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segunda-feira, 13 de julho de 2009

Arrastada, enrolada e enfadonha, Plenária da FASUBRA aprova "Plano" de Lutas

O XX CONFASUBRA teve reuniões de uma dezena de grupos de discussão, dos quais saíram relatórios com grande número de propostas. Porém, o CONFASUBRA terminou em 16 de maio sem conseguir sistematizar e votar essas propostas de modo a que configurassem um Plano de Lutas para os próximos dois anos. Então, a Direção Nacional da FASUBRA (DN) compilou a partir dos relatórios dos grupos um rol de 229 itens, a serem apreciados pela Plenária que ocorreu neste último fim de semana, reunindo 130 delegados de 37 sindicatos de base. O SINDITEST foi representado nesta Plenária pelos servidores Paulo Adolfo Nitsche (Dodô), José Carlos Assis, Carla Cobalchini e Márcia Messias.


Esses 229 itens só foram disponibilizados na internet às vésperas da Plenária Nacional e a maioria dos delegados lá presentes não tiveram tempo de ler e refletir sobre eles antes da plenária. Além disso, eles são uma colcha de retalhos, algumas propostas são absurdas, umas inconstitucionais, algumas inconsistentes entre si, outras já defasadas pela evolução da conjuntura. Qual, então, o melhor método para analisar esse catatau, publicado em 29 páginas no site da FASUBRA?


A DN aparentemente não tratou, em sua reunião anterior à Plenária, de apontar um método para objetivar os trabalhos e que propiciasse um debate mais politizado. Então, no começo da tarde, as Correntes Tribo e BASE, influentes sobre uma maioria de delegados, fizeram com que a Plenária adotasse um método que se revelou complicado, arrastado e enfadonho. Além de sumariamente eliminar o debate político sobre conjuntura nacional, Tribo e BASE votaram para que o rol de 229 itens fosse lido integralmente, ponto a ponto, fazendo-se destaques onde houvesse divergência, para depois discutir cada destaque e votar se não se chegasse a consenso.


Mesmo pondo de lado um subgrupo de itens sobre REUNI e outro sobre Carreira, que serão tratados com mais profundidade em encontros futuros neste 2. semestre, a leitura e o debate foram de causar bocejos nos mais insones. Mas, pior que isso, é os delegados voltarem para suas bases sem ter claro quais são mesmo as grandes prioridades da agenda de lutas da FASUBRA para o próximo período. Espera-se que a DN em breve aponte com mais clareza quais as ações e campanhas que ponham em movimento os trabalhadores das Universidades, sob pena de o catatau com duas centenas de itens ter sido somente um esforço diletante. Nos próximos dias deverá estar no site da FASUBRA a redação final dos itens aprovados.

2 comentários:

Maria Lucia disse...

Infelizmente as plenárias da Fasubra não tem sido diferente. Estão oferecendo uma bandeja de argumentos pro povão que quer deixar a federação.

Dodo disse...

Colega Maria,
As plenárias da FASUBRA não são sempre assim, e essa foi a primeira de uma nova gestão. A gestão da nova DN pode ser uma porcaria, é verdade, mas felizmente a FASUBRA realiza plenárias onde sempre há chance de corrigir o rumo.
A FASUBRA existe pra lutar, não pra exercer a burocracia.