Já notaram o quanto as mesmas pessoas se revezam nos principais cargos de comando do Sindicato? É presidente que vira vice-presidente, e vice-versa, ao longo de várias gestões. O Sinditest completa em novembro 17 anos de vida e o caso mais notório de grude ao poder é o do atual Vice: foi presidente nas gestões 1994-95, 2000-01 e 2002-03, sendo 1º. vice-presidente em 2004-05 e 2008-09, totalizando 10 anos na cabeça do sindicato. E agora disputa de novo a reeleição para vice-presidente 2010-11 pela Chapa 1. Compare-se a soma de anos ocupando cargo no sindicato dos membros da Chapa 1 e a soma dos membros da Chapa 2 de Oposição: os candidatos da Chapa 1 acumulam cerca de 80 anos e a soma de anos em cargos dos membros da Chapa 2 é menor que 20 anos !
Os mais "antigos" podem contribuir com sua experiência, é claro. Mas isso não é desculpa para se aferrarem sempre aos mesmos cargos de mando, em vez de ajudarem a educar politicamente os mais jovens que também querem atuar no sindicato e nas lutas. Somos contra a perpetuação de veteranos no comando do sindicato, pois isso leva à criação de burocratas sindicais e à manutenção de métodos muitas vezes ruins e obsoletos de direção da entidade.
Tem gente que fundou o Sinditest em 1992 e parece que, por causa disso, passa a tratar a entidade como uma espécie de propriedade particular sua, não quer que ninguém bote a mão em seu precioso cargo nem dê palpites. Em contraste com a Diretoria atual (Chapa 1), que pretende reeleger todos os mesmos diretores, queremos a oxigenação e renovação constantes na direção do movimento. Que mais e mais pessoas aprendam a ser dirigentes e inovem as práticas sindicais. Mais pessoas participando das decisões, mais jovens, e - em particular - maior participação de mulheres, que são a maioria da categoria mas não conseguem posições de comando do sindicato, reproduzindo-se no Sinditest um dos graves defeitos da política brasileira.
Por isso a Chapa 2 constitui-se majoritariamente de caras novas e tem maior número de mulheres na composição. Pra renovar o sindicalismo da UFPR e UTFPR é preciso estimular atividades regulares de formação político-sindical, mas também é preciso democratizar o funcionamento do movimento. Isto pode se dar através da Reforma do Estatuto, para se criar uma estrutura que propicie ampla participação nas decisões e impeça a concentração de poderes nas mãos do presidente do sindicato, como acontece hoje. O desencadeamento da Reforma do Estatuto, com participação de todos os grupos e pessoas interessadas, e o esforço para realizá-la com sucesso até o fim são compromissos da Chapa 2.
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