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quinta-feira, 11 de março de 2010

Breve relato da Assembléia Geral do Sinditest de 10 de março

Com pouquíssimo quórum, assembléia do Sinditest realizada ontem, no HC, transcorreu com tranquilidade, sem maiores debates.

Após os informes nacionais e locais, passou-se ao segundo ponto de pauta: eleição de delegados para a Plenária da Fasubra que começa amanhã em Brasília e termina no sábado. Neste ponto, algumas pessoas se manifestaram, defendendo a definição de um eixo de luta para 2010 e deixando a questão da filiação ou não da FASUBRA a alguma Central Sindical para mais tarde, para 2011, por exemplo.


Não houve, entretanto, nenhum debate nem votação de propostas e, até o final da assembléia, a platéia ficou sem saber que posições serão defendidas pelos delegados durante a reunião da FASUBRA. Da mesma forma, os presentes ficaram sem ter conhecimento de quais pessoas iriam de fato como delegados, uma vez que houve apenas uma chapa inscrita, composta, na sua maioria, por diretores do sindicato. Essa chapa foi eleita sem nenhuma manifestação da platéia, exceto duas abstenções. Os nomes dos 5 delegados a que a base do Sinditest tem direito de enviar ficaram de ser decididos mais tarde apenas entre os membros da própria chapa.

Na seção de informes jurídicos, foram divididos entre os de interesse apenas dos servidores da FUNPAR e os dos servidores do RJU. Para atender à FUNPAR existe uma nova assessoria jurídica, não estando mais a cargo do escritório Mauro Cavalcante, Paulo Vieira & Wagner Advogados Associados.

O informe a meu ver mais interessante diz respeito ao Mandado de Injunção relativo à Aposentadoria Especial, impetrado pela FASUBRA e acatado pelo Supremo Tribunal agora no início de março. Assim, todos os sindicatos filiados à Federação passam a usufruir deste direito. A Diretoria e a Assessoria Jurídica do Sinditest-Pr se reunirão com a Pró-Reitora Laryssa Born para acertar como será o trâmite aqui na UFPR para que os colegas que façam jus possam contar, para fins de aposentadoria, o tempo de atividade insalubre exercido a partir de 1990. Saliento que este é um ganho importante para os funcionários públicos que se encontram nessas condições, pois teremos o tratamento isonômico, neste quesito, com os celetistas. Nada mais justo.

Causou estranheza, contudo, que, mesmo filiado à FASUBRA, o Sinditest também deu entrada na Justiça com um Mandado de Injunção. Ora, se a FASUBRA ganhou a questão, parece óbvio que o ganho se estenda a todas as suas entidades filiadas, não havendo a necessidade de mais este gasto jurídico do sindicato de base. Quando o advogado, Dr. Paulo, foi inquirido sobre isto, respondeu que isso "foi uma orientação do Jurídico da Fasubra", departamento que também conta com os serviços do Escritório Wagner Advogados Associados.

12 comentários:

Milton-UFPR disse...

As pessoas não se interessam pelas assembléias. assembléia enche o saco. querem só saber de ações e aumento de salário. mais nada.
E as viagem pra brasília são somente um gasto desnecessário de dinheiro e tempo. a maioria vai pra fazer turismo e outras coisas...

Choque de Gestão disse...

Concordo com o Milton sobre o desinteresse das pessoas pelas assembleias. Quanto as viagem acho que o turismo realmete acontece (também nas viagens "a serviço da ufpr"). Mas o que deveriamos esperar de um sindicato então?

Acho que o sindicato poderia utilizar melhor outros mecanismos de comunicação para conhecer as demandas da categoria e expor o seu trabalho.

Claudio_UFPR disse...

Como estimular a participação das pessoas? Acho que até hoje, nenhuma gestão do sindicato se colocou essa questão

Dodo disse...

