Na próxima terça-feira, 8/6, o movimento “O Paraná que Queremos” reunirá, em oito cidades do estado, paranaenses de diversos segmentos da sociedade para protestar contra a corrupção e por mais transparência na administração pública. Até agora, a causa conta com o apoio de 406 entidades, 773 empresas e 18.952 pessoas. O movimento, encabeçado pela seccional paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR), foi motivado pela série de denúncias apresentadas pela Gazeta do Povo e RPC TV sobre as irregularidades envolvendo a Assembleia Legislativa do Paraná.
Na lista de apoiadores da campanha “O Paraná que Queremos” estão sindicatos de trabalhadores, representantes do empresariado, a classe estudantil, associações de bairros e instituições religiosas.
No entendimento do cientista político Adriano Codato, da Universidade Federal do Paraná, o movimento consegue reunir tantos segmentos sociais por defender uma causa ampla e considerada justa. “Quanto mais genérica e mais justa a causa, mais fácil congregar muita gente, o que é importante”, diz Codato.
Na avaliação dele, grandes mobilizações que ganham as ruas têm ainda mais importância por serem cada vez mais raras. “Quanto mais gente está presente em protestos como esse, mais significativos eles são. Ainda mais porque eles acontecem cada vez menos. Então, quando ocorrem, é um sinal de que a situação está difícil para eles [os políticos]”, afirma o cientista político.
Boca Maldita
A mobilização da terça-feira será feita simultaneamente em pelo menos oito cidades do estado (veja abaixo). Na capital, o evento será realizado na Boca Maldita, centro da cidade, a partir das 18 horas.
Tradicional reduto de manifestações e discussões políticas, o local já serviu de palco para grandes manifestações por causas que marcaram a história política brasileira. Em 1984, a Boca Maldita recebeu o primeiro comício da campanha das Diretas Já. Na ocasião, cerca de 50 mil pessoas estiveram no calçadão para pedir a volta das eleições diretas para presidente no país.
Em 1992, a Boca voltou a ser cenário de mobilização por uma causa nacional. Dessa vez, os caras-pintadas da UNE tomaram esse pedaço do calçadão da Rua XV para pedir o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello.
Na manifestação de terça-feira, os paranaenses vão às ruas por uma causa estadual. “Essa é uma resposta positiva da sociedade paranaense às denúncias que envolvem a Assembleia. Acredito que grandes mudanças para o estado e para o país começam assim”, diz o presidente da União Paranaense dos Estudantes (UPE), Paulo Moreira Júnior.
A UPE está entre as instituições que apoiam movimento “O Paraná que Queremos” e esteve desde o início envolvida nos protestos contra a série de irregularidades envolvendo o Legislativo estadual. Para chamar os estudantes para a manifestação, diversos centros acadêmicos estão divulgando o evento entre os estudantes.
O movimento também conta com o apoio de artistas paranaenses. A banda de rock Blindagem, por exemplo, confirmou presença como uma das atrações musicais para atrair pessoas à manifestação. O guitarrista da banda, Alberto Rodrigues, aposta que o movimento “O Paraná que Queremos” terá reflexos no futuro. “Daqui a dez anos, a gente espera que [a política] seja diferente, que ter um estado completamente transparente seja normal”, diz ele.
O presidente da Associação dos Amigos do Bairro São Lourenço, Cezar Paes Lemos, também vê o movimento como uma iniciativa com reflexos nos próximos anos. “Espero que desperte uma consciência cidadã maior, que as pessoas entendam a situação de agora e que isso ajude a formar uma massa crítica para o futuro.”
Cidades que vão realizar manifestações contra a corrupção na próxima terça-feira (segundo a OAB-PR):
Na lista de apoiadores da campanha “O Paraná que Queremos” estão sindicatos de trabalhadores, representantes do empresariado, a classe estudantil, associações de bairros e instituições religiosas.
No entendimento do cientista político Adriano Codato, da Universidade Federal do Paraná, o movimento consegue reunir tantos segmentos sociais por defender uma causa ampla e considerada justa. “Quanto mais genérica e mais justa a causa, mais fácil congregar muita gente, o que é importante”, diz Codato.
Na avaliação dele, grandes mobilizações que ganham as ruas têm ainda mais importância por serem cada vez mais raras. “Quanto mais gente está presente em protestos como esse, mais significativos eles são. Ainda mais porque eles acontecem cada vez menos. Então, quando ocorrem, é um sinal de que a situação está difícil para eles [os políticos]”, afirma o cientista político.
Boca Maldita
A mobilização da terça-feira será feita simultaneamente em pelo menos oito cidades do estado (veja abaixo). Na capital, o evento será realizado na Boca Maldita, centro da cidade, a partir das 18 horas.
Tradicional reduto de manifestações e discussões políticas, o local já serviu de palco para grandes manifestações por causas que marcaram a história política brasileira. Em 1984, a Boca Maldita recebeu o primeiro comício da campanha das Diretas Já. Na ocasião, cerca de 50 mil pessoas estiveram no calçadão para pedir a volta das eleições diretas para presidente no país.
Em 1992, a Boca voltou a ser cenário de mobilização por uma causa nacional. Dessa vez, os caras-pintadas da UNE tomaram esse pedaço do calçadão da Rua XV para pedir o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello.
Na manifestação de terça-feira, os paranaenses vão às ruas por uma causa estadual. “Essa é uma resposta positiva da sociedade paranaense às denúncias que envolvem a Assembleia. Acredito que grandes mudanças para o estado e para o país começam assim”, diz o presidente da União Paranaense dos Estudantes (UPE), Paulo Moreira Júnior.
A UPE está entre as instituições que apoiam movimento “O Paraná que Queremos” e esteve desde o início envolvida nos protestos contra a série de irregularidades envolvendo o Legislativo estadual. Para chamar os estudantes para a manifestação, diversos centros acadêmicos estão divulgando o evento entre os estudantes.
O movimento também conta com o apoio de artistas paranaenses. A banda de rock Blindagem, por exemplo, confirmou presença como uma das atrações musicais para atrair pessoas à manifestação. O guitarrista da banda, Alberto Rodrigues, aposta que o movimento “O Paraná que Queremos” terá reflexos no futuro. “Daqui a dez anos, a gente espera que [a política] seja diferente, que ter um estado completamente transparente seja normal”, diz ele.
O presidente da Associação dos Amigos do Bairro São Lourenço, Cezar Paes Lemos, também vê o movimento como uma iniciativa com reflexos nos próximos anos. “Espero que desperte uma consciência cidadã maior, que as pessoas entendam a situação de agora e que isso ajude a formar uma massa crítica para o futuro.”
Cidades que vão realizar manifestações contra a corrupção na próxima terça-feira (segundo a OAB-PR):
Curitiba
Horário: 18 horas
Local: Boca Maldita
Londrina
Horário: 18 horas
Local: Calçadão da Avenida Paraná
Maringá
Horário: 17h30
Local: Sincomar
Ponta Grossa
Horário: 18 horas
Local: Terminal de Ônibus do Parque Ambiental
Cascavel
Horário: 18 horas
Local: Calçadão (em frente à Catedral)
Foz do Iguaçu
Horário: 17 horas
Local: Avenida Brasil
Guarapuava
Horário: 18 horas
Local: Calçadão do centro
Pato Branco
Horário: 18 horas
Local: Plenário da Câmara Municipal
------------------------------------------------
(*)Foto: Cid Destefani/Gazeta do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário