Em agosto de 1981, quando aconteceu a primeira CONCLAT na Praia Grande (SP), o Brasil era tomado pelo crescimento da luta de massas contra a ditadura militar e os milhares de trabalhadores que compareceram àquele evento no litoral paulista pugnavam por liberdade política, liberdade sindical e recomposição dos salários corroídos desde 1964.
Neste 1. de Junho de 2010, passadas três décadas, outros 30 mil trabalhadores voltam a se reunir, em São Paulo, na Assembléia Nacional da Classe Trabalhadora, numa conjuntura muito diferente. Sem clichês forçados, pode-se dizer que esta reunião no Estádio do Pacaembu é de fato histórica. Ela ocorre, diversamente da época ditatorial, num período de avanço político para os trabalhadores, em busca de um novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, fundado na soberania nacional e na valorização do trabalho. Esta - valorizar o trabalho - é uma bandeira central da nova CONCLAT convocada pelas principais centrais sindicais (CUT, Força Sindical, CTB, Nova Central e CGTB), num exemplo da ação sindical unitária que vem sendo construída e fortalecida em nosso tempo.
Há 30 anos, os trabalhadores e os dirigentes sindicais lutavam para abrir espaço político para seu protagonismo. Era preciso derrotar a ditadura e também seus aliados dentro do próprio movimento sindical; era preciso criar as entidades gerais dos trabalhadores, que a ditadura proibia; era preciso mudar o modelo de desenvolvimento para melhorar as condições de vida e de trabalho dos brasileiros.
As três décadas que separam as duas grandes reuniões dos trabalhadores brasileiros constituíram um período de profunda crise no Brasil e de mudanças significativas, tanto políticas quanto sindicais. A ditadura militar foi seguida por uma "Nova República" que, nas duas décadas seguintes, pôs em prática um programa neoliberal que favoreceu as elites endinheiradas e prejudicou profundamente os trabalhadores e a nação. No mundo, a crise do socialismo na Europa e a derrocada da União Soviética fundamentaram a alegação falsa da vitória final do capitalismo. O neoliberalismo autoproclamou-se vitorioso depois da queda do Muro de Berlim, e aqueles acontecimentos tiveram reflexos ideológicos e organizativos nefastos entre os trabalhadores. A luta sindical entrou em crise, as fileiras diminuíram e os projetos coletivos, partidários e sindicais, pareciam fraquejar.
Mas não fraquejaram. Aquelas décadas foram também um período de resistência e acumulação de forças contra as trevas que pareciam prevalecer. Pertinaz, a resistência cresceu, uniu o povo, denunciou as mazelas provocadas pelo sistema dominante, não aceitou as privatizações, a precarização das relações de trabalho, a perda de direitos sociais e políticos, o culto do mercado (na verdade, Fo capital) que prevalecia.
A resistência cresceu e avançou. Mudou de qualidade em 2002, quando um metalúrgico egresso justamente da grande onda de luta operária dos anos 70 e 80, foi eleito presidente da República: Luiz Inácio Lula da Silva, que despertou para a política na diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, como se chamava então.
As condições da luta mudaram e os trabalhadores puderam avançar, combinando a resistência com o alcance de certo grau de influência sobre o governo. Estas condições diferentes dão um caráter novo à luta, que atinge um alto patamar a partir do dia de hoje, com a realização da CONCLAT. Se antes a tônica era a resistência, agora os trabalhadores passam a ter força propositiva.
Este é o sentido do debate de hoje no Pacaembu e da aprovação da "Agenda da Classe Trabalhadora - Para um Projeto Nacional de Desenvolvimento com Soberania e Valorização do Trabalho", documento que será entregue aos pré-candidatos à presidência da República, com carinho especial para Dilma Rousseff, cuja candidatura é apoiada pela imensa maioria do movimento sindical.
Neste 1. de Junho de 2010, passadas três décadas, outros 30 mil trabalhadores voltam a se reunir, em São Paulo, na Assembléia Nacional da Classe Trabalhadora, numa conjuntura muito diferente. Sem clichês forçados, pode-se dizer que esta reunião no Estádio do Pacaembu é de fato histórica. Ela ocorre, diversamente da época ditatorial, num período de avanço político para os trabalhadores, em busca de um novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, fundado na soberania nacional e na valorização do trabalho. Esta - valorizar o trabalho - é uma bandeira central da nova CONCLAT convocada pelas principais centrais sindicais (CUT, Força Sindical, CTB, Nova Central e CGTB), num exemplo da ação sindical unitária que vem sendo construída e fortalecida em nosso tempo.