O pessoal do RJU atravessa um período de relativa calmaria nas lutas e de embolso de alguns ganhos obtidos desde a Greve de 2007. Desde aquele ano, por causa da Greve, os servidores do quadro regular da Reitoria recebem um benefício que nao tinham para ajudar no custeio da assistência à saúde. Em 2008 e 2009 receberam reajustes que recompuseram parcialmente o poder de compra dos salários, num período de inflação bem controlada. E ainda vão receber um terceiro reajuste neste primeiro semestre (a parcela maior dos tres). Não surgiu nenhum grande problema palpável para a maioria desses servidores, o que explica em parte uma participação menor em assembléias que discutam uma pauta da FASUBRA. Outro motivo é que a Diretoria do Sinditest não tem preocupações maiores em mobilizar a base do RJU nem com a democracia interna do movimento, preferindo desqualificar e calar toda voz que surja em discordância; logo, muitos podem pensar "pra que ir a uma assembléia em que se é destratado apenas por não rezar pela cartilha da Diretoria?" Pessoas ligadas à oposição sindical já tentaram participar e ajudar, mas foram limadas fora de debates e de comissões eleitas em assembléias no ano passado.

Agora, compare-se, Claudio, com a situação instável e aflitiva do pessoal da FUNPAR-HC. Assembléias com centenas de pessoas. Claro, não é preciso gastar muito tempo explicando a ameaça que paira sobre as cabeças de todos esses servidores. Eles atendem de pronto às chamadas de assembléia porque é o emprego de todos nitidamente em jogo este ano. Assim como os servidores de cargos de nível superior do RJU lotaram assembléias em 2005 porque de repente tinham descoberto que o novo Plano de Carreira lhes congelava os salários com o tal do VBC, e só assim se mobilizaram.

Resumindo: como a formação politico-sindical é praticamente nula, o nível de consciência política do movimento local é bem baixo, e há uma diretoria de nítido viés gerencial-assistencialista, não se pode esperar grande participação numérica da base exceto quando a "água está batendo na bunda" de muitos e batendo com força...

Milton-UFPR disse...

Sr. Dodô, em todas as gestões os quoruns nas assembléias são poucos, a não ser naqueles que houve bloqueio de salários por causa de greves. Como também são muito pequenos o número de participantes em todas as greves comparados com número total de filiados ao sindicato.

PARANÁ disse...

pela primeira vez o Milton deu uma dentro, afirmou e eu concordo com ele que nunca em assembléia ouve corun suficiente para a aprovação das maracutais imobiliarias realizadas por este grupo, portanto Milton se continuar nesta linha de raciocinio vai chegar a mesma conclusão que muitos filiados já chegaram, esta turma esta fazendo muita coisa errada e cada vez mais estão se afundando em um mar de lama.
mais uma coisinha Milton, fizeste um comentário absurdo, dizer que tenho que devolver 53,7% por ter recebido este reajuste como vereador em 2004, poxa nem eu sabia que tinha sido vereador!

só para voce refletir Milton:

"quem ocupa o poder tem metade das pessoas contra si ... isto, se ele for justo e honesto.


REGRA DOS "3 ERRES";

Respeita-te a ti mesmo,
Respeita os demais, e
Responsabiliza-te pelas tuas ações.

pra encerrar, eles serão responsabilizados pelos atos cometidos, pois a categoria em momento algum autorizou eles a praticarem estes absurdos imobiliários.

Milton-UFPR disse...

Infelizmente o democrático dodô não postou minha resposta.

Anônimo disse...

"Resumindo: como a formação politico-sindical é praticamente nula, o nível de consciência política do movimento local é bem baixo, e há uma diretoria de nítido viés gerencial-assistencialista, não se pode esperar grande participação numérica da base exceto quando a "água está batendo na bunda" de muitos e batendo com força..."

De fato é verdade. Mas quando isso não foi verdade?
Falar em formação política quando há diretorias que em dois anos de gestão fazem apenas 4 "jornais" da entidade.

Claudio_ufpr disse...

O comentário anterior foi meu.

PARANÁ disse...

Milton, se a resposta éra para mim, voce sabe meu E-mail, é só me enviar, ou não quer se revelar e continuar a se esconder atráz deste codnome?

Milton-UFPR disse...

Seu Paraná,não tenho seu e-mail.

PARANÁ disse...

paranapr@ufpr.br