-->

quinta-feira, 9 de abril de 2009

CONFASUBRA e o "Pós-Lula"

Sindicalismo economicista, também chamado de corporativista em sua versão mais retrógrada, é aquela concepção que busca confinar os trabalhadores estritamente à esfera da relação direta patrão-empregado, desprezando as ligações políticas mais gerais que definem essa relação. No Sindicalismo Classista, ao mesmo tempo em que se trata do cotidiano de luta entre capital e trabalho na negociação com o patrão, procura-se também mobilizar os trabalhadores para atuarem como classe consciente capaz de desempenhar papel de agente político na sociedade, tal como batalhando por leis que tornem mais digno o mundo do trabalho e mais justa a sociedade.


Por isso, uma Federação sindical de peso como a FASUBRA, quando realiza seu XX Congresso nacional, deve ser espaço de debate e orientação dos trabalhadores das Universidades para a próxima grande batalha política que se avizinha: a sucessão presidencial de 2010. O que é melhor para os trabalhadores e o povo no "pós-Lula" ? Isso será um dos temas quentes do Congresso.


O Grupo "Avançar na Luta", núcleo de base da CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil) defende a tese de que é preciso que se forme uma nova maioria política no pais, progressista e popular, cujo núcleo seja a esquerda e dotada da convicção de aplicar com coragem um programa de governo antineoliberal a partir de 2011. Uma candidatura presidencial avançada e ampla poderá ser a expressão dessa maioria.


Se Lula empolgou uma maioria em 2002 e 2006 para realizar um governo que mudou em grande parte a orientação explicitamente neoliberal de FHC, tomou medidas que melhoraram um pouco a vida do povo e a inserção internacional do Brasil, esse governo teve, e ainda tem, medo de enfrentar os poderosos do grande capital, megaempresários e banqueiros. Lula, em que pese alguns avanços, não conseguiu resgatar o Brasil para fora da diabólica engrenagem neoliberal.

A Federação dos trabalhadores das universidades deve ajudar a que se forme um pacto de luta por um modelo de desenvolvimento que acabe com as tremendas desigualdades sociais, que amplie a democracia, e que assegure a efetiva soberania nacional. Um modelo dessa natureza só poderá ser levado adiante por um Estado regulador forte, cujo corpo de funcionários públicos tenha seu trabalho devidamente valorizado.

Nenhum comentário: