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segunda-feira, 30 de março de 2009

Destino do auxílio-saúde monopoliza a atenção na assembléia do Sinditest

Já no início surgiu do plenário da Assembléia Geral do Sinditest, na manhã desta segunda-feira, uma proposição de encaminhamento no sentido de que os servidores presentes fossem reforçar o Ato-Passeata contra a crise convocado pelas Centrais Sindicais. Diante do pouco eco encontrado entre os presentes no Anf. 100 do Setor de Educação, a proposta foi retirada pelo servidor Dodô, membro deste Núcleo, mas ficou a chamada de que o Sinditest se empenhe de fato em próximas mobilizações e não convoque atividades no mesmo horário de futuras manifestações gerais contra os efeitos da crise mundial. A passeata, que saiu da Praça Santos Andrade às 10 horas, reuniu cerca de 500 militantes sindicais, estudantis e populares, que protestaram diante do Banco Central, no Centro Cívico e depois foram pressionar deputados estaduais na Assembléia Legislativa.


Após breves informes, a Assembléia ouviu um colega da UFMS (Federal do Mato Grosso do Sul) sobre o Plano de Saúde lá existente, autogestionado e resultado de cerca de duas décadas de construção. O servidor Valter, da UFMS e da FASUBRA, expôs as vantagens e dificuldades de um Plano complementar de saúde que é gerido pelos próprios trabalhadores. Depois dele, o colega Luiz Fernando Mendes, que na PROGEPE cuida das questões do GEAP, expôs brevemente a situação hoje polêmica devido ao aumento inesperado dos custos desse plano ao qual aderiram cerca de 3.000 pessoas.


A impressão geral é que, diante de várias opções sobre o que fazer com os recursos do Auxílio-Saúde, conquistado pela luta da Greve dos 100 Dias em 2007, nem a direção do Sinditest nem a base ainda tem claro o rumo a tomar - tornar o Auxílio-Saúde mais um "vale" ao qual todos tem direito sem comprovar filiação a qualquer plano de saúde? Manter o GEAP como convênio único mas combatendo o aumento? Dar o per-capita do auxílio sem exigência de filiação ao GEAP? Construir um Plano próprio, gerido paritariamente por UFPR e Sindicato, autogestionado? Muito há que debater, e mais ainda se se pretender a opção pela autogestão dos recursos.


Questionou-se uma Comissão montada pela Reitoria de Zaki Akel sobre a questão, pois nela a maioria dos membros é da administração e conta apenas com um membro do sindicato. Por isso, foi proposto que se exija do reitor uma comissão paritária (igualdade de número de membros da Reitoria e dos trabalhadores) e até lá nada se decida sobre o emprego do recurso do Auxílio-Saúde. O servidor "Paraná" leu uma proposta de posicionamento, cujo conteúdo expressa no geral o que aquela assembléia debateu, mas ela não chegou a ser votada pelo plenário. Foi aprovada uma Comissão de 3 membros para acompanhar junto à Reitoria esse assunto: Guaracira Flores, Ieda Neves e um membro da diretoria do Sinditest. Resta a certeza de que o assunto é complicado e vai exigir muito mais discussão e provavelmente novas contendas com os administradores da Reitoria e do Governo Federal.

6 comentários:

PARANÁ disse...

Dodô, nós não somos inocentes, chamaram esta assembléia simplesmente para levantar a bandeira da GEAP. o negócio deles realmente é fugir da luta é passear, será que as pessoas presente se ligaram que dois diretores foram novamente sem debate com a categoria, sem abrir para a categoria participar, passaram 3 tres dias se não me engano em Brasilia, mais dinheiro indo embora. etá diretoria que viajam. vamos aguardar as próximas viagens, quem sabe não farão alguma a cuba, para converçar com FIDEL ou talves a USA bater um papo com OBAMA, vamos esperear, pois eles consseguem sempre a nos surpreender, pois fazem as coisas escondidas e depois sem querer se entregam. boa viagem e sempre de avião pois conforto é tudo, BUSÃO só para a categoria, aguardem POÇOS DE CALDAS - MG.

PARANÁ

Dodô disse...

Prezado 'Paraná',

É correto que o sindicato procure tratar da questão do auxílio-saúde, que envolve o GEAP, afinal foi uma das duas conquistas da Greve de 2007 (greve que os atuais diretores sindicais usaram para atacar e dificultar a ação do Comando de Greve da época). No entanto, o fazem sem um maior conhecimento de causa e estudo de alternativas, além de marcar assembléia em horários complicados como essa manhã de segunda-feira, ontem.
A situação não é tão simples como parece, levando-se em conta que atravessamos uma crise econômica grave, que há questionamentos sobre a validade do RJU e a estabilidade do servidor, e que diariamente a grande mídia acusa o governo de gastar em excesso com a folha dos servidores e seus benefícios, como o auxílio-saúde, por exemplo. Portanto, é bom tratar do assunto com cuidado e seriedade, ou de repente o repasse do auxílio pode ser suspenso!

Sebastião UTFPR disse...

Dodô:
Muito bem levantada essa questão da suspensão do auxílio saúde, pois o Governo precisa buscar economias e essa verba se não for utilizada de forma regulamentada e bem discutida de forma paritária entre Reitoria e entidades da base, com toda certeza o Governo achará rapidamente um destino para ela, ou seja, a suspensão para engordar os cofres e justificar a não suspensão do Acordo de Greve de 2007 quanto aos vencimentos.
Vamos acordar Diretoria do SINDIPOUCOS!!!!

Maria Lucia disse...

O pessoal do sindicato foi pra assembléia sem conhecer a legislaçao, sem uma proposta pra apresentar, mas cheia de discurso bonito pra enganar a torcida.

Anônimo disse...

Uma pena que a luta maior, mais importante, pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde, fica em segundo plano já que o tempo é todo tomado pelo debate do auxilio-saude complementar...

Anônimo disse...

Agora, o que eu queria saber é o seguinte: já que propuseram que a comissão sobre o plano de saúde tem que ser paritária, igualdade de número de membros da reitoria e dos trabalhadores, como fica essa comissão de tres pessoas tiradas na assembléia? Esta comissão é a base inicial de uma futura comissão paritária? Essa Comissão cumpre papel de um GT-Saúde pra estudar e debater alternativas de uso do auxilio-saúde? Ou essa será mais uma comissão que se monta quando não se sabe o que fazer com o problema e que depois nada resolve?