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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Ato das Centrais Sindicais em Curitiba se soma à luta pela queda dos juros

Centenas de trabalhadores comandados pelas cinco principais centrais sindicais se reuniram na manhã desta quarta-feira (21) para pedir a imediata queda na taxa básica de juros praticada pelo Banco Central. Eles se concentraram na Praça Santos Andrade e seguiram em caminhada até a sede do Banco Central, no Centro Cívico. Acompanhados de carros de som, os manifestantes bloquearam uma das pistas da Avenida Cândido de Abreu.

O ato foi promovido pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical do Paraná, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB). Manifestações semelhantes ocorreram hoje em várias cidades do país.


Mário Ferrari, presidente do Sindicato dos Médicos do Paraná e diretor da CTB-PR, discursou contra Henrique Meirelles, presidente do BC, argumentando que nos demais países estão ocorrendo drásticas reduções dos juros como forma de gerar crescimento e minimizar efeitos da provável recessão, enquanto só o Brasil mantém a absurda taxa anual de 13,75%, situação que só favorece os poucos privilegiados da oligarquia financeira e agravará ainda mais o desemprego.


REDUÇÃO TEM QUE SER EXPRESSIVA
No entanto, pelo que se lê nos jornalões porta-vozes dessa mesma oligarquia financeira parasitária, o Comitê de Política Monetária (COPOM) pretende anunciar uma queda de apenas 0,75% na taxa de juros. Isso só não resolve!


Na prática, o consumidor que fizer um crediário para comprar uma geladeira de R$ 1.500,00 em 12 parcelas terá uma redução de apenas R$ 0,59 em cada prestação, ou R$ 7,08 no total do produto. São valores ridículos comparados ao acréscimo dos juros. Ao final dos 12 meses, a geladeira, de R$ 1,5 mil, custará R$ 2.175,36. No cheque especial, o efeito é imperceptível. Quem ficar R$ 1 mil no vermelho durante 20 dias, agora terá um alívio de R$ 0,40. Em vez de R$ 52,73 de juros, ele pagará R$ 52,33 pelo período.


Daí a necessidade de uma redução substancial da taxa básica, de pelo menos dois pontos percentuais (como exigem as centrais sindicais) e uma diminuição, igualmente significativa, do spread bancário, que é a diferença entre a taxa que os bancos pagam na captação de recursos e a que cobram nos empréstimos a indivíduos e empresas. Para conseguir isso, Lula tem que enxotar Meirelles e seus cupinchas banqueiros da direção do Banco Central brasileiro.
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Fonte: com informações e foto de Ivan Ivanovick e do Portal da CTB.

5 comentários:

Anônimo disse...

Há pouco a TV anunciou o percentual de queda da taxa de juros: 1 por cento apenas, caindo de 13,75 para 12,75%, o que ainda é altíssimo e não refresca. O que parece é que a grande imprensa a serviço dos banqueiros, vendo que a grita contra os juros aumentou muito e que o Meirelles tinha sido emprensado na parede, ficou falando dos tais 0,75 a serem cortados, só pra parecer que o corte maior, de 1%, seria uma graaaande conquista. Terem reduzido é bom, mas precisa reduzir muito mais o custo dos empréstimos.

Anônimo disse...

O QUE SAIU NA FOLHA DE SAO PAULO DE HOJE (22/01):

Centrais fazem ato por redução da taxa de juros
DA REDAÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA DA AGÊNCIA FOLHA

A manifestação das centrais sindicais ontem pela manhã em São Paulo reuniu cerca de 1.300 pessoas na avenida Paulista, em frente ao Banco Central, segundo a Polícia Militar, e entre 5.000 e 10.000 trabalhadores de acordo com as entidades que organizaram o movimento. O protesto era contra demissões devido à crise econômica e pela redução da Selic em dois pontos percentuais.
Os representantes das centrais que se revezaram nos discursos orientavam os sindicalistas a fazer greve em todas as empresas em que houver demissão. "É hora dos empresários devolverem o lucro", afirmou Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores). "Na próxima [manifestação], se os juros não caírem, vamos invadir o Banco Central", ameaçou Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical.
Em Brasília, os sindicalistas organizaram um churrasco em frente à sede do BC. Pouco menos de cem pessoas participaram do protesto, onde foram exibidas faixas com frases como "cai [sic] os juros ou cai [o presidente do BC, Henrique] Meirelles". Do carro de som, sindicalistas fizeram elogios a políticas sociais do governo federal, como o Bolsa Família, mas criticaram o BC e os bancos, inclusive os públicos, pelas altas taxas de juros.
Houve manifestações também em outros Estados, como Paraná, Rio Grande do Sul, Alagoas, Amazonas, Bahia, Sergipe e Espírito Santo. Em alguns locais, funcionários fizeram bloqueios nas entradas das fábricas e paralisações. Houve ainda um abaixo-assinado pedindo a redução dos juros.
No polo automotivo da região de Curitiba, cerca de 16 mil metalúrgicos realizaram assembleias de protesto nas montadoras Volvo, New Holland, Nissan/Renault e WHB, uma fornecedora de autopeças, de acordo com a Força Sindical. Cerca de 700 sindicalistas também realizaram uma caminhada no centro da capital.
Em Salvador, cerca de 300 pessoas, segundo a PM, participaram do ato. Um sindicalista usava uma máscara com a caricatura do ministro da Fazenda, com o texto: "Desemprego? Não estou sabendo! Estava de férias".

Anônimo disse...

baixar um por cento nao adianta praticamente nada mesmo! tem q baixar uns 5!

Anônimo disse...

Precisamos protestar mais e fazer o Meirelles baixar mais so juros para que possamos ver a retomada dos investimentos em infra-estrutura acontecer o mais rápido possível. Não podemos embarcar na canoa da CRISE, temos que DRIBLAR essa onda que os norte americanos plantaram no MUNDO para justificar os erros cometidos pelos países industrializados que vivem esmigalhando as demais nações.

Anônimo disse...

Se Lula está correto na sua INSISTENTE afirmação, ainda em 2008, que "este país" não seria atingido pela crise, por que os juros baixaram tão pouco, praticamente um percentual insignificante? Seria isso apenas uma manchetezinha, pra não dizer que não se fez nada?? E por que Meirelles continua fazendo parte deste governo? Certamente está afinado com a política do Presidente...ou não?!