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quarta-feira, 18 de março de 2009

Reitores da ANDIFES "em cima do muro"

Semana passada a FASUBRA realizou uma Plenária de Sindicatos e depois um Seminário (dia 9/3) para debater as terceirizações no serviço público em geral e nas IFES em particular. A assembléia geral do Sinditest enviou dois representantes a esses eventos. No Seminário, foi útil ouvir a ANDIFES (representante dos reitores das Universidades Federais), entre outras coisas por revelar que essa entidade não tem nenhuma posição oficial sobre o Projeto de Lei (PL 92/2007) que permitirá instituir as Fundações estatais de Direito Privado (FeDP) em áreas da Educação e Saúde públicas, tal como no HC da UFPR.


Quando provocado por alguém da platéia do Seminário sobre essa indefinição, o professor Gustavo Balduíno, secretário da ANDIFES, foi bem claro: "É posição em cima do muro, mesmo." Na realidade, nem todos os reitores estão no muro, muitos estão claramente ao lado desse modelo de gestão da FeDP, porque ele resolve demandas e "gargalos" gerenciais que os reitores enfrentam no dia-a-dia. Só não podem revelar abertamente isso, a exemplo do próprio reitor da UFPR.

7 comentários:

Anônimo disse...

Essa fundação de direito privado é o pulo do gato, é o "produto das organizações Tabajara" pra Dr. Loddo poder dizer feliz: "Seus (meus) problemas acabaram!!"

Só não ve quem não quer que o reitor tá a fim dessa fundação o quanto antes, a direção do hospital, e até o pessoal da FUNPAR, que tá com a faca da demissão na garganta, vai ter que topar o novo esquema pra sobreviver com emprego.

Só não ve quem não quer que o Sinditest, a turma de Messias e Neris, sabem tudo disso e fazem joguinho de "me engana que eu gosto" com o discursinho da boca pra fora de que são contra a fundação privada. Afinal, o HC já tá praticamente separado da UFPR, até no movimento sindical o sindicato do Messias cuida 90% só de HC e que se dane o resto da UFPR.

Anônimo disse...

PAULO
Concordo com sua indignação e faço sua as minhas palavras, só acho que você não deve entrar na linha do Messias e do Neris de dividir a categoria quando se trata de luta de funcionários. Eu sou funcionária da Funpar aqui no HC a 19 anos, sempre vivemos no dia a dia com a faca da demissão em nossas cabeças, mas sempre lutamos juntos em outros momentos quando o Sinditest lutava igual por toda a categoria, sempre cobrei da Fasubra um posicionamento de defesa das fundações, porque afinal fazemos parte do contexto da UFPR, mas se em 2010 nos demitirem, espero que vocês servidores não continuem nessa apatia, vão as ruas e cobrem do SINDITEST A DEFESA DE TODOS, AFINAL ELES FORAM ELEITOS PRA ISSO, O HC PODE TER DADO A VITÓRIA PARA ESSES OPORTUNISTAS, MAS SERVIDORES DA UFPR TAMBÉM VOTARAM PARA ELES.
UM GRANDE ABRAÇO
MERI

FUNCIONARIA DO HC - FUNPAR A 20 ANOS.

OBS DODO FAVOR PUBLICAR O MEU COMENTÁRIO SE NÃO VOU ACHAR QUE VOCE NÃO FAZ UMA DEFESA UNIFICADA DE TRABALHADORES.
BJS
MERI

Anônimo disse...

Meri, naturalmente que publico seu comentário, pois tem tudo a ver com o assunto da matéria e do blog.
O comentarista Paulo, acima, segundo eu entendi, não estaria menosprezando o pessoal da FUNPAR nem deixando de entender a situação difícil dos colegas celetistas. De um lado o governo não abre mais vagas públicas para o HC nem se acham formas de manter os empregos funparianos via concursos destas pessoas, e de outro o governo acena com uma nova modalidade de terceirização, que é a Fundação de Direito Privado (FDP). Os trabalhadores da FUNPAR-HC tem todo o direito a defender seus empregos e se eles são empurrados para a fórmula da FDP, como criticar que estejam buscando a sobrevivência ?

Gostaria de que o HC pudesse superar sua crônica crise de financiamento e de política de pessoal com uma fórmula não-terceirizada, bancada por SUS e MEC, sem sacrifício do custeio das atividades educacionais, mas a maioria do governo não envereda por aí e oferece a FDP, que é uma OSCIP de inspiração tucana...

A crítica mesmo é à hipocrisia da diretoria do Sinditest, que fala uma coisa e faz outra, e que faz o pessoal da FUNPAR de joguete de seu discurso enganoso.

Anônimo disse...

Segue matérias de hoje, só para informar quem realmente está preocupado com a PEC 92/2007.

Esta decisão de aplicação da fundação estatal nas universidades que possuim hospistais universitários, terão que ser dicutidas debatidas e aprovada nos conselhos superiores das universidades, segundo o Ministro da Educação, queremos ver como será o comportamento dos representantes técnicos administrativos nessa discussão e nessa decisão porque dependerá deles também uma posição firme ao chegar na decisão. E aí vamos ver também como será o comportamento do Sinditest.





