Durante a Greve dos 100 Dias de 2007, o movimento grevista da UFPR elaborou uma pauta local, com mais de 10 itens, que foram então levados a uma negociação com o reitor. Nessa pauta reivindicava-se, por exemplo, que houvesse reavaliação nos cortes de adicionais de insalubridade (AI) de muitos servidores, porque se apontava existirem alguns casos de corte injusto.O assunto foi parar na PROGEPE da época, mas não andou. É polêmica que continua até hoje, pois tanto existem casos de servidores efetivamente trabalhando em ambiente insalubre mas sem conseguir receber o AI, como de outros que ainda recebem o AI mesmo já não mais laborando em condições que justificavam o AI.
Este blog recebeu denúncia séria sobre recebimento inadequado do AI envolvendo membro da alta Administração da UFPR. Segundo a fonte, o professor Rogério Mulinari, há mais de um ano exercendo função no gabinete de vice-reitor (bloco da Reitoria), continuaria recebendo seu adicional de 20%, ainda que afastado de atividades cotidianas no seu HC de origem. Se veraz a informação, é de se lamentar o mau exemplo que estaria dando o vice-reitor, cabendo a ele vir a público esclarecer a questão. Igualmente a PROGEPE, responsável por retirar ou conceder o pagamento do AI a servidores e servidoras, deve clarificar se a denúncia procede.
Vivemos tempos em que a população em geral, os eleitores em particular, cobram cada vez mais transparência e ética dos agentes coletivos e do poder público. Ainda nesta quarta-feira passada, o centro da cidade foi agitado pela passeata do Movimento Caça-Fantasmas, em protesto ao desvio de dezenas de milhões do erário público por parte de deputados estaduais inescrupulosos com seus esquemas de funcionários fantasmas e laranjas na Assembleia Legislativa do Paraná. Esperamos que na UFPR não ocorram condutas passíveis desse grau de questionamento ético.
9 comentários:
Se realmente esta denúncia procede, há de se lamentar muito a atitude do vice-reitor e da própria PROGEPE, que ainda não efetuou corte no referido adicional.
Eu mesma, quando fui exercer minhas atividades laborais fora do HC, deixei de perceber o adicional de insalubridade, encarando isso de forma justa, afinal não estava mais exposta à ambiente insalubre. A PROGEPE, adequadamente, encaminhou-me correspondência avisando que os meses em que continuei recebendo o AI indevidamente, seriam descontados, em parcelas, do meu salário, o que veio a acontecer.
Ora, por qual motivo não acontece o mesmo com o sr. Rogério Mulinari? Acaso ele não é servidor tanto quanto eu? Acaso o fato de ser vice-reitor o deixa imune à legislação vigente? Acaso a PROGEPE adota dois pesos e duas medidas na UFPR? Se for esta a questão, talvez seja o caso de eu reivindicar a concessão deste benefício novamente, até porque meu local de trabalho é muito próximo ao do sr. vice-reitor. O que vale para um deve valer para todos e, neste caso em particular, até para que seja mantida e respeitada a autoridade que o cargo de vice-reitor exige, é mister que tanto o sr. Rogério Mulinari quanto a PROGEPE, venham esclarecer o caso!
O que foi relatado neste blog não é nenhuma novidade, realmente tem muita gente recebendo indevidamente a insalubridade, assim como tem muitos que trabalham em lugares insalubres e não ve a cor deste dinheiro.
O que realmente esta acontecendo é que alguém esta fazendo corpo mole, ou não tem coragem de apurar seriamente este caso.
Sem contar que o tempo recebido conta para a posentadoria, muito legal isto hem!!!!!!
Todos da UFPR deveriam solicitar sua insalubridade, quem sabe assim iriam verificar se realmente quem mereça está recebendo ou não, ou vice-versa.
É verdade. se for para pegar tem que pegar todo mundo. e também o pessoal INDEVIDAMENETE liberado para trabalhar no sinditest. fato esse que ocorreu em TODAS as gestões daquela entidade.
É dinheiro público mal investido.
mil vezes PARABÉNS Sr. Milton, até que enfim um comentário a altura de pessoas que realmente pensa e não defende maracutaias e sacanagens.
continue assim, pelo geito deve ter despertado em voce o boncenso de parar de fazer criticas por fazer, mas sim criticas com fundamentos.
ALELUIA, ALELUIA, PARABÉNS foguetes para voce Sr. Milton
Não seu paraná, só estou mostrando um fato que ocorreu em TODAS as gestões do Sinditest. gente sem fazer nada sendo paga com dinheiro do contribuinte pra ficar no sindicato viajando, fazendo caixa de campanha, congressos turísticos, etc...
É importante verificar inclusive a SESAO (Órgão de avalia quem pode ou não receber o AI) e eles próprios recebendo o AI indevidamente. O que nos deixa tristes é que trabalhadores que tem direito a receber não o recebem pq esta SESAO é apenas uma cassadora de direitos. Essa questão da SESAO é sabida pela diretoria do Sinditeste e eles não se mexem para que esses malandros da SESAO parem de receber o AI. Já os trabalhadores do HV que trabalham em lugar insalubre deixam de receber e outros do HV que não estão em locais insalubres recebem. E os senhores professores do departamento recebem, todos, independente do lugar onde trabalham. Vamos trabalhar senhoras e senhores diretores do sinditeste.
Esta questão da insalubridadee, principalmente os cortes realizados a alguns colegas que exercem atividades administrativa é uma questão em que o Sinditest se envolve bastante e ate procura solucionar os varios casios que acontecem dentro doa UFPR;.
Só gostaria de saber se a Diretoria concorda com este caso Rogério Mulinari? Será que terão "colhão" pra enfrentar o vice-reitor, tão amigo?
Impressionante a luta que o nosso nobre sindicato vem fazendo pra barrar esse processo de corte das insalubridade de quem realmente tem direito. Impressionante também como eles se manifestaram contra o valor pago irregularmente pro vice Mulinari.
Dá até pra ficar comovido com tanta dedicação.
Este caso será ou já foi abafado, e logicamente com a aquiescência da Diretoria dos SindiPoucos. Eles tão assim que nem unha e carnbe com a Administração...Pelegada como esta fazia tempo que não se via apor aqui.
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