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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Comovente mensagem de uma chocada professora sobre as 30 horas

Ontem era para ter sessão do Conselho Universitário (COUN) para debater a proposta das 30 horas com ponto eletrônico. O sensível reitor preferiu adiar o debate porque seus amigos recém-eleitos para vagas no COPLAD, Wilson "Pinóquio" Messias e V. Kachel não se fizeram presentes... Ora, que pena...

Mas o assunto das 30 horas não esfria por causa dessas ausências.  Eis que chega ao conhecimento da maldita editoria deste Blog, esta fonte de maledicência e intrigas, como gosta de dizer o diretor sindical Bernardo Pilotto, uma sequência de emails trocados entre professores sobre o injusto pleito dos técnicos de redução da jornada semanal.  Vamos comentar aqui apenas alguns trechos escritos pela professora a quem chamaremos Ceres, em alusão a uma deusa latina ligada à terra, mas que no caso diz coisas chãs.

Escreveu Ceres num email a seus pares que "desde que cheguei a UFPR, nestes quase 3 anos de casa, tenho ficado sempre chocada com a falta de profissionalismo e eficiência dos servidores de nossa Instituição. Obviamente há várias excessões [sic], e quando encontramos representantes desta espécie rara, podemos incorrer no erro de tornar-nos excessivamente agradecidos(...)." 

Vejam só - fora o fato de não saber grafar corretamente a palavra "exceções" - como esta ilustre docente, há apenas três anos na Universidade, já tem um completo juízo de valor sobre a competência do corpo técnico-administrativo, ao ponto de dizer que são muito raros os servidores eficientes.

Mas, dona Ceres vai adiante em sua avaliação sobre os técnicos: "Lamentavelmente a maioria de nossos funcionários são tremendamente desmotivados e não compreendem que fazem parte fundamental de um corpo que deveria funcionar organicamente. Os professores são massacrados por pressões internas e externas no atual caráter produtivista de nossas universidades, e ficamos muito desprotegidos se a Instituição continuar a afagar a malemolência de funcionários descomprometidos.

Vamos lá, colegas técnicos tremendamente desmotivados, vocês gostaram desse termo muito carioca sobre a "malemolência", não gostaram?  Depois do resultado da última greve, estamos tremendamente motivados e nada malemolentes...

Ceres não se dá por achada e prossegue na crítica aos técnicos: "Ineficientes embora empoderados, essa classe parece ávida por aplicar um dos motes favoritos na UFPR: complicar e dizer não sempre que possível, embromando projetos que poderiam impulsionar a UFPR para estágios bem além das fronteiras provincianas que nos encerram." 

Viram só, companheiros e companheiras, o lance é parar de complicar, parar de embromar e botar mãos à obra nos projetos para impulsionar a UFPR! Projetos? Que projetos? Qual o projeto da UFPR? Que grande projeto tem a UFPR para ser fator impulsionador do desenvolvimento do estado do Paraná e deste país?  NÃO TEM!! NÃO TEM PROJETO NESTA UNIVERSIDADE!!!  Então, a senhorinha docente vem cobrar dos servidores técnicos que tenham engajamento... mas no quê?  Esta Universidade não se pensa e não pensa o Paraná nem o Brasil!  

Você, dona Ceres, quer o ponto eletrônico? Pois bem, ponha-se. Para haver o registro eletrônico da frequência de servidores.  E ponto.  Eletrônico.  


7 comentários:

Fernando César Oliveira disse...

Disponibilizei ontem a íntegra do anteprojeto e do parecer da relatora sobre a jornada de 30 horas na UFPR no blog http://MobilizaUFPR.org

“O acesso e o controle de frequência dos servidores técnico-administrativos da UFPR deverão ser registrados por meio de equipamento eletrônico e de sistemas informatizados”, diz o artigo 5º do anteprojeto, que prevê o controle via folha ponto “enquanto os equipamentos não estiverem instalados”.

Link direto:
http://mobilizaufpr.org/2011/12/06/acesse-a-integra-do-anteprojeto-e-do-parecer-da-relatora-sobre-a-jornada-de-30-horas-na-ufpr2/

MEDEIA disse...

"Não sei o que pensar disso" - frase inicial do filme ONDE OS FRACOS NÃO TEM VEZ.

