Perante uma centena de pessoas numa assembleia ocorrida em setembro/2009, o servidor Wilson Messias usou de sua autoridade de presidente do Sinditest para lançar grave acusação contra uma filiada da base, sem apresentar prova de sua acusação. A filiada tomou a acusação como ofensiva à sua moral, inclusive por sequer ter tido direito a réplica na mesma assembléia, e foi procurar seus direitos junto ao Tribunal de Pequenas Causas (TPC). Outras ofensas foram dirigidas contra a mesma servidora em novembro daquele ano, no curso da campanha eleitoral do sindicato.
Pelo entendimento da servidora Guaracira Flores, ex-diretora do Sinditest (período 2006-2007), a acusação de Messias foi de pessoa contra pessoa, não da entidade Sinditest contra ela, e assim está instruído o processo aberto no TPC.
Embora pareça claro que se trata de um litígio entre duas pessoas físicas em torno da questão de danos morais, e não de pessoa física contra pessoa jurídica, a diretoria do Sinditest prefere bancar privilégios para seu presidente língua-solta.
E assim, na audiência do TPC ocorrida na ultima sexta-feira (12/11), lá estava o Dr. Paulo Vieira, advogado do Sinditest, prontamente perfilado para defender o servidor diretor Messias contra a servidora de base Guaracira. Não apenas o servidor Messias recorreu ao advogado sindical - pago por todos os filiados, inclusive com a mensalidade paga por Guaracira – como ele ainda fez seu deslocamento até o Tribunal com uso do carro do Sinditest, acompanhado de outros diretores.
O advogado do sindicato declarou ao juiz que ali estava realmente fazendo a representação em nome da presidência do Sinditest, por mais que o processo não tivesse sido aberto contra a pessoa jurídica do sindicato, e sim contra a pessoa física. É a história da confusão entre público e privado, que o advogado costuma justificar com o argumento questionável de que é pago pelo Sinditest para defender seus representantes quando solicitado.
O que não parece muito ético é essa contraditória situação: todos os filiados pagam os honorários advocatícios, mas no caso concreto em que de um lado está uma filiada de base e, de outro, a pessoa física de um filiado diretor sindical, o escritório jurídico fica do lado do diretor. Quer dizer, na prática, que a filiada de base está ajudando a pagar o advogado sindical que objetiva derrotá-la! Não parece claro caso de privilégio e de falta de imparcialidade?
4 comentários:
prefiro só dizer que isso é um ABSURDOOOOOOO!!!!!!!
onde chegamos?! Contribuirmos para o pagamento de um juridico para que este mesmo nos acuse e nos encrimine, enquanto os verdadeiros (...) são defendidos por eles.
onde fica a ÉTICA PROFISSIONAL?
Absurdo mesmo. Quando é para atender os filiados sobre ações e outras questões jurídicas é aquela enrolação e aquela má vontade. É brincadeira. Que base mais tonta que elege esses caras.
Seu Marcelo Ramos, você foi muito infeliz em seu comentário de chamar nós servidores sindicalizados de "tontos".
"TONTOS" são todos "vocês" que se dizem paladinos da justiça e defensores de todos os servidores.
"TODOS" que eu digo são os que se acham as PSEUDO-LIDERANÇAS dessa IFES.
Outra coisa absurda seu Paraná e seu Marcelo é pessoas esclarecidas adentrarem na justiça comum abrindo processos contra colegas de trabalho, figurando nestes processos como Réus em questões de cunho apenas político e acusações sem provas e levianas.
Falta de ética é essa "trinca de outo" (Dodo, Valter, Paraná e Cia.) acharem-se o máximo, digamos os "Reis da cocada preta".
Absurdo é todas as pseudo-lideranças desta Universidade serem contrárias a implantação do ponto eletrônico, só para sobrar tempo e ficarem fazendo politicagem barata e demagogia.
Parem, pensem e reflitam: O servidor que faz oito horas diárias hoje, sem ponto eletrônico esta adorando e aprova essa implantação por parte da Administração. Sabe porque ? Só para assistirem todos vocês fazendo o óbvio: TRABALHANDO UM POUCO e não apenas meio expediente de quatro horas diárias.
Verdade dói, mais tem muitos "tontos" que sabem ver, analisar e pensar, né.
Vê se posta seu Dodo, hehehe
Sr. "Anônimo", antes de mais nada, embora tenhamos voltado a liberar comentários de quem não se identifica por contas de GMAIL, apreciaremos que você, em próxima mensagem, possa se identificar. Nessa sua mensagem você fez críticas mas não ofendeu moralmente ninguém, e por isso liberamos seu comentário.
Mas seria bom que se identificasse, afinal se somos todos colegas da mesma base (UFPR e UTUFPR), acho que é saudável trocar impressões e opiniões - mesmo que duras - de modo aberto, mas franco e respeitoso.
O Sr. Marcelo, que o sr. critica, não chamou de tontos toda a base mas apenas a base que elegeu a Diretoria "Para Todos", certo? Façamos justiça à declaração dele.
Outra questão , caro "Anonimo" (cuja identidade queremos saber e que respeitaremos), é acerca de quem chama de "pseudo-lideranças", nominando a mim próprio, ao Paraná e ao Valter. Bem, acho que liderar um movimento é uma coisa que muda a cada momento, e lideranças mudam, e se afirmam ou desafirmar conforme seu desempenho. Acho que os colegas Paraná e Valter já ajudaram muito em greves dos anos 90 e também nas dos anos 2000-2001. Eu, particularmente, já estive na coordenação das greves de 2000, 2001, 2003 e 2007, podendo justificar o orgulho das conquistas da incorporação da GAE (2001) e dos reajustes de 2007-2009. Se isto é ser uma "falsa liderança" (pseudo=falsa em grego), então você avalie como quiser.
Outra questão que você avoca diz respeito a servidores recorrerem à Justiça comum para resolver pendencias do movimento sindical. Nos anos de 2000-2001 eu também tinha a opinião de que era preciso resolver todas as disputas políticas dentro das instancias do movimento sindical, nas assembleias do Sinditest (já que entre Diretoria e Assembleia não há nenhuma instância intermediária).
Depois, na prática, diante dos poderes hiperpresidencialistas que o Estatuto dá ao presidente do sindicato, percebi que isso seria uma falácia, que é impraticável diante da postura mandonista e autoritária de pessoas como Antonio Neris e Wilson Messias. O atual Estatuto lhes dá poderes para fazerem o que bem entendem sem prestar contas a ninguém, objetivamente. Logo, qualquer filiado que questione ou se sinta prejudicado, NÃO TEM MECANISMOS DENTRO DO PRÓPRIO MOVIMENTO SINDICAL PRA QUESTIONAR OU SE DEFENDER se for atacado.
Assim sendo, resta plenamente justificável que uma servidora da base, como a Guaracira, que foi vilipendiada na sua moral pelo sr. presidente do sindicato, sem sequer TER DIREITO A DEFESA NA PROPRIA ASASEMBLEIA EM QUE ISSO OCORREU, vá buscar seus direitos num tribunal, ainda tendo que aguentar ser combatida pelo advogado sindical que ela própria paga com suas mensalidades...
Por fim, senhor "Anonimo", cujas posiçoes parecem muito com as de diretores do SInditest, se você é o Messias, apresente-se! Este blog é democrático e admite o contraditório. Não somos nem queremos ser donos da verdade, pois ela só surge do diálogo democrático, aprovada pela maioria. E nem sempre é a melhor só por ser aprovada pela maioria! Mas o processo aberto, franco e democrático ainda é o melhor!
E, nota final:, final mesmo: nós mantemos este blog fortemente crítico contra a Diretoria "Sindicato Para Todos", mas jamais alimentamos qualquer ressentimento pessoal contra seus membros, nem mesmo contra "uns" que são mais complicados... Queremos o melhor pro Sinditest.
E sobre o ponto eletrônico, e o que significa controle de jornada de trabalho x produtividade real, vamos prosseguir o debate em outros tópicos.
Mas, pediria, caro "Anonimo", que se identifique numa boa na próxima, OK?
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