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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Plebiscito comunitário aprova gratuidade total dos cursos de especialização

A comunidade universitária da Universidade Federal Fluminense (UFF) aprovou, por meio de plebiscito oficial reconhecido pela administração superior, o fim dos cursos pagos na instituição, inclusive cursos de especialização lato sensu e MBA.

O plebiscito resultou de uma decisão do Conselho Universitário (CUV) de 1998 que, em atendimento às reivindicações da comunidade universitária, decidiu pela constituição de uma Assembléia Estatuinte para a elaboração da proposta do Novo Estatuto da UFF.  Decidiu também que os pontos divergentes entre os textos aprovados pela Assembléia Estatuinte e o Conselho Universitário seriam definidos pela própria comunidade universitária, por meio de plebiscito.

No caso em questão, a Assembléia Estatuinte da UFF propunha a gratuidade total, enquanto o Conselho Universitário defendia a gratuidade apenas para cursos de graduação, mestrado e doutorado. A posição da Assembléia ganhou por 86,7% dos votos, ou seja, 11.497 optaram pela gratuidade total, enquanto 1.751 membros da comunidade universitária, representando 13,2 % dos votantes, apoiaram a posição do CUV.

Na UFPR
A cobrança de mensalidades nos cursos de especialização é um tema já antigo na pauta dos movimentos na UFPR.  Já foi debatido acirradamente em várias ocasiões dentro do Conselho Universitário (COUN), mas os defensores da cobrança sempre prevaleceram, argumentando que a UFPR tem ganhos colaterais com o recurso pago pelos alunos de cursos lato sensu, como o FDA (Fundo de Desenvolvimento Acadêmico), através do qual se consegue adquirir alguns bens usados na graduação e pós-graduação gratuitas.

Mas continua contraditório cobrar pelo ensino dentro de uma Universidade Pública, ainda mais neste período em que a UFPR recebe vultoso volume de recursos do REUNI, em que o Governo Lula não asfixia mais as verbas públicas das IFES como se dava na Era FHC. 

Nós duvidamos, e lançamos desafio, de que o nosso COUN teria coragem de organizar um plebiscito igual ao da UFF. O "Fórum dos Dirigidos", recentemente constituído em junho pelas quatro entidades da comunidade, deveria cobrar com firmeza isso do reitor Zaki Akel e do COUN.
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Fonte: com informações da ANDES

3 comentários:

Regina disse...

Esses cursos pagos só teriam sentido se houvesse fiscalização e se a UFPR ganhasse pelo uso e abuso de toda esrutura e material que doa a esses cursos. Não se discute a qualidade e importância dos cursos pra comunidade externa, mas viraram fonte de grana bem polpuda por privilegiados que neles trabalham.

Fernando Augusto disse...

Não custa perguntar.
Tenho um bom conhecimento de inglês. Será que posso abrir um curso dentro da UFPR pra eu e meus amigos darem aula? Se eles podem acho que eu também posso. Ou Não?

Anônimo disse...

E a taxa de inscrição no Mestrado de Construção Civil? R$ 150,00!!!!
Porque os demais programas não cobram taxa?
Porque é ilegal!!!