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terça-feira, 28 de julho de 2015

Assembleia do Sinditest começa debate para afunilar greve em direção a negociação definitiva

A assembleia da manhã de hoje do Sinditest, reunindo cerca de 150 pessoas no RU Central da UFPR, fez o início do debate necessário para propor estratégias que conduzam a greve a algum desfecho nas próximas negociações com o governo federal.  Foi avaliado o resultado da última reunião envolvendo CNG-FASUBRA, MPOG e MEC, na semana passada.

Não houve deliberações, pois também se aguarda o acúmulo de discussão dentro do Comando Nacional de Greve (CNG), que só será conhecido hoje ou amanhã. Por isto, foi marcada nova assembleia geral para as 10 horas da manhã da próxima quinta-feira, dia 30, também no RU.  Esta assembleia de quinta-feira terá papel de deliberar sobre propostas para a próxima negociação nacional.

Constata-se que, no campo das negociações envolvendo a pauta específica dos TAE, como no caso do aprimoramento do PCCTAE, há maiores chances de alguma conquista, embora sem impactos financeiros (ou mínimos).  Pretende-se modificar o artigo 18 da lei da carreira, de modo a, com isso, introduzir mudanças na carreira que superem seus atuais limites e defasagens.

Já no terreno financeiro, do reajuste salarial, a coisa fica bem difícil.  O governo federal ainda sustenta oficialmente sua proposta de reajustes escalonados ao longo de 4 anos (2016 a 2019) perfazendo um índice total de 21,3%. Isto já foi totalmente recusado pelo CNG, que aponta possivelmente para negociar apenas o reajuste de 2016, idealmente junto com a cessão da regulamentação da negociação coletiva/data-base efetiva já para 2016.  

Em sua proposta inicial plurianual (4 anos), o índice oferecido para 2016 pelo MPOG era de 5,5%.  Porém, esta cifra é pífia, praticamente a metade da inflação prevista para 2015.

O impasse é grande.  Dificilmente o governo cederá algo que incida em maior impacto financeiro sobre suas contas do que já ofereceu, mas a greve buscará insistir nas próximas semanas. Aproxima-se também o prazo para que o governo feche sua lei orçamentária anual, que é no mês de agosto.

Pra pressionar o governo federal, está prevista uma nova caravana a Brasília para os dias 5 e 6 de agosto, na semana próxima, em que provavelmente ocorrerá nova rodada de negociações, na qual talvez se vislumbre com maior nitidez as opções de desfecho desta greve, que completou hoje seu 60. dia.

Na parte final da assembleia, foram eleitos novos delegados de base para irem compor o CNG em Brasília e definido um calendário de próximas atividades:

29/07 - Manifestações de descomemoração do aniversário de 50 anos do (des)governador Beto Richa e de marco dos 3 meses do massacre do Centro Cívico sobre os professores da APP; na Boca Maldita, 14h30.

30/07 - Assembleia geral de greve, às 10h00, no RU Central.

05-06/08 - Caravana a Brasília.

06/08 - Debate sobre a Resolução das 30 horas/Ponto eletrônico dentro do CoUn da UFPR e Ato no pátio da Reitoria, pela manhã.

11/08 - Palestra de Maria Lúcia Fatorelli, ex-auditora da Receita Federal, sobre o esquema corruptor da Dívida Pública, 19h00, na Faculdade de Direito da UFPR.


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