Como já é de amplo conhecimento pela imprensa em geral, na noite de ontem o plenário da Câmara de Deputados aprovou um reajuste de 7,7% para trabalhadores que recebem aposentadorias acima do salário mínimo. Mais importante ainda, para quem irá se aposentar, os deputados extinguiram o Fator Previdenciário, essa fórmula malévola criada no reinado PSDB/DEM por FHC em 1999 com o objetivo de reduzir valor das aposentadorias.
São vitórias resultantes de dois fatores: de um lado a pressão realizada ao longo de meses pelas centrais sindicais e movimento de aposentados; de outro, o ano eleitoral, em que parlamentares interessados em se reeleger não pretendem se indispor com eleitores.
No entanto, a confirmação dessas duas decisões ainda depende de aprovação pelos senadores. Sarney, que preside o Senado, já declarou que no Senado passa tranquilo o reajuste de 7,7%. Mas já não dá tanta certeza quanto ao fim do FP, pois a área financeira do Governo contra-argumenta pesadamente que o alegado "rombo" da Previdência Social irá aumentar sem o FP para coibir aposentadorias consideradas "precoces" (aquela lenga-lenga do FHC quando chamava os aposentados de "vagabundos", lembram-se?). Quer dizer, a vigilância tem que continuar, agora sobre o Senado.
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