Diante da insistência de órgãos do governo federal pela retomada das atividades presenciais, neste momento de crescente número de óbitos pela COVID-19, representações do funcionalismo prometem uma reação, caso não ocorra um recuo nessas iniciativas. Depois de tecerem duras críticas à postura da Administração, servidores devem levar a discussão ao Judiciário.
Em entrevista a O Estado de São Paulo na quinta-feira, 14/05, o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, afirmou que as entidades de classe “vão para o Judiciário levar os argumentos técnicos da Organização Mundial de Saúde e da Fiocruz”.
Marques destacou, ainda, a dificuldade para desenvolver tratativas junto ao Executivo, haja vista a postura adotada pelo presidente da República em relação à pandemia e às restrições à circulação de pessoas. “O presidente está forçando o caráter simbólico do retorno. Ele quer dizer que está tudo normal e não tem motivo para não voltar a frequentar o trabalho, estádios, shoppings”, observou.
Também em entrevista ao veículo, a advogada Larissa Benevides, do escritório Torreão Braz, que assessora o Fonacate, informou que a ação coletiva já está em produção.
Vale destacar que a saída do ministro da Saúde, Nelson Teich, na última sexta-feira, 15, é mais um indício da prevalência do discurso político sobre o caráter técnico-científico no governo e, como reflexo, implicar em uma aceleração do retorno às atividades presenciais.
O Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central) segue defendendo enfaticamente a continuidade do trabalho remoto, de comprovada eficácia no enfrentamento à disseminação do coronavírus.
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Fonte: Sinal, via Blog do Servidor Público Federal
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