estas se fazem necessárias.
É preciso mostrar o outro lado da moeda, mostrar que esses "coronéis" que estão dentro do sindicato, na asufepar, na administração manipulam as informações e ludibriam grande parte da categoria, sem o menor escrúpulo. Mas, claro, a categoria se informa e tira suas conclusões e, neste sentido, concordo contigo de que as pessoas estão mais conscientes e de "olho aberto", prova disso se viu no resultado das últimas eleições.

Relendo o que já tinha escrito, me ocorreu o seguinte: parece que todos ou a maioria de nós que concorrremos em alguma eleição temos a tendência em questionar e/ou cobrar posicionamentos dos colegas eleitores, esquecendo, as vezes, de nossos próprios posicionamentos e posturas frente a esses mesmos eleitores ou frente aos nossos adversários de chapas. Quantas vezes passsamos por cima da ética, da moral, dos bons princípios a fim de garantir o poder ( este mínimo e ilusório ), o status de estar em algum cargo na universidade, como se fosse vitalício. Creio ser importante se fazer também esta análise, das nossas atitudes, dos nossos reais interesses: pessoais ou coletivos? Até que ponto os interesses pessoais se sobressaem aos coletivos e vice-versa?

Felizmente, me parece que nossos colegas técnico-administrativos estão começando, mesmo que lentamente, a fazer este tipo de análise e, com isto, amadurecendo os processos eleitorais.

Que o grau de amadurecimento esteja BEM MAIOR quando da eleição para reitor, agora em 2012!

Romanus! disse...

Guaracira também acredito nesta perspectiva do amadurecimento da base e de que os processos eleitorais estão evoluindo. Os servidores estão realmente querendo discutir as situações propostas pelos candidatos e os resultados das urnas têm comprovado isso, equilibrando bastante os resultados finais. Isso é uma grande prova de maturidade do eleitor, AGORA FALTA MATURIDADE DOS CANDIDATOS. Chega de "tratorar" e impor vontades. Está na hora de começar a discutir propostas e a realização efetiva das mesmas com Prestação de Contas de acorda com as Diretrizes da Lei de Responsabilidade Fiscal imposta aos governantes/gestores.
Vamos acreditar que esse pais tem jeito e que as universidades começarão dando seu exemplo prático.
Que as campanhas sejam de propostas e realizações e sem difamações descompromissadas com a administração.