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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

"Pai" das 30 horas foi quem começou o rolo com ponto eletrônico

Não custa lembrar um pouco a historinha da jornada de 30 horas na UFPR.  Na greve nacional de 2011 (que se encerrou sem conquistas nacionais), o reitor Zaki Akel acenou para o Sinditest com a possibilidade da adoção da jornada flexibilizada sem redução de salário, e ofereceu isso como um trunfo para que seu apaniguado pelego Wilson Messias, então ainda presidente do sindicato, pudesse usar para posar como "pai" da jornada reduzida.  Em 2012, Messias apoiou a reeleição de Akel e dele ganhou uma chefia no HC.

A greve de 2011 acabou no final de setembro daquele ano, mas, numa das últimas assembleias de greve, havia sido eleita uma Comissão de Negociação das 30 horas, composta por dez pessoas, incluindo gente da situação e da oposição sindical.

Pensam que a Comissão democraticamente eleita conseguiu sentar à mesa com a Reitoria para acertar os termos da futura Resolução das 30 horas?  Nada.  A Comissão foi solenemente ignorada,  Messias trancou-se no gabinete com o reitor e ali negociou, à revelia da base, a Resolução 56/2011, que previa, em troca das 30 horas, a adoção do ponto eletrônico para toda a UFPR.  Nenhuma assembleia foi chamada para debater o assunto [clique aqui para ler postagem sobre isso, de dezembro/2011].

Por cobranças da CGU, a Resolução 56/11 sofreu alteração de redação no final de 2013, conferindo plenos poderes ao reitor para canetear a concessão ou a retirada do direito à jornada reduzida.  Ainda assim, a confusão persiste.  E na atualidade a Reitoria diz que não abre mão de implantar o ponto eletrônico em toda a UFPR.  Nas negociações nacionais em Brasília entre FASUBRA, MEC e MPOG, o assunto também não chegou a um consenso. 

Agora já lembramos quem sozinho fez a barganha disso com o reitor. Porém, ele já contava com uma dúbia cumplicidade da atual presidente do Sinditest, que havia sido coleguinha de diretoria do pelego Messias de 2008 a 2011. 

Um comentário:

Pedro Mariotto disse...

Greve ou não greve nós estudantes só queremos que os profs. decidam algo e que todos cumpram. Essa situação atual de 50% seguir a greve e os outros 50% tocar com as aulas normalmente está prejudicando nós estudantes muito pois não podemos tocar com as aulas normalmente nem aproveitar esse tempo de greve para fazer um estágio.