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quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Vigilância e caldo de galinha...

A extinção da CPMF foi obra dos partidos da direita no Senado (mais o voto equivocado do ultra-esquerdista José Néri do PSOL). Os derrubadores da CPMF, com munição fornecida pelo grande empresariado paulista (FIESP), diziam que era para reduzir a carga de tributos e deixar mais dinheiro no bolso dos contribuintes, principalmente dos pobres. Mentira. Embora o sistema de impostos do Brasil seja injusto e pobres paguem mais que ricos, no caso da CPMF ela pegava por igual a todos, com os ricos pagando mais em valores absolutos. E o dinheiro desse imposto era usado em Programas Sociais e na Saúde, agora com 38 bilhões sumidos do Orçamento Geral da União (OGU).


O governo federal cobrará dos parlamentares oposicionistas que subtraíram esses bilhões: “agora me digam onde eu corto do OGU para manter os programas sociais e que outros impostos eu aumento.” Claro, o governo já sabe que, entre outras tesouradas, vai cortar a grana das emendas parlamentares da oposição, e o deputado tucano ou do DEM vai ficar sem tutu pra fazer a pontezinha no seu curral eleitoral. Logo, o fim da CPMF no Senado foi uma vitória de Pirro da oposição de direita/ultra-esquerda, que terá de se explicar a seus eleitores...

No que nos interessa - os recursos do OGU para honrar o Acordo Salarial da Greve de 2007 da FASUBRA -, por enquanto trata-se de ficar de olho vivo no noticiário e no que vier de declaração oficial dos ministérios. Tem-se ouvido muita boataria (e ainda vai se ouvir) de que o MPOG poderia suspender o repasse dos primeiros reajustes do Acordo Salarial, previstos para iniciar em maio/2008 e ir até julho/2010. A postura adequada é manter a vigilância, sem cair na acomodação nem no alarmismo inconsequente. Tudo o que Lula disse até agora foi que não haverá cortes em programas de redistribuição de renda e nas verbas para infra-estrutura do PAC, procurando-se ainda opções para a Saúde não ficar sem o dinheiro público necessário. Provável que janeiro e fevereiro sejam meses ainda de estudos dentro do governo e de muita expectativa para nós também.
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EM TEMPO: em meados de dezembro passado, o governo federal fechou Acordo Salarial com os professores das Federais, negociando com o fórum PROIFES e a CUT. A Direção da ANDES, intransigente como sempre e inábil para negociar qualquer coisa, se recusou a assinar o Acordo. Se a FASUBRA, com sua portentosa greve de 2000/2001, já tinha conquistado a incorporação da GAE ao Vencimento Básico, essa conquista somente agora chega para nossos companheiros professores das IFES.

Um comentário:

Anônimo disse...

Na briga entre petistas e tucanalhas podemos dançar nós servidores...
Vale lembrar quem do Paraná votou contra e a favor da prorrogação da CPMF:
-Alvaro Dias (PSDB) - CONTRA
-Osmar Dias (PDT) - A FAVOR da CPMF
-Flavio Arns (PT) - A FAVOR.

Seu Alvaro é que tem que explicar porque votou assim e causou essa confusão toda.