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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Projeto pode limitar reajustes e congelar disparidades no funcionalismo

Pra quem ainda não sabe, a remuneração dos servidores técnico-administrativos da Educação está entre as piores pagas pelo Poder Executivo. O reajuste trianual do Acordo da Greve de 2007 ajudou a recompor parte das perdas salariais históricas herdadas da Era FHC, mas os salários dos técnicos continuam longe dos pagos a outras categorias do funcionalismo.


Em 2007 o Governo enviou ao Congresso o PLP 01/07, que propunha que o reajuste do servidor ficaria limitado ao acumulado da inflação do período anterior acrescido de no máximo mais 1,5%. O PLP 01/07 está parado, mas surgiu um novo Projeto na mesma linha. O PLS 611/07 estabelece que o aumento das despesas com pessoal até 2016 ficará limitado ao reajuste baseado na inflação acrescido de 2,5% de aumento real da folha de pagamento total. Se o PIB (Produto Interno Bruto) do período ficar abaixo de 2,5%, prevalece o valor do PIB.


Preocupante: o PLS 611/07 é assinado por todos os líderes da base aliada do Governo Lula. Se de fato estiver na pauta de votações desta última semana de atividades do Senado, como se anuncia, tende a ser aprovado e encaminhado para exame da Câmara dos Deputados, onde encontrará o projeto do Governo (PLP 1/07).


Deve ser notado que o PLS 611 regula o aumento geral de TODA a folha de pagamento de pessoal, não a de cada categoria. Ou seja, algumas categorias de servidores poderiam ter reajustes maiores, e outras, menores, desde que no conjunto a folha não passe da inflação mais 2,5%. Categorias mais mobilizadas e/ou com maior poder de pressão tenderiam a obter reajustes melhores. Outro problema passível de ocorrer é que as grandes diferenças de ganhos entre as diversas categorias teriam menor chance de ser corrigidas, o que preocupa diretamente a quem ganha mal, o caso dos técnico-administrativos representados pela FASUBRA.
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Fonte: com algumas informações do DIAP

4 comentários:

Guaracira disse...

Bastante preocupante esse novo Projeto. Mais uma vez o governo tenta arrochar os salários, principalmente os nossos, das IFEs.

Não pensem os colegas que estes aumentinhos que tivemos, os quais ainda resta uma parcela para 2010, resolveram os problemas. Como bem disse o editor, a recomposição não foi completa, há muito ainda por fazer. e o que propôe o governo? Míseros 2,5% acima da inflação, que dizer, 2,5% de aumento real??

Aluta vai ser árdua, é preciso estar atento, mobilizado, pois do contyrário será mesmo um desastre!

Helooo Sinditest, o que pretende essa nova- velha Diretoria?? TErão coragem, suficiente para puxar uma greve, que certamente será indicada pela FASUBRA??
Estejamos alertas!

Roberto disse...

Se esse projeto passa, e com a má vontade da direita de aumentar reajuste de funcionários públicos, os tecnicos só tem 2 opções: aceitar conformados o reajuste que o governo quiser dar, com base nessas restrições, ou ir à luta pra tentar algo melhor.
Aí que se mostrará quem é mais ou menos combativo. Será que rola na UFPR? Duvido muito.

Luis Otávio disse...

O nosso sindicato certamente não fará nada. O máximo que farão é dar a notícia em seu jornal. Tentar barrar, lutar contra, isso é pedir demais. Eles estão muito ocupados de campanha em campanha pra manter o monopólio do poder na UFPR. O povinho que não está no poder que se dane com reajuste, salário, essas coisas que o sindicato não quer nem saber que existe. Ou alguem viu esse pessoal nos ultimos dois anos tocar nesse assunto?

Rita de Cassia disse...

Com a palavra o nosso sindicato.
E agora?
Vamos ficas assistindo?