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terça-feira, 26 de julho de 2011

Advocacia Geral da União tenta enquadrar judicialmente greve da FASUBRA

Conforme notícia do Portal IG publicada às 19h50 desta segunda-feira, a AGU (Advocacia Geral da União) entrou com ação no STJ para frear ou acabar com a greve nacional dos servidores técnicos das IFES.  A AGU pede ao Supremo que "a greve seja declarada ilegal ou que no mínimo 70% dos técnicos retornem ao trabalho, para permitir a continuidade dos serviços públicos essenciais, prestados pelas universidades e propõe multa diária de R$ 100 mil, caso não seja cumprida essa determinação." A FASUBRA e 26 sindicatos de base estão sob ameaça dessa multa caso o STJ acolha o pedido da AGU (clique aqui para ver mais detalhes no próprio site da AGU)..

Já na assembleia da UFPR/UTFPR da última quinta-feira (21), foi dado o informe de que a direção do Sinditest havia sido chamada a audiência no Ministério Público para esclarecimentos sobre efeitos da greve no funcionamento da universidade e do HC. Portanto, também em nível local o judiciário se move para tentar enquadrar o movimento grevista.

Em 2007, em parte provocado por atitudes inconsequentes na greve dentro do HC de lideranças que hoje dirigem o Sinditest, o Ministério Público aplicou multa sobre o sindicato e o forçou a suspender a greve dentro do hospital.  O movimento prosseguiu na ocasião, restrito aos setores extra-HC, uma vez que o judiciário obrigou a assembleia do sindicato a aprovar a volta ao trabalho no hospital.

É condenável o tratamento que o Governo Federal está dispensando ao movimento dos técnicos.  Desde fins de 2010, a FASUBRA tenta negociar sua pauta.  Esperou-se a transição Lula/Dilma e a montagem do novo ministério este ano, reiniciaram-se as conversas, mas em momento algum os representantes do Min. do Planejamento deram algum indício de resposta objetiva aos itens da pauta, o que acabou levando ao começo da greve em junho.  Agora, em vez de se reabrir algum canal de diálogo para a negociação, a Procuradoria-Geral Federal passa a ameaçar o movimento.  Isso merece duras críticas, na medida em que se trata de um governo que se proclama voltado aos interesses populares e dos trabalhadores, porém neste caso concreto tem  prática em desacordo com o discurso.

Não obstante, funciona a lógica patrão x empregado.  O Estado empregador recorre a seus instrumentos legais para fazer prevalecer seu ponto de vista.  Aos servidores, cabe prosseguir lutando por suas reivindicações, de modo firme mas consequente, fazendo o possível para não se deixar isolar diante da maioria da população, ao contrário, tentando ganhar mais o seu apoio.  Que se fortaleça a greve, com muito espírito de unidade entre todas as correntes politicas do movimento.

Um comentário:

Unknown disse...

Que vergonha NACIONAL!!!,quer dizer que quando a PRESIDENTA,assumiu ela não estava nenhum pouco preocupada com a situação do país a quantas andava,se havia perigo eminente de voltar-mos à inflação galopante,se o saque aos cofres públicos com relação ao gasto eleitoral estava previsto , só interessava entrar com o seu garantido e de sua equipe,que aliás parecem chupins não param de comer o país e o saldo desta querem penalizar quem realmente carrega a NAÇÃO ! Aos trabalhadores resta RESISTIR... Este filme já foi visto, quando ao lado do governo estam os militares,voces lembram como o governo os trouxe para seu lado? Foi com os 28% e agora este quer ter ao seu lado o Judiciário? A que preço? Equiparando seus salários aos de ministros? E aí sim ,se sobrar alguma coisa parcela-se em suaves prestações anuais? Olha pessoal eu sou da seguinte opinião se esta na chuva é para se molhar,se voces recuarem agora,acredito que será bem mais danoso do que em 2005.Pensem nisso.