Levados por uma postura antiesquerda e antiPT fanática, em alguns casos consciente (direitistas convictos), em outros irracional instintiva, muitos servidores públicos de Universidades votaram no "micto" Boçalnaro.
Comemoraram muitos desses o golpe misógino do suposto "impeachment" que derrubou a presidenta Dilma e entronizou o vampiro Temer. Esfregaram as mãos enquanto iam como patos amarelos para as manifestações chamadas pela Globo em 2016-2017, pensando consigo: "Agora vai!". Tiveram orgasmos supostamente políticos quando o ex-juiz marreco maringaense, sem provas, transformou Lula num preso político.
Então, vieram este ano os primeiros brutais cortes de verbas das Universidades Federais. Sem falar que há anos não há qualquer reajuste salarial dos servidores do Executivo. Repuseram parte das verbas cortadas, mas em cima do fechamento do ano, o que complica conseguir gastar no estreito prazo disponível.
Aí, ontem, o gênio do Mal, Paulo Guedes, ao lado do patrão despresidente, apresenta seu Pacotão de iniquidades, onde constam numerosas medidas que parecem querer impor uma nova Constituição ao país. Dentre essas, acabar com estabilidade dos servidores, contratação por CLT e também por tempo determinado, redução de jornada com redução de salários. Ainda por cima o espectro da Reforma da Previdência, obrigando a trabalhar por mais tempo e ganhar menores aposentadorias.
Assim, pois, como se sentem hoje os servidores e as servidoras que votaram no nazista, misógino, homofóbico, autoritário e canastrão Jair Boçalnaro para presidente? Estão contentinhos? Era isso que esperavam?
Senhor servidor e senhora servidora que votou no 17 do Boçal em 2018, continua rindo de orelha a orelha? Comemorando seu voto que colocou milícias sanguinárias para mandar no Planalto? Um desgoverno que só faz coisas contra os pobres e diz bestagens a cada dois dias? Que quer, através do filhinho "fritador" de hamburguer Duduzinho, a volta de uma medida do tempo da ditadura, como o AI-5?
Sorriam, servidores bolsonaristas! Espera-os aquele lugarzinho descrito poeticamente no principal livro de Dante Alighieri. Mal-passados, ao ponto, e bem-passados, a depender do gosto de Mr. Louis Scypher.
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