Há 30 anos, os trabalhadores e os dirigentes sindicais lutavam para abrir espaço político para seu protagonismo. Era preciso derrotar a ditadura e também seus aliados dentro do próprio movimento sindical; era preciso criar as entidades gerais dos trabalhadores, que a ditadura proibia; era preciso mudar o modelo de desenvolvimento para melhorar as condições de vida e de trabalho dos brasileiros.
As três décadas que separam as duas grandes reuniões dos trabalhadores brasileiros constituíram um período de profunda crise no Brasil e de mudanças significativas, tanto políticas quanto sindicais. A ditadura militar foi seguida por uma "Nova República" que, nas duas décadas seguintes, pôs em prática um programa neoliberal que favoreceu as elites endinheiradas e prejudicou profundamente os trabalhadores e a nação. No mundo, a crise do socialismo na Europa e a derrocada da União Soviética fundamentaram a alegação falsa da vitória final do capitalismo. O neoliberalismo autoproclamou-se vitorioso depois da queda do Muro de Berlim, e aqueles acontecimentos tiveram reflexos ideológicos e organizativos nefastos entre os trabalhadores. A luta sindical entrou em crise, as fileiras diminuíram e os projetos coletivos, partidários e sindicais, pareciam fraquejar.
Mas não fraquejaram. Aquelas décadas foram também um período de resistência e acumulação de forças contra as trevas que pareciam prevalecer. Pertinaz, a resistência cresceu, uniu o povo, denunciou as mazelas provocadas pelo sistema dominante, não aceitou as privatizações, a precarização das relações de trabalho, a perda de direitos sociais e políticos, o culto do mercado (na verdade, Fo capital) que prevalecia.
A resistência cresceu e avançou. Mudou de qualidade em 2002, quando um metalúrgico egresso justamente da grande onda de luta operária dos anos 70 e 80, foi eleito presidente da República: Luiz Inácio Lula da Silva, que despertou para a política na diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, como se chamava então.
As condições da luta mudaram e os trabalhadores puderam avançar, combinando a resistência com o alcance de certo grau de influência sobre o governo. Estas condições diferentes dão um caráter novo à luta, que atinge um alto patamar a partir do dia de hoje, com a realização da CONCLAT. Se antes a tônica era a resistência, agora os trabalhadores passam a ter força propositiva.
Este é o sentido do debate de hoje no Pacaembu e da aprovação da "Agenda da Classe Trabalhadora - Para um Projeto Nacional de Desenvolvimento com Soberania e Valorização do Trabalho", documento que será entregue aos pré-candidatos à presidência da República, com carinho especial para Dilma Rousseff, cuja candidatura é apoiada pela imensa maioria do movimento sindical.
Essa "Agenda" não é uma lista de pedidos, mas contém pontos para um programa de governo voltado para o crescimento econômico, a distribuição de renda, a valorização do trabalho, a ampliação e fortalecimento da democracia e dos direitos dos trabalhadores, a soberania nacional, a integração continental. Pontos programáticos para um novo período na presidência da República que consolide as conquistas alcançadas sob Lula e avance no rumo da conquista de novos direitos para os brasileiros.
O dia 1. de junho de 2010 ficará registrado, nos calendários futuros, com o brilho das datas históricas. É o que diz Wagner Gomes, presidente da CTB, que entende a Conferência como "uma decisão histórica tomada pelas centrais sindicais do país", na medida que um novo Projeto Nacional de Desenvolvimento do Brasil somente poderá vingar pelas mãos da classe trabalhadora sendo protagonista no cenário nacional, que é quem tem interesses em viabilizá-lo.
O dia 1. de junho de 2010 ficará registrado, nos calendários futuros, com o brilho das datas históricas. É o que diz Wagner Gomes, presidente da CTB, que entende a Conferência como "uma decisão histórica tomada pelas centrais sindicais do país", na medida que um novo Projeto Nacional de Desenvolvimento do Brasil somente poderá vingar pelas mãos da classe trabalhadora sendo protagonista no cenário nacional, que é quem tem interesses em viabilizá-lo.
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Fonte: Portal Vermelho
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