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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

30 Horas com ponto eletrônico: negociação pelas costas da base

A adoção da jornada de 30 horas, acompanhada da implantação do controle eletrônico de ponto em toda a UFPR, é a proposta colocada para debate e votação na sessão do Conselho Universitário (COUN) do dia 6/12.  Ela é resultado do trabalho de uma Comissão integrada por representantes da Reitoria e dos técnicos, formada ao final da greve deste ano, a qual entregou seu relatório por volta de 9/11 ao reitor Zaki Akel, e este agora encaminha a proposta de jornada/ponto ao COUN.

Nessa Comissão os TA foram representados pelo presidente do Sinditest, Wilson Messias, e pela ex-diretora de imprensa do sindicato, Carla Cobalchini, hoje presidente eleita do Sinditest, ainda não empossada.

Atentem, leitores, para a cronologia dos fatos.  A greve dos TA foi encerrada em 26/09, e nas assembleias finais de greve, em meados de setembro, a proposta das 30 horas foi aprovada pela categoria, e também nomes de quase 10 servidores para integrar a Comissão para discutir essa proposta com a Reitoria.  A Comissão paritária com a Reitoria foi instalada em 10/10, com presença apenas de Messias e Carla, tendo 30 dias para entregar seu relatório ao reitor, ou seja, por volta de 10/11.

Isto quer dizer que, pelo menos desde 10/11, há cerca de 3 semanas, tanto o presidente atual como a presidente eleita pela Chapa 2 já tinham conhecimento de que a proposta de 30 horas vinha acompanhada de implantação do ponto eletrônico.

Pergunta-se, caros leitores: desde 10/11 a diretoria atual do Sinditest chamou alguma assembleia geral para discutir essa proposta que irá a votação no COUN na próxima semana?  Saiu algum mínimo informe no site do Sinditest?  O grupo da Chapa 2 usou pelo menos seu site de campanha eleitoral para informar a base que lhe deu vitória para informar qual seria a proposta no COUN?  Não, não e não.

Apenas ontem (29), à noite, é que o site da Chapa 2, em matéria assinada pelo (ex?)diretor do Sinditest Bernardo Pilotto, confirma qual a proposta que irá a debate no COUN de 6/12, e ali conclama a uma "mobilização" dos servidores para protestar contra o "oportunismo" da Reitoria em associar o ponto eletrônico à redução da jornada.  Se assim é, por que a Chapa 2 não informou/alertou toda a base e procurou mobilizá-la DESDE 10/11 ?  Se Messias e a Chapa 2 já sabiam há 3 semanas de qual seria a proposta, por que se calaram até agora?  

Da parte de quem possuía informações, houve sonegação de levá-la até a categoria. Medo?  Há aí uma mistura de hipocrisia, desprezo pela democracia e falta de transparência.  Mais uma vez.  Uma negociação com a Reitoria feita pelas costas da base.  

16 comentários:

PARANÁ disse...

este comentário deve estar aqui, não lá embaixo.

Bernardo, para de enrrolação!

em assembléias da greve voces sempre afirmavam que as 30 horas seria encaminhado nos mesmo moldes da UNB, pois bem, as 30 horas na UNB só foi possivel pela contra partida aceita pelos servidores daquela instituição, quero dizer, aceitaram a instalação do ponto eletrônico.

então pessoal eles já sabiam desde o inicio das negociações que seria instalado o ponto eletrônico, não estou aqui defendendo o reitor até porque quem leu a portaria assinado por ele ve lá que esta muito bem amarrada ao decreto tal, mas a verdade tem que ser dita e a categoria tem que saber que foi enganada.

aconteçe que quando o bicho pegou na reunião do CEP em que o Bernardo faz parte da 3ª câmara, resolveram agora espernear, pessoal agora não adianta mais, ou é o ponto eltrônico ou nada de 30 horas.

com a decisão a categoria.

Anônimo disse...

"Na política não há amigos, apenas conspiradores que se unem.

Guaracira disse...

Pois é, Paraná, quando levantei esta questão do ponto eletrônico como contrapartida, durante uyma fala em assembléia, ninguém deu a menor importância, sequer foi encaminhada a proposta de debate sobre tal. Por que será né?

