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terça-feira, 15 de abril de 2014

Avança o “aparelhamento” do Sinditest pelo PSTU

“Aparelhamento” é um termo do jargão político-sindical que designa o aproveitamento indevido de bens e recursos de uma associação ou entidade por partido político que a comande, para beneficiar os interesses do partido.

No Sinditest, em particular na atual gestão dirigida por Carla Cobalchini, militante do PSTU desde 2012 (antes foi do PSOL), esse aparelhamento vai ficando mais escancarado.

Já não basta que jornal impresso e site de internet, ainda que pagos por todos os filiados, sejam veículos exclusivos do posicionamento político da diretoria, sem direito a resposta em tais órgãos, livremente usados pelos diretores do PSTU para achincalhar seus adversários na base. Outro exemplo: a FASUBRA não está filiada a nenhuma Central Sindical e debate igualmente com CUT, CTB e Conlutas (e no site da FASUBRA há links para as três); já no site do Sinditest só há link para a Conlutas, a minoritária “central” mantida à mão de ferro sob comando do PSTU.

Apenas no mês passado se soube que o antigo Escritório Jurídico do sindicato, o Trindade & Arzeno, contratado por licitação, foi mandado embora. Em seu lugar ficou o quê? Um esquema comandado pelo advogado dirigente do PSTU-Paraná, o Avanilson. Ao se entrar na página do Jurídico do site do Sinditest não se obtem maiores esclarecimentos de quem compõe esse “esquema” além de Avanilson. A dita lisura com o uso do processo licitatório para contratar escritório jurídico parece ter ido pro espaço.


E agora, inserido no rol de atividades da greve da UFPR, aparece uma palestra de dois ativistas dos EUA, promovida pelo PSTU-Curitiba. Como se vê no cartaz acima, atividade de um partido com o apoio do Sinditest... O sindicato apoiará atividades de outros partidos? Duvidamos! Independentemente do conteúdo progressista das falas desses visitantes norte-americanos (cujos vínculos políticos e sindicais desconhecemos), trata-se claramente de mais um caso de aparelhamento de recurso da entidade sindical para beneficiar iniciativa do partido que a domina.

Um comentário:

Rita de Cassia disse...

Quem fala e esbraveja que futebol, esporte e estádios não são prioridades deveria pensar em quais são as prioridades do nosso movimento nesse momento. Uma bolsa babá e um palestrante importado custam bem mais caro que carro de som e material divulgando as reais razões das greves no serviço público e as vergonhosas diferenças salariais entre os poderes.