Vista das proximidades do local de realização de debates do XX CONFASUBRA, em Poços de Caldas (MG)
Um ponto crucial no XX CONFASUBRA é a decisão de a Federação continuar filiada à CUT ou desfiliar-se, o que divide quase ao meio o plenário dos delegados eleitos. Correntes políticas pró-CUT (a Tribo, a CSD) agiram para que a Comissão de credenciamento dos delegados eleitos vetasse a entrega de crachás de delegado (com direito a voto) para representantes escolhidos em assembléias na UFF (Federal Fluminense) e UF do Pará, alegando irregularidades. O total de delegados nessas duas IFES foi da ordem de 60 pessoas, e a razão da atitude dos grupos pró-CUT é que a ampla maioria dessas 6 dezenas está a favor da desfiliação da CUT.
Deixando de fora os 60 em litígio da UFF e UFPA, os demais delegados na Plenária fizeram hoje uma votação para credenciar ou não tais delegados. A proposta 1 negava credenciamento e foi defendida pelas correntes Tribo e CSD. A proposta 2 considerava legítima a eleição dos delegados paraenses e fluminenses, sendo sustentada pela CSC/CTB e pelo bloco "Vamos à luta".
Apenas pelo contraste visual foi impossível distinguir quem venceu, sendo necessário contar os crachás um a um. A proposta 1 obteve a impressionante contagem de 430 votos. Os momentos finais da contagem de votos para a proposta 2 foi eletrizante quando, faltando poucas pessoas para votar, ela foi se aproximando dos 430 votos e... superou-os por 18 votos de vantagem, isto é, 448 votos no total.
Os setores pró-CUT ficaram acabrunhados diante da comemoração ruidosa da proposta vencedora e dos delegados da UFF e UFPA que ganharam o direito de ter seus crachás de votação, que, na grande maioria, se somarão aos 448 votos no momento de decidir a desfiliação da CUT. Nesse total, foram decisivos os mais de 100 votos dos delegados ligados à Corrente Sindical Classista da CTB (CSC/CTB), que entende que a desfiliação, ao contrário de dividir a FASUBRA, contribui para fortalecer sua unidade interna, na medida em que o atrelamento a uma única central sindical cada vez se percebe como uma coisa forçada.
3 comentários:
Esta é apenas uma mostra do que vai acontecer nesse Confasubra: uma luta de gigantes: PRÓ-CUTISTAS, representrados pelos coletivos TRIBO e CSD e os NÃO-CUTISTAS, representados pelos coletivos CSC e VAL.
Lembrando que os diretores sindicais: Moacir, Márcia e Aleixo estão identificados com o coletivo TRIBO; Bernardo e Carla, com o coletivo VAL. Pessoas de um mesmo siundicato defendendo posições completamtne antagônicas. Isto é saudável, do ponto de vista da democracia.
Defendemos a FASUBRA se desfilie da CUT, não por sermos contra a CUT, mas por entendermos que a mesma já não congrega e encaminha as lutas dos trabalhadores, como outrora fazia. Defendemos a desfiliação da CUT, não para ficarmos contra a CUT, mas por entendermos que a mesma já não cumpre bem o seu papel de intermediária nas negociações com o governo,ficando, na maioria das vezes, ao lado deste, quando deveria estar ao lado dos trabalhadores. Há quanto tempo a CUT não puxa uma greve?? Será que está tudo redondinho com a classe trabalhadora, que não há exigência de lutas, greves, protestos?
Que obtenhamos um bom resultado para toda a categoria de trabalhadores e, principalmente, para os trabalhadores das Universidades Brasileiras.
Quero agradecer o pessoal desse Blog por nos informar sobre o que está ocorrendo no Confasubra. Se depender dos folgados da diretoria do Sinditest, que foi lá em peso, só vamos ter notícias quando o congresso já tiver terminado, si é que vamos ter alguma notícia. Devem estar fazendo um belo turismo lá por terrar mineiras.
Não tem sentido os diretores do Sinditest que fazem parte da TRIBO sairem por aí dizendo que não tem vinculação partidária e lá no Confasubra defender a permanência da CUT que é ligada ao PT e ao governo.
Isso é duvidar da inteligência da nossa base.
Certamente a independência seria muito mais salutar pra todos nós.
Alem de mostrar que discurso e prático estão bem longe na atual diretoria do sindicato.
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