E olhem que não duvido nada de não termos as 30 horas aprovadas e ainda termos a implantação do ponto eletrônico!! Que tal: CONTINUIDADE DAS 40H + PONTO ELETRÔNICO?? hheh rir pra não chorar.

Andifes já se posicionou contra a implantação das 30 horas...

Daniel Mittelbach disse...

E ainda resta a pergunta que ninguém consegue responder: 30 pra quem? Quantos dos 6000 TA da UFPR se "encaixam" no perfil das 30 horas?

E os professores? Vão entrar nessa roda também?

carlos ufpr disse...

Pois é no hc votaram em massa pra essa chapa 2, atenderam a uma proposta dos tecnicos do HC porque lá a anos ja fazem 30 horas e ponto eletronico catacra so funciona para tercerizado e ainda temos que aguentar o nariz empinado dessa gente que ganhou o sinditest, mas tudo isso eles não falaram na campanha, e a Carla e o Messias não contaram essa, tavam la sempre os dois em todas as discussões, como vão explicar agora o ponto eletrônico, um ta saindo e a outra vai entrar so ano que vem, Também não vou defender o reitor mas ele sempre falou do ponto eletrônico, pelos menos não mentiu e omitiu, quem traiu a categoria para ganhar a eleição foi a chapa 2. Bem feito pra quem votou neles vão ter que aguentar essas mentiras por mais dois anos. Isso se os estudantes deixarem rsrsrsr, porque o Sinditest será Sindiestud.

Bernardinho disse...

Nós falamos sim senhor disso na campanha e no CEPE não se debate NADA sobre 30H

Bernardinho disse...

Perguntas que não querem calar: Voces vão na mobilização? Vão assinar o pedido de assembleia?

Dodo disse...

Caro colega Bernardo (assumindo que seu nome no diminutivo como comentarista corresponda a Bernardo Pilotto),

O que se cobra aqui é que, de modo amplo e através de algum veículo, como um boletim impresso, um site de sindicato, ou mesmo do site de campanha da Chapa 2 vitoriosa na eleição, tivesse sido tornada pública a proposta final elaborada pela Comissão das 30 horas. Afinal, dela participaram o presidente do sindicato e a nova presidente! Mas, nada foi divulgado desse modo. Pois a Comissão das 30 horas ERA TAMBEM UMA COMISSAO DE NEGOCIAÇÃO, e se, no andar das conversações, da parte da Reitoria surgisse a posição de que a redução da jornada só poderia vir com implantação do ponto eletronico (abreviemos PE), os dois representantes dos TA na Comissão (ou no mínimo um deles) tinham obrigação de levar o impasse para uma consulta à base, para uma assembleia geral ANTES QUE A COMISSAO ENCERRASSE SEUS TRABALHOS. Mas, não, a Comissao terminou o trabalho, entregou o relatório ou minuta ao reitor, e desde então nada mais se soube oficialmente, exceto nos últimos dias e através de um email surgido na lista de discussão por email do pessoal NS (email da Lucia Alves). Email a partir do qual surgiu a intenção de puxar assembleia de base.
OK, se a diretoria atual do sindicato não está mais nem aí pra consultar a base, tenta-se puxar uma assembleia pela base, coisa dificílima de obter sucesso. Não tanto de conseguir assinaturas, mas por causa de todo o processo burocrático imposto pelo Estatuto, que permite mil manobras de quem não quer assembleia na diretoria sindical.

Outra questão é o texto convocatório pela base dessa assembleia extraordinária. A pauta fundamental é discutir TODA A PROPOSTA das 30 horas, e não apenas o PE. Pactuem, voces colegas da Chapa 2, um texto consensual com os demais grupos interessados na assembleia, e puxamos todos juntos.

E, sim, queremos acompanhar essa sessão do COUN do dia 6/12, pra ver com os próprios olhos como será apresentada a proposição e como se colocará cada conselheiro.

TERCEIRIZADO disse...

