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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

O preço de banana (podre) do rico petróleo do Brasil no leilão do pré-sal

Na próxima quarta-feira, 6/11, mais um gravíssimo passo no sentido de entregar nossas riquezas à cobiça de empresas petrolíferas estrangeiras.  Substituindo o sistema de partilha (em que a Petrobras participa da exploração), o regime de concessão adotado por Temer e Boçalnaro vai leiloar (entregar a preço vil) a exploração de TODO um potencial de petróleo em poços do pré-sal.  Lá se vai a antiga esperança de usar o valor dessa riqueza para investir em abertura de empregos, em educação e saúde.

O 6/11 será dos mais tristes da História recente do Brasil. Mais que o impeachment de Dilma, mais que a prisão de Lula, mais que o golpe de Temer. Quem sabe até mais que a eleição do energúmeno presidente fascista Boçal. 

Trata-se de um megaleilão das jazidas marítimas do Pré-Sal, chamado, de modo diversionista de "excedente de cessão onerosa", isto é: todo o excedente das reservas de petróleo encontradas que não eram previstas pela Petrobrás quando fez o investimento em perfurar os poços em profundidade. A Petrobrás esperava encontrar uma quantidade, mas encontrou três vezes mais. São esses dois terços a mais que serão entregues para o capital inter e transnacional. Um patrimônio estimado em mais de um trilhão de reais

Os royalties, cujo destino seria atender a pautas dos movimentos de 2013, como  mais emprego, mais saúde e mais educação, vão pras cucuias, isto é, para os bolsos das empresas estrangeiras. O indignante de tudo isso é que esse petróleo excedente será explorado agora sem a parceria da Petrobrás, desde que, durante o golpe do impeachment de Dilma, o Congresso Nacional aprovou a proposta de José Serra de extinguir o sistema de partilha criado no governo Lula (uma das coisas geniais dos governos de centro-esquerda, com forte atuação do comunista Haroldo Lima, então presidente da ANP). A Petrobrás investiu sozinha no desenvolvimento da caríssima tecnologia própria de extração do pré-sal. Doravante, nem parceira será mais, perdendo o controle não só do óleo cru, mas da própria tecnologia desenvolvida pelo Brasil a alto custo.

Que parcela do povo brasileiro está de fato a par desse vilipêndio da soberania nacional?  Alguma chance de os setores populares e democráticos unirem-se para resistir a esse entreguismo deslavado do despresidente Boçal e do serviçal de banqueiros Paulo Guedes?

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Com trechos de post de Antonio Lisboa no WA

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