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sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

A CPMF-2 salva o servidor da ameaça?

Pela imprensa, sabemos que na próxima quarta-feira (23/1), Lula reúne-se com seus ministros para debater a criação de um imposto permanente que financie a Saúde, depois da perda da CPMF. Como de se esperar, há muita dificuldade dentro do governo federal para definir quais despesas irão para o cepo, de modo a recuperar cerca de R$ 20 bilhões. Mas a criação de uma “CPMF-2” não necessariamente afasta a ameaça de cortes no Orçamento.
Lula, corretamente, não quer mexer em verbas de programas sociais e de investimentos para o desenvolvimento, e por outro lado nenhum ministro topa abrir mão de seus recursos. No entanto, mais uma vez denotando a orientação híbrida que predomina no segundo mandato, o governo Lula morre de medo de mexer no superávit primário, a polpuda parte do Orçamento que fica reservadinha, intocável até agora, para pagar o serviço da dívida pública aos grandes especuladores financeiros. E esta postura vacilante do governo Lula tem que ser fortemente criticada pelos movimentos de trabalhadores, exigindo-se a mudança da política econômica.


"Todos os ministros acham justos os cortes, desde que não lhes atinjam", disse o ministro das Relações Institucionais, José Múcio. "Os cortes irão acontecer e estamos vendo a forma de fazer isso sem gerar traumas", acrescentou.


Ontem, o relator da Comissão de Orçamento, dep. José Pimentel (PT-Ceará), teria prometido à presidente do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie, que a moto-serra não decepará verbas de obras já iniciadas (como o novo prédio do Tribunal Superior Eleitoral), mas que o Judiciário terá de contribuir cortando o custeio e não aumentando a folha de pagamento.

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a partir da matéria da Folha de S. Paulo

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