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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Fator Previdenciário nas aposentadorias balança mas ainda não caiu

A Confederação Brasileira de Aposentados (COBAP) mobiliza aposentados contra acordo entre Governo, CUT e Força Sindical. A entidade quer aprovação do fim do fator e recebeu apoio do FST, Nova Central, Conlutas e CTB

O aposentado não faz greve e só muito recentemente começou a se organizar, mas vota. Estes foram os argumentos usados por todos os oradores que participaram, na tarde de terça-feira (8), de audiência pública na Câmara, para rejeitar o acordo proposto pelo Governo Federal para o reajuste das aposentadorias de quem ganha acima do salário mínimo.

Todos se mostraram também favoráveis ao fim do fator previdenciário. O senador Paulo Paim (PT/RS), autor das propostas já aprovadas no Senado, participou da audiência e lembrou da luta do PT contra o fator previdenciário, quando era oposição ao Governo FHC, autor da medida.
"Sou do partido do presidente Lula e acho que ele não deveria terminar o Governo sem acabar com o fator previdenciário", afirmou, arrancando aplausos da platéia.

No Senado, Casa de perfil mais conservador, a medida foi aprovada e está na Câmara para votação. Os deputados que participaram da audiência demonstraram apoio à luta dos aposentados, mas admitiram que a luta é difícil.


Nada menos que o fim do fator
Para a deputada Jô Moraes (PCdoB/MG), a Casa está com um enorme desafio. Ela, a exemplo dos outros oradores, disse que as centrais sindicais não devem aceitar nada menos do que o fim do fator previdenciário. E defendeu a construção com todo o conjunto de forças políticas de um acordo pelo fim do fator previdenciário e uma política de reajuste real dos aposentados.

O deputado Darcísio Perondi (PMDB/RS), autor do requerimento da audiência pública, criticou a CUT e a Força Sindical, que assinaram o acordo com o Governo abrindo mão de todos os projetos em tramitação no Congresso em troca de um reajuste para os benefícios acima de uma salário mínimo do índice da inflação mais metade do PIB (Produto Interno Bruto) e a substituição do fator previdenciário pelo "fator 85/95".
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Fonte: com informações do DIAP

3 comentários:

Anônimo disse...

Este governo a CUT e FORÇA SINDICAL estam tentando prejudicar ainda mais os pobres sofridos aposentados do BRASIL ISTO É UMA VERGONHA msa em 2010 daremos o troco no sr LULA e em quem votar contra nos.

Anônimo disse...

Sou de acordo em lutar pelo nosso direito, REAJUSTE DIGNO E IGUAL PARA TODAS AS CLASSES SALARIAL E O FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO, afinal, foram anos cumprindo com nossa obrigação que é de contribuição e dever cívico que é VOTAR para eleger nossos representantes (políticos) para defender e conceder o direito do cidadão que o elegeu.
Somos milhões, dentre aposentados, pensionistas e trabalhadores que no futuro serão aposentados, precisamos de representante que defendam e reconheçam nossos direitos, as eleições estão bem próximas pois somos ELEITORES E ESTAMOS ATENTOS.

Atenciosamente,

DVD... TRABALHADOR, FUTURO APOSENTADO.

Dodo disse...

Ao anonimo que postou o comentário acima, fazendo a crítica sobre a CUT e Força Sindical, entendo que o Governo Lula continua sendo bastante híbrido, incluindo no mesmo bolo alguns setores conservadores (não todos pois a maioria está na oposição de direita representada por PSDB e DEM) e setores progressistas de matizes variados quanto à vontade de avançar mais rápido para um país melhor. Por isso, o governo fica oscilando entre visões econômicas neoliberais que querem que os aposentados se esfolem e se virem, e visões que defendem pra valer os trabalhadores contra o poder do grande capital. Na CUT, prevalece um setor que na maior parte do tempo quer aliviar as dificuldades do governo Lula, achando que toda critica atrapalha o governo e por isso abrem mao de bandeiras historicas. Fim do Fator PRevidenciario é coisa feita por FHC e a CUT lutava contra, mas agora fica achando meios termos, só pra proteger um governo dirigido pelo mesmo partido que dirige a CUT. O problema maior aí é da CUT mesmo, e por isso essa Central, antes combativa, perde apoios e sindicatos todo dia.