Sem rodeios, o governo abriu ontem caminhos para oficializar aquilo que nos gabinetes da Esplanada dos Ministérios já é dado como certo. Diante da retração econômica provocada pela crise internacional, os reajustes autorizados no ano passado ao funcionalismo não sairão do papel. A não ser que o ambiente de negócios, o emprego, a arrecadação de impostos e a produção reajam de modo convincente. Caso o cenário permaneça como está — ou piore ainda mais —, os aumentos prometidos aos servidores do Executivo federal terão de ser postergados.
Pressionado pelos sindicatos, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, convocou ontem uma reunião de emergência com algumas das entidades mais representativas. Durante o encontro, Bernardo explicou que houve uma mudança radical do quadro econômico e que por essa razão o governo não terá outra alternativa a não ser fazer “muita restrição orçamentária” — entre hoje e amanhã o governo anunciará os cortes no Orçamento e a previsão de receitas e despesas para o ano. “Para movimentar a economia abrimos mão de receitas e fizemos desonerações orçamentárias importantes”, reforçou aos sindicalistas.
Oficialmente, o adiamento não é confirmado, mas o presidente Lula já prepara o terreno para o governo dar a má notícia. Depois de se reunir com alguns de seus principais conselheiros no Palácio do Planalto —entre eles os ministros Guido Mantega (Fazenda), Paulo Bernardo e Dilma Rousseff (Casa Civil) —, Lula disse, no Rio de Janeiro, que a intenção é respeitar o calendário acertado com as entidades sindicais e pagar, de forma escalonada até 2010, os reajustes aprovados por meio de leis enviadas ao Congresso e que envolvem cerca de 1,8 milhão de servidores entre ativos, inativos, pensionistas civis e militares.
Divergências
Dentro do governo a manutenção do gasto extra com a folha de pessoal — só neste ano os reajustes custarão R$ 28,4 bilhões — divide opiniões. A área econômica defende a reprogramação imediata dos acordos com base no artifício legal aprovado na Câmara e no Senado que atrela o comportamento das receitas ao pagamento das parcelas restantes. Já a ministra Dilma Rousseff, preferida por Lula para concorrer à sucessão de 2010, e o próprio presidente desaprovam a medida por acreditarem que o adiamento traria desgastes políticos irreparáveis.
------------------------------------------------Fonte: Correio Braziliense de 19/01/2009
7 comentários:
bem a corda sempre arrebenta nos lado mais frágil, nos servidores, e o sinditodos onde está, acompanhando a eleiçâo da cipa dos funionarios funpar no hc, nada contra a defesa das condições dos locais de trabalho, mas quando nós servidores vamos ter a nossa representação diante deste quadro do governo.
O Sindicato só pensa no HC. Aqui no meu setor eles só aparecem pra pedir voto.
Pior ainda é ouvir diretora do sindicato falando que sabe tudo de carreira e despejando um caminhão de abobrinha na cabeça do pessoal.
Maria Lúcia concordo com você. Esta Diretoria do Sindipoucos tá mesmo parecendo Diretoria de Feira, pois vende uma enormidade de abobrinhas em relação a Carreira do Servidor e nem imagina como informar a esta categoria que os reajustes serão postergados devido a inoperância do SINDICATO.
TÁ DIFCIL E MUITO DIFCIL MELHORAR A CREDIBILIDADE DESSA TURMA!!!
Rato do Deserto,
você acredita mesmo que se possa melhor a credibilidade da direoria desse sindicato? Até poderia se tentar, mas os caras são tão burros e fazem tantas burradas que nem dão a chance de tentar melhor a aparência mórbida, inerte e hipócrita que estão apresentando pra toda a categoria!
Lamentavel, mas nao acho possivel.
PO, Medeia, voce foi má...
Medeia, vc não foi MÁ. Vc foi é realista pra mais de metro!!!!
Que Diretoria capenga!!! Lerda mesmo!!! Parada!!! Morta e jaz nas catucumbas da Mal Deodoro 1899.
o sindicato só que faze o bem e a pessoas nao entende, cai de pau
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