Ministros pedem para Temer aprovação de projeto que permite contratação de servidores
UOL Links PatrocinadosClaro Teste


Quatro ministros fizeram nesta quinta-feira um apelo ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), para a aprovação de um projeto de lei complementar que permite a contratação de servidores públicos, mediante concurso, sob as regras da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Estiveram lá os ministros José Temporão (Saúde), Fernando Haddad (Educação), Juca Ferreira (Cultura) e Luiz Eduardo Barreto (Turismo)

A proposta do Executivo cria fundações estatais de direito privado que teriam a prerrogativa de contratar os novos servidores.

Atualmente, os servidores públicos federais são regidos pela lei 8.112, que dificulta a exoneração daqueles contratados por concurso público. Com a mudança, os funcionários do governo federal passam a ser regidos pela CLT e perdem automaticamente a chamada "estabilidade" prevista no modelo em vigor.

Além da agilidade para a contratação e demissão dos servidores, as fundações estatais vão ter a prerrogativa de agilizar a compra de materiais --que no serviço público em geral ocorre após longos processos de licitação.

Os ministros aproveitaram a "brecha" encontrada por Temer para colocar em votação no plenário da Câmara matérias não ordinárias, como projetos de lei complementar, para fazer um apelo pela análise do texto. Eles argumentam que, com a aprovação do projeto, os ministérios terão mais facilidade para contratar servidores em regime de urgência.

O Ministério da Saúde, por exemplo, pretende criar fundações hospitalares para gerir hospitais federais ligados ao governo federal.

"Ele [Temer] se comprometeu em votar rapidamente dentro dessa nova sistemática de votação. Acho que vamos mudar o padrão da qualidade do serviço público porque fica mais fácil a contratação de médicos para as fundações hospitalares e para os hospitais de ensino", disse Temporão.

Temer se comprometeu com os ministros a levar o projeto para votação o mais rápido possível, caso o STF (Supremo Tribunal Federal) autorize a Câmara a votar matérias não-ordinárias mesmo com a pauta trancada por medidas provisórias. A "brecha" na votação foi formalizada por Temer esta semana, mas só vai ser implementada se o STF se manifestar favoravelmente à proposta do parlamentar.

O presidente da Câmara reclama que a pauta de votações é constantemente trancada por medidas provisórias com prazo de votação vencido, o que paralisa as atividades parlamentares --já que os deputados não podem votar outras matérias enquanto as MPs não forem analisadas.

Críticas

Temporão e os ministros Fernando Haddad (Educação), Juca Ferreira (Cultura) e Luiz Eduardo Barreto (Turismo) rebateram as críticas de que o projeto vai privatizar o funcionalismo público federal. "Não há nenhuma idéia de fazer uma privatização do serviço público ou de destruição da atual estrutura do setor público. Trata-se de modernizar os mecanismos", disse Ferreira.

Na opinião de Temporão, as críticas à proposta são uma tentativa de se "colocar um viés ideológico numa questão prática". Barreto disse, por sua vez, que haverá transparência na administração das fundações criadas pela proposta. O ministro do Turismo cobra agilidade do Congresso para análise da matéria porque espera mudar a estrutura pública federal antes da Copa do Mundo de 2014.

"Hoje, com a estrutura atual, há dificuldades. A partir de julho de 2010, estaremos oficialmente liberados para promover a Copa do Mundo no Brasil. Com a atual estrutura isso será impossível", afirmou.

A proposta do Executivo prevê a contratação de funcionários pa as fundações estatais de direito privado por meio de concurso público simplificado. Os aumentos salariais para os novos servidores só poderão ser concedidos após a aplicação de avaliações de desempenho de metas. Se for aprovado pela Câmara, o projeto ainda precisa passar por votação no Senado antes de seguir para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Anônimo disse...

Agradeço ao "Anonimo" que postou esse comentário com matéria muito esclarecedora do Portal UOL, pena que você não tenha se identificado. A identificação da pessoa tanto pode vir no final do comentário como escrita abaixo da janela do texto de comentario clicando-se na opção "Nome/URL" e escrevendo o nome pessoal, ou apelido, na janelinha ao lado do círculo.

Espero que outros leitores possam descobrir matérias úteis como essa, e tanto enviar como comentário ou citar a fonte que a Editoria deste blog procura e poderá publicar.

Essa matéria do UOL é elucidativa por mostrar como pode ser agilizada no Congresso a votação do PL 92/07, agora que já passou (com aprovação da maioria) nas Comissões internas da Casa. Infelizmente, quem responde pela entidade, que diz ser contra o PL 92/07, e é a entidade quem tem responsabilidade de organizar a luta e investir recursos, não estão fazendo isso.

VAleu!

Anônimo disse...

Dodo desculpe eu não identifiquei
e que fiquei um pouco triste com o comentário do Paulo.
Gosto sempre de ter canal de comunicação aberto quando o assunto é de estrema importância.
Meri

MERI HC UFPR

Anônimo disse...

Dodo

A materia sobre a aprovação da PEC e a pressão do Ministros fui eu quem enviou, pra muitos parece que a fundação estatal não vem, mas não é o que os ministros pensam, sugiro que todos leiam, a internet é fantástica pra quem tem interesse de saber as notícias que podem refletir as consenquencias na nossa UFPR.
Meri