No sábado, 2/5, diante da sede da Polícia Federal, no bairro Santa Cândida, os grupos fanáticos de bolsonazistas e de ex-bolzonazistas agora só marrequistas (moristas) enfrentaram-se e quase sobrou alguma agressão física sobre o cinegrafista da TV Record que registrava o piquenique bélico dos divorciados.
Mas, em Brasília, defronte ao Palácio do Planalto, naquela ensandecida manifestação de alguns poucos milhares de bolsonazistas na manhã de domingo (3/5) - em que se pregavam bandeiras "muito democráticas e constitucionais", como intervenção militar, AI-5, fechamento do Congresso Nacional e do STF, numa palavra, a tirania imperial de Boçalnaro - ali houve ataque físico à imprensa. Sob o beneplácito do despresidente, que acenava para a multidão paspalha, o fotógrafo e o motorista do jornal O Estado de São Paulo foram derrubados ao chão, tomando murros e chutes. O caso está sob investigação da PGR.
Depois de em rápida e escondida cerimônia em palácio, ontem, o "Messias" Boçalnaro empossou um novo nome à Direção da PF, Rolando Souza, uma vez que o mais amiguinho do clã Boçalnaro, Alexandre Ramagem, foi vetado por ato do ministro do STF Alexandre de Moraes. A primeira ação de Rolando "Lero", para agradar o patrão, foi trocar o superintendente da PF no Rio, onde há investigações sobre os filhinhos milicianos do despresidente, senador Flávio e "vereador" Carlos, elementos denunciados pelo ex-ministro da Justiça sérgio moro e motivo alegado por ele para sair do desgoverno federal (intenção de interferir ilegalmente em rumos de investigações da PF).
Depois disso, o jornal Folha de São Paulo amanheceu hoje com a seguinte manchete na capa:
Na manhã de hoje, depois de ver essa capa da Folha, Boçalnaro enfureceu-se imediatamente. Foi para a frente do Palácio da Alvorada, onde toda manhã vomita sua arenga fascistoide para agradar a manada de idólatras que lá vai religiosamente, e, claramente destemperado, lasca o pau em cima do jornal paulista, classificado como canalha, patife e por aí foi. É o que se vê no vídeo acima.
Quando um jornalista, que é obrigado por dever de ofício a cobrir a matinal palhaçada de Boçalnaro, tenta perguntar algo ao despresidente, ele replica aos berros: "Cala a boca, não perguntei nada. Cala a boca, cala a boca!". A voz do jornalista está em volume baixo, parece que ele tenta insistir na pergunta, e então a claque fanática zurra em cima "Cala a boca, cala a boca!", imitando seu "mito".
Eis a demonstração prática do trato do suposto presidente com a imprensa do país, total desrespeito e má-educação. Mas, ainda pior que isso, com seu exemplo, o despresidente dá um alvará para que seus seguidores, cada vez mais cegos e fanáticos saiam como cães hidrófobos a morder e agredir jornalistas país afora. É a repetição da metáfora do "guardinha de esquina", todo empoderado para "agir em nome da ditadura" depois do AI-5, como já alertava em 1968 o então vice-presidente Pedro Aleixo. Acautele-se, pessoal da imprensa, as milícias metidas a besta estão à solta e (também) em seu encalço!
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