POis fracos é o que nãó somos, enquanto categoria dos Técnico-Administrativos desta instiutição. Se falta profissionalismo, saiba a tal a senhora, que muito mais falta de profissionalismo tenho visto na classe docente, onde a grande maioria dos senhores professores COM DEDICAÇÃO EXCLUSIVA, mantém escritórios, consultórios e outros empreendimentos paralelos e particulares, furtando-se ao cumprimento de sua carga horária e muito menos da tal "dedicação exclusiva". Alegam estes senhores, que fazem trabalho em casa. Óhhhhh

Minha gente, se esta professorinha, que sequer grafa corretamente uma palavra de uso corriqueiro, como EXCEÇÃO e que tem apenas 3 anos de instituição julga-se no direito de avaliar e enxovalhar o trabalho dos técnicos, creio que estou em posição melhor para avliar, considerando meu tempo de instituição: + de 30 anos, sempre exercendo minhas atividades como técnica-administrativa, com , orgulho, entusiasmo, idealismo. Participei de muitos projetos denttro desta universidade e tenho certeza do meu valor e da minha contribuição para vários deles obterem sucesso.

Talvez esta senhora esteja confundindo competência e profissionalismo com subserviência aos desmandos de muitos docentes em relação aos técnicos. O que é ser eficiente? O que significa ser profissional? O que significa ser competente? Mais provável que os projetos a que se refre a dita Ceres, sejam projetos de pesquisa mais individualizados e centrados em cada departamento ou setor e não um projeto amplo de universidade, que contemple a comunidade interna e externa. Onde se pode ver isso?

O ponto eletrônico, cara senhora, não deverá alterar em muito essa incompetência da qual nos acusa, até porque, quem faz, faz, independente de registro de frequência seja ela do jeito que for. Competência e profissionalismo não se medem através de ponto eletrônico; entusiasmo e idealismo, menos ainda!

Recomendo que tal senhora reveja e releia a história desta universidade, suas lutas e conquistas. Certamente tera uma lição de competência e profissionalismo!

Rita de Cassia disse...

A maioria dos nossos nobres docentes são doutores em fisica, biologia, educação, saúde, direito e outros mas não sabem patavina de administração, de gestão de pessoas, de relações humanas no trabalho. Soltam estas pérolas que comprovam sua total falta de habilidade pra lidar com gente. Querem administrar pra fugir das salas de aula onde é seu lugar. Não tem conhecimento nem competencias pra trabalhalhos administrativos, mas dão palpites infelizes como esse.
A senhora sabe tudo imagina que hora bunda na cadeira e submissão são sinonimos de competência.
Vai estudar RH dona fessoram vai aprender que na admonistração moderna muita coisa pode ser feita on line e depois volta pra dizer alguma coisa que preste.

Anônimo disse...

Se os emails trocados entre os professores vazaram então tornaram-se públicos, e uma vez nessa condição, por que não informar o nome real da professora? Se ela escreveu isso, que assuma!!!! Temos o direito de saber quem nos difama, não que a opinião dela tenha alguma validade, mas para podermos tomar providências, se for o caso.

Guaracira disse...

Meio incoerente esse teu comentário, Anônimo!! Que tal começar a identificação por ti mesmo? Cobrar dos outros é bom né???

Sebastião - UTFPR, Ctba disse...

Certo Guaracira. Se queremos que as pessoas se identifiquem ao emitir opinião, então, temos que fazer o mesmo e não esconder atrás de pseudônimos.
Até a implantação do cartão/ponto eletrônico biométrico. Estamos aguardando "ansiosos"...rsrsss

Deborah disse...

Bem, fazendo coro a esta professora estao muitas chefias de setor, alegando ser absurdo jornada de 30hs porque estimula o servidor a ter 2empregos...ora esta chefia de que falo ganha 10mil reais fazendo 6 horas!!!!eu e meu marido (2pessoas) conseguiriamos ganhar isso fazendo cada um 12 horas por dia...logico q e simples pra ela falar isso...30hs nao e apenas uma questao financeira, e tbm para descanso, lazer a mais, leitura a mais, espaço para outras coisas da vida alem de trabalho.

Essa criatura "celestina" que de "celeste" nao tem nada. Nada de azul, somente NEGRO.