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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Um caso de assédio moral contra ex-sindicalista no HC

Assédio moral nas relações de trabalho é um fenômeno já bem reconhecido, e o movimento sindical tem tratado de fiscalizar sua ocorrência para defender o trabalhador vítima de autoridades hierárquicas.  A própria gestão atual do Sinditest elegeu o combate ao assédio moral como uma de suas principais bandeiras, embora pareça que fez mais fumaça que fogo no enfrentamento e resolução concretos do problema.

A servidora funpariana Rosangela Ferreira, vice-presidente do Sinditest no período 2006-2007 (cujo presidente era o Belotto), é uma vítima do problema do assédio no ambiente de trabalho, dentro do Hospital de Clínicas.  Encerrado seu mandato em janeiro/2008, ela voltou à sua lotação no Serviço de Medicina Nuclear (SMN) do HC, mas logo foi percebendo a resistência de chefes médicos ao retorno ao local de uma "sindicalista", que sempre se caracterizou por sua combatividade em defesa da categoria.  E dali em diante sua tentativa de dar seus préstimos de auxiliar em administração em seu antigo posto, num hospital tão precisado de servidores dispostos a realmente trabalhar, foi um calvário de destratos.

O calvário da servidora da FUNPAR piorou com a nomeação de uma enfermeira para ser supervisora técnica daquela unidade do HC, onde são feitos diagnósticos e tratamentos com substâncias radioativas.  A supervisora nunca tratou respeitosamente sua subordinada, queixava-se dela sem razão à chefia, várias vezes com ela usava um alto tom de voz e se destemperou um dia ao ponto de danificar uma impressora com um murro.  Essa enfermeira agiu para tornar irrespirável a pequena salinha do SMN onde trabalhavam e para que Rosangela saísse dali.

A saúde da servidora da FUNPAR não passou incólume por essas provações, sobrevindo hipertensão arterial, transtornos psicológicos e esgotamento físico decorrentes do intenso estresse, acarretando mais despesas com medicamentos.

Apesar da saúde afetada, Rosângela reuniu forças para buscar seus direitos, primeiramente junto à DRT para se garantir em seu posto de origem, e, depois de julho/2009, quando foi retirada desse posto, junto ao Ministério Público para denunciar o processo de assédio moral.  Ao longo de fins de 2009 e em 2010 foram muitas idas e vindas de documentos entre a denunciante, o procurador do MP e a direção do HC, período durante o qual a servidora continuou laborando sob estresse.  Ainda por cima, teve sua remuneração diminuída, ao trocarem seu adicional de periculosidade por um de insalubridade.

A Direção do HC informou ao MP que a enfermeira praticante das provocações e humilhações havia sido transferida do SMN ao Ambulatório de Ginecologia em maio/2010.  Com isto, o MP entendeu que o foco dos problemas teria sido resolvido e arquivou a denúncia.  Embora ciente da ocorrência dos episódios de assédio moral, a Direção do HC deixou a coisa correr e, escorando-se no fato da transferência da enfermeira problemática, fez e faz vistas grossas para um problema que é real no ambiente de trabalho.  O sindicato fica na propaganda, na garganta.  Enquanto isso, a servidora vítima da injustiça tem de conviver com os ônus da saúde prejudicada e de condições laborais infelicitantes.

8 comentários:

PARANÁ disse...

tem muita coisa errada, na semana passada realizaram um encontro do dito "FÓRUM DOS DIRIGIDOS", e distribuíram um cartilha sobre o assédio, quer dizer, o discurso é um e as atitudes são outras.

cade o sindicato nesta hora?
não é de nosso grupo, então que se dane!

ainda bem que estas sacanagens todas estão por acabar, e a categoria irá ficar livre desta turma.

mas não existe um escritório de advocacia especialmente para defender os interesses dos FUNPARIANOS, dizem até, que tem alguém da diretoria com participação nos lucros deste escritório!, será verdade?! e talvez seja este o real motivo para não fazerem a defesa da servidora em questão?

para arrecadar do acordo coletivo dos FUNPARIANOS tudo bem, agora defender a servidora FUNPARIANA nada!

realmente tá tudo errado>

GUFLOS disse...

SO NAO ESQUEÇA, SR. PARANÁ QUE A TAL SERVIDORA, ROSANGELA, É PUBLICAMENTE OPOSIÇÃO A ESSA DIRETORIA, LOGO, NAO VIA SER AJUDADA EM NADA, ABSOLUTAMENTE, NADA, MUITO PELO CONTRARIO, SE PUDEREM COLOCAR MAIS LENHA NA FOGUEIRA E PREJUDICAR AINDA MAIS A SERVIDORA, OS PARATODISTAS FARÃO.

A TAL CARTILHAZINHA É MUITO BONITINHA, BOM MATERIAL DE CAMPANHA. MAS ESSE PAPO JA ROLA DESDE A 1ª GESTÃO DESSA TURMA E O QUE FIZERAM DE CONCRETO? O QUE CONSEGUIRAM NA REAL?

PODIAM PUBLICAR NO SITE OU NO JORNAL OU EM ALGUM BOLETIM INFORMATIVO. ESTOU COM SEDE DE INFORMAÇÕES...DESTA E DE OUTRAS TANTAS!

