No site do PSTU, partido de boa parte da Diretoria do Sinditest, há um apelo risível da "central sindical" desse partido. Os caciques do PSTU/Conlutas enviam uma "Carta aberta à CUT", com uma espécie de súplica, do tipo "venham por favor organizar uma greve geral com a gente contra as políticas do governo Temer". Tadinhos, os Conlutistas não querem ficar jogadinhos num canto, ninguém prestando atenção neles por estarem fora do curso real da política.
O PSTU/Conlutas, com sua bandeira de "Fora Todos", tentou dividir o movimento social e dos trabalhadores na resistência democrática ao golpe midiático-judiciário que inventou do nada um impeachment para afastar Dilma e colocar o usurpador ultraneoliberal Temer. (Intimamente, os trotsquistas do PSTU devem ter comemorado a saída de Dilma.)
Agora que fica claro - inclusive para bom número de 'coxinhas' envergonhados, otários úteis - que a entronização de Temer e seus sinistros no governo federal serve ao claro projeto de promover retrocessos a um neoliberalismo ortodoxo, entreguista de nossas riquezas, vem o hiper-revolucionário PSTU propor "unidade" com os setores que lutavam e lutam contra o impeachment.
Inclusive o PSTU faz o reconhecimento de Temer como governo de fato, em vez de tomá-lo como interino, provisório, usurpador.
A mais efetiva maneira de derrotar o projeto Temer é politicamente reverter a votação do impeachment no Senado em agosto, permitir o retorno do mandato legítimo de Dilma e dela cobrar as pautas dos movimentos sociais que estão lutando contra o golpe. Além disso, em entrevista recente, Dilma acenou com a chamada de um plebiscito em que o povo será chamado a opinar se quer ou não a continuidade de seu mandato até 2018 ou a convocação antecipada de eleições presidenciais.
Desconhecendo - como sempre - a correlação real de forças na sociedade brasileira (e no mundo), o PSTU e sua "central sindical" Conlutas propõem unidade para uma Greve Geral junto com setores (ligados a PT, PCdoB, PDT) que o próprio PSTU inclui no seu lote de "Fora Todos". Depois de bater e bater, sem pensar nas consequências, nesses setores, agora quer que eles se somem num esforço conjunto para uma greve geral contra Temer para derrotar sua " agenda de ataques aos trabalhadores e o povo".
Por aí já se vê o quanto tem de economicismo a tal "greve geral" do PSTU e da Conlutas.
A perspectiva de uma Greve Geral nacional, construída por CUT, CTB e setores de outras centrais, é real. Mas com o pé no chão e organizada com muita seriedade, antes que a votação final do impeachment aconteça no Senado, com o sentido de ajudar a derrotar o golpe.
Os "donos da verdade" do PSTU que vão construir sua "greve" lá pras bandas dele, com seus 2% do movimento sindical, ao lado de quintas-colunas do movimento como eles. E não venham com apelos patéticos de unidade irreal.
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