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domingo, 29 de março de 2009

Nesta segunda, 30, a luta é nas ruas!

A semana começa neste dia 30/3 de março com os trabalhadores indo às ruas em todo o país para exigir que o ônus da grave crise capitalista mundial não seja jogado sobre as suas costas. Atos públicos, passeatas e paralisações-relâmpago nas principais cidades comporão a maior manifestação no Brasil desde a eclosão da fase aguda da crise, no final de 2008. Será também um momento singular e histórico de unidade do sindicalismo e dos movimentos sociais.

Todas as centrais sindicais (CTB, CUT, Força, UGT, NCST, UGT, Conlutas e Intersindical) e as maiores confederações verticais se uniram na convocação deste dia nacional de luta. Até setores mais avessos às ações conjuntas, como a Conlutas, aderiram ao protesto. Além do sindicalismo, a manifestação conta com o engajamento do que há de mais representativo nos movimentos sociais brasileiros. A União Nacional dos Estudantes (UNE) aprovou a participação no seu conselho de entidades gerais. O Movimento dos Sem-Terra (MST) fará marchas em vários estados.

Como afirma o manifesto unitário, ''os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade estão unidos contra a crise e as demissões, por emprego e salário, manutenção e ampliação de direitos, redução dos juros e da jornada de trabalho sem redução de salários, reforma agrária e em defesa dos investimentos em políticas sociais. O povo não é culpado pela crise. Ela é resultante de um sistema que entra em crise periodicamente e transformou o nosso planeta em um imenso cassino financeiro, com regras ditadas pelo 'deus-mercado'. Diante do fracasso desta lógica excludente, eles querem que a classe trabalhadora pague a fatura em forma de demissões, redução de salários e de direitos, injeção de recursos do BNDES e criminalização dos movimentos sociais. Basta!''.

O protesto unitário desta segunda-feira será o primeiro passo de uma jornada que deve ser dura e longa. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a atual crise poderá gerar mais de 51 milhões de demissões no planeta. O Brasil contabiliza as suas vítimas. O IBGE divulgou nesta semana que a taxa de desemprego em fevereiro teve a segunda alta consecutiva, passando de 8,2% em janeiro para 8,5%. No mesmo período, ainda segundo o IBGE, o rendimento médio real domiciliar per capita recuou 1%, para R$ 835,21. Já o Dieese, que tem um critério mais amplo de aferição do desemprego, informa que a taxa subiu de 13,1% para 13,9% em fevereiro.

O Dia Nacional de Luta e Mobilização em Defesa do Emprego e dos Direitos será também um teste sobre a capacidade de resistência dos trabalhadores brasileiros à crise mundial. Na França, uma poderosa greve geral evidenciou o grau de radicalidade que esta jornada pode adquirir; na Inglaterra, Portugal, Grécia e Alemanha, entre outros países europeus, a mobilização já atinge novos estágios, com ocupações de fábricas, paralisações e passeatas quase que diárias. O protesto unitário desta segunda-feira pode preparar ações de maior envergadura também no Brasil.


Lamentavelmente, os principais dirigentes do Sinditest-PR preferem confinar seus filiados entre quatro paredes na mesma hora da manifestação que, em Curitiba, começará na Praça Santos Andrade a partir das 10 da manhã. A Diretoria sindical "Para Todos" agenda dois temas importantes (GEAP e Fundação do HC) para sua assembléia do dia 30/3 e com isso desvia o foco da luta, impede que os servidores da UFPR vão se juntar a seus colegas trabalhadores de outras categorias.

3 comentários:

PARANÁ disse...

caros companheiros (as), não vamos ser ingenuos não ve que esta assembléia de segunda foi armada, eles não querem que a categoria participem de nenhuma luta, caro bloguista, voce não acha que está pedindo demais para esta direção? como vão as ruas lutar por emprego, se por perseguição politica demitiram duas funcionárias de nossa entidade, o pior de tudo isto é que são duas mães de familia, mais duas vitimas deste bando de irresponsáveis e safados.
tenho uma surpresinha para eles nesta assembléia, eles que me aguardem, bando de ipócritas e mentirosos.
como torço para que esta assembléia esteja lotada, para arrancar a mascara de uma vez por toda da cara destes desavergonhados.
eles se julgam os dono da verdade, da lisura, da transparencia e da moral. vão quebrar a cara.
amanhã cedinho tem material no HC, PARTE II FOMOS ENGANADOS.
um forte abraço a todos e até a assembléia.

PARANÁ

Luiz disse...

A coisa tá feia mesmo, pra ter conseguido juntar toda essa turma pra fazer o ato!

Editoria disse...

Na manhã de ontem aconteceu mesmo o ato-passeata das Centrais Sindicais, com participação de outras entidades de movimento estudantil e de mulheres. Saíram da Praça Santos Andrade às 10 em ponto umas 500 pessoas e fizeram trajeto pela Av. Cândido de Abreu até o Banco Central, onde se concentraram para protestar contra a política econômica que mantém juros altos e com isso dificulta criação de empregos.
Infelizmente, os servidores da base do Sinditest não puderam participar do ato porque a direção sindical considerou mais importante debater um tema sobre o qual sequer tinha alguma proposta previamente elaborada, numa assembléia que ficou muito mais na constatação de que é preciso estudar mais a fundo o problema, e quase nada mais além disso.

Já houve época em que a militância no Sinditest participou mais ativamente de grandes mobilizações, mas aparentemente a atual diretoria prefere se contentar com as questões paroquiais intra-muros da UFPR.