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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A "greve" de hora-extra no HC funcionou?

Um dos assuntos debatidos no final da assembléia do Sinditest do dia 08/10 foi o Adicional de Plantão Hospitalar (APH), um recurso que o Governo Federal está usando para contornar a falta de pessoal, e cujo valor é alto o bastante para atrair os servidores a fazer os plantões. Segundo informado pela mesa dirigente da assembléia, o HC teria solicitado do governo 4 mil APHs mas apenas 661 foram concedidos, todos eles para pessoal de cargos de nível superior.


Ao mesmo tempo, sabe-se que uma parte do serviços prestados no HC acontece porque muitos servidores trabalham em regime de horas-extras (HE), sendo a grande maioria deles o pessoal de cargos de nível médio. Se não ocorresse a HE, a atividade no HC poderia ser comprometida em nível mais ou menos significativo. Por isto, protestando contra a escassez dos polpudos APHs, a Diretoria do Sinditest resolveu propor uma Campanha de Fim da Hora-Extra, esperando com isso paralisar parcialmente o HC e sensibilizar a direção hospitalar a brigar por mais APHs.

Isso foi apresentado na assembléia do dia 8, mas não convenceu muitos trabalhadores do HC, que já contabilizam as remunerações de HE em seus orçamentos domésticos, pagam suas contas levando em conta o que recebem do adicional de HE. Por isso, a proposta da Diretoria, ao ser colocada para deliberação, provocou reações, depois esvaziamento da assembléia (a maioria dos inicialmente 90 presentes se retirou do auditório), parecendo que a maioria nem queria votar esse assunto, deixando o presidente Wilson Messias falando para menos de 15 pessoas. Mesmo com a assembléia na prática acabada, Messias forçou a votação da tal Campanha contra a HE, que resultou em uns dez votos favoráveis e uma meia dúzia de abstenções, um final patético da reunião. Messias ainda suplicou para que os servidores não fizesssem HE pelo menos nos 3 dias do feriadão pré-12/10 mas parece que seu clamor caiu no vazio, pois nada se sabe que o HC tenha tido problemas para funcionar de 9 a 12/10.


Do ponto de vista de classe trabalhadora, é óbvio que a HE significa um aumento da exploração da mão-de-obra, ainda que remunerada com valor maior. No entanto, não basta saber disso e querer acabar com a HE por decreto, pois os servidores que fazem HE não o fazem porque gostam, mas porque precisam. Assim, a proposta do Sinditest soou irreal, e duvidamos que esteja tendo qualquer sucesso no seio dos servidores do HC. Mais uma bola fora da gestão "Para Todos".

A realidade se encarrega de mostrar para os atuais diretores do Sinditest que, objetivamente, eles não têm a capacidade de organizar qualquer paralisação do HC, pelegos imobilistas que são. E, pior ainda, por causa da desatenção dessa Diretoria para com o restante da UFPR, não podem mais esperar que os servidores da UFPR ajudem ativamente seus colegas do HC. A Diretoria atual do Sinditest é a culpada pela cisão da solidariedade de classe entre os servidores do HC e os servidores do restante da UFPR. Por isso, jamais construirão qualquer luta de envergadura seja no hospital, seja na UFPR ou na UTFPR. Como não construíram desde que tomaram posse em janeiro/2008.

8 comentários:

Roberto disse...

Ahahahahahahhaha, tá engraçada essa foto aí! É um passando a mão no r... do outro, hahahha, desse jeito vamos bem na base do troca-troca. Só que o meu eu não ofereço pra entrar na negociata.

Juca Sobrinho disse...

Ei eu quero uma camiseta como essa aí do Wilson! So ligado no careca! Ele é o cara! Wilson faz bem em ser serviçal do reitor, meus!

Anônimo disse...

Ha, por isso que a gente só vive ganhando nessa gestão do Zaki e do Messias. Ganhamos a perda dos 3,17%. Legal, vamos nessa.

Romulo disse...

Por causa disso que os 3,17 foram embora, o sindicato tá mais preocupado em conversinha com reitor do que pra avisar os servidores da perda que ia acontecer. Sai fora, pelegada.

Maria Lucia disse...

Nooooossa
Como o amor é liiiiindo...!!!
Essa é a oposição pra valer?
Imaginem se fosse situação.

INDIGNADO!! disse...

Rõmulo,vc tá certo!!! Continuando assim aguardamos a próxima perda que será a não implantação do Mestrado em Gestão para capacitar os servidores. Sabe por que?? Causa ônus nas progressões por capacitação e o ZAK terá qe solicitar mais verba para cutio da FOLHA!!!!! Assim não dá Messias!!! Vá a LUTA, saia do CASTELO!!! Mostre que é CAPAZ de LUTAR!!! Seja um Dirigente Sindical, não um PELEGO!!!!

Dos Santos disse...

e vcs sejam sindicalizados atuantes e desmontem ele nas eleições seus trouxas

Roberto disse...

Desmontaremos, seu santos, pode deixar.