Unknown disse...

É PARANÁ E GUFLOS! NA VERDADE A RAÍZ DO ASSÉDIO MORAL VIVENCIADO HOJE NO HC SE ENCONTRA NO PODER DESMEDIDO ENTRE DIREÇÕES DE ÀREA E CHEFIAS QUE GANHAM CARGOS E SE ACHAM ACIMA DA LEI E DA JUSTIÇA.E AINDA CONTAM COM UM SINDICATO OMISSO.POR EXEMPLO SÓ PARA AGUÇAR A CURIOSIDADE...VOCES SABIAM QUE AS FREQÜÊNCIAS DOS FUNCIONÁRIOS FUNPAR NÃO SEGUEM PARA LÁ,HÁ TRÊS ANOS? E A PEDIDO DE QUEM? HC.SE ISTO NÃO É OMISSÃO...

Unknown disse...

Pois é PARANÁ e GUFLOS, na verdade a RAÍZ do Assédio Moral, vivenciado hoje no HC esta ligado no PODER DESMEDIDO entre Direções de Área e Chefias que recebem cargos e na base do achismo se escoram num SINDICATO OMISSO, por Ex: Só para aguçar a curiosidade...Voces sabiam que as freqüências podem ser rasuradas e ou consertadas a qualquer tempo? É...aconteceu comigo e mais elas não vão para o empregador há três anos e sabem a pedido de quem? HC.
Eis a prova da OMISSÃO do SINDICATO.

Regina disse...

Pobre de quem não é puxa saco do pessoal do sindicato. Pode sofrer o assédio que for que nunca vai ter apoio. Pobre do filiado que acredita que essa turma faz uma gestão "PARATODOS".

Jambolão disse...

ECLETICO,

ESSA COISA DE NÃO MANDAREM A FREQUÊNCIA PRA FUNPAR É MUITO SERIA, ALÉM DE SUGERIR A PRATICA DE MANIPULAÇÃO, PODENDO EMSMO OCORRER RASURAS E ALTERÇÕES NAS MESMAS. DO CONTRARIO, QUAL A INTENÇAO DA DIREÇÃO DO HC EM SEGURAR AS FREQUENCIAS? SO PODE SER PR ATER MAIS PODER EM MÃOS E COM SSO ATERRORIZAR O POVO FUNPARIANO. MAS ME DIGA AI, NAO TEM LEI QUE POSSA PROIBIR ISSO? E A FUNPAR COMO FICA? ACASO NÃO É DE LÁ-FUNPAR- QUE VEM A GRANA PARA PAGAR OS FUNCIONARIOS?

MUITO ESTRANHO ISSO E TAMBÉM MUTO SERIO, PIOR AINDA SE O SINDICATO SABE DISSO ENÃO TOMA NENHUMA PROVIDENCIA...ESTARIAM DE CONCHAVO COM A DIRAÇÃO DO HC TAMBÉM, COMO SE NAO BASTASSE COM A REITORIA DA UFPR??

Unknown disse...

BOM!jambolaõ sempre foi a minha pergunta nos ACTS quem é nosso patraõ nunca tive,resposta.se lenbra na época do DR.GEOVANE LODO,todo ano a mesma choradeira que o HC teria que emprestar dinheiro junto aos bancos para pagar,reajuste e décimo terceiro,
pagar a funpar;então quem é o convenio ou o conveniado, HC?OU FUNPAR?OU SERA QUE A FUNPAR SENPRE FOI UMA EMPRESA DE RH DO HC? bom amigo na época do GEOVANI era as claras tinha . boletim ao fechar o ano. MISTERIOSSSS?

Unknown disse...

Jambolão,Ora do PAPO CABEÇA,ou LEGAL!
Tem, LEI SIM na CLT ART.59,ainda amparado pelo ACT2010/2011 vigente até 29/04/2011,nas cláusulas 27 e 81 que reafirma que só o trabalhador deve registrar,caso terceiros façam qualquer anotação isto implica em falta grave,que prevê multa de 5% calc.sobre o salário base do trabalhador e esta multa ainda vale para qualquer cláusula descumprida através de ação que chamamos de "AÇÃO DE CUMPRIMENTO" Eu mesma tenho algumas para reclamar desde 2008,quando pelo Assédio imposto ,tratoraram o ACT, isto requer mora judicial para apimentar um pouco mais a ação.Outra coisa quando disse que o Sindicato é OMISSO, é porque o caso que aconteceu comigo chegou aos ouvidos de Repres. Funparianos da diretoria,logo,independente de eu ser ou não OPOSIÇÃO, o interesse da categoria deveria ser maior,vc. não acha?Ninguem me perguntou nada,sou partidária do bordão"Onde há Fumaça,há fogo" Concorda?E mais quanto a dependender de atitude como disse o Guflos, eu não sou mais filiada desde 2008. Por não concordar em nada com a maneira como é tratada a categoria como um todo, quem me conhece sabe eu sou da linha "Os incomodados se mudam" Dos meus 21 anos de casa milito há 15.