TINHA QUE SER QUARENTA HORA ... É TÁ DE BOM TAMANHO, pelo menos não teriam tempo pra vagabundar. ahahahahaha

meri disse...

Concordo com o Dodo a categoria para tomar decisão tem que ter informação, se não há por parte das lideranças esse compromisso não adianta cobrar depois, se ela não vem junto.
Nós da Funpar, estamos nos garantindo com a união dos trabalhadores. Faremos uma reunião dia 15/12/2011 as 10:00 anexo B 7º andar,para pelo menos exigir informações sobre a Ebeserh, e também vamos tirar uma comissão de funcionários Funpar para exigir a nossa participação COUN/COPLAD, que ira discutir e decidir se a UFPR adere ou não a empresa. Se a gente não fizer isso estamos mortos, porque a Diretoria que ta saindo ainda não disse como vai defender a gente, e a diretoria que vai entrar alguns membros da chapa 2 disseram que não vão fazer nada pela Funpar isso não tá escrito foi falado por isso é só ver o resultado da eleição do Sinditest. como não dá para esperar vamos nos garantir. Trabalhador Unido é trabalhador forte.
Meri
Hospital de Clínicas
Membro da comissão de negociação do Acordo Coletivo Funpar 2011/2012

ps. antes que perguntem não sou candidata a nada, só vou cobrar o que muitos prometeram, aposentadoria digna para os trabalhadores da Funpar.

Faro Fino disse...

Pois é pessoal quando a água chega ao pescoço o bicho pega, a tendência da politica atual não é das melhores para as duas categorias. Não bastasse isso, as duas categorias ainda sofrem com os vários golpes dentro das próprias categorias, movidas pela inoperância das ações que poderiam ser melhores norteadas para os seus anseios. Sem contar ainda com o excessivo corporativismo e o individualismo de pequenos grupos que se intitulam como defensores ferrenhos das categorias seja RJU ou FUNPAR. A situação chegou a este ponto pela desmobilização e a má condução das ações necessárias para o sucesso das duas categorias.

Luis Otávio disse...

Criadores(Messias Neris) e criaturas ( Carla Bernardo) são farinha do mesmo saco.. Se não fossem não teriam permanecido juntos durante quatro anos.
Não se pode esperar nada desse pessoal.

Romanus! disse...

Faro Fino, vc está com faro bastante apurado. è verdade mesmo que as coisas chegaram a esse ponto devido a falta de mobilização da base e o excesso de obdiência aos caciques. Quando falta consciência política e ampla discussão, o resultado só pode ser desastroso. Quanto a atitude do Reitor de vincular as trinta horas ao cartão eletrônico, acho pefeita. Essa vinculação torna o procedimento claro e transparente, desde que funcione o controle eletrônico e não haja favorecimentos através de ABONOS NO ESPELHO DO CARTÃO POR PROBLEMAS TÉCNICOS. Esse filme já passou na UTFPR quando ainda era CEFET e a carga horária era 40h.
Portanto, pessoal, a discussão ampla em forma até de debates deve ser iniciada pelas entidades, instituições ou órgãos responsáveis o mais breve possivel.
Com a palavra CARLA e MESSIAS. Um que começa e outro que termina a gestão neste período.

Anônimo disse...

Lembrando que quem é contrário a redução da jornada de trabalho, e esta pressionando para a implantação do ponto eletrônico é o governo que vocês defendem e do qual fazem parte.

Anônimo disse...

O Sindicato tem a obrigação de conduzir este debate, já esta muuuuito atrasado enrolando o assunto das 30 horas. Nossa categoria propôs e agora pra levar nossas lideranças, vão ter que estar puxando o assunto, reclamar não vai resolver nada, ponto eletrônico legitima o processo, é moral, não vamos deixar de ter uma conquista por incompetência na discussão e condução como já foi durante a greve.
Sem chorumelas que a categoria precisa de ação!
A OBRIGAÇÃO DE QUEM FOI ELEITO É TRABALHAR PELA CATEGORIA!

luiz fernando disse...

chapa 1 do confasubra, estava mais pra chapa ZAKISTA, nem conseguem